TeleSéries
Person of Interest – The Devil´s Share
30/11/2013, 10:08. Regina Monteiro
Reviews
Person of Interest
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Johnny Cash e The Devil´s Share estavam predestinados a se encontrar. Hurt é a canção que retrata, neste momento de perda, o que vai na alma de Finch, Shaw, Reese e Fusco. Quatro minutos que valem o episódio.
Hurt pode ser também um hino à memória de Carter. E é essa memória, que move o presente dos personagens, que vai impulsionar seu modo de agir. Mas essa ação vem eivada por marcas deixadas por um passado recente. E cada um, por sua vez, irá viver o conflito de, no presente, desejar agir como o faziam ou corrigir o que fizeram de errado, mas já não poder, porque, na sua convivência, eles foram modificados. E são os flashbacks que vão nos contar, como espelhos invertidos pelo qual se olha o presente, sobre como sentimentos e comportamentos construíram essas pessoas que agora tem que lidar com um misto de perda e culpa.
Finch, mesmo alertado por Nathan, ignorou a insistência com que a Máquina apontava a existência de efeitos colaterais: pessoas comuns que corriam perigo, mesmo não sendo uma ameaça terrorista. Uma atitude que fez com perdesse seu melhor amigo. No fundo ele se pergunta se a história não esta se repetindo, se ele não cometeu o mesmo erro novamente. E o peso da tragédia que pode se repetir cai sobre ele de forma devastadora. Finch deixa exalar por todos os poros a tensão e a ansiedade da qual é vítima.
A convivência com Reese, Finch, Fusco, Carter e Root podem ter afetado Shaw, ainda que seja somente para que ela consiga um avanço em direção à percepção emocional do outro. Entre deixar de matar e somente imobilizar, convenhamos que, para ela, já é um grande passo. Mas, talvez a objetividade com que ela olha o mundo, despida de sentimentos paralisantes, neste momento, seja a salvação de Reese. A perfeição técnica, citada no flashback, no presente, atende por um nome: Root. E cabe a Shaw fazer com que Finch tenha a coragem de fazer aquilo que em 2010 ele não pode fazer: abrir mão da segurança e se arriscar ouvindo o que a Máquina, insistentemente, mais uma vez, teima em lhe dizer.
Somente quando chegamos a Reese, é que a motivação que o sustentava no passado parece que vai fluir no presente. Se, para ele, os fins justificavam os meios, neste momento continuarão a fazê-lo. Por isso, nas mãos de Reese, não se tratava de dar uma opção a Alonzo Quinn. A sentença já havia sido determinada. Mas, por um instante ele parece hesitar, quando Finch tenta impedi-lo de atirar em Quinn. Neste momento, Finch sabe que se Reese fizer o que deseja, estará perdido para sempre, assim como Nathan. E Finch não consegue se imaginar vivendo com mais esta perda. Mas a redenção de Reese, afinal, vem da bala que não estava no tambor quando ele puxa o gatilho.
E então, um endereço escrito em um papel caído no chão e pensamos que viria pelas mãos de Fusco o que Reese e Shaw tentaram fazer e Finch impedir. Mas, em Person of Interest, devemos tomar cuidado quando damos de cara com o óbvio. Jonathan Nolan nunca opta pelo caminho mais fácil. E… será Fusco quem, finalmente, colocará em palavras, a metamorfose pela qual todos haviam passado desde que seus caminhos se cruzaram. Já não são mais os mesmos. São pessoas melhores. Não perfeitas. Simplesmente melhores. Um tributo a Carter. Um tributo a eles próprios.
Mas Person of Interest não doura a pílula. Assim como a vida, a série não se passa em um mundo colorido em tons pastel. A vingança vem na forma de justiça poética e também tem um nome: Elias.
A única que parece imune ao caos que se instalou ao seu redor é Root, talvez porque somente a ela foi dado conhecer uma parcela do que está por vir. Ou porque, se não conhece de fato, sua relação com a Máquina é tão simbiótica que não lhe importa saber o que acontecerá, mas apenas sentir o inevitável. Por isso é óbvio que ela iria voltar para a cela onde Finch a havia confinado. E diante da incompreensão desta simples verdade, representada pelo ato de Finch trancar novamente a porta, resta saber se ele continuará a atravessar a ponte que Shaw o forçou a construir para chegar a Root.
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Rê, você não achou um tanto despropositado a paixão repentina de Reese por Carter? Não sei se andei dormitando nos últimos epis., mas não percebi que ele estava ficando de quatro por ela, então levei o maior susto com a declaração dele, no instantinho que antecedeu a morte dela.
Estou doida para saber que diabo é esta ligação da Usuária com a Machine.
Oi bianca, já havia respondido. Algum dispositivo engoliu minha resposta. Vi uma entrevista do Jonathan Nolan em que ele dizia que o beijo não estava no roteiro mas eles resolveram deixar. Particularmente não gostei, achei que podia ter ficado na insinuação. Também quero saber no que vai dar essa relação da Usuária com a Machine, e o evento de que a Usuária tanto fala porque quero saber o que eles (equipe criativa) vão fazer para não virar ficção científica.
Para você ver, nem a insinuação eu havia percebido. Achava que era um enorme sentimento de amizade que havia se desenvolvido entre eles. E não é só por causa da revelação da paixão avassaladora: pô, o Reese, todo homem de aço (é, quase o super-homem), ficar completamente arrasado daquele jeito? Bem, mas isso é uma impressão minha, longe de mim querer criticar (no sentido negativo desse termo) o trabalho desses ótimos roteiristas.
Mas, olha só, eu adoraria que virasse ficção científica – é o tema que mais gosto nesta série.
Valeu, cara.