Fringe – Anomaly XB-6783746 e The Boy Must Live

Data/Hora 16/01/2013, 15:48. Autor
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No dia 21 de dezembro de 2012, foi exibido Anomaly XB-6783746, um episódio maravilhoso que acabou ficando sem review por causa da correria de final de ano. Então, ao mesmo tempo que os apresento minhas mais sinceras desculpas pela ausência da review, falo um pouquinho sobre o episódio, que nos trouxe acontecimentos importantes e emocionantes.

Foram muitos os acontecimentos desse episódio. E tivemos que nos despedir de uma personagem emblemática. Nina Sharp, uma importante aliada para a Divisão Fringe, foi descoberta por Observadores e Lealistas, e acabou se sacrificando para que os planos de Walter e cia, de salvar o mundo, continuassem possível.

Tenho certeza que muita gente, assim como eu, só percebeu o tanto que gostava da misteriosa Sharp no momento de sua morte. Com certeza, caso houvesse mais tempo, Nina teria participado mais dessa reta final de Fringe, mas não foi assim que quiseram os deuses das renovações. Então, só nos resta lamentar a partida da ruiva mais grisalha dos universos, e agradecer seu esforço final.

Afinal de contas, foi seu esforço – o suicídio depois daquele papo fenomenal com o lagartão Windmark – que permitiu que o Child Observer, Michael, ficasse a salvo, esperando por Olívia, Peter e Walter. E mais, permitiu que os pensamentos de Walter e Michael se conectassem e nós descobríssemos, enfim, quem é Donald. E, meus amigos, Donald é ninguém menos que September. Final de episódio daqueles de ficar com cara de aterrorizado olhando para a tela.

Por falar em Michael, também descobrimos que ele não é uma criança, como imaginávamos. Ele é uma anomalia, o que explica o nome do episódio. Mas arrisco-me a dizer que a anomalia é, de longe, muito mais evoluída que os Observadores “normais”. Prova disso é o vínculo emocional que Michael desenvolveu com Olivia e, nesse episódio, com Nina. Impossível não ficar tocada quando Michael “chora”, ao perceber Nina morta.

Vale lembrar que Michael passou longos anos no subterrâneo, o que explica porque os Observadores não conseguiram localizá-lo quando ele sumiu antes de ser exterminado – por ser uma anomalia. E vale lembrar, também, que foi September que ficou com o encargo de levar Michael a outro esconderijo, após ele ter sido descoberto pela Fringe Division. Ou seja, September, conhecedor do futuro, já sabia, naquela oportunidade, da importância do pequeno Observador para a sobrevivência do mundo, tal qual o conhecemos e desejamos.

E aí entra a famosa frase de Fringe, “the boy is important”. Sempre supomos que ela se referia exclusivamente à Peter. Mas eis que agora os roteiristas, em um twist sensacional, nos revelam que ela se refere à Michael. É isso mesmo, senhoras e senhores. Passamos cinco meses acreditando – assim como Walter – que o menino que deveria sobreviver era Peter, e estávamos redondamente enganados. E isso nos traz ao episódio dessa semana, The Boy Must Live.

Um episódio lindo. Emocionante, esclarecedor. Mais uma vez, o amor, os laços familiares, foram evidenciados. E estou bem inclinada a acreditar que se boa parte dos problemas do universo (e suas versões alternativas, inclusive) foram causados pelo amor de um pai – Walter – por seu filho – Peter -, a salvação do mundo pode vir do amor de um pai – September/Donald – por seu filho – Michael.

Mas vamos por partes. Pra começar, preciso falar da lindíssima cena entre Walter e Peter. Foi lindo ver Walter abrindo o coração para Peter, contando que agora ele se lembra de todos os acontecimentos da linha temporal azul que envolvem os dois. O tom do diálogo era de despedida, e isso foi confirmado na sequência, em outra linda conversa, dessa vez entre September – com cabelos – e Walter.

E foi através das conversas entre September e a Fringe Division que descobrimos muitas coisas importantes e esclarecedoras. Foi em 2167 que os Observadores surgiram, quando um cientista resolveu sacrificar as emoções humanas em prol de inteligência. E, assim, além da gênese dos Observadores, descobrimos também que Michael é filho de September – já que o carequinha do bem foi o doador que deu origem à ‘anomalia’. September, um admirador dos humanos, vendo que o filho seria sacrificado, eis que possuia emoções bem desenvolvidas, resolveu agir como um pai humano e preservar a cria. Escondeu o menino no passado, viajando através do tempo, e deu o aviso à Walter, ao salvá-lo (junto com Peter) da morte no Lago Reiden: o menino é importante, e deve sobreviver.

E o sucesso do plano passa por Michael, já que a intenção original é enviá-lo ao futuro, precisamente para 2167, para que os cientistas responsáveis pelos Observadores se convencerem que as emoções e o alto nível de inteligência podem coexistir. Assim, os Observadores não teriam existido. Obrigatoriamente, assim, estaríamos diante de um ‘reset’ no tempo.

A primeira vista, poderíamos pensar: se os Observadores não existiram, a invasão de 2015 não aconteceu. Logo, a sequência de acontecimentos voltaria para a cena familiar no parque. Mas não. Todas as ações dos Observadores seriam apagadas. E a primeira delas, pelo que me recordo, foi a interferência de September nas pesquisas de Walternate pela cura de Peter. Se o Observador não tivesse interferido, Walternate teria curado Peter. Assim, Walter nunca teria cruzado os universos para salvá-lo.

Ou seja: todos os acontecimentos desses 5 anos de seriado seriam deletados. Nada de Polivia para nós, nada de Etta. Sim, o universo vermelho existiria. Mas com Peter lá, também não há como precisar como as coisas se desenrolariam. Ou seja, nada da história conhecida do vermelho para nós também. Um tanto cruel, não acham? A Fringe que nós conhecemos e amamos deixaria de existir.

Teorias a parte acerca do reset temporal, ainda há muita especulação sobre a participação de Walter no plano. Qual seria seu ato de sacrifício? Será que nosso amado cientista morrerá, mesmo? Ou outro se sacrificará em seu lugar? Perguntas e mais perguntas. Respostas pelas quais ansiamos, mas que talvez não estejamos prontos para receber.

Outro ponto que engloba muita especulação é sobre a saída de Michael do trem. Para mim, a única explicação cabível é que September, ao se despedir do filho, tenha dito para ele que a Fringe Division não deveria ser capturada, ou que ele deveria se deixar capturar. Inclusive, a resposta “nos veremos novamente” poderia ser para acalmar o menino, após dizer empaticamente para ele que deveria passar um tempo com os Observadores do Mal. Porque se ele queria passar para o outro lado, já teria feito isso há tempo, inclusive no laboratório, após a morte da Nina. Então, isso deve fazer parte do plano.

E por falar em plano, foi bastante curiosa a conversa entre Windmark e o Generalzão dos Observers, ocorrida em 2609. A probabilidade de 99,9999% do plano cruel dos carecas dar certo é alarmante, mas a esperança nos é oferecida pelo próprio Windmark: há 0,0001% de probabilidade dele fracassar, a mesma probabilidade que Michael tinha de desaparecer antes de ser exterminado. Coisas improváveis acontecem. Ainda mais quando a Fringe Division está envolvida nos acontecimentos. O General não parece perceber o poder da equipe, e nem poderia. Só tem inteligencia, lhe falta a parte emocional. E é bastante interessante que Windmark tenha percebido o risco que corre.

Convivendo com os humanos, estariam Windmark e os outros Observadores desenvolvendo a parte emocional? A raiva desenvolvida por Windmark, sua reação à música, assim como a do outro Observador, que chegou a bater o pezinho, são indícios fortes de que sim, há uma modificação no comportamento dos carecas odiosos, ainda que ela seja sutil. Penso que isso poderá ser utilizado no desfecho da trama.

Como fica bem evidente nessa review, essa é uma semana de questionamentos. São mil as teorias, e uma grande inquietação: quem sobreviverá à batalha final? O trio de protagonistas sobreviverá, ou encerraremos Fringe com mais uma dolorosa despedida, antes do apagar das luzes?

Não sei qual será, precisamente, o final da série. Não sei quem morrerá, quem sobreviverá. Mas tenho certeza de que a vitória passará pela utilização das emoções. Afinal, o que a Fringe Division melhor sabe fazer, desde sempre, é utilizar inteligência para satisfazer à finalidades emocionais/sentimentais. E mal posso esperar para descobrir quais sacadas geniais os roteiristas reservaram para os episódios finais.

Apesar disso, dói pensar que a despedida está tão próxima. Fringe vai fazer falta.

P.S.1: abri um sorrisão ao saber que o tanque, marca registrada da 1ª temporada, ia ser utilizado por uma última vez. E creio que foi a última vez que “presenciamos” Walter sem roupas. Despedidas, tantas despedidas.

P.S.2: veremos uma White Tulip antes do final? Aparentemente, sim.

P.S.3: que dorzinha ver Liv acreditando que se tudo der certo, eles terão Etta de volta. Torço pra acabar assim, mas acho bem improvável. Apesar de que há especulações de que nessa linha de tempo azul modificada não houve interferência dos Observadores, já que Peter não teria sido salvo por Walter. Assim, poderia o reset temporal retornar para a cena do parque. Veremos.

P.S.4: o TeleSéries está preparando um conteúdo especial para homenagear o seriado. Fiquem atentos!

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  1. Elisa de Castro Lisboa - 16/01/2013

    Eu acho que o seu P.S.3 é exatamente o que Fringe vai fazer, apesar de não gostar. Além de forçado, vai criar mais um paradoxo temporal na série, só pra ter um happy ending.

  2. Maurício Köslipp - 16/01/2013

    Não sei o que esperar, só não quero que o Walter morra, eu ia chorar por uma semana hahaha. Nem acredito que em 2 dias vou dar adeus a uma das séries mais incríveis já feita.

  3. @ricardogranja10 - 16/01/2013

    ótima review, Mari! gostei mto dos últimos episódios, achei esclarecedores… o lance do percentual de êxito é importante para conferir mais lógica ao lance das viagens no tempo, por exemplo… de resto, coração na mão já… só um detalhe, é curioso q algumas legendas traduzem como “legalistas” ao invés de “lealistas”… completamente diferente os conceitos… legalista é bisonho…

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