TeleSéries
Dracula – A Whiff of Sulphur
04/11/2013, 10:14. Gabriela Pagano
Reviews
Dracula
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Depois de um primeiro episódio visualmente pomposo, mas pouco energético em termos de enredo, Dracula apresentou uma segunda semana avassaladora. No excelente sentido. Em A Whiff of Sulphur (Um Cheiro de Enxofre, na tradução) Jonathan Rhys Meyes estava mais Dracula do que nunca. Se no primeiro episódio ele já parecia ser a escolha adequada para o personagem, agora este é um fato consumado. Adorei as nunces na voz dele, como ele deixava a voz mais rouca, quase como uma serpente, nos momentos de fúria maior. Parecia que ele estava muito mais confortável com o personagem no episódio de agora.
Muito pode se dever pela qualidade do enredo que, sem dúvidas, melhorou muito. Esse segundo capítulo foi mais dinâmico, mais convincente e convidativo para que acompanhemos o terceiro, para então descobrirmos o desenrolar dessa história charmosa, instigante e imprevisível. Porque assim foi Dracula em sua segunda semana!
Ainda não consigo analisar muitos dos acontecimentos da série, porque, até aqui, conhecemos apenas fragmentos de algo maior, de uma história de obsessão pelo poder, de vingança, de conspirações. Aliás, esse é um problema na série. Por vezes, eles apresentam alguns fatos sem nos explicarem o contexto por completo e, aí, a gente fica perdido, na dúvida se esqueceu alguma coisa, se não acompanhou o raciocínio direito… Até que, vários minutos depois, a gente se depara com o restante da informação. Isso pode tornar a experiência de assistir Dracula um pouco cansativa, mas, ainda assim, as atuações tão eficientes, os cenários luxuosos e enredo sedutor fazem a série, no final das contas, valer a pena.
O Dracula da NBC é um vampiro educado, extremamente cordial com as pessoas, enquanto o Jonathan Harker é quase irritante. O vampiro dos livros é mesmo um homem refinado e, se não fosse a sede por sangue impiedosa, jamais seria um vilão. Então, até aí, a série não é diferente da obra literária. Mas essa versão ambiciosa (e engomadinha) do Harker está um tanto patética. A hostilidade dele com a Lucy não faz muito sentido e não chega a ser divertida, como deve ter sido a intenção dos roteiristas. Até pensei que corria o risco de Dracula, o vilão, virar o “mocinho”, e Jonathan, que nos livros é um homem absolutamente íntegro, se transformar no anti-herói. Depois, quando o Dracula matou aquela mulher a sangue frio, vi que não era o caso, mas, mesmo assim, o Harker tem tudo para se transformar em um daqueles personagens que a gente torce para que o Dracula mate logo e suma da história. Também torço para que o vampiro se aproxime de Mina de uma vez por todas. Não shippo os dois ainda, mas eles formariam um casal interessante, não dá para negar. Aquela cena da carruagem foi uma das mais legais do episódio, deu para notar que o Rhys Mayers e a Jessica De Gouw esbanjam química e existe certa cumplicidade no olhar. Enquanto a Mina era só sorrisos para o “empresário americano” recém-chegado, “Alexander Grayson” tinha um olhar misterioso delicioso, desses que a gente adoraria que fossem lançados para a gente.
Por falar na cena da carruagem, toda série joga algumas frases de impacto aos espectadores e todo roteirista deve viver por esse momento, o clímax de sua genialidade. Dracula apresentou uma reflexão que achei linda e que serve para o meu momento, até encheu meus olhos de lágrimas. “Em se tratando de sonhos, você pode até vacilar, mas a única maneira de realmente falhar é abandoná-los!” Isso tudo sendo dito com aquela voz profunda e olhar sedutor do Rhys Meyers. Nem preciso dizer que vi e revi mil vezes, né?
Mais uma coisa sobre a sequência na carruagem. Quando Renfield parou a Mina na rua e Dracula abriu a porta do carro, dizendo “Bom Dia”, logo ele olhou para o céu, para nos mostrar que, apesar de ser dia, era um dia de chuva (então, tudo bem um vampiro estar na rua). Achei engraçado como foi tudo explicadinho. Depois, deu para ver que também justificava a oferta de carona à Mina, que estava à pé. Mas, com certeza, os roteiristas quiseram deixar tudo bem “amarradinho” naquela cena.
Já a relação do Dracula com o Van Helsing ainda me soa estranha. Van Helsing trazendo Dracula de volta para se unirem em um plano de vingança? Ah, por favor. O Van Helsing também tem aparecido muito pouco na série e ele é um personagem com tanto potencial. Adoro o humor que envolve a relação dele e do Dracula – ainda que, no contexto da cena, não haja nenhum humor implícito naqueles diálogos.
Estou curiosíssima para saber como vai se desenvolver essa história de o Dracula querer andar no sol, ser como um homem normal (algo que Van Helsing acredita que ele nunca será). Também achei interessante o vampiro dizer que logo as pessoas começarão a notar a aversão dele pela luz do dia, deixou a história mais real.
Outra curiosidade: por que Mina se parece tanto com a ex-esposa do Dracula? Seria mesmo uma reencarnação? Provavelmente, sim. Caso contrário, o romance perderia um pouco do encanto.
Para finalizar, quero ser paradoxal e falar da abertura… Demais! No primeiro episódio, quando só colocaram o letreiro de Dracula na tela, pensei “Eita, que coisa mais pobre, não acredito que vai ser isso”. Mas, agora, com “tudo nos conformes”, Dracula foi charmosa do começo ao fim.
FIM.
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Estou adorando a série… Tenho lido umas reviews cheias de mimimi – a sua foi ótima e realista! Parabéns!
Nossa, muito obrigada, Fabiana!a Espero que você volte sempre, então 🙂 hehe Também estou adorando Dracula, que venham mais episódios!
Então Gaby, como prometi dei mais uma chance a ‘Dracula’.
Essa semana o episódio foi melhor mesmo e as cenas tiveram mais continuidade…. Eu aposto que logo logo o Dracula ficará com a Mina e muitas pessoas tentaram destruir esse casal, principalmente o atual namoradinho dela, depois da revelação Machista com M maiúsculo que ele fez sobre ela. Mas também a série se passa em que ano mesmo? Muito tempo atrás, rs.
Tenho mais uma pergunta pra lhe fazer: vampiro não consegue ter a sua imagem no espelho certo? Como aquele casal que estava na cama conseguiu esse fardo? Rs, achei um pouco estranho isso.
Mas eu tenho certeza de que os roteiristas estão guardando o melhor para o final. Só desejo mais cenas como aquela do Dracula matando a pobre mulher. Muito doido mesmo.
PS: A abertura é sensacional. Umas das melhores de todos os tempos das séries! =) Beijão!
Espero que ele fique com a Mina logo mesmo e os roteiristas não deixem isso só para o finalzinho da temporada (meu receio!). Aquele Harker está meio mala, eita!
A série se passa no século 19, mas tem cara de dias de hoje, né? Acho que esse é um problema de Dracula… É série de época com muita modernidade. Tem horas que não convence. Mas é boa, anyway hahaha
Eles conseguiam se ver no espelho porque eram videntes, não vampiros =]
A cena do Dracula matando a mulher a sangue frio também me chamou a atenção. Será que vão explorar o lado “vilão” do Dracula mais e mais? O Rhys Meyers, antes da série estrear, dizia isso, que Dracula “é um monstro” e ponto final. Se assim acontecer, haja coração pra tantas emoções!
Obrigada pelo comentário mais uma vez, Arthur! Vamos seguir vendo! ;))
Achei que fossem vampiros rs! Tenho a teoria de que eles vão fazer com que o Dracula seja o mocinho até a meados da metade da temporada e depois os papéis se invertem. Vai ser muito mais legal vê-lo como vilão, pois teremos mais sangue assim.
Como você disse vamos seguir vendo e torço também para que a audiência aumente! =)
“Tenho a teoria de que eles vão fazer com que o Dracula seja o mocinho até a meados da metade da temporada e depois os papéis se invertem.” – Também acho. E, se assim for, o final de temporada vai pegar fogo! o/
Estou curtindo Drácula. Eu gostei do piloto, justamente por ter fugido das “crepusculice” da vida! Mas estou com medo de encaminharem o personagem para tal – a questão dele andar na luz, bem diz isso! Mas eu to curtindo a atmosfera. Os produtores de Downton Abbey estão caprichando nos detalhes desta série.
Uma coisa que incomoda é o Johnathan. Ele esta refazendo o Henrique VIII, só que agora ele é um vampiro hahahaha.
Eu verei até o fim da temporada, até porque serão só 10 episódios. Mas no geral, estou curtindo.
Parabéns pela review 😀
Pois é, essa coisa dele querer andar no sol tem dois lados: o lado da bizarrice, de estragarem, mais uma vez, uma história clássica, mas, ao mesmo tempo, é um dilema existencial interessante, que pode render bastante. Tô que nem você: com um pé atrás, mas cheia de esperança ;P
Hahahahaha nossa, não liguei o Dracula ao Henrique VIII, mas o JRM vai ter sempre essa cara de “bad ass”, não adianta!
Obrigada pelo comentário! =]]