TeleSéries
The Newsroom – Willie Pete
02/08/2013, 12:18. Paulo Serpa Antunes
Reviews
The Newsroom
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Se conheço bem os blogueiros e o pessoal que comenta The Newsroom nas redes sociais, o episódio Willie Pete não vai ser lembrado pela primeira cena – Will detonando os pré-candidatos republicanos, que se calaram em um debate diante das vaias da plateia a um oficial norte-americano que se declarou homossexual. Willie Pete também não será lembrado pelo arco de Jim, que se recusa a fazer uma cobertura burocrática da campanha de Mitt Romney, igual a de todos os canais. Ou ainda por mais um vazamento de informações na emissora, desta vez da informação que Will não ficou doente e sim foi afastado da cobertura de aniversário do 9/11. As pessoas vão lembrar este como aquele episódio em que o Don caiu da cadeira.
Existe uma ingenuidade no texto de Aaron Sorkin. Que incomoda. Isto aparecia em The West Wing também, de vez em quando (pra dar um exemplo: apesar de ser super dramática, eu acho a cena de Bartlet xingando Deus em latim em Two Cathedrals meio tola) e é super evidente em A Rede Social (quando o roteiro de Sorkin simplifica a motivação para a criação do Facebook a uma dor de corno). Ele faz isto direto. No revisionismo histórico tem uma simplificação – e tem que ser perdoado, isto é TV. Mas quando o telespectador percebe esta síntese, ele se sente enganado. Eu supostamente estou vendo o show mais inteligente da TV e você me vem com esta superficialidade?
Em The Newsroom isto acontece direto. Nos EUA são constantes as criticas as bandeiras políticas que a série levanta. Aqui, imunes a divisão entre democratas e republicanos, percebemos menos isto. Na temporada passada, achei um bocado tola a chantagem que Will e Charlie fazem a Leona e Reese. E ainda mais tola a forma como a chantagem chega ao fim neste episódio.
Mas pra uma boa parte dos telespectadores a coisa aperta mesmo quando o roteiro força o tom da comédia. E decide fazer humor físico. Eu confesso que achei engraçado quando Sloan e seu produtor troll entram na sala de Don e a cadeira dele está rebaixada. E acabei rindo das duas vezes em que a cadeira cede para trás, o derrubando. Mas é infantil, eu sei. E sei que muita gente vai achar a cena tão estúpida quanto aquela, na primeira temporada, em que Will não consegue vestir as calças.
Aaron Sorkin tem este senso de humor bobo – e se às vezes isto é constrangedor, em outros momentos é charmoso. É o que acontece neste episódio quando Maggie começa a sentir efeitos colaterais de um remédio apenas 10 minutos depois de tomá-lo; ou quando Mackenzie diz que Will é uma pessoa justa, no exato momento em que ele aparece gritando no meio da redação, ameaçando demitir pessoas aleatoriamente.
Este terceiro episódio ainda retoma temas da temporada passada (a mensagem de voz em que Will se declara para Mackenzie, retomando um triângulo amoroso entre os dois e Nina Howard, a ótima personagem da Hope Davis) e mostra que todas as histórias apresentadas na season premiere irão se estender até a finale, avançando progressivamente – o relacionamento de Jim com concorrente Hallie, o avanço do Occupy Wall Street, o trauma que Maggie sofrerá na África e, claro, a pauta bombástica sobre o uso de gás Sarin em uma operação secreta das Forças Armadas dos EUA.
Mas você vai lembrar deste episódio mesmo como sendo aquele em que Don caiu da cadeira. Duas vezes.
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É mesmo, Hope Davis faz tão bem a Nina que acabei odiando as duas – atriz e personagem, rs.
Pelos comentários que leio, o que mais “pega” as pessoas são os envolvimentos românticos – por exemplo, Bones, Castle, etc. E, realmente, em TN essa parte não está muito empolgante. As cenas cômicas também estão bobinhas (contudo, aquela da honestidade do Will foi bem legal).
Mas tudo o mais é muito, muito bom. Desse modo, meu cincão também para este episódio.
Eu cheguei a pensar que todo o roteiro da temporada era pra deixa os relacionamentos românticos em segundo plano – por exemplo, acho que Jim e Maggie só devem se reencontrar lá pelo quinto ou sexto episódio.
Mas este episódio meio que me fez repensar isto, já que voltou a Nina e voltou a obsessão da Mac pela mensagem.
Eu acho assim: neste série eu não shippo ninguém. E se não shippo ninguém é porque nada está funcionando tão bem nesta área. Mas eu encaro isto numa boa, a série me empolga em outros aspectos.
Não sei quanto ao humor bobo. Não sei se concordo porque até então, isso não tira a genialidade dos diálogos e das histórias. Mas concordo quando diz que o que ficou deste episódio foi a cena do Don. Eu ri muito nessa cena, mas este terceiro episódio não me marcou muito. Achei a primeira cena absurdamente perfeita e infelizmente o restante do epi não seguiu a qualidade.
Mas gostei rs. Eu não sei o que é (talvez o fato de que não acompanhei as outras séries dele), mas The Newsroom nunca fica chato, nunca fica ruim quando vejo.
Eu confesso que tenho achado os episódios meio longos. Não dá pra dizer chato, nunca, mas tem esta sensação, que você sente que o tempo não está passando. É um incomodo.
É mesmo, Lara. Sempre fico pensando se não sou mais tão “doente” por Doctor Who porque, passadas sete temporadas, perdeu o fator novidade. E se eu não tivesse assistido a tantas séries, as novas me arrebatariam mais do que estão me arrebatando? Céus, que pensamento aterrorizador!
Paulo, como sempre que bela review… Só não sei se concordo quando você se refere ao Sorkin e sua ingenuidade. Não sei se é ingenuidade ou exatamente o oposto, uma certa esperteza. As cenas com o Don e sua cadeira foram muito engraçadas e acredito que Sorkin as tenha criado para dar uma certa quebrada na seriedade dos assuntos abordados neste ótimo episódio.
[…] no primeiro episódio, e depois sendo cortada múltiplas vezes ao longo da transmissão. É o tal humor bobo do Aaron Sorkin que comentei em outra review – por um lado é engraçado, porque estas coisas acontecem mesmo nos telejornais, por outro […]