TeleSéries
Bones – The Dude in the Dam e The Fury in the Jury
17/11/2013, 16:03. Maria Clara Lima
Reviews
Bones
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Mudar é um verbo transitivo, assim como a própria essência dessa palavra. Transita de um lugar para outro; desloca, modifica e transforma. Mudança também é definida como renovação, é seguir uma nova direção.
O dicionário diz que mudar é perder os hábitos anteriores, e creio que esteja certo. Mas mudar não é fácil. Nunca é. Essa foi uma semana cheia de mudanças para os fãs de Bones. Cheia de episódios inéditos, cheia de expectativa e cheia de ter que ficar respondendo quem pergunta se a série vai ser cancelada ou não. A mudança da série para às sextas presenteou quem acompanha a história com o último episódio da segunda, The Dude in the Dam e o primeiro episódio em seu novo horário, The Fury in the Jury.
Com dois episódios medianos, Bones despertou nos telespectadores um sentimento arrasador. Estaria na hora do show acabar? Claro que não. Como toda mudança, vai levar um tempo apar acostumarmos com tudo isso. Mas se conselho for algo que deva ser dado em uma resenha, digo apenas uma coisa: relaxem, e aproveitem, não é todo dia que uma série chega ao nono ano ainda tão querida pelos fãs.
Apesar da audiência ter caído um pouco na sexta-feira, em comparação com os números da segunda, é preciso entender o contexto. Perceber que às sextas, adultos não ficam em casa, e que a série tem grandes chances de crescer em DVR. Realmente não acredito na jogada da FOX, que justificou a mudança de horário da série como uma nova estratégia de crescer os números da sexta. De fato, foram quase 30% maior com a estreia da série nesse horário, mas acho que a mudança foi uma falta de respeito. A série estava bem nas segundas, mas eles precisavam de espaço pras novas estreias.
Em geral, a Fox é uma emissora lamentável. Não é à toa que está entre a terceira e quarta emissora dos Estados Unidos, e nunca vai passar disso. Chamo a atenção que é preciso ter cuidado ao falar de audiência. Há muito barulho, e quase sempre por nada. Não vou dar uma lição sobre a análise desses números aqui, mas pensem no seguinte: se você tem um programa numa emissora que não é a mais assistida, como a NBC e ABC, você terá números desiguais.
A impressão que dá é que as pessoas acham que podem colocar tudo no mesmo nível. Outra coisa que influencia é o dia que a série vai ao ar. Sexta e sábado não é dia de ficar em casa, se você tem dinheiro e vida social. Ou seja, gente grande, o tal público-alvo, não assiste TV nesses dias. Se me permitem uma pequena comparação, Fringe, a outra grande injustiçada da Fox, terminou sua última temporada com uma média de público geral de 3 milhões e 1.o na demo. Então, sim, acreditem, Bones está bem.
Mas isso não é tudo. Se serve de consolo, sobrevivemos nove anos nesse ambiente questionável, isso para não classificá-lo de algo pior, ou mal criado, e não será agora que vamos desanimar. A Fox ainda depende das estreias da mid-season, pois querendo ou não, apesar de Sleepy Hollow e de The Following irem bem agora, Bones ainda continua sendo a única série consolidada do canal.
The Dude in the Dam
Quando eu soube que a Kathy Reichs tinha assinado o roteiro desse episódio, já contava com o desapontamento. Até hoje, não entendo o sucesso dessa mulher, já que para uma escritora reconhecida, ela tem uma narrativa bem medíocre. A única coisa que gosto em Reichs é o fato dela ter criado os romances da Dra. Temperance Brennan e eles terem virado uma série de TV. Fora isso? Ela não passa de uma grande diva do senso comum, um lugar onde detalhes não fazem a diferença.
Talvez por isso, o episódio não tenha me parecido tão ruim assim. Quando a gente não cria expectativas, ainda mais daquelas bem altas, fica extremamente mais fácil lidar com a pobre escrita de Reichs. Ainda mais sabendo que The Dude in the Dam era um extra da oitava temporada, sim, aceitar a história como ela foi não me pareceu impossível.
Digo isso porque já nos aproximamos da metade da nona temporada, e a série fica brincando com a inconstância entre ótimos episódios e aqueles que já esqueci. Mas é como eu disse, estou ajustando minhas expectativas. É melhor do que ficar com aquela ladainha de “não fazem mais episódios como a quinta temporada…”
O caso tinha cara de “eu já vi”. Marido com várias esposas? Eu já vi na sexta temporada. Vítima morta de maneira passional? Eu já vi em quase todos os últimos episódios. Um cara pai de várias crianças? Eu já vi em um ou dois episódios da série. Algo assim, fica difícil prender a atenção.
Claro que passei os quase cinquenta minutos do episódio torcendo para que tivesse alguma cena tórrida de amor entre B&B, já que nada mais emocionante eu poderia esperar da história. Mas muito pelo contrário, B&B estavam a beira de uma caricatura mal feita. Prefiro acreditar que os dois não teriam uma discussão boba sobre o modo de ler notícias. Tablet ou jornal? Acho que a Brennan estaria mais para “não dou a mínima sobre o modo que você se informa. Contanto que se informe.” É um tipo de discussão tão boba que me pergunto se a Reichs não teria uma pilha de louça sobrando para lavar.
Como nada pode ser muito profundo em uma história dessa autora, não me surpreendi que o tema do episódio era uma guerra entre Brennan e uma escritora medíocre. Bem parecido com algo que já vi na série também. Ou em duzentos de outros lugares.
A Bones é competidora? Sim. Não é muito sútil, também. Gosta de falar a verdade, quase sempre. Mas qual foi a parte do “eu estou aprendendo, eu estou evoluindo” que Kathy Reichs perdeu? A personagem passou anos deixando essas características não sobressaírem em seu convívio e, de repente, ela parece ter esquecido de tudo o que aprendeu.
Sinceramente não entendo essa mania em fazer a Brennan parecer estúpida, sendo que ela é uma das personagens mais genias e geniais das séries atuais. Uma personagem profunda, com dramas verdadeiros, e que vem sendo a condição de movimento da série desde seu princípio. É inaceitável deixar que isso aconteça com frequência.
A única, e digo única mesmo, coisa que me arrancou alguns olhares mais atentos foi o tal “filho” do Hodgins! Jefferson pode ser uma coisinha nojenta, mas foi o momento mais criativo do episódio.
Só Jack para pensar em algo tão bonito e altruísta como esse. Já que o doutor é apaixonado pela ciência. E a Angela, apaixonada pelo marido. Confesso que se o Hodgins fosse o meu companheiro, ele teria que passar dias longe de mim por criar uma larva de mosca em seu pescoço. Incrivelmente nojento, difícil de acreditar, mas muito, muito “Hodings”.
Esse foi o destaque de um episódio quase 4 estrelas.
The Fury in the Jury
Já o primeiro episódio das noites de sextas foi o salvador da semana. Não apenas pela cena da Banana Split, mas pelo esforço em fazer de Bones um procedural de excelente qualidade. Uma preocupação constante para o Hart Hanson, mas não tão aparente entre os mais novos escritores da série.
As pessoas devem se perguntar: Por que essa louca é tão obcecada pelo roteiro de Bones? Não pode simplesmente viver no mundo mágico do Tumblr, onde tudo é feito de gifs, eternizando os maravilhosos segundos que a série proporcionou durante todo o episódio?
Bom, a resposta é não. [Apesar de eu ter uma queda por gifs animados]
Me recuso a achar que Bones é feita de segundos. E sim, de momentos. Dentro de um conjunto maior, faz com que os quase 200 episódios da série sejam memoráveis para os fãs.
Sanford Golden & Karen Wyscarver escreveram um que será lembrado como Aquele com o Juri (Ou com a Banana Split). A dupla provou que para um episódio ser bom ele não precisa ser PERFEITO ou ICÔNICO, ele precisa realmente ser feito com cuidado.
Com uma Brennan menos bobona, tudo fica mais agradável de se ver. Além de temas importantes, como a identidade roubada da Cam e o casamento de B&B terem sido abordados. Adorei o fato deles terem mencionado o forçado tempo separados que eles estavam tendo que passar. “O mais longo desde a lua-de-mel”. E fiquei extremamente curiosa para saber quem é a tal “vadia” que está gastando a aparente fortuna da Dra. Soroyan.
A única coisa negativa do episódio foi a bipolaridade profissional de Sweets, que assim como a Angie da oitava temporada, tentou escapar de seu trabalho contra o crime, mas no final das contas, acabou sendo apenas um lapso temporário. Será isso culpa de um elenco principal fixo extenso? Quero acreditar que não. Dar história para todos eles não deveria ser tão difícil assim. Hart poderia aprender com a Shonda nesse quesito. Se ele prometer não esquartejar ninguém por audiência.
Fora isso, um episódio redondinho, no qual todos trabalharam em conjunto para pegar o bandido. Com certeza, compensou o episódio de segunda-feira.
Comecei essa resenha falando de mudanças. Gosto realmente da ideia de que a série mudou (e muito) ao longo dos anos. Amadurecendo com os fãs de outras épocas. Evoluindo com a turma que teimosamente resolveu ficar. Seja na segunda, quinta, terça ou sexta.
A maior mudança de todas é ter que se acostumar com a senilidade da série. Que já passou do tempo de novidade. Apesar de Bones ser a número um em nossos corações, ela deixou de ser prioridade para a Fox, para metade dos fãs, e fico triste em dizer, mas até para o Hart Hanson.
Espero apenas que com o passar das semanas, o amor e a diversão se mantenham. Esse tem sido um longo relacionamento, e assim como todos eles, manter o sentimento de que vale a pena estar ao lado é o primordial. As mudanças fazem parte de qualquer história. É isso que torna tudo mais interessante.
De resto, aproveitem. Pois até o que é sólido, pode um dia evaporar-se no ar.
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Eu adorei o episodio de sexta! O de segunda, nem tanto… fiquei triste com os números de Bones na sexta, mas não dá para esperar nada muito além disso. Uma pena o que a Fox está fazendo com a série =(
PQ a Fox é republicana.
A Fox não deixa B&B transar.
HAHAHAHA malditos republicanos!
Não sei como deixaram ela engravidar antes do casamento!
OUSADIA!
HAHAHAHAHA SOS!
Adorei os episódios, o de sexta mais do que o de segunda… vamos culpar a Reichs!
Não tenho muito o que dizer, como de costume tu diz tudo ^_^
Adorei a review!
Você só diz isso para não brigarmos. Sei de você…
Capaz! Eu digo isso pq eu não sei oq dizer mesmo >.< kkkkkkkkkkkk
Maria, o primeiro episódio eu gostei foi da “gravidez” mesmo
sendo absurda! Já segundo o que eu mais gostei nele é que ele me fez pensar na
justiça e nos casos de grande repercussão no nosso país. Será que as provas
destes casos eram suficientes para a condenação? Ou foram os sentimentos que
levaram os suspeitos a serem condenados?
Maria você reparou que o juiz é o mesmo do The Man on Death
Row?
Sobre os ratings acho que pode melhorar… realmente acho… porém isso depende bastante da determinação da fox em fazer propaganda. Vou ficar otimista e meditar para um 1.5 de demo.
A fox liberaa “Sexcho ” jáa ajuda na audienciaaa
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