Suits – Shadow of a Doubt

Data/Hora 19/08/2013, 21:42. Autor
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Depois de quatro episódios excepcionais, Shadow of a Doubt não disse a que veio. Nada acrescentou à trama, a não ser fofocas de escritório e a redenção de Jéssica, que, convenhamos, merecia um desfecho melhor.

Pela primeira vez, nesta temporada, o final do episódio beirou mais a um abismo que a um excepcional cliffhanger: em vez de promissoras reticências, um ponto final inexpressivo.

Cada personagem teve sua própria trama: Mike e Rachel em um caso de desvio de trinta milhões de dólares; Donna vivendo o impasse de contar a Harvey sobre seu caso com Stephen; Louis em uma queda de braço com Nigel sobre a orientação dos associados; Harvey, mais uma vez, procurando livrar Ava da acusação de assassinato e evitar que Tony Gianoupolos levasse a Hessington Oil à falência.

Aparentemente, nada errado, se ignorássemos a dinâmica do episódio: lenta, arrastada e às vezes inverossímel. Como a conclusão do caso de Rachel e Mike: depois de conseguirem um argumento racional e sólido para um processo, é um argumento sentimental sem um apelo forte que acaba trazendo o dinheiro de volta. Conclusão totalmente descabida se pensarmos no padrão dos roteiros de Suits.

Da desagregação observada no final da segunda temporada, somente restava, por refazer, a relação de cumplicidade entre Jéssica e Harvey. Nos quatro primeiros episódios desta temporada ambos andaram aos tropeços. Faltava um ato de contrição de Jéssica. O caso da Hessington Oil também deu a eles a oportunidade de se reaproximarem, assim como fez com Mike e Harvey, Donna e Rachel e Mike e Rachel.

Depois de assumir o comando da empresa, Tony Gianoupolos opta por leva-la à falência em represália a uma tática equivocada de Stephen Huntley. Harvey recorre a Jéssica e, na aliança para resolver o caso, gesta-se também a reconciliação de ambos. No final do episódio Jéssica presenteia Harvey com um cartão de visitas onde seu nome aparece como sócio sênior. O prêmio que ele havia negociado com Edward Darby veio pelas mãos da antiga sócia e amiga(?). Resta saber se Jéssica ainda será capaz de manter sua palavra (e a sua amizade), caso descubra o acordo entre Darby e Harvey.

De qualquer forma, este desfecho merecia um tratamento mais intenso do que foi dado pelo episódio. Espera-se que o ato de contrição da roteirista Genevieve Sparling seja mais bem engendrado em uma próxima oportunidade, do que este arremedo de arrependimento e reconhecimento que ela ofereceu a Jéssica Pearson.

Destaque mesmo para Rick Hoffman que conseguiu transformar a pobreza das cenas a ele dedicadas, em um show de interpretação. Levou seu Louis Litt ao limite, sem ultrapassar a tênue linha entre o caricato e o ridículo, apesar da imperfeição e da obviedade do roteiro.

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  1. Mariela - 19/08/2013

    Eu gostei bastante do episódio, Regina. Embora o ritmo tenha sido mais lento, gostei bastante do desenrolar das relações interpessoais no episódio. Tanto a entre Donna e Harvey – ainda que por reflexo – como a de Mike e Rachel. E acho que os acontecimentos “sentimentais” desse episódio serão bastante importantes no restante da temporada.

  2. Regina Monteiro - 20/08/2013

    Então Mariela, o que eu não gostei foi a forma como foram abordados os acontecimentos “sentimentais”. Parecia um arremedo de novelinha da Shonda Rhimes, sem a competência dela para fazer o que se propõe. Agora concordo com você que tudo o que apareceu neste episódio servirá de base para o que vem por aí.

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