Review: Terminator: The Sarah Connor Chronicles – Gnothi Seauton


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Terminator: The Sarah Connor Chronicles - Gnothi Seauton
Série: Terminator: The Sarah Connor Chronicles
Episódio: Gnothi Seauton
Temporada:
Número do Episódio: 2
Data de Exibição nos EUA: 14/1/2008
Data de Exibição no Brasil: 13/5/2008
Emissora no Brasil: Warner

O Exterminador do Futuro sempre foi para mim um filme especial, mas ao contrário da maioria, eu nunca prestei muita atenção no Arnold Schwarzenegger (embora eu gostasse dele). Exterminador para mim era Kyle Reese e os Connors. Talvez por isso eu tenha ficado tão feliz com a notícia da série e como previa, não senti falta nem por um único segundo do ator-governador. Senti mais falta do T-1000, mas entendo que por motivos orçamentários não seja possível usar um modelo tão avançado de exterminador.

Gnothi Seauton muda um pouco o ritmo que o episódio piloto havia imprimido à série. The Sarah Connor Chronicles não é um seriado de exterminadores, mas sim de construção de caráter. No caso, o líder que John Connor será um dia. É claro que as cenas de ação são uma necessidade, mas não o enfoque principal.

O segundo episódio nos mostra os primeiros dias dos Connors em 2007. Cameron informa que o John do futuro enviou um grupo de apoio para auxiliá-lo nesta nova jornada. O que eles não esperavam é que o grupo – menos um – tivesse sido exterminado por outra máquina enviada do futuro. Particularmente eu adorei as cenas de Cameron com o outro exterminador. Ninguém pode me acusar de não gostar de uma boa história, mas confesso que sou completamente apaixonada por cenas de ação.

A situação dos três fugitivos após a descoberta do grupo exterminado é simples: encontrar alguém para forjar novas identidades e ninguém melhor que Enrique, um antigo conhecido de Sarah. Infelizmente o falsário está aposentado, mas indica o sobrinho, o que nos possibilita espiar uma cena que eu gostei imensamente entre Cameron e o policial.

Interessante perceber que eles nada sabem sobre as grandes mudanças ocorridas no mundo nos oito anos que pularam no tempo. Onze de setembro nada significa para Sara, mas para nós é um lembrete de que o ser humano pode ser tão terrível quanto as máquinas com quem eles estão lutando.

Mas o que realmente importa no episódio não é a busca pelas novas identidades, e sim as pequenas situações pelas quais o trio passa e que vão delineando quem serão no futuro. E incluo aqui a Cameron.

Teria Sara matado Enrique se fosse necessário? Ela nunca saberá, pois Cameron tirou de suas mãos essa escolha. Na verdade ‘o homem de lata’ fez com Sara mais ou menos o que ela faz com o filho. Na ânsia de protegê-lo, acaba por fazer escolhas no lugar de John e privá-lo de tornar-se naturalmente o líder que deverá ser um dia.

Não sei quanto a maioria dos fãs, mas eu tenho uma certa restrição a algumas atitudes de Sara. Nesse episódio ela esteve especialmente chatinha. A meu ver ela tolhe demais o filho e isso com certeza não fará nenhum bem para ele como um soldado. Ela diz que tem apenas quatro anos para prepará-lo, mas a redoma com a qual ela o cobre, acaba fazendo justamente o contrário. Sorte dele que o seu futuro eu é esperto o suficiente para mandar alguém que ajudará a moldá-lo no que ele precisa ser. E, é claro, a salvar a mãe da morte certa. A pergunta é: será o câncer inevitável? Sara teria morrido em 4 de dezembro de 2005, seis anos após o salto no tempo. Irá Sara morrer daqui seis anos novamente ou John conseguiu evitar o destino de sua mãe? Irá Sara Connor testemunhar o Dia do Julgamento ou nunca verá o acontecimento que mudou o seu passado e selou o seu destino?

Uma coisa pela qual peca Exterminador (a série e os filmes) é pela quantidade absurda de paradoxos. Se a morte de Miles atrasou o Dia do Julgamento, então teria John conhecido Kyle Reese como antes e enviado o próprio pai ao passado? Se John sabendo da morte da mãe envia Cameron para o passado para salvá-la, isso não irá influenciar no seu eu do futuro, já que ele pulou 8 anos no tempo e está tecnicamente oito anos mais novo? E se ela não morrer? Irá conhecer Kyle Reese do futuro? Então como ele irá se apaixonar por uma foto a ponto de voltar no tempo para salvá-la? Ou ele simplesmente garantiu que o curso dos acontecimentos voltasse ao normal? Com todo esse vai e vem no tempo, não será possível que surja outro grande líder que não seja John?

Mas todos os paradoxos realmente não importam diante da grandiosidade que é Terminator. Como em tantas outras ocasiões, nós viramos o rosto para o lado e fazemos de conta que não percebemos os absurdos, pois aproveitar o que está na tela é muito mais interessante e divertido.

E para finalizar, só gostaria de dizer umas poucas coisas:

– Sara já usou 9 pseudônimos, teve 23 empregos, fala 4 idiomas e esteve internada por três anos em um hospital psiquiátrico.

– Lindo ver o John procurando por Charley Dixon antes de qualquer pessoa. E mais tocante ainda foi ver o carinho que o para-médico ainda sente pelo garoto. Só não sei como John continua sabendo mexer tão bem em um computador após tantas inovações que ocorreram nesses oito anos. Certo, 1999 para 2007 não é 1980 para 2007, então vou relevar.

– Sábia decisão de não trazer um exterminador a cada episódio para eliminar John. A máquina com quem Cameron lutou já estava naquele ano e já tinha uma missão específica, portanto é uma fonte de preocupação a menos para os Connors. Entretanto nem tudo são flores. Cromartie não foi aniquilado. Sua cabeça saltou no tempo e ativou seu corpo, e isso com certeza não será muito agradável para o trio. (Curiosamente eu não me recordava que as máquinas podiam mover separadamente corpo e cabeça)

Terminator: The Sarah Connor Chronicles - Gnothi Seauton– Summer Glau está perfeita como Cameron. No primeiro episódio ela ainda estava muito leve e descontraída, mas em Gnothi Seauton ela definitivamente achou o tom correto. Fria e indiferente, mas com um humor refinado e algumas reações impagáveis.

– Eu gosto muito de Lena Headey como Sara Connor, mas esse sem dúvida nenhuma não foi o seu episódio.

E só para filosofar, se as máquinas são inteligências artificiais, o que lhes permitiu rebelar-se e destruir a humanidade, o que impede de um exterminador humanóide reprogramado de continuar pensando e alterar sua nova programação e voltar a se rebelar contra o ser humano?

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  1. Paulo Fiaes - 15/05/2008

    excelente review Mica

    gostei mto mesmo

    olha, o universo terminator é complicado, a começar por um cara q vem do futuro pra engravidar Sarah no passado, e esse bebê será o lider da humanidade.

    eu acho a Sarah criada pra série menos agressiva e mais protetora do que a Sarah dos filmes, sem duvida no filme ela n hesitaria em matar o traidor, e aqui precisou a terminatrix ser a “vilã”

    a sorte que o John connor é melhor do que nos filmes e aos poucos vamos vendo ele tomar redea de sua vida, suas proprias decisões.

    e vc tem razão, nesse ep em diante Summer Glau começa a roubar as cenas. mto bom mesmo

  2. Darth Cesar - 15/05/2008

    Muito bom seu review Mica, não achei o episódio tão empolgante, mas não faz feio, a Sara esta numa sinuca, o que você faria? confia no John e solta ele, ou tenta ao máximo controlar a vida do cara, achar o meio termo é o problema da vida da Sara.
    A Summer Glau vem fazendo um ótimo trabalho nestes papéis que exigem muita expressão facial, (o outro só conheço de Serenity) a cena com a enfezadinha da gangue foi boa, tava torcendo pra ela enfiar a mão no tira.
    Pra mim é cedo pra fazer uma analise dos personagens, afinal não acompanho direto da fonte, mas esse John da serie esta sendo a evolução daquele de T2, agora como a serie ignora o T3, só quero ver no que vai dar, pois o trabalho do Nick Stahl foi muito bom e ninguém duvida da capacidade do Christian Bale pra T4.

  3. Darth Cesar - 15/05/2008

    Desculpe, mas me esqueci de comentar s/ o paradoxo da serie, 2feira, em The Big Bang… teve uma discussão fantastica s/ isso, aqueles caras são hilários…

  4. João da Silva - 15/05/2008

    Comentário da Capitã Kathryn Janeway, de Star Trek: Voyager, sobre viagens no tempo:

    “Time travel. Ever since my first day in the job as a Starfleet Captain I swore I’d never let myself get caught in one of these god-forsaken paradoxes. The future is the past, the past is the future. It all gives me a headache.”

    (episódio Future’s End, da terceira temporada de Star Trek: Voyager)

  5. Mica - 15/05/2008

    Excelente comentário da Capitâ Kathryn ^_^.
    Sem contar que se cada nova mexida no passado abre uma linha temporal diferente, não vejo muito sentido em realmente alterar alguma coisa, já que a linha temporal anterior não deixará de existir, apenas se criará uma nova.

    Eu estou adorando o Thomas Dekker como John. Confesso que eu tinha ficado muito, muito triste com a saída dele de Heroes, mas para tê-lo em TSCC valeu a pena.

    Não sei se a Sarah dos filmes era mais agressiva. Acho que elas estão em momentos diferentes da vida, mas no fundo tem a mesma base.

  6. Giselle - 15/05/2008

    Muito bom o review. Tô gostando muito desta série.

  7. VORTEX - 16/05/2008

    Mica muito bom seu Review, sobre os paradoxos de Terminator faço que nem o Austin Powers, não queimo muito a “mufa”, mas se o Jonh Connor do futuro é tudo isso que falam ele já traçou uma linha entre o Jonh passado, presente e futuro sem muitos danos, já que o realmente lapidou ele para o futuro foram as informações das pessoas e exterminadores que voltaram para o passado, essas pessoas e máquinas deram o ingrediente e ele fez o bolo.

    Agora sobre Cromartie, a cabeça dele saltou no tempo junto com o trio, e pelo que percebi, me corrijam se eu tiver errado, não tinha nenhum tecido humano, “pele”, na cabeça dele, era puro metal, então como diabos ele saltou no tempo hein?
    Pelo que sei um Terminator para poder viajar no tempo precisa estar coberto com “pele” e se isso pode ser feito com exterminadores porque não cobrem uma arma futurista com “pele”?

    Coisas de Terminator.

    Mesmo assim estou adorando a série.

  8. Regina - 16/05/2008

    Mica, muito bom seu review. Concordo com todos tanto no tocante aos paradoxos (e bota paradoxo nisso!) quanto a assimilá-los e continuar a ver a série, porque apesar deles a história prende. É daquelas em que, quando acaba o episódio, a gente fica desejando que tivesse outro logo em seguida.

  9. Rodrigo - 16/05/2008

    Excelente review, parabéns!!! Alias to adorando a séries, mas tenho uma dúvida: onde entra T3 nessa história, já que ele se passa em 2004, onde sarah ja morreu de leucemia??? e T4, terá algo que o ligue a série???
    Valeu!!!

  10. Mica - 16/05/2008

    Pelo que eu entendi, T3 não entra em lugar algum. Quero dizer, ele entraria no comentário da morte da Sarah por câncer, mas como o John mandou a Cameron para o passado para mudar o passado da mãe, automaticamente mudou a história de T3 também.

    Vixe, Vortex, não tinha me ligado nesse negócio do tecido humano e da cabeça do Cromartie O.O Outra das coisas para se deixar para lá, hehehe.

    Gente, valeu pelo comentários. Confesso que estava morrendo de medo de fazer o review de TSCC.

  11. Paulo Fiaes - 17/05/2008

    olha, mas ate onde lembro, Cromatie estava com pele e tudo e a viajem no tempo foi na mesma hora do tiro q ele levou, ou eu estou enganado? aí como tudo ocorreu no mesmo tempo, ele viajou no tempo ao mesmo tempo q a pele se desintegrava do corpo. bom, acho q foi isso, ou então estou viajando na maionese.

    eu so quero saber como eles vão ligar a série ao filme.

  12. Mica - 18/05/2008

    a cabeça do Cromartie (só o metal) pulou pra dentro da área que estava sendo enviada para o futuro quando a Sarah o explodiu com aquela arma que a Cameron deu para ela. Não lembro de ter qualquer pedaço de pele. E mesmo que tivesse, a premissa sempre foi que apenas tecido vivo pode viajar no tempo, e foi justamente esse o motivo deles terem construído andróides (robôs? sei lá qual a categoria que os exterminadores se enquadram) com revestimento vivo e não permaneceram apenas máquinas.

  13. Thiago - 18/05/2008

    Cara, q review legal. E eu achava que gostava de Terminator =) A série não me decepcionou. Eu quero é ação mesmo e não me sinto culpado por isso. Tem muito seriado que decepciona no clímax e por enquanto, TSCC tá mandando ver na ação.

    Não gostei da Cameron no piloto mas aqui ela está muito melhor. E gostei de saber q ela melhora com o tempo. Gostei da personagem. Mas não vão colocar ela pra ter um romance com John, né? Tipo… normal ele ficar atraído pq ela é “gostosa”, mas ainda assim é uma “máquina”, né? Ehr… pensar nisso acabou me dando mais dor de cabeça do q o paradoxo da linha do tempo. A Summer Glau é… uau! XD

  14. Mica - 18/05/2008

    Morro de medo quando alguém diz que gosta de um texto meu. Nunca acho que vou conseguir superar as expectativas, hehehe.

    Ao contrário de você, Thiago, eu gostaria MUITO de ver um romance John/Cameron. Algo bem explosivo, proibido, e totalmente ferrado. Digo…queria vê-lo penando na mão dela porque fez besteira em se apaixonar por uma máquina e er que correr atrás do prejuízo.
    É claro que eu vou ficar só na vontade. Duvido que algum produtor fosse me dar esse prazer, hehehehe.

  15. Raphaela - 04/03/2009

    Como que kyle conhesse Sarah? Como Jhon manda seu pai de volta no passado para conhecer a mae dele, para ela ter ele? eu nao intendo isso! Pode me explicar?
    Vlws =D

  16. Arutian - 02/06/2009

    No ultimo que eu vi,a Cameron tinha marcado um encontro com o amigo de classe do Jhon, alguém já viu como ficou isso?

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