TeleSéries
Haven – When the Bough Breaks
11/12/2013, 14:54. Regina Monteiro
Reviews
Haven
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Tempo. Esta é a palavra para definir When the Bough Breaks. Tanto na sua urgência quanto na sua transcendência.
A premência do tempo nunca esteve tão presente em um episódio de Haven, e isto porque William foi simplesmente genial. Afinal, impossível argumentar com um bebê e explicar-lhe que seu choro pode matar pessoas. Desta vez Audrey não podia argumentar, e a premência do tempo a colocou exatamente aonde William queria: na posição de ter que criar uma perturbação para neutralizar esta outra e experimentar a sensação de poder que este ato continha.
Porque William também estava, ele próprio, preso à premência do tempo. A cada minuto que passava, Jennifer estava mais próxima de encontrar o coração de Haven e a porta que poderia reconduzi-lo à realidade de onde ele conseguira escapar. Ele precisava que Audrey experimentasse o gosto inebriante do poder na esperança de tê-la de volta; Audrey precisava que cessasse a perturbação produzida por William, antes que mais pessoas morressem; e Jennifer precisava encontrar a porta no coração de Haven, porque não importava que se resolvesse o problema criado momentaneamente por William, amanhã seria outro dia e outra perturbação poderia ser criada.
Mas o tempo não estava presente somente na urgência de cada situação. Ele se fazia sentir também nos ecos de uma história por desvendar. Porque mais uma vez as respostas estavam no passado: na origem dos Guardiões, nas tradições transmitidas de geração a geração, na identidade de algumas pessoas e nos motivos de sua existência, nos enigmas revelados a conta-gotas e decifrados a duras penas.
Por tudo isso, When the Bough Breaks foi o retrato perfeito desta temporada, na qual não se tratou apenas de se resolver mais algumas tantas perturbações que afligem Haven, mas de se perguntar porque elas existem e por qual razão em Haven. Pois Haven se define essencialmente por sua História e a memória – esse ser que, se não cultivado, torna-se nosso próprio algoz – é, no caso de Haven, também a melhor arma contra o caos.
É, na memória de um passado que corre o risco de ser inalcançável, que reside a solução do enigma sobre identidades e propósitos de alguns personagens de Haven e dela própria:
- de Jennifer, porque, afinal, ela é a filha da ruína, ou não é a ela que o livro faz referência? E o que seria isso, enfim?
- de Howard, e porque era o protetor de Audrey e de Jennifer?
- de Vince, e sobre qual o seu papel na solução dos enigmas propostos pelo livro de Jennifer?
- de Dave, que também foi adotado e, com frequência, é a voz da razão quando se trata de se lidar com o caos;
- de Duke, porque, se para cada perturbação, há o seu oposto, ele seria o oposto de Audrey e William? Duke poderia atingi-los ou eles são imunes ao poder dos Crockers? Isso não dependeria de quem criou a perturbação dos Crockers?
- de Nathan, porque, afinal, qual papel ele deve cumprir na vida de Audrey?
- de Audrey, já que ela e William criaram as perturbações, porque somente a ela foi permitido desfazer o que começou?
- quatro pessoas devem ocupar seus respectivos lugares junto ao portal encontrado por Jennifer. Quem são essas pessoas?
- quem criou o livro que, agora, parece ser a única pista sobre como lidar com William?
Tempo, memória, história. Tríade presente em When the Bough Breaks. Tríade que define esta temporada.
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Simplesmente amei esse texto…Parabéns..Muito bem escrito.
Obrigado Viviane.
Aproveitar teu comentário sobre ‘tempo’ para esse episódio, e estender para essa temporada, Regina.
Impressionante como essa season passou rápido. Muito rápido. Tamanha foi a intensidade de seus episódios. Dúvidas sanadas e multiplicadas em um mesmo episódio.
A terceira temporada foi boa e ficou excelente após sua metade. Mas essa foi do início ao fim. Sem descanso. Sempre com um episódio conectado a outro. Como Audrey e William.
Aliás, será que essa conexão acaba ou aumenta na season finale?
Gostei das perguntas. Tenho muito interesse em saber o que acontece/aconteceu com Howard.
Sobre as pessoas com a tatuagem (ou, marca de nascença) para ocuparem o espaço, acredito que Vince é presença garantida. E aposto também em Dwight (que tem a tatuagem imensa nas costas).
Acredito também em alguma revelação maior sobre Dave, além de sabermos que foi adotado.
E, se Duke voltar a ter sua perturbação, fico com um pé atrás. Temos muitas pessoas com tatuagem perto dele neste momento. E precisamos lembrar que na segunda temporada disseram a ele que alguém com essa tatuagem o mataria.
Espero descartar esse pensamento.
Bom, agora é fazer uma maratona da season e preparar para o final dessa temporada. Que já deixa saudades.
E, com a licença para um trocadilho bobo, mas será um parto aguardar 9 meses até a chegada da nova temporada.
Concordo com tudo Samir. Inclusive com o trocadilho. E sobre o tempo, em um balanço da temporada, este é outro aspecto sem dúvida. Eheh!
Estava assistindo novamente esse episódio e também comecei a maratona pra me “preparar” para o season finale.
Mais alguns destaques: a Glória mostrou que também tem sentimentos. Parece ser durona com os corpos e tal, mas vimos um lado dela que até então não tinha sido mostrado.
E o William é sensacional. Confesso que ri muito quando ele chega pro Nathan na cena do crime e diz “E aí? O que temos aqui?” e depois fala que sempre quis dizer isso.
E agora, já assistindo os primeiro episódios da temporada, fiquei pensando… o William teve um poder de persuasão muito grande. Fez com que Lexie voltasse a ser Audrey. Não acho difícil nesse final de temporada ele fazer com que ela volte a ser a pessoa por quem ele foi apaixonado.
Vamos aguardar.