18/01/2007, 08:00. Thiago Sampaio
Spoilers
24

Texto corrigido em 19/1/2007

Antes de ler essa Spoiler Zone, tenha em mente de que todos os acontecimentos dos episódios dois a quatro da nova temporada de 24 Horas serão narrados aqui. O primeiro texto, com os acontecimentos da season premiere está aqui.

Depois de conseguir escapar de Fayed após devorar a jugular de um coadjuvante, Jack escapa pelos esgotos e um dos terroristas diz que não importa que Jack saiba a verdade: ele não terá tempo de salvar Assad. Mas lembrem-se que mesmo sobre as condições mais precárias, Jack Bauer é Jack Bauer, e ninguém diz o que ele não conseguirá fazer. Já dado como morto pela CTU, que apenas pensa em eliminar Assad, Jack faz uma ligação depois de entrar num carro e dizer que eles estão com o alvo errado. Numa linha direta com o presidente, ela fala que Assad é o homem errado e que Fayed é o verdadeiro terrorista. Mas o ataque não é cancelado.

Okay. Depois de acompanharmos cinco anos de impressionantes atos, todos devemos confiar em Jack Bauer: ele nunca erra! A gravação que todos dizem ser verdadeira, é falsa? Cancelem a Terceira Guerra Mundial. Fazer uma rebelião na cadeia pra tirar um narcotraficante? Apoiado. Puxar o gatilho conta a cabeça do parceiro? Porque não? O presidente do país mandou matar David Palmer? Eu acredito em você. O papa ordenou ataques contra Israel? Matemos Bento XVI. Sua mãe tem um dispositivo nuclear e destruirá Nova York? Atira você ou atira eu?

Sem sucesso, Jack não tem outra escolha a não ser fazer o que fez em todas as temporadas: agir sozinho. E claro que de carro ele chegará até Assad antes dos helicópteros do exército, atravéz de seu super telefone que indicou onde estava o ex(?)terrorista apenas digitando as coordenadas. Já na casa de Assad, Bauer leva certo tempo até convencer o ex(?)terrorista de que tudo está pra ir pelos ares, já que não há tempo pra confirmar se na casa existem terroristas ou uma família com cinco filhos: se Fayed falou, tá falado. Jack, Assad e um traidor com um rastreador fogem e por pouco não são pegos pelo ataque de mísseis.

Enquanto o presidente espera pelo resultado da operação, 24 Horas é atingido por um daqueles núcleos chatos. Dessa vez, a irmã de Palmer, que é advogada, faz de tudo pra que o FBI não pegue os dados de seus clientes asiáticos. Faz de tudo mesmo: a idiota deleta as evidências e é presa junto do namorado, que é islâmico. E Fayed não pára quieto: já prepara um homem bomba pra um novo ataque. E o vizinho terrorista Ahmed se encrenca quando seu amigo testemunha ele matando outra pessoa. Ferido, não lhe resta outra opção a não ser… fazer todos de refém e obrigar o pai da família a entregar um pacote pra Fayed. É uma hora agitada.

Após confirmarem em 10 minutos que Fayed não estava entre os corpos da casa, mesmo com todos os ocupantes incinerados na explosão, começa uma nova busca por Assad. Com uma imagem de satélite, Chloe vê a fuga ajudada por Jack e conta a Bill Buchnanan. Mais sensato, o diretor da CTU resolve manter segredo.

Se escondendo numa casa, Assad e Jack começam a perguntar ao traidor onde está Fayed. Após estrangular de leve e dar uma esfaqueadinha (pros padrões normais), Bauer vê nos olhos do homem que ele não sabe onde se encontra Fayed. Assad tem uma idéia melhor, e consegue o paradeiro após esfaquear o joelho do cidadão e depois matá-lo com um golpe no estõmago. Jack está enferrujado. Mas mesmo fora de forma, Bauer é convencido por Assad pra irem ao local indicado: uma estação de trem. Claro que eles encontram o homem-bomba e que Jack entra desarmado e todo sujo de sangue sozinho pra impedir o ataque. Detalhe da cena? O encarregado de pegar os bilhetes chega em Jack Bauer e pede seu ticket. A resposta é ótima (lembrem-se de como Jack está):

Meu nome é Jack Bauer. Sou Agente Federal, há um terrorista no trem com uma bomba. Preciso que se afaste. Se você fizer alguma coisa fora do comum, todos morrem na explosão. Então, saia da frente.

Não precisa conhecer Jack Bauer pra sair depois dessa, né? Depois de suspeitar da troca de olhares, o terrorista decide antecipar a explosão, mas é impedido por Jack. Ambos começam a lutar nos vagões, as bombas ficam expostas, os passageiros começam a gritar… mas a emoção acaba numa cena meia boca, quando Jack chuta o terrorista antes da detonação e a explosão é fora do vagão. Mas pena que Bauer não estava nos outros ataques: um hotel e um shopping com mais de 200 vítimas, a maioria criancinhas. E depois da ação, Chloe interrompe uma ligação do parceiro do homem-bomba, onde ele fala do ataque frustrado da estação. Após confirmarem que Jack foi o herói no local, só resta a Wayne ouvir Jack da próxima.

A regra “não negociamos com terroristas” foi descartada pelo novo presidente, que pretende libertar centenas de prisioneiros a pedido de Fayed. Nesse meio tempo (tudo acontece ao mesmo tempo), enquanto seguem o guia do homem-bomba, Jack convence Assad a trabalhar em conjunto com a CTU. Após mais uma discussão estúpida entre Milo e Morris, Chloe recebe a ligação do amigo Jack. Eu sei que ela é fria e tal, mas depois das grandes atuações nas duas primeiras horas, um simples “não achei que fosse ouvir sua voz novamente” foi um banho de água fria. A série tem 24 horas! Não pode-se gastar uns segundinhos de conversa amigável? Depois de explicar rapidamente sua atenção, Bauer requer ajuda da vigilância do governo pra continuar na perseguição.

Após roubar um carro e colidir contra o terrorista perseguido, Bauer e Assad fazem um pequeno teatro para que o homem entre no carro de Assad e de carona vá até seu destino. Chegando lá, Bauer se reúne com a equipe tática da CTU. Além de não serem capazes de dar à Jack um colete, não oferecem nem um copinho d’agua! A destacar, temos a ira de Curtis contra Assad – parece ser algo pessoal. Mas não há tempo pra isso: o terrorista chegou a seu destino, mas não estava indo ao encontro de Fayed: era na verdade um depósito com vários caixotes de C4. Que vão explodir, claro. O terrorista nota a presença dos federais e após uma troca de tiros se explode com uma granada. Com a média superior a uma explosão por hora, esse dia promete – mas foi bem aquém considerando a quantidade de C4. Tudo é destruído, menos a parte que importa: o HD com os planos de Fayed – bombas atômicas portáteis. Pôxa? Bomba atômica de novo?

Informado sobre as maletas nucleares, Wayne Palmer (que é muito lerdo) suspende a libertação dos prisioneiros após uma notícia assustadora: um deles é especialista nesse tipo de explosivos. E, pra piorar, ele fugiu. Nada como um agente enfiltrado entre os carcereiros. Mas pro trabalho desse homem estar completo, tudo depende do homem que tem a família feita refém por Ahmed, o vizinho terrorista. O pacote que ele estava levando era o dinheiro pra compra do detonador, mas o vendedor exigia mais. Sobre ameaça de Ahmed, não resta opção ao homem a não ser matar o vendedor ganancioso. Munido do detonador, o homem negocia com Ahmed a libertação de um familiar: consegue libertar a mulher, que liga pro 911 e consegue falar diretamente com Jack Bauer. Fala sério, se eu ligar pro número de emergência, Bauer era a pessoa que eu queria contactar.

Mas Jack não é o mesmo. Pouco antes de falar com a mulher, Jack havia pedido a Wayne pra fica de fora do caso, afinal, não faz nem três horas que ele chegou da China e já foi quase explodido três vezes. Mas ele é Jack Bauer e não pode ficar de fora dum caso desse – Wayne então o coloca na ativa e chefiando a operação. Sua primeira ação e tirar Assad da custódia de Curtis, que odeia mesmo o médio-oriental. Agora que está oficialmente dentro do caso, Bauer vai mais a fundo: é o canal de ligação entre o Wayne e Assad, que pede o perdão presidencial por escrito em troca de sua colaboração.

Voltando: a família feita de refém. Após a ligação da mulher, Jack e a equipe tática da CTU vão até a casa e rapidamente tomam conta da situação, mas Ahmed morre. Porém, o refém é muito atensioso e diz a Bauer onde o pai dele foi com o dispositivo. Como é muito longe, outra equipe tática fica encubida dessa situação e Bauer pode descansar um pouco… e dar mais atenção ao clima entre Curtis e Assad. Com a ajuda de Chloe, que ainda tenta colocar um ponto final nas brigas entre seu ex-marido Morris e… ex-namorado Milo, ela cruza os nomes de Assad e Curtis. E o resultado não é nada bom: Assad foi responsável pela tortura e execução da tropa de Curtis na Guerra do Golfo.

A cena está pra começar…

Assad, com o perdão em mãos, é levado por um agente. Mas ambos são interrompidos por Curtis que coloca Assad sobre a mira de sua arma. Jack, prevendo o pior, já sai de casa gritando

Put your weapon down!

Mas pelo olhar de Curtis, podemos fazer um paralelo entre Jack e Nina: a vingança fala mais alto. Bauer tenta convencer o companheiro a qualquer custo… mas nada consegue. E quando Maning estava pra disparar, é alvejado por um tiro no pescoço. A cena é forte. Curtis cai no chão não acreditando que Jack fez aquilo, enquanto tenta respirar. Assad é levado embora mas sem olhar pra Jack, para com quem tem uma dívida forte no momento. E a Bauer só resta observar Curtis agonizar com o tiro fatal. Mas ele prefere ir embora, e numa linda tomada dividida com o nascer do sol, Kiefer dá mais um show de interpretação fazendo Bauer vomitar e cair no choro. Segundos depois, Bill, que tudo vê e tudo sabe, liga pra Jack e fica do lado dele, mas esse diz chega e desliga o telefone. Apoiado numa árvore, começa a puxar os cabelos e provavelmente a pensar sobre seu papel nessa vida de cão.

No núcleo chato, o companheiro da irmã do presidente faz amizades perigosas no campo de concentr… cof, cof. complexo de detenção. É um terrorista árabe. E mesmo sem falar esse idioma, passa ao colega algo em islâmico repetido várias vezes: algo sobre os cinco visitantes… cinco bombas atômicas.

A equipe tática da CTU, do outro lado da cidade, invade o galpão indicado pelo filho de classe média. Como num Counter Strike de última geração, o pessoal na Casa Branca e na CTU vê a ação ao vivo. Os agente são sigilosos o máximo possível, mas logo uma pesada troca de tiros tem início. Pegos de surpresa, os terroristas não tem outra opção a não ser… explodir a bomba atômica. O pai de classe média, feito refém após a entrega, só pode gritar de pavor quando ele vê o botão sendo acionado. E a bomba explodiu…

Explodiram uma bomba atômica em LA. E não foi no Deserto do Mojave. Foi na cidade…

Explodiram uma bomba atômica em LA…

À Bauer só resta olhar de camarote o grande congumelo radioativo nascendo no horizonte. Agentes na CTU e políticos da Casa Branca olham perplexos…

Explodiram uma bomba atômica em LA…

E há mais quatro delas. Pena que outros episódios não foram vazados. Eu quero ver mais, porque essa temporada está demais…