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Bates Motel – Trust Me
10/04/2013, 17:25. Gabriela Pagano
Reviews
Bates Motel
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Apertei o “play” em Bates Motel e nem deu tempo de me ajeitar na cadeira: nos primeiros segundos do episódio, eu já estava sofrendo com a cena de suspense colocada – que, na verdade, era continuação dos minutos finais do episódio anterior.
O Norman, que estava em um estado de transe, nem acordado, nem dormindo, invadiu a casa do detetive Shelby e acabou encontrando uma menina presa no porão. Agora, através de outra perspectiva – diferente daquela que haviam mostrado para a gente na semana passada -, foi revelado que o irmão mais velho, Dylan, havia seguido o menino até a casa do policial. Portanto, quando ele, do lado de fora, avistou Shelby chegar ao domicílio, tratou logo de apertar a campainha e usar aquela velha desculpa do “acabou a gasolina da minha moto”, para dar tempo ao Norman de deixar o interior da casa. Aí, quando a gente pensava que estava tudo resolvido, eis que a garota presa no porão agarra a perna do Norman e dificulta a saída dele. Que aflição! Mas, como era de se esperar, deu tudo certo e ele não foi visto pelo Shelby.
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Por falar no delegado, esse episódio foi dele. Em Trust Me, Mike Vogel, o intérprete do personagem, teve a chance de mostrar que não é apenas um rosto bonitinho na televisão. E acho que ele conseguiu. Mas, se de um lado, podemos confiar no (bom) trabalho dele, Mike, por outro, é cada vez mais difícil acreditar no Shelby. Na história, não deram como certo que havia uma menina presa no porão do personagem – o Norman tem muitos delírios e pode realmente ter alucinado, arranhando a própria perna ou, quem sabe, machucando enquanto tentava escapar pela janela. Além disso, a Norma esteve lá e não viu nada (se bem que, ainda que o Shelby não tenha visto o Norman no porão, ele percebeu que alguém havia estado dentro de sua casa e pode ter ficado em alerta). O fato é que eu estou com o Dylan, também não confio no policial.
Quando o Shelby e a Norma foram para o hotel viver sua paixão intensamente e, ao deixaram o quarto, às escondidas, deram de cara com o filho mais velho da moça, deu para notar o risinho de satisfação na cara do Shelby, que provocava o Dylan (então, enfurecido!) com o olhar cínico – além do fato de ficar muito claro que ele “obriga” a Norma a dormir com ele por ser o detentor do cinto que a incrimina. Que vontade de entrar na tela e dizer uma verdades para ele. Sou #TeamDylan, definitivamente… Apesar de já shippar muito o casal Shelby e Norma (Shorma?). Acho que os dois têm uma química das mais sensuais e interessantes! Como um filme de terror deve ter.
Essa série, aliás, estava parecendo uma novela do Manoel Carlos nesse último episódio. Primeiro, porque tem uma fotografia LINDA. Aquela cena em que a Norma vai ao encontro do Shelby, é charmosíssimo ver o carro antigo dela entre as folhas secas no chão – e o colorido das árvores, como se fossem Ipês (não sei o que era, não conheço bem nem a flora brasileira, quanto mais a canadense).
Mas gente… Encontrar o amante às escondidas, em um lugar pouco movimentado e entrar no carro dele, para, então, partir para o amor. Muito coisa das Helenas do Manoel Carlos. Norma deve gostar dos folhetins brasileiros, hein? Daqui a pouco, está jogando alguém lá do topo da escada da casa dela no melhor estilo Nazaré Tedesco (o cabelo já é quase igual).
Uma coisa que eu não entendi: por que esse circo todo, de ir encontrar o Shelby em carros separados, entrar no dele às escondidas, se os dois iam para o hotel dela? Qual o sentido disso? Tivesse ele entrado no carro dela, então.
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E a Norma está muito na mão do Shelby mesmo. Ela até obrigou o Norman a ir pescar com ele – e eu fiquei tensa, achando que o Norman ia empurrar o Shelby rio abaixo e resolver o problema, definitivamente. Apesar de o Shelby manipular a Norma desse jeito, em que ela precisa fazer “alguns favores” para ele, eu acho que, no fundo, ela gosta da situação, gosta de estar com ele (aquela coisa da mulher mais velha conquistando o garotão bonito e saudável). Além do mais, ela parece se sentir protegida ao lado dele, como se, pela primeira vez na vida, alguém cuidasse dela. Já o Shelby, ao que tudo indica, também gosta da Norma e culpa os filhos pela situação decadente que a mãe deles chegou. No fundo, o Shelby é tão louco e dissimulado quanto a Norma, aposto nisso!
Por falar em loucura, o que foi a Norma se dependurando no portão do lixão, quando percebeu que ele estava trancado e ela não poderia recuperar o carpete do hotel? – que seria usado na investigação policial sobre o assassinato do Keith. Aquilo foi épico, sem mais.
O Norman, até o momento, é muito normal perto dela. Ela manipula o filho e é realmente tóxica a ele. Tanto que, quando ela sugeriu que o Norman estivesse com ciúmes do Shelby, ele respondeu, sem pensar duas vezes “Não estou com ciume, você é minha mãe, não minha namorada”. Foi a primeira frase engraçada do Norman na série e isso só mostra que, na relação doentia dos dois, é ele quem tem seus momentos de lucidez.
Por falar nessa cena, que aconteceu exatamente na manhã seguinte em que ela dormiu com o Shelby, fiquei espantada. Gente, ela está pegando o garotão da cidade e o penteado que escolhe para usar “na manhã seguinte” é uma “pituca” (como diria minha avó)? Porque aquilo não era um coque, desculpa.
O Norman também teve uma noite de amor no episódio passado, que não foi só uma noite de amor, foi a primeira delas. A cena foi bem bonita, parecida com a de um filme antigo mesmo, com lençol branco como fundo, os corpos em silhueta, a música instrumental. Confesso que, enquanto assistia a isso tudo, eu, no auge da minha crise de idade e prestes a completar 23 anos, só consegui pensar: Meu Deeeeus! O menininho de A Fantástica Fábrica de Chocolate está fazendo uma cena de sexo??! Tô velha!
Enfim… Não imaginava que fossem explorar esse aspecto do personagem na história ou que a primeira noite dele aconteceria tão rápido. Acredito que, de agora em diante, isso vai representar mais um empecilho para a Norma e sua arte de manipular o filho, que está cada vez mais se desprendendo dela. Pegando carona no filme Psicose, dá para imaginar por que ele a assassinaria.
Também achei importante o Norman ter contatado tudo o que aconteceu na noite da morte do Keith ao irmão Dylan. No fundo, o Norman confia muito no irmão mais velho, que também quer o bem dele. Um significa o porto seguro e a salvação do outro. Mas sinto que nessa difícil missão de ajudar o Norman, o Dylan vai cavar a própria cova. Infelizmente!
Chegando ao fim do episódio, eu estava satisfeita com o que tinha visto. O capítulo tinha tido vários acontecimentos importantes, boas sacadas e, como sempre, me envolveu do começo ao fim. Bates Motel apresenta uma nova tensão a cada 5 minutos; conflitos não faltam ao enredo. Não fica naquela enrolação para desenvolver uma mesma situação colocada por semanas – como outra ótima série sobre serial killer, The Following, costuma fazer. Bates Motel é criativa, dinâmica, transborda charme e genialidade. Por isso mesmo, merece levar muitos prêmios, inclusive à Vera Farmiga, que está dando um show como a matriarca desequilibrada!
Pois bem, quando eu achava que já havia vivido todas as minhas emoções da noite, eis que, nos últimos segundos, a campainha de Norma toca e o xerife avisa: você está presa!
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Quem sabe se a cena de sexo não foi mais um (possível) delírio de Norman? Até que se comprove que a ‘chinesa’ realmente existe, todos os momentos marcantes de Norman devem ser olhados com certa desconfiança…
Também pensei nisso, Ranulfo. Mas que a Bradley mandou mensagem para o Norman e que o Dylan o encorajou a ir lá, é verdade – já que o próprio Dylan confirmou isso à Norma. Então, é provável que aquilo tenha acontecido mesmo… Já que a Bradley enviou a sms bem tarde e com a mãe dopada de remédios, quer dizer. Ao mesmo tempo em que ela estava fragilizada, talvez só quisesse um ombro amigo, alguém que a entendesse. Como você bem disso, certeza não dá para ter. “Desconfiança” define Bates Motel 🙂
Entenda, Gabriela. Não tenho a menor dúvida de que Norman foi à casa de Bradley, só me pergunto se apenas aquela parte da visita realmente aconteceu. Na verdade, não estou chamando a atenção aqui para o fato de ele ter feito ou não sexo com Bradley, mas para algo que, depois da garota no porão, vai ser mais um elemento superinteressante da série: quais eventos realmente aconteceram? Quais são apenas delírio, fantasia, ou o quer que seja, da mente de nosso querido Norman?
Eu entendi o que você quis dizer e concordo, Ranulfo. Mas você usou a primeira noite do Norman para exemplificar, então, apenas explorei isso. Com certeza, ficar na dúvida entre o que é delírio e o que é realidade é uma das grandes sacadas da série, não existe qualquer dúvida quando a isso 🙂
Juntamente com quem matou o pai do Norman.
Melhor episódio até aqui, sem dúvidas! Tudo foi bem trabalhado, o que no final não causou nenhuma estranheza em nenhum dos acontecimentos.
Eu lembro que lá no primeiro episódio quando eles jogaram o corpo do Keith no mar, lagoa, watever, eu critiquei a série por falar que isso nos dias de hoje seria facilmente descoberto. Ainda bem que pelo menos a polícia da cidadezinha tem mais competência que o FBI de The Following.
Antes eu era #TeamEmma e esse episódio me tornei #TeamBradley, como os roteiristas estão conseguindo trabalhar tudo certinho e não soar estranho que a garota popular do colégio se interesse pelo esquisitão.
Como é bom ver Norman interagindo com Dylan, confiando nele e tudo mais (se não soubessemos no que Norman se tornará, teria minhas dúvidas se o big brother não poderia salvar Norman dessa loucura toda).
E que final! Nunca imaginei que no mesmo episódio já prenderiam Norma! Claro que ela não vai ficar presa muito tempo, resta saber o que vai acontecer e quem ela vai achar para botar a culpa na morte do Keith.
Também estou impressionada com a competência do polícia na “cidadezinha”. Porque, apesar deles terem bem menos recursos que o FBI, por exemplo, não tem desculpa, não: eles chegam aos verdadeiros culpados. E a história fica muito mais interessante! Isso só comprova a criatividade e dinamicidade dos roteiristas 🙂
Olha, confesso que fico dividida entre a Emma e a Bradley. Porque a Emma é meiga, sincera… Já a Bradley, apesar desse rótulo “pop”, não é diferente disso, é uma boa menina também. Então, não consigo torcer, só acompanho a história mesmo! hehe
E já me peguei pensando a mesmo coisa que você sobre essa relação do Dylan e do Norman, acreditando na salvação do personagem, no fim das contas. Não acho que os criadores da série vão mudar o destino dele, colocado no filme (até porque, não faria o menor sentido). Mas que é difícil acreditar que o Norman vai chegar ao personagem do filme, é!
Também estou ansiosa pelo desenrolar da prisão do Norman e, mais ainda, como vai ficar o relacionamento dela com o Shelby!
Obrigada pela visita, Poliana! :))