TeleSéries
Review: Stargate Atlantis – The Kindred (Parte 1)
14/08/2008, 10:18. Regina Monteiro
Reviews
Stargate Atlantis, Stargate SG-1
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Série: Stargate Atlantis
Episódio: The Kindred (Parte 1)
Temporada: 4ª
Número do Episódio: 78 (4×18)
Data de Exibição nos EUA: 22/2/2008
Data de Exibição no Brasil: 71/8/2008
Emissora no Brasil: FX
Eu também chorei como uma criança quando o Dr. Becket morreu. Por isso fiquei feliz (e feliz é pouco) com esta primeira parte de Kindred. Atrás daquela porta tão bem protegida pelos homens de Michel, estava guardada a melhor surpresa desta temporada: Carson Beckett. Ansioso e até um pouco irritado com a demora dos amigos em vir buscá-lo, parecia não entender o que realmente estava acontecendo, assim como nós e a equipe de Atlantis. É essa a mágica de não se saber o que está por vir. Se soubéssemos de seu paradeiro também teríamos ficado ansiosos e um pouco irritados com a demora em trazê-lo de volta. Ansiosos e irritados, menos surpresos. A surpresa faz parte da mágica. E apesar da solução para Bekett ser um pouco óbvia, é a curiosidade despertada pela surpresa que vai nos prender até o próximo episódio.
Kindred, por outro lado, aumentou uma sensação que tenho desde a temporada passada. Os produtores buscam um novo inimigo para tomar o lugar dos Wraiths. Primeiro foram os replicadores. Agora Michel. Troca mais do que feliz. Nunca consegui simpatizar com os replicadores. No entanto, não consigo deixar de pensar que os Wraiths estão sendo abandonados sem nem mesmo terem sido explorados até o limite da sua potencialidade.
No início eles eram uma promessa. Mas o que era uma promessa perdeu-se no limbo da terceira temporada, quando a tarefa de produzir a última temporada de SG-1, concomitantemente a Stargate – The Ark of Truth e Stargate Continuum, sobrecarregou produtores e diretores afetando Atlantis. Um produtor da série, do qual não me lembro o nome, chegou a afirmar que nunca mais queria passar pela experiência de produzir duas séries ao mesmo tempo.
Atualmente, verdade seja dita, os Wraiths não lembram mais aquele inimigo poderoso, com o qual, logo no primeiro episódio, a equipe de Atlantis teve contato. Alguém ainda se lembra do porquê de serem chamados Wraiths (espectros)?
Talvez, os inimigos mais poderosos com os quais uma equipe do SGC já havia se encontrado, tinham um ótimo cartão de visitas: eram o povo que havia derrotado os lanteanos. Some-se a isso algumas características essenciais. Podiam iludir projetando sombras, estimulando no inimigo a impressão de que estava cercado por um número muito maior de guerreiros do que os que realmente se encontravam no local. Faziam a colheita de forma fulminante. Controlavam a mente de seus prisioneiros, e, de quebra, alimentavam-se da energia vital de suas presas, a espécie humana. Na segunda temporada ficamos sabendo que existiam humanos que se tornavam seus servos, sendo, em troca, recompensados com a vida. A verdadeira dimensão desta dádiva somente foi revelada na terceira temporada, quando Todd praticamente ressuscitou Sheppard, ao fugirem de uma prisão Genii.
O termo adoradores de wraiths não é fortuito. Poder de vida e morte, literalmente falando, é propriedade dos deuses. E, coincidência ou não, a mitologia de Stargate tem inicio com Ra, o deus sol egípicio. Não sei se foram inspirados ou não pela mitologia grega, egípcia ou pela própria origem de Stargate, mas os Wraiths, guardam semelhança com Hades (grego) ou Osíris (Egito). Hades/Osiris, cuja vida foi reofertada por Isis, são deuses dos subterrâneos ou mundo dos mortos ou das sombras. Tão competentes quanto vingativos, espalham destruição e morte, mas detêm o poder sobre a imortalidade ou extinção da alma… Rainhas e energia vital.
Esse era o inimigo presente na primeira temporada de Atlantis. Um inimigo que foi esquecido.
Vendo no que se transformaram é até difícil acreditar que foi esse o povo que derrotou os lanteanos.
Os Wraiths que agora habitam a Galáxia de Pégaus, são um triste arremedo do que poderiam ter sido. Tão frágeis que os roteiristas se dão ao luxo de utilizar o mesmo artifício duas vezes para justificar seu enfraquecimento e recolocar Todd no caminho de Atlantis. Em Kindred, novamente o suprimento de alimentos dos Wraiths está sendo atingido. A ameaça da vez é a proliferação da proteína desenvolvida pelo povo de Hoffa, na distante primeira temporada. Distribuída indiscriminadamente, mata 30% da população que a ingere. Os 70% que sobrevivem matam os Wraiths.
Diferentemente da primeira temporada quando partiram para a ofensiva e destruíram o planeta dos hoffanos, agora, mais uma vez, os Wraiths ficam na defensiva. Todd, quer descobrir uma maneira de tornar os guerreiros fiéis a ele imunes à proteína, assim como queria descobrir uma maneira de reverter o comando que direcionava o ataque dos replicadores. Os Wraiths da primeira temporada atacariam; os da quarta, se defendem. Talvez por isso tenham perdido o encanto e a credibilidade.
Kindred, foi também um dos episódio mais inteligentes de Atlantis. Trouxe o Dr. Beckett de volta em uma história construída a partir de elementos da própria história da série, aos quais ele próprio está ligado. Foi ele quem ajudou a desenvolver a proteína que Michael está distribuindo pela Galáxia. No limite, foi ele quem “inventou” Michel. O entrelaçamento da história foi de uma perspicácia invejável.
Michel tornou-se o inimigo perfeito. Capaz de odiar a Wraiths e humanos com a mesma intensidade, tem a força que os Waiths perderam e a vantagem de tomar decisões sem a necessidade de um comando que ative suas diretrizes. Sem contar que é das figuras com a qual o público possui maior empatia.
Em Kindred, ele captura Teyla, interessado no filho que ela vai ter. Uma ótima solução para a gravidez da Rachel Lutrel, já que assim ela pode ser aproveitada no contexto da série. E nos diálogos travados entre os dois, uma dúvida sutil é despertada pelos comentários de Michel:
Teyla:
Por que estou aqui? O que você quer? Responda-me!
Michel:
Estou desapontado. Esperava mais gratidão, após tudo o que passei para arranjar esta reunião familiar.
…
Teyla:
(…) Kanaan… Eu vim por você, como me pediu.
Michel:
Como eu pedi. Era eu em suas visões. (…) Atravessei mais de 10 mil anos luz de espaço e toquei em sua mente. Há mais de uma ligação entre nós do que você sabe. Uma vez que seu filho nasça, a ligação ficará ainda mais forte. (…)
O filho de Teyla é apenas uma peça em seus planos ou há uma outra ligação entre os dois?
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Também gostei muito desse episódio. Apesar de eu adorar a Dra. Keller (é esse o nome?) eu sinto uma falta fenomenal do Carson. Quando eu o vi na tela tive a sensação de estar vendo Stargate Atlantis novamente.
concordo com tudo o que você disse e queria comentar mais, so que no momento não dá 🙁
PS: Sabe que eu não tinha pensado nisso a respeito da Teyla e do Michael?
Sabe, eu lembro de ter visto um destes episódios do primeiro ano de Stargate Atlantis e ter ficado com pena dos Wraith. Naquele momento me caiu a ficha de que, apesar da aparência asquerosa, eles não são maus. Ou melhor, são tão maus como os tigres, leões e outros animais selvagens de zoológico.
Poxa, as armas deles não matam, só atordoam, enquanto Sheppard e sua turma matam eles sem dó; eles precisam ficar hibernando, só pra não sofrerem com a escassez de comida.
É curioso, porque o que eles fazem é querer saciar sua necessidade biológica.
Não sei se outra série antes de Atlantis criou aliens assim, não sou tão ligado em sci fi assim pra dizer, mas eles são realmente vilões muito curiosos.
Porque a idéia do vilão alienígena é a do escravizador, conquistador, e aqui as coisas não são bem assim…
Por que Beckett deixou a série afinal de contas? Ele era essencial e muito melhor do que aquele nova médica. Podia voltar para ficar.
Eu também acho que o Beckett não devia ter morrido,muito menos em uma explosão tão tosca como aquela que tirou sua vida(Atlantis costuma ter bons efeitos especiais mas aquela cena ficou muito ruim).Desconfio que foi o próprio ator que decidiu deixar a série.
Eu sempre tive pena dos Wraith também. Quero dizer, não exatamente pena, mas me solidarizava (ainda solidarizo) com eles.
Também queria saber pq o Beckett saiu…mas pelo menos ele apareceu de novo, já a Weir…
Uma pergunta para quem assistiu SG-1 (eu esqueci): Se a larva do Tea’lc era um goa’uld, pq sua personalidade não era sobrepujada como a dos goa’uld vilões que nós vemos o tempo todo? Pq os olhos dele não brilhavam, etc e tal?
A larva é incubada na barriga dos Jaffas, e quando fica madura é colocada em algum hospedeiro.
Então a larva do Teal’c ainda não está madura? E eles vão trocando de larvas para permanecerem vivos?