Person of Interest – Razgovor


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Um episódio que trouxe algumas das  características que fizeram de Person of Interest uma série singular: pontos de virada inesperados; uma trama menor como parte de um conflito maior, que é anunciado, a conta gotas, durante o desenvolvimento da temporada; histórias contadas em flashback e personagens que vão sendo humanizados através de sua história.

Duas surpresas estavam reservadas para o final do episódio: o confronto entre Carter e Laskey e a volta de Root. No primeiro caso, ponto para Carter que conseguiu surpreender Laskey, revelando o que sabia sobre ele ao mesmo tempo em que o enredava em uma armadilha. Ponto, também, para os roteiristas que conseguiram criar uma seqUência em que houve suspense na medida, para despertar uma certa apreensão quanto ao destino do personagem.

Ao mesmo tempo, Root está de volta e dessa vez ela vai levar Shaw. Pergunto-me para que, já que ela está sendo orientada pela Máquina. O que me leva a uma outra pergunta: por que Root pode falar e ouvir a Máquina se com Finch ela só se expressa por códigos? Por quê uma maior intimidade com Root do que com Finch?

Razgovor foi também um episódio para que se pudesse conhecer melhor Samantha Shaw (ou Sameen?). E só por isso o meu perdão por Reese, novamente, nesta temporada, ter feito apenas “figuração”.

Os flashbacks voltaram como artifício recorrente para contar a história dos personagens e elucidar características de sua personalidade. Desta vez nos foi possível conhecer um pouco da vida de Shaw quando ela perde o pai em um acidente de carro.

No presente, através de seu contato com Genrika, uma menina precoce perseguida pela máfia russa, é revelado um pouco mais sobre o personagem. Incapaz de qualquer outro sentimento que não raiva, ela move-se, nas palavras da menina, como um robô. Mas, no decorrer de Razgovor, a determinação que lhe é característica, passa a contar com um novo ingrediente: empatia. Genrika consegue atingi-la de uma forma que nem Shaw se dá conta. E, ao final do episódio, quando elas se despedem, Shaw pode não ser a mesma. Talvez, ao presenteá-la com a medalha da Ordem de Lenin que pertencera a seu avô, a menina tenha começado a despertar sentimentos adormecidos dentro dela. Talvez, Genrika, sem o saber, tenha tocado na porção Andrew Martin (o complexo robô interpretado por Robin Williams em O Homem Bicentenário) de Samantha Shaw.

Mas Samantha Shaw é interessante não somente pela estrutura ficcional do personagem. Sua presença na série é, de diversas formas, um paradoxo. A forma como a ação é desenvolvida ainda é a mesma daquela com que nos acostumamos durante a primeira e segunda temporadas, portanto Reese, Finch, Carter, Fusco e Zoe são a medida exata para o desenvolvimento da história sem que se fique com aquela incômoda impressão de que alguém está sobrando. Exceto em Reasonable Doubt, onde os personagens tiveram uma participação equilibrada, nos outros episódios ainda perdura a sensação de que há um funcionário graduado fazendo serviço de office boy. E, embora a série tenha crescido em intensidade dramática desde a sua estréia, espero que Reese não fique relegado à condição de “garoto de entrega”.

Portanto, temos Shaw e Reese, dois personagens que possuem a mesma intensidade dramática, o mesmo carisma, a mesma competência profissional, disputando o mesmo lugar na série. E este é um dos aspectos que adquire o paradoxo Samantha Shaw: ao mesmo tempo em que ela, deste ponto de vista, encaixa-se perfeitamente na história, a estrutura da história não se adequa a ela.

Por outro lado, o carisma do personagem, desperta o desejo de que ele permaneça na história. De que haja um lugar adequado para ele, que não seja este, que até agora está sendo emprestado por Reese. E este é outro paradoxo do personagem: ao mesmo tempo em que amamos Reese é possível amar também Samantha Shaw, mesmo percebendo que o mesmo espaço não pode ser ocupado pelos dois.

O que será feito de Samantha ainda é uma incógnita, mas que, em meio a essa readequação dramática, que a série continue a evoluir e a voltar aos eixos como tem feito nesses dois últimos episódios.

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  1. biancavani - 24/10/2013

    Rê, também notei que Reese ficou pouco tempo em cena, neste epi., mas depois cheguei à conclusão de que este foi um epi especial para Shaw – até mesmo contou coisas de sua infância, não ia dar tempo mesmo para aquele bonitão ficar muito tempo em cena. Seja como for, se tem um ator que vai sobrepujar todos os outros , vai ser o Bear, rsrs.

    Uau, agora aquela paranoicona sequestrou Shaw! Em outro epi ela fez o mesmo com Mr. Finch, mas Shaw, fisicamente, consegue se defender (até atacar) mais que ele. Vamos ver o que vai dar.

  2. Regina Monteiro - 25/10/2013

    Ahahah! Sabe que na review do episódio passado eu quase coloquei o Bear na relação dos personagens da série.

  3. biancavani - 25/10/2013

    Aquele cachorro é um gato, né?

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