Elementary – Ancient History

Data/Hora 28/10/2013, 21:57. Autor
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Estou aqui em um dilema. Não posso mais dar nota 5 aos episódios de Elementary, porque, a cada semana, a história melhora e fico impossibilitada de aumentar minha avaliação. Mas o episódio da semana passada foi tão, tão legal, que, me desculpem, mas não posso dar outra nota que não seja 5 – e que venham os próximos capítulos!

O episódio começou com um cadáver ensaguentado ao chão. Depois, uma amiga de Watson a procurou para falar de um amor mal resolvido, um fotojornalista que ela conheceu há um ano e, desde então, não tivera mais notícias. Ela queria que a ex-médica-agora-detetive encontrasse, quem ela acreditava ser, o amor de sua vida. Nessa hora, já pensei “Coitada, que trágico! É o cadáver da primeira cena.” Felizmente, para ela e para a gente, não era. O buraco, com o perdão do trocadilho, era mais embaixo.

Essa semana, Sherlock estava entendiado com o baixo índice criminal de New York City e decidiu ir até o necrotério pesquisar defuntos em potencial; potencial para um caso complexo. Eis que um dos corpos, um rapaz que morreu durante um acidente de moto, revelava algo mais: antes de partir, o homem havia, também, mandado outra pessoa “dessa para a melhor”. As investigações começaram, em meio a uma história de criminosos russos (sempre eles, coitados), e Sherlock, como sempre, concluiu a investigação com louvor. O fato de a mulher do morto ter a ver com tudo não me surpreendeu, pois já tínhamos visto enredos nessa linha antes. E, apesar de ter sido uma boa história policial, esse não foi o ponto alto do episódio.

O que mais gostei foi o senso de humor de Holmes, que estava mais “impossível” do que nunca. Depois de a temporada se inciar com quatro capítulos bastantes densos, agora, foi a vez de dar uma respirada, acompanhar algo mais leve. E Sherlock nos ofereceu todo o sarcasmo típico do personagem – mas, como estamos falando de Elementary, esse sarcasmo é diferente, mais “bobo da corte” do que “tia megera”, como nos livros.

Primeiro porque, quando Watson pediu a ajuda dele para encontrar o ex-affair da amiga, ele classificou o caso como uma “caça ao ganso selvagem”. E durante o tempo todo ele se referiu ao caso com muita, mas muita ironia (sugeriu que a “mal amada” contratasse um gigolô e, depois, perguntando se a moça era bonita, disse que ele mesmo poderia fazer “o favor” de graça). No final, veio a explicação para tamanha chacota: ele era o “fotojornalista” que Watson procurava, já que tinha se envolvido com a amiga dela depois de segui-la uma noite, quando ainda eram meio desconhecidos um para o outro. No momento em que ele disse isso, pensei que fosse brincadeira, mas era sério: Sherlock dormiu com a moça e a deixou apaixonada! Mais irreverente do que isso só o fato dele ter ido até ela, confessar tudo e, mais uma vez, oferecer seus talentos sexuais. Ainda dava para melhor e a Watson deu o troco, sugerindo que ele havia engravidado a amiga dela! Que bagunça virou essa história do Sherlock Holmes, hein? Que nível! Mas, confessemos: uma bagunça deliciosa!

Não sei se é coisa da minha cabeça, mas a impressão que eu tenho é que, quando a Watson conhece alguém ou vai sair para a noitada, o Sherlock fica enciumado. Ela, não. Mesmo sabendo das aventuras de Holmes com a amiga, dava para ver que ela até achou alguma graça da situação. Mulher no controle na casa dos Watson-Holmes.

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Para dar ainda mais encanto a toda essa bagunça que foi ao episódio, só mesmo citarem o Brazilian Day (a Globo deve ter comemorado) em meio a isso tudo. Brasileiro, pegação, pelo jeito, tem tudo a ver. Mas nem acho que eles denegriram a imagem do nosso país, nem nada. Ou, se assim fizeram, já vimos coisas bem piores em séries de TV americana. Se foi o Brazilian Day, eu não sei, mas Ancient History foi, com certeza, Sherlock Day. Melhor para a gente.

O episódio teve só um momento mais emocional, quando Holmes e Watson abordaram a mulher do homem morto no acidente de moto, pela primeira vez. Julgando que ela não sabia do passado do marido, um ex-assassino profissional, Sherlock tentou dar apoio à viúva, tentando confortá-la com suas próprias experiências trágicas no amor. Ele está cada vez mais humano e isso é lindo! Aliás, Moriarty é tão mencionada na série que, com certeza, ela ainda irá dar as caras nessa temporada. Ansiosa!

p.s.: o que foi aquela esposa do homem morto? E o pior de tudo é que a atriz era realmente americana. Lenta daquele jeito, falando em soquinho, não dá. Time is money e paciência tem limite, pessoal.

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  1. biancavani - 29/10/2013

    Um dos aspectos mais legais da série é que não segue o esquema (batido) de assassinato – telefonema para Sherlock/Watson – investigação/resolução do crime. Neste epi, por exemplo, Sherlock, por falta de um crime melhor, vai dar uma geral nos cadáveres e acaba descobrindo que um morto matou alguém, cujo corpo ninguém sabe-ninguém viu. rsrs. Demais!
    E o hot, hot, great lover de uma noite da amiga de Watson ser Sherlock foi ótimo. Eu nem sonhava que fosse isso.

  2. Gabriela Pagano - 29/10/2013

    A série, com certeza, criou sua própria história, seu próprio plano de fundo, de forma fantástica. E olha que as possibilidades de isso dar certo eram mínimas… Respeito os roteiristas e criadores de Elementary!

  3. biancavani - 29/10/2013

    Mas será que as possibilidades de dar certo eram mínimas? O roteiro era bom, havia inovações que garantiam o interesse (pois não dá para simplesmente transpor a obra literária, cujas histórias já são muito conhecidas), atores ótimos…
    Acho que foi mais aquela história de “Ah, Sherlock é melhor”, “Ah, americano destrói as obras britânicas”. Ou então, como alguns falam de Game of Throne: “Ah, não está igual ao livro, logo, é uma droga”. Ou então aquela “lógica”: “Gosto de Sherlock, logo, não gosto de Elementary”.

    Não é?

  4. Gabriela Pagano - 29/10/2013

    Hahahaha Não sei, pode até ser que sim. Pessoalmente, assistir Sherlock e amar a série britânica nunca foi um problema. Sempre achei que “quanto mais Sherlock Holmes, melhor” haha Mas, no começo, o que me incomodava mesmo era “o” Watson ser “a” Watson e Holmes ser mais “vida loka” do que irreverente (quando ele apareceu sem camisa no primeiro episódio, fiquei chocada, não imaginava SH assim! fiquei escandalizada mesmo auhahau). Achava que todas essas mudanças faziam com que história e personagens perdessem a essência. Mas, depois, eu e a história fomos nos encontrando e o amor prevaleceu 😛

  5. Hugo Hashimoto - 01/11/2013

    Bom, esse episódio foi bem mais leve que os anteriores, mas ainda sim foi muito bom. É como você disse no seu texto, Gabriela; o caso em si até não foi tão brilhante e eu suspeitei da mulher um tempinho depois que eles deram a notícia pra ela. Aquele sotaque não seria só pra enfeite naquela situação. XDD

    O que vendeu o episódio foram as situações cômicas, sim. Eu ri muito quando o Sherlock falou pra Joan que era ele o cara que tinha ficado com a amiga dela, heauhuaheua! Foi totalmente inesperado, mas foi muito bacana.

    Ah, e essa “falta de casos que valham a pena” me lembrou muito um episódio da série britânica, que o Sherlock também está entediado e sem casos realmente interessantes. Acho que não importa qual Sherlock seja, eles sempre vão ser desse jeito, hahaha. XD

  6. Gabriela Pagano - 01/11/2013

    Ah! É verdade. Lembro desse episódio em Sherlock. A diferença é que, enquanto o Holmes da versão britânica dá pulos de alegria ao se deparar com um caso macabro, o da versão americana é um pouco mais contido e “odeia estar certo”. O que é muito legal, anyway! :-))

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