TeleSéries
Elementary – Déjà Vu All Over Again
16/03/2013, 20:34. Gabriela Pagano
Reviews
Elementary
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Imagine a seguinte situação: você está lá, esperando o metrô como faz todos os dias – enquanto conversa ao celular com uma amiga, para se distrair -, quando um homem desconhecido te entrega um buquê de flores, dizendo que a namorada cancelou o encontro com ele e ele não queria desperdiçar o arranjo. Romântico, né? Seria, se a série fosse Beauty and the Beast e não Elementary. Nos segundos seguintes, o mesmo rapaz – que usava capuz, barba e óculos escuros, para não ser identificado – empurra a menina para os trilhos quando o metrô está quase chegando. A chegada trem anunciava, também, um episódio de emoções fortes.
Seis meses atrás….
Foi incrível passear para o “passado nem tão distante” nesse episódio. A gente pôde vivenciar o momento exato que a Watson atendeu a um telefonema recebendo a proposta de ser acompanhante de sobriedade do Sherlock (o que é quase o tempo real mesmo, porque a série estreou há 5 meses, mais o tempo em que tiveram que resolver as burocracias do contrato e afins, cerca de 6 meses). Achei bem bacana terem mostrado isso, porque nós, enquanto espectadores, nos sentimos ainda mais íntimos dos dois protagonistas. A contratação aconteceu na mesma época do caso do metrô.
Março de 2013
De volta aos dias atuais, a Watson estava tendo um treinamento especial com Alfredo (o ator Ato Essandoh, de Copper, da BBC America, voltou a aparecer), um ex-ladrão de carros. Foi muito engraçado porque, nitidamente, ela não tem talento para quebrar a lei!
Acontece que Sherlock recebeu um telefonema do pai – não do pai, exatamente – para que ele trabalhasse em um caso para um advogado do patriarca. Muito contrariado, ele vai à reunião e descobre do que se trata: a irmã da secretária do advogado está sumida há 6 meses e ela acredita que o cunhado, marido da vítima, tenha matado a moça. O casamento dela passava por problemas e, antes de desaparecer, ela gravou um vídeo se despedindo do marido, dizendo que estava muito impressionada com o caso da moça das flores no metrô e que parou para pensar na vida… E, por isso, estava indo embora. O problema é que, meio ano depois de partir, ninguém mais ouviu falar sobre a moça.
Holmes passa o caso para a Watson e essa se torna a primeira investigação dela sozinha, sem a ajuda do detetive veterano. Watson interroga o marido da desaparecida – que diz que também gostaria de ver a mulher novamente, vê-la bem, mesmo que não fosse com ele e mimimi – e logo fica desconfiada. Nesse momento, também desconfiei do rapaz bonito, bastante apresentável. Ele tinha uma fala tão ensaiada, sem nenhuma naturalidade, tão teatral, que, nesse ponto, não sabia se era intencional, parte do roteiro da série, ou por que o rapaz era mal ator mesmo. Até que, na cena seguinte, a Watson mostra uma antiga gravação da polícia, em que esse marido, prestando depoimento, havia dito exatamente as mesmas palavras, como quem decora suas falas. Ou seja, ele era ótimo ator e o personagem… Bem, o personagem se tornou o suspeito principal.
Tendo seu alvo definido, Watson se empenhou em provar a culpa do rapaz e não quis nem saber do bom senso para atingir o objetivo (Go, Watson!). Lembra o treinamento para arrombar o carro? Pois bem, ela usou esse novo conhecimento técnico aqui. Seguiu o ex-marido da vítima e notou que ele estava colocando um baú – que pertencia à família da mulher e ele havia dito que ela levou com ela quando partiu – no porta-malas do carro. Ela, então, vai averiguar… Mas é “pega no pulo” e acaba na cadeia. Isso mesmo. Na primeira investigação, ela foi parar atrás das grades – quando, na verdade, ela deveria era colocar alguém lá. O feitiço virou contra a feiticeira, minha cara Watson.
Depois, enquanto estava presa, o Sherlock foi visitá-la e, mais uma vez, fomos presenteados com uma cena fofa. Pelo vidro, conversando através de um “telefone”, os dois trocarem olhares suspeitos e o detetive tentou justificar o que a Watson fez, levantar a auto estima dela, dar razão à amiga.
Com a ex-médica já fora da prisão, os dois se uniram para investigar os casos – a moça desaparecida e quem jogou a mulher do metrô no vagão; encontrar o assassino.
Os dois ocorridos, é claro, se completavam. Em uma grande reviravolta no final, a Watson descobre que, na verdade, o vídeo de despedida da mulher desaparecida foi feito há 18 meses, não há 6, como o marido alegava. A mulher das flores, que ela citava nas imagens, se tratava de um outro caso em que uma vítima havia caído no trem e morrido, também com um buquê nas mãos. Seis meses atrás, quando decidiu se livrar da mulher, o marido precisou cometer um crime parecido, também no metrô, para, então, tornar a vídeo legitimamente “mais recente” e, assim, sair ileso de qualquer suspeita. O que ele não contava era com a astúcia da nossa nova detetive. Que orgulho da Watson!
Altas emoções!
O que eu mais amei nesse episódio é que ele foi uma montanha-russa de emoções. Num primeiro momento, ficamos encantados com o ato do homem do metrô presentear uma estranha com flores – quem não gostaria que isso acontecesse com a gente? Aí, levamos o susto por ele empurrá-la para os trilhos – isso, a gente já dispensa. Aí, a todo momento, somos levados a mudar de opinião sobre o marido, que vezes parecia culpado, vezes, não. Confesso que torci que ele não fosse, porque me afeiçoei à figura dele.
Quando a Watson arrombou o carro, me senti bastante angustiada com aquele suspense todo, como se estivesse vendo um thriller no cinema mesmo. Gostei da experiência. Depois, quando os amigos da mais-nova-detetive-de-Manhattan começaram a duvidar dela, uma mistura de compaixão e identificação tomou conta do meu coração (ouin). Quem nunca se sentiu inseguro em relação aos próprios talentos? O que é mais legal é que, se ali colocam a figura da inteligência perfeita do Sherlock, os roteiristas tornam as coisas mais humanas na figura da Watson. Como Clark Kent e o Superman, em que é preciso humanizar “o super homem” através do jornalista tímido Clark (como explica “As Estrelas e os Mitos”, de Edgar Morin). Tanto que, ao final do episódio de Elementary, após obter êxito em seu caso, a Watson mudou seu status de trabalho nas redes sociais: de “acompanhante de sobriedade” para “detetive consultora”. Existe coisa mais humana que isso? Todo mundo adora expor os feitos, de alguma maneira, para os amigos verem nas redes sociais. É humano.
Claro que, no final do capítulo, o Sherlock ia aprontar. Ele entrou no quarto da amiga e, ao convidá-la para uma nova investigação, disse:
– Você atingiu um sucesso mínimo, Watson. Não vamos nos entusiasmar, ok?
Ele pode não ter se entusiasmado com os últimos ocorridos, mas… A gente, enquanto espectador, ficou empolgadíssimo! Eu fiquei. Que episódio incrível.
p.s.: só eu achei que a voz do Sherlock estava mais grave no início do episódio? Parecia quase rouca. Pode ser só impressão. Ou ele estava resfriado (como um episódio leva cerca de 8 dias para ser gravado, dava tempo da gripe ter se curado ao longo do capítulo, por isso a diferença do começo ao fim. Desculpa a conversa fiada, pessoal, estou tentando analisar meus instintos investigativos). Já estou acabanando… Por falar no detetive, ele estava mais no etilo “dirty jokes” em Déjà Vu, né?
p.s.²: já repararam que o Sherlock, quando está prestes a revelar o que descobriu, tem mania de ficar mexendo os dedos da mão freneticamente, com os braços esticados para baixo, como numa dança sincronizada? Muito fofo! Coisa de criança arteira.
Pronto. Acabei. Obrigada pelo tempo dedicado à leitura da review. Até mais!
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Eu adorei o episódio. Foi realmente uma montanha-russa de emoções. Eu não fiquei tão chocado com as cenas iniciais, até porque já esperava que algo assim fosse acontecer, mas foi bem interessante de qualquer jeito. Agora o que eu não esperava era ver a Watson de tantas formas no mesmo episódio. Ela foi de ladra a incompreendida, passou por uma intervenção, se questionou, quase desistiu e acabou resolvendo ambos os casos com excelência! Ela realmente é demais! :3
O que mais me chamou atenção foi a mudança no tom dela no final do episódio, a confiança que ela ganhou, e era perceptivo na forma como ela falava com o cara, o marido, na delegacia. Ela destruiu ele. Gostei de ver. XDD
Ah, e a voz do Sherlock realmente estava mais grave. Estranhei muito no começo, pensava que era alguma coisa no meu fone de ouvido, hahaha.
a Watson sempre dá um show à parte, né? se no começo, antes da série estrear, as pessoas estavam com medo dessa transformação do Dr. Watson em personagem feminina, agora nem tem o que dizer! decisão super acertada, funcionou muito, muito bem! ^^
e a voz do Sherlock estava alterada mesmo, ainda bem que não fui só eu que achei isso! auheuhaue
obrigada pelo comentário, Hugo =]
[…] No Universal Channel, 22h, tem o episódio 1×18 de Elementary (leia a review). […]