Plano de Aula – O Realismo literário de ‘Capitu’

Data/Hora 15/10/2013, 09:34. Autor
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Plano de aula desenvolvido por Ana Botelho, estudante de Letras e colaboradora do TeleSéries.

Objetivos

– Introduzir as características do Realismo no Brasil.

– Entender os temas abordados pela escola literária.

Comentário introdutório

O Realismo surgiu, no Brasil e no mundo, como uma reação contra o Romantismo. No Romantismo, havia a valorização do sentimento, sendo os principais temas abordados os amores platônicos, a morte e seus mistérios.

Com o surgimento do Realismo, o sentimento e os mistérios da vida ficam um pouco de lado e entram em cena um homem mais crítico, uma literatura voltada aos problemas sociais e elementos do cotidiano.  Sua  primeira fase é baseada na análise das classes menos privilegiadas da sociedade, com enfoques políticos,  e sua segunda fase no estudo comportamental dos homens que compunham as classes inferiores da sociedade brasileira.

Vale lembrar que, no Brasil, o Realismo inicia-se em 1881, com o romance realista Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.

Estratégia

– Leitura e interpretação de um capítulo do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas.

– Discutir em sala com os alunos alguns conceitos:

* como o Realismo eclodiu no Brasil

* quais são seus principais temas

* qual sua importância para a sociedade

* qual era o perfil dos seus autores

–  Escolher um dos temas propostos pela escola literária e trabalhá-lo em uma atividade diferenciada.

 

Atividades

1)      Em grupos, os alunos assistirão ao episódio piloto da série Capitu (adaptação de Dom Casmurro para a televisão) e irão analisá-lo e identificar quais os temas do Realismo que puderam observar no piloto da série.

2)      Em seguida, o professor deve criar uma roda na sala de aula para que os alunos possam debater sobre os resultados encontrados.

3)      Propor uma aula em que se possa fazer uma análise comparativa entre os enfoques dados pelo Realismo e no que se assemelham, nos dias atuais, esses temas.

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  1. Uziel - 10/12/2013

    Usar “Capitu” para explicar o realismo só porque os livros didáticos dizem que “Dom Casmurro” é realista? Meio puxado…

  2. Patricia Cardoso - 11/12/2013

    Concordo, até porque quais características realistas encontramos em Capitu? Machado faz justamente o contrário desconstrói as correntes realista uma vez que escreve com a pena da galhofa e a tinta da melancolia.

  3. claralmm - 11/12/2013

    Essa é uma boa pergunta, Patrícia. Acho que é exatamente a discussão que se deve ter na aula. “Quais características realistas encontramos em Capitu?”, elas preenchem os requisitos de uma obra realista brasileira? Há obras “puras” dentre as escolas?

    Bom, antes de desqualificar o conteúdo da postagem, acho que valeria a pena ler o post criticado.

  4. claralmm - 11/12/2013

    Bom, Uziel. Levando em consideração que esse plano de aula é para o nível médio e não estamos analisando a obra, apenas abordando dois objetivos: – Introduzir as características do Realismo no Brasil.

    – Entender os temas abordados pela escola literária.

    – Entender os temas abordados pela escola literária.

    Por meio da leitura de Memória Póstumas de Brás Cubas, e não de Dom Casmurro, e discutir essas caraterística usando de forma lúdica um capítulo da minissérie Capitu, acredito que o Plano de Aula está completamente de acordo.

  5. Ana Botelho - 11/12/2013

    Uziel, nunca vi, na verdade, um livro didático atribuindo Dom Casmurro à academia realista. E nós pensamos em usar Capitu, o seriado, e não nos prender no livro Dom Casmurro. O TeleSéries é um veículo ligado a séries, tanto do canal aberto quanto do fechado, então qualquer matéria ou especial, nós tentamos fazer uma ligação com algum seriado. Nesse caso, nós usamos a minissérie Capitu, inspirada em Dom Casmurro. Em momento algum afirmei que Capitu, o seriado, tampouco Dom Casmurro, a obra, eram realistas. A atividade serve, aliás, para que os alunos procurem achar características realistas e saibam enxergar se o seriado as possui ou não.
    E respondendo à Patricia, é muito difícil atribuir ao Machado a concepção de uma única escola literária. Ele andou por todos os gêneros e foi tão genial e único, que Machado, só por ele, já é considerado para nós, letristas, uma escola em si. Ele introduz o Realismo no Brasil com Brás Cubas, mas também tem uma fase naturalista. Ah, ainda, alguns laços herdados do Romantismo como, por exemplo, em Helena.
    Embora os críticos, hoje em dia, chamem Brás Cubas, Dom Casmurro E Quincas Borba de “tríade realista” do Machado, existem evidências em suas obras de mais uma escola literária que é o impressionismo. Machado realmente não compactua com toda a esquematização do Realismo porque, como eu já disse, ele tinha um jeito único de escrever. Mas, por um outro lado, se o Realismo veio para criticar a sociedade, “abrir” os olhos, criar coragem para falar dos problemas da sociedade, e romper com aquela figura correta e perfeita da mulher romântica, então sim, Capitu, a minissérie, tem traços realistas. Uma vez que a obra em si retrata o homem entre o liberalismo e as antigas tradições escravocatas e destroi a imagem da amada, no caso Capitu, percebe-se, claramente, alguns traços realistas e é exatamente isso que os alunos deveriam reconhecer em sala de aula.
    Espero ter ajudado e agradeço as críticas =))

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