Bates Motel – The Man in Number 9

Data/Hora 01/05/2013, 20:37. Autor
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The Man in Number 9 começou com uma atmosfera mais melancólica do que nunca, dado ao acontecimento trágico do final do episódio passado: a morte do delegado Shelby. Logo na primeira cena, em que a polícia chegava ao Bates Motel, fiquei comovida com o xerife Romero caminhando em direção ao corpo estirado no chão, ensanguentado, temendo que o cadáver se tratasse de seu amigo. Ele rolou o corpo horizontalmente e teve a certeza: embora estivesse deformado com um tiro no olho, aquele era, sim, o rosto bonito do Shelby.

Em seguida, um pouco surpreso, ele encarou a Norma e disse que precisava conversar com a família dela. Nós, enquanto espectadores, não tivemos acesso à versão do ocorrido contada por ela. Fato é que o xerife acreditou em tudo o que ela narrou e sugeriu uma nova versão dos acontecimentos, em que ele, policial honesto, havia liderado toda a operação contra o Shelby e era o salvador da pátria – mais uma vez, tivemos a demonstração de como as coisas funcionam em White Pine Bay.

A Norma e o Norman estavam extasiados, pareciam não acreditar no que ouviam. Pela primeira vez, desde que chegaram ali, teriam uma noite de paz, livres da suspeita de que foram eles que assassinaram o rústico Keith. Já o Dylan também estava estarrecido com o que escutava, mas era de indignação, vejam só:

Afinal, ele arriscou a vida pela própria família e, segundo a versão do xerife, ele teria tentado impedir que a polícia se aproximasse do Shelby. Piada, né?

Achei interessante e bastante promissora essa nova situação colocada, em que a Norma, agora, ficou nas mãos do xerife Romero. Algo me diz que coisas macabras podem sair dali. Também fiquei perplexa com a forma simplista com que o Romero lidou com toda a situação, incluindo a morte do colega de trabalho. Ele, conhecido pelo humor explosivo, manteve a calma, não questionou absolutamente nada que a Norma disse e parecia indiferente com o falecimento do amigo. Ou ele desconfiava do Shelby mesmo ou estava envolvido na escravidão sexual até o último fio de cabelo.

Com a confusão passada, ainda na sala, Norma abraçou o filho mais novo de forma efusiva, enquanto o Dylan, com o braço ferido, assistia à cena, como um “narrador-observador”, que não faz parte do enredo. Um filho carente. A Norma, por diversas vezes no episódio, até se esforçou em demonstrar algum afeto pelo primogênito. Mas os interesses dela nunca são apenas os de uma mãe preocupada com o filho. Ela é egoísta e quer apenas o bem estar dela e de seu filho Norman.

E o coraçãozinho, Norman?

Já a vida amorosa do jovem garoto ia de mal a pior. Primeiro, ele sonhou que estava tendo mais uma noite de amor com a Bradley, tudo retratado com uma realidade que fazia a gente se questionar – teria sido, a primeira vez deles, também um produto da criatividade do menino? Mais tarde, descobrimos que não. Norman foi atrás da garota e levou um fora. Ela agiu como uma menina tipicamente popular do colégio, que queria apenas sexo, aproveitar o momento. Eu não consegui sentir dó dele diante disso, tomei as dores da Emma.

A Emma, por sua vez, se ocupava em virar a BFF da Norma, que, estranhamente, estava tentando “arranjar” o filho para a menina. Ela também ficou indignada quando soube que o Norman estava interessado por outra e quando descobriu se tratar da Bradley (“uma locomotiva de energia sexual”, estou rindo até agora), ficou mais contrariada ainda. Não sei o que leva a Norma a torcer pela Emma. Pode ser pela doença, pela expectativa de vida da menina ser baixa. Ou ela pode estar sendo apenas a Norma mesmo; desequilibrada, aleatória e imprevisível.

Na cena em que o Dylan conheceu a Bradley, houve um clima especial ali. Nem preciso dizer que adorei. A relação do Norman e do Dylan, agora que começava a se tornar bonita e normal, como a de dois irmãos comuns, vai ganhar um motivo para ir ao inferno de novo? Tomara que sim.

De portas abertas

Pior que a vida amorosa do Norman, só os negócios no Bates Motel. Prestes a ser inaugurado, o hotel não tinha recebido ainda nenhuma reserva. A não ser “o homem do número 9”. Um cidadão esquisito, que, sem conversar com ninguém, tentou abrir a porta do nono quarto e se hospedar ali por conta própria. Depois, fez um pedido ainda mais inusitado: para que, uma vez por mês, tivesse todos os quartos do hotel reservados para ele. No maior estilo, “Coisas do trabalho, sem mais perguntas, por favor.” A Norma quis saber se era algo ilegal e ele apenas respondeu que não – como se ele fosse responder que “sim”, caso fosse. Com certeza, ele está ligado à obscuridade da cidade e já sabemos que ele será um personagem muito importante nos episódios restantes. Ele ainda não mostrou a que veio – sabemos que trabalha “com vendas”, vagamente. Só sei que a família Bates não está segura ali.

Mais amor, por favor

Precisando de afeto na história? O Norman encontrou uma simpática cachorrinha de rua, que, subitamente, ele até batizou de “Juno” – como a menina do filme. E morreu atropelada…

Tudo “9”

The Man in Number 9 foi, assim, um episódio nota 9. Não teve nenhum cliffhanger e, comparado com o que a série apresentou até agora, foi um pouco “parado”, sem nenhuma grande emoção ou cena de suspense. Mas era de se esperar. Com a morte do Shelby (um dos protagonistas, não dá para negar), uma nova era chegou à história e era preciso apresentar a nova situação. Tenho certeza que o episódio 10 será nota 11.

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  1. Cleyton B. S. - 02/05/2013

    Alguém assistiu o filme original? Perceberam as primeiras manifestações do grande segredo? Achei genial!!!!!!!

  2. Vivian - 05/05/2013

    Eu tmb!! assustador o Norman repetindo tudo que a mãe havia dito!!

  3. Gabriela Pagano - 08/05/2013

    Esse final de temporada está cheio de referências, né? O que é uma delícia! :-))

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