Suits – The Other Time

Data/Hora 25/08/2013, 18:36. Autor
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Depois do fiasco (embora haja opiniões em contrário) de Shadow of a Doubt, The Other Time veio para recolocar a série nos eixos. Talvez porque tenha recuperado aquilo que é o grande trunfo de Suits: a precisão cirúrgica com que a história ocupa os aproximados quarenta e cinco minutos de cada episódio com o que é absolutamente essencial. Isso requer talento, característica que sua equipe de produção (roteiristas, diretores e produtores) tem de sobra.

Coalhado de flashbacks, o sexto episódio desta temporada, não foi uma coletânea de reminiscências inúteis. The Other Time não se prestou apenas a esclarecer sentimentos e relações passadas, mas a fornecer alguns insights sobre comportamentos presentes.

Através dos flashbacks voltou-se ao tempo em que Harvey era assistente de Cameron Dennis e descobre as manobras que o promotor de justiça utilizava para conseguir a condenação de réus que ele julgava serem culpados pelos crimes de que estavam sendo acusados. Diante da descoberta, Harvey opta por uma solução arriscada que, por motivos opostos, não agrada nem ao promotor, nem à Donna (na época, sua secretária na promotoria pública).

No escritório de advocacia, Jéssica Pearson e Daniel Hardman conseguem o controle da então Gordon, Schmitd & Van Dick.

E Mike, que deveria ir para Harvard, tem que desistir de seus sonhos ao se envolver com a venda de um teste para salvar Trevor, o amigo eternamente problemático.

Assim, os flashbacks vistos na sua objetividade revelaram o modus operandi de alguns personagens para além das respostas emocionais que, dez anos depois, eles são capazes de dar diante de determinadas situações. E desse emaranhado feito de razão e emoção de onde brotam as ações, revela-se sua dualidade.

Aparentemente Jéssica é capaz de nutrir um desejo de amizade em relação a Harvey. Isto implica que ela se permite avançar a barreira do meramente profissional. Mas entre o controle da Person & Darby e a amizade, qual opção ela faria? Há dez anos, um golpe a levou ao controle da firma de advocacia. Outro golpe, mais recentemente, a manteve no controle da mesma. Entre a amizade e a ameaça de ser a número dois, qual opção ela faria?

Harvey pode ser condescendente e generoso. Mas até que ponto essa generosidade e condescendência prevalecem diante de seu imenso ego? Ao final do episódio, acreditando já ter solucionado o caso da acusação de homicídio contra Ava Hessington, dá a Jéssica um pouco de seu próprio veneno, revelando que tem o apoio de Edward Darby para assumir a firma em Nova York. Aparentemente o poder só pode ser alcançado através de golpes e traições.

Mike talvez consiga uma certa redenção. Rachel volta de Stanford, e ele consegue dar um passo no caminho da aceitação da opção que ela fez, diante da decisão ruim que o impediu de ir para Harvard, há dez anos.

Os flashbacks esclareceram também a relação entre Harvey e Donna, quando ela era sua secretária no escritório da promotoria pública: um certo jogo de sedução, com, aparentemente, mais envolvimento da parte dela. Mas, afinal, qual a natureza da relação que foi se concretizando entre Donna e Harvey, para além desses momentos de sedução ou envolvimento episódicos?

No meio desse vai e vem temporal, quem acaba se revelando é Stephen Huntley, que trabalha com a promotoria pública contra Harvey, no caso de Ava Hessington.  Espero que haja algo além do fator Donna nesta decisão de Stephen, algo que fuja da obviedade de uma decisão passional.

E que venham outros episódios tão intensos quanto este; episódios que possam responder às perguntas insinuadas e ao fantástico cliffhanger trazido pelo final de The Other Time, afinal golpes, traições, meias verdades e mal entendidos parecem ter se disseminado como vírus neste episódio de Suits.

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