Game of Thrones – Valar Dohaeris


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*Pessoal, aqui é a Mariela. Vocês acompanharam minhas reviews de GoT nas duas primeiras temporadas. Contudo, a vida tá corrida demais, e inevitavelmente eu não trataria a série com o carinho que ela merece. Então, com uma dor enorme no coração, abandonei as reviews. O dono do Trono de Ferro agora é oJoão. Mas, para eu não ficar muito tristinha, posso ser a Mão do Rei? Sejam legais com seu novo soberano. E lembrem-se: aqui no TeleSéries optamos por um reviewer que não leu os livros. Então, a visão que trazemos pra vocês é exclusivamente acerca do seriado. Nos encontramos nos comentários!*

O primeiro episódio da terceira temporada trata de nos situar novamente dentre tantos fios soltos e subtramas que o enredo desenvolveu ao longo dos dois primeiros anos. Com um hype imenso Valar Dohaeris consegue matar um pouco das saudades que estávamos de todo o reino de Westeros.

“Precisamos avisá-los ou antes que o inverno acabe, todos que já conheceram estarão mortos”. E com estas palavras, inicia-se oficialmente o terceiro ano de Game of Thrones.

O episódio começa nos mostrando o quão tolos são aqueles que creem que além da muralha não há nada além de lendas e mitos antigos. Jon Snow é levado para o acampamento dos selvagens e representa nossa reação na tela ao presenciar ali, andando livremente, um gigante, naturalmente vivendo entre os “anões” ao seu redor. Um sinal de que os conceitos de anormal anteriormente pré-estabelecidos estão desfigurados além da muralha.

Porém, logo após este choque de realidade o principal personagem do local nos é apresentado:  Mance Rayder, o Rei Além da Muralha. Com um diálogo simples, mas com a tensão que o momento deveria ter, vemos Snow juntar-se aos selvagens como o mais novo desertor da patrulha da noite.

De volta a Porto Real, vemos o que o verdadeiro herói da batalha da água negra, Tyrion Lannister, tem como recompensa: ingratidão e isolamento. Após deixar de ser a Mão do Rei (e que mão depois daquele tapa, não?) e sem apoio político, ele teme que possa ser vítima da maldição que tem atingido as últimas Mãos e resolve recorrer ao patriarca da Família Lannister, Tywin. Em um dos pontos altos do episódio vemos pai e filho pondo todas as cartas na mesa. Tyrion busca o reconhecimento que merece por ter protegido o Rei mais odiado de Porto Real, enquanto Tywin revela, em um raro momento sentimental, a mágoa com o filho devido a morte de sua mulher no parto do anão. O diálogo que vai subindo de tom gradativamente sufoca tanto os personagens como quem os vê se digladiando em um duelo de palavras.

Davos Seaworth, o Cavaleiro das Cebolas, talvez tenha tomado um tempo excessivo no episódio. Assistimos a toda a sua saga de volta para a Pedra do Dragão, onde Stannis Baratheon ainda tenta aceitar o fato de que toda sua frota para a invasão de Porto Real está agora submersa, e tudo isto para ser preso? Provar que Melisandre, a Mulher Vermelha, tem total influência sobre Stannis? Alguns minutos bastariam para a resolução deste arco.

Em busca de reaver o Trono de Ferro, Daenerys Targaryen viajou ao lado de Sor Jorah (friendzone desde a primeira temporada) em busca de um exército para tomar Porto Real. Seus dragões, de elogiável qualidade digital, cresceram e se tornaram mais perigosos, porém estão pequenos e sem poder para dizimar uma cidade, como ela deseja.

A cena de introdução do Exército dos Imaculados é de se tirar o chapéu, algo que seria extremamente óbvio, a apresentação dos soldados e como eles são criados, ganha a adição de xingamentos de baixo calão extremamente pesados ditos pelo vendedor do exército, mais um ponto alto do episódio.

Como um episódio de estreia, talvez tenha faltado algo mais chamativo, algo mais bombástico…mas é compreensível a escolha de retomar cada núcleo da trama aos poucos, afinal quantos são? Por onde anda Jaime Lannister? Bran? Aria? Atropelar cada cena para poder simplesmente mostrar todos os personagens de uma só vez seria um erro. Então, gostei bastante da opção por um episódio de ritmo mais lento.

A série tem em seus detalhes um grande diferencial, seja a ambientação fantástica retratada, figurinos, ou até torres em Porto Real sendo reconstruídas após a batalha, percebemos o esforço da HBO em trazer o melhor para a TV.

E mais uma vez vemos o quão agradável é a condução de um episódio de Game of Thrones, a sensação é a de que estamos sendo levados sabiamente por um labirinto, e que os condutores sabem o caminho de saída. Torcemos para que tudo isso se confirme ao longo da temporada!

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  1. Mariela Assmann - 04/04/2013

    Seja bem vindo, soberano de Westeros. Parabéns pela review de estréia, João. Adorei suas considerações, assim como curti bastante o episódio! Apesar do ritmo mais lento, soube relembrar bem o ponto no qual a história parou, e introduzir novos elementos.

    Ah, confesso que estou curtindo bastante a noiva do Joffrey, Tá na cara que a menina é ardilosa, e Cersei já sacou isso. O reizinho platinado tá todo bobo com a moça, até enfrentando a mãe. A petulância só cresce. E também estou, assim como a assistente de Mindinho, com medo do que ele pode fazer com Sansa. Certamente as intenções dele com a moça não são das melhores, acho que já que perdeu a mãe, ele vai tentar a filha, agora. É esperar pra ver.

    PS: o final do episódio poderia ter sido mais impactante. Mas ainda é cedo pra reclamar.

  2. João Paulo Freitas - 04/04/2013

    Obrigado por toda a confiança Mariela. Cersei e Mindinho são os típicos personagens que você aprende a gostar pela maestria com que eles jogam o jogo de traições. Certamente teremos episódios centrados neles nessa temporada. Joffrey é o Rei, o que não significa muita coisa nesses tempos conturbados, talvez a presença da Margaery nos mostre alguma outra faceta da personalidade dele, ou no mínimo teremos um choque comportamental lá pelas bandas da realeza de Porto Real.

  3. biancavani - 04/04/2013

    Bem-vindo, João! Realmente, é um grande feito: fazer a review de uma das séries da santíssima trindade das séries (Game of Thrones – Dowton Abbey – Doctor Who; mas tem, também, as grandes do Olimpo: Homeland, Breaking Bad… ah, são tantas!).

    Amei a volta da série. Eu sabia que estava com saudade dela, mas, assistindo, constatei a sua magnitude: como foi bom reencontrar aquelas personagens sombrias, belas, más, ardilosas… No próximo epi, suponho, reencontraremos os demais – Jamie, o mais belo; Arya, a mais querida, o sujeito que mudou de cara, etc… Mas é óbvio, não caberiam todos em um só: ficaria muito superficial.

    Li uma entrevista com o escritor, em que ele diz que morrerão muitas das personagens. Uau, que não seja Daenerys, nem Tyron, nem Robb, nem John Snow – que eles consigam um pouco de felicidade. E um último uau , quem vai ficar com o trono, bom Deus?!

  4. João Paulo Freitas - 04/04/2013

    Obrigado! Eu realmente espero que as mortes estejam muito presentes nessa nova temporada, temos fartura de personagens de qualquer maneira, e que por bondade de algum roteirista que sobre uma flecha perdida na cara do Mindinho que já ficarei feliz.

  5. Célia Regina - 04/04/2013

    Não se empolgue! Pra morrer basta estar vivo! E é literalmente assim em GOT.

  6. Célia Regina - 04/04/2013

    GOT é feliz em tudo. Viram os detalhes da abertura? Winterfell em chamas? A cena de pai e filho Lannister foi demmaaaaaiiiiisssss!

  7. João Paulo Freitas - 04/04/2013

    A abertura é uma das coisas mais geniais da série, sem contar a trilha sonora…

  8. Paulo Serpa Antunes - 07/04/2013

    João, parabéns pela ótima review.

    Eu acho que o que faltou para este episódio ser nota 10 (ops, nota 5) foi terem dado uma cena para Bran, Arya e Jaime – reduzindo o tempo de tela dos outros personagens.

  9. Bruno - 12/04/2013

    De onde a loirinha vai tirar o dinheiro para comprar os des-mamilados???

    Fiquei sem entender a do sobrevivente no castelo dos Lannister, que Robb encontra. Qual a dele e por que foi mostrado?

    A parte da Sonsa Stark foi breve e sem propósito. Podia ter ficado para o prox ep

    Por falar em Melissandra, qual é? O des-dedado achava mesmo que ia cravar uma faca nela assim do nada??? Mais, Stannis não havia sido capturado no final da temporada anterior? Por que ele está de volta em seus domínios, livre leve e solto nas mãos da bruxa vermelha?

    E o mais frustrante do ep. Cade a batalha dos outros com a patrulha dos corvos?? Depois de BLACK WATER acabou o dinheiro que a HBO reservou para GoT?

  10. Paullo Kidmann - 21/04/2013

    Eu gostei do episódio, o núcleo é grande e eles foram muito felizes em ir devagar mesmo, afinal é muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, presa nesse caso pode confundir o telespectador!!! Mas concordo que algumas cenas a gente poderia ficar sem como o exemplo que vc deu do lord das cebolas, mas acontece nas melhores familias e isso não vai diminuir a qualidade da série!!!

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