No Dia Mundial Sem Carro, tire sua bicicleta de casa


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O trânsito. Aquele inconveniente do dia-a-dia que já deixou muita gente estressada, furiosa, desanimada. Doente. Se você mora em uma cidade de médio ou grande porte, já passou pelas dificuldades trazidas pelo excesso de veículos automotores: congestionamentos, acidentes e muita, muita dor de cabeça.

Desde o surgimento dos automóveis com motor de combustão interna à gasolina, no final dos anos 1800, a produção de automóveis só fez crescer. Se no início os carros eram artigo de luxo e fator de distinção social, com o passar do tempo sua popularização fez com que o panorama mudasse gradativamente. Hoje, é, especialmente, o preço e a marca do automóvel que ficam encarregados dessa distinção. Cada vez mais pessoas possuem carros. E nem poderia ser diferente. De acordo com a Worldometers, em 2012 se quebrou a marca dos 60 milhões de carros de passageiros produzidos no mundo todo. Em 2013, esse número tende a aumentar, já que até agora foram produzidos cerca de 49 milhões de veículos de passageiros. Com isso, já atingimos a alarmante marca de um carro para cada 11 habitantes, em nível mundial. Marca que não para de crescer.

Preocupadas com a precarização do trânsito, autoridades francesas instituíram na França, em 1997, o dia 22 de setembro como o Dia Mundial Sem Carro (ou ainda Sem Trânsito). Aqui no Brasil, a data passou a ser celebrada em 2003. A maior preocupação das autoridades, nessa data, é trabalhar a conscientização do público para uma utilização mais racional e segura do trânsito, bem como propor novas formas de mobilidade, visando reduzir a quantidade de veículos nas estradas.

E uma das formas de transporte mais estimuladas e promovidas, atualmente, é a bicicleta. Isso porque apesar dela ser o meio de transporte mais utilizado no mundo, sua utilização é baixa exatamente nas áreas que tem o pior trânsito.

Na esteira da criação de uma nova geração de ciclistas, vêm as campanhas de conscientização de motoristas e ciclistas, visando uma coexistência harmônica entre os públicos e a redução do número de acidentes. As autoridades desejam que peguemos a bicicleta e sigamos para a rua. Mas com segurança. Milhares de pessoas simplificando suas vidas dia após dia.

E assim como na vida real muitas pessoas optam por simplificar sua vida e fazer sua parte para evitar quilômetros de congestionamento e muitas horas perdidas no trânsito, vários personagens dos seriados também preferem fazer sua parte pedalando. E não é de hoje.

Ah, os saudosos anos 80. Naquela época, sem tanto acesso às novidades tecnológicas e praticamente sem acesso à internet, os adolescentes passavam mais horas na rua, se divertindo e jogando papo fora com os amigos. E Kevin Arnold, de The Wonder Years, fazia boa parte de suas atividades preferidas a bordo de sua bicicleta. Ao ir para a escola, sair para brincar na rua e para encontrar os amigos de bike, Kevin representou muito bem uma geração de adolescentes que tinha na “magrela” a melhor amiga. E, sem dúvida, de todos aqueles que adoram utilizar suas bicicletas não só como meio de locomoção, mas também de lazer.

Mas engana-se quem pensa que andar de bicicleta de um lado para o outro é coisa típica de criança ou adolescente. Até mesmo os mais poderosos adultos costumam fazer bom uso do meio de condução. Que o diga a poderosíssima Phoebe Halliwell, de Charmed, que só foi adquirir um carro lá pela quinta temporada do seriado.

Aliás, falando em adultos, vários deles utilizam a bicicleta para fazer as atividades cotidianas. Charlie Eppes e Amita, casal de Numb3rs, é um clássico exemplo disso.

O Phil, de Modern Family, também. E, além de usar a bicicleta como meio de transporte, ele ainda estimula o uso dela pelo restante da família. Diversão consciente e saudável. Inclusive, Phil tentou utilizar a nova bicicleta de Luke para dar uma lição sobre responsabilidade no garoto. Família que pedala unida, permanece unida (e nos garante algumas boas risadas).

Ah, isso sem falar em Mike Ross, de Suits. Desde o piloto pudemos notar que ele usa a bicicleta para passear e ir ao trabalho – e sempre com muita segurança, já que o capacete é seu companheiro diário. No apartamento dele, inclusive, podemos ver a companheira diária repousando suavemente na parede. O moço prova que você pode contribuir para um trânsito melhor (e ainda chegar mais rápido) e continuar lindo e charmoso em um terno bem cortado.

A bicicleta é uma marca tão característica de Mike – e, consequentemente, de Suits – que foi utilizada para promover a segunda temporada do seriado a USA Network se uniu à Mr. Porter – marca especializada em vestuário masculino – e colocou nas ruas um exército de modelos lindos em ternos chiques e bonitos. E, é claro, pedalando suas bicicletas. Você pode ver mais sobre a campanha no Curitiba Cycle Chic.

E há também personagem que usa o ciclismo como parte integrante do seu estilo de vida. Adam, de Girls, anda exibindo sua esquisitice fofa de um lado pra outro, em cima de uma bike – até carona para Hannah ele deu. E o meio de transporte casa completamente com a personalidade mais zen e alternativa do moço – e com a proposta do seriado, de mostrar jovens adultos sem muita grana -. Muito embora isso não seja propriamente explorado no seriado, dá pra ter certeza que faz parte dos princípios de Adam andar a pé, de metrô ou de bike, para contribuir para um mundo menos complicado.

E em se tratando de ciclismo, não poderíamos deixar de citar Pacific Blue. Afinal, a série era, de certa forma, sobre as bicicletas, já que os policiais do Departamento de Polícia de Santa Mônica utilizavam exclusivamente esse meio de transporte para patrulhar as praias da região. O seriado – também da USA Network – foi exibido entre 1996 e 2000, deu exemplo em seus 101 episódios.

Depois de ler sobre esses ciclistas da televisão, você resolveu virar ciclista em sua cidade também? A Simone Miletic, nossa colaboradora que entende muito sobre o assunto e vai de bike com frequência, preparou dicas valiosas pra você fazer sua parte com segurança:

1. Você precisa lembrar que a bicicleta é um veículo. Por este motivo está sujeita a alguns deveres previstos pelo Código de Trânsito Brasileiro: o ciclista não pode andar na contramão, já que isso confere uma falsa ilusão de segurança enquanto, na verdade, aumenta os efeitos de uma colisão e consequentemente os riscos para o ciclista; o ciclista não pode transitar na calçada; o ciclista deve se manter nos “bordos” da – sim, o termo é antigo e infeliz, mas ele apenas quer dizer que devemos nos manter nas laterais da pista. Lateral da pista é diferente de sarjeta: não ande nunca na sarjeta! Além das irregularidades, que podem tirar seu equilíbrio, você deixa a impressão para o motorista de carro de que ele pode ultrapassá-lo sem trocar de faixa, o que não deve acontecer.

2. Sim, o ciclista e o motorista não devem ocupar a mesma faixa. Para ultrapassar um ciclista o motorista deve trocar de faixa, sempre lembrando de manter a distância mínima de 1,5 metro da bicicleta.

3. O uso do capacete não é obrigatório. Segundo o Código Brasileiro de Trânsito os equipamentos obrigatórios se referem a iluminação – quanto mais visível você for, mas seguro para você – e ao uso de um pequeno espelho retrovisor nos casos de bicicletas de aro superior ao 20. Contudo, vale usar tudo que te faça sentir mais seguro, incluindo capacete e, até mesmo, cotoveleiras.

4. Falando em iluminação, seja visível. Use roupas que façam com que os outros te vejam, principalmente a noite. Luvas são um acessório importante também: além de proteger suas mãos no manejo do guidão, elas evitam que você corte ou raspe sua mão em uma eventual queda.

5. Quanto às roupas, pode tudo, desde que você se sinta confortável.  A Simone prefere o chamado cyclechic, que consiste em usar roupas mais arrumadinhas para pedalar. Mas nada impede que você se concentre no o bom e velho trio camiseta, bermuda e tênis. Conforto fará com que você tenha mais segurança, e cabe a você encontrar o seu estilo.

6. Use as vias alternativas. É comum quando usamos veículos por muito tempo nos acostumarmos com as grandes avenidas como caminho obrigatório. Com a bicicleta o caminho mais curto não é sempre uma reta: busque ruas calmas e arborizadas, preferencialmente sem linhas de ônibus. Quando achar que o trânsito está muito pesado não tenha vergonha: desmonte e vá para a calçada empurrando sua bicicleta. Espere um pouco. A segurança deve vir sempre em primeiro lugar.

7. Vá devagar. Comece na Ciclofaixa ou na quadra da sua casa. Não ache que só porque está arrasando na ciclovia do parque você estará arrasando nas ruas: são muitos os aclives e declives que não percebemos de carro, mas castigam as pernas. O asfalto também é diferente, buracos não são raros. Então vá pegando o jeito, aumentando aos poucos as distâncias.

8. Sinalize. Sempre. Para o ciclista, os braços funcionam como suas setas. Olhe para o motorista do carro ao lado, para o pedestre que está quase atravessando na sua frente, indique que mudará de faixa ou que vai fazer uma conversão.

9. Peça ajuda. Se tem medo de tentar as ruas sozinho não tem problema: em muitas cidades você encontrará os voluntários do BikeAnjo para os primeiros passeios. Se não houver voluntários na sua cidade, vale procurar os grupos ciclistas, ou ainda, conversar com o pessoal das bicicletarias de rua – eles quase sempre organizam passeios e conhecem os ciclistas da região em que você mora.

10. Para quem resolver encarar, de cara, às idas ao trabalho: uma camiseta extra, lenços umedecidos e o “banho de pia” são seus amigos. Assim como as decidas ao final do caminho, em que o vento ajuda a secar o suor. Se possível se desgaste mais no começo do caminho do que no final, isso permite reduzir o ritmo, o que acalma o coração, o suor e torna a chegada mais fácil.

Lembramos que informação significa, nesse assunto, mais segurança. Então, não deixem de passar no Vá de Bike no Bike Legal. E no blog pessoal da Simone também tem muita dica valiosa sobre o assunto. Leia, pesquise, se informe. E depois, vá de bike.

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