TeleSéries
Fringe – In Absentia e The Recordist
16/10/2012, 16:02. Mariela Assmann
Reviews
Fringe
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In Absentia descreve muito bem o meu sentimento para com Fringe. Uma temporada incrível rolando e eu com um absurdo bloqueio para escrever sobre os episódios. Ah, a ausência antecipada que estou sentindo! Eram 13. Agora, somente mais dez. O final de tudo se aproxima rápido demais. E embora eu esteja feliz com o final que estamos recebendo, e de poder dizer, orgulhosa – e eu tenho certeza disso – que Fringe teve um grande final, ainda não estou preparada para me despedir.
Ainda mais agora, que estamos sendo apresentados a 2036, um universo adoravelmente odioso e fascinante. Que estamos conhecendo melhor Etta, compreendendo o que ela passou, o que faz dela a pessoa que é. E quando conseguirmos assimilar todas essas novas informações, novos personagens, tudo terá um fim. Por isso acho conveniente ressaltar o trabalho bacana que os roteiristas estão fazendo, ao ponto de criarmos um carinho especial por Etta, não só por ela ser a filha do shipper, mas por ela ser quem ela é. Um carinho especial por Simon, que vimos em apenas um episódio, e que já perdeu a cabeça (o que farão com ela?). Enfim, os roteiristas estão fazendo um trabalho incrível ao preencher a ausência dos 21 anos que nunca saberemos como foram, na realidade.
Outro ponto a se destacar é que o caminho da salvação do mundo começou a ser trilhado. Walter gravou várias fitas com os passos do plano conjunto com September. É óbvio que uma cruzada será empreendida atrás das informações contidas nos VHS (à propósito: achei que eles literalmente viajariam atrás das fitas, mas em The Recordist descobrimos que elas estão espalhadas no laboratório. O único trabalho é removê-las em segurança do âmbar e colocá-las em ordem).
O código de In Absentia foi Faith (Fé). Pra mim, ficou óbvio que é a Fé que Liv representa. Olívia meio que sempre foi a explicação para todas as coisas. Agora, os roteiristas dão a entender que Etta é que será a peça fundamental para o desfecho. Mas, se for isso mesmo, só irá acontecer por causa de Olivia. Ficou bem claro que apesar de valente, Etta é bem diferente da mãe. Conhecemos pouco do que a lorinha passou nos 21 anos após ter se separado dos pais. Mas esses acontecimentos trouxeram para ela um peso, uma “amargura” que Liv não tem, apesar de tudo que passou. Olivia acredita nas pessoas, e isso faz das pessoas seres melhores. Não que ela não seja enganada, as vezes – até com certa freqüência. Mas Liv desperta sentimentos nas pessoas, ainda que conflitantes.
Etta, mesmo. É óbvio que ela idolatra a mãe, tem afeto legítimo por ela. Mas sua maior naturalidade e com o pai, Peter. Talvez por que Peter tenha expurgado os fantasmas do passado e agarrado a chance de reconstruir sua família, e Olivia ainda esteja tentando se readaptar ao ‘marido’ e à filha. Mas está sendo muito bacana acompanhar essa trajetória de descobertas mútuas, e de ver uma real família se formando.
E o que falar de The Recordist? Pra mim, foi um super episódio. Mas ‘ouvi’ muita gente reclamando por aí, especialmente do ritmo lento dessa temporada. Confesso que pra mim está funcionando muito bem. O que seria desenvolvido em 3 temporadas completas (segundo os produtores, Fringe foi pensada para sete temporadas, originalmente) acabou tenho que se desenvolver em um espaço menor de tempo. E nesses 3 episódios já exibidos na 5ª temporada, recebemos muitas informações sobre os 21 anos que se passaram desde o Expurgo – o tal preencher as lacunas, suprir a ausência. Tá certo que as informações estão sendo passadas didaticamente, mas isso é necessário para que possamos acompanhar os acontecimentos de 2036, bem como compreender o desfecho que tudo terá.
Particularmente, gostei bastante da trama envolvendo os habitantes de um “povoado” muito diferente e especial. São seres modificados, cujos corpos estão se adaptando ao universo dos Observadores. São seres que, à sua maneira, se assemelham aos Observadores, no seu propósito original. Observar a história. E que, eventualmente, decidiram a mesma coisa que os carecas: modificar a história. Mas, obviamente, de uma forma bastante diferente.
Edwin se sacrificou. Preferiu deixar um legado ao filho – o exemplo de ser um bom homem, o herói que River acreditava não existir nos dias ‘atuais’ – do que continuar convivendo com ele. Foi bonito, foi tocante. Especialmente porque Edwin e River, além de importantes para a trama como um todo, trouxeram à tona a questão “família”, e o quão longe se pode ir para mantê-la unida e segura.
Os sentimentos de Peter sempre foram mais fáceis de ler, para nós. E Peter mesmo é mais aberto sobre eles do que sua parceira. Olivia mascara muito bem seus sentimentos. E foi apenas em The Recordist que a loira baixou a guarda e se mostrou menos forte, menos badass. E assim conseguimos compreender que a imagem que temos dela – e que River, Peter, Astrid, Walter e até Etta também tem – não é 100% verdadeira, porque esquecemos da porção frágil de Liv. No final das contas, Olivia encarava a tudo como um castigo divino – tal como Walter, que acreditava ser punido por desencadear as divergências entre os dois universos -, acreditava não merecer a felicidade ao lado da família por não ter sido projetada para isso.
A cena entre Liv e Peter foi muito bacana, e foi – acredito eu – mais um passo na reconstrução do casal. É óbvio que eles não poderiam simplesmente voltar a ficar juntos, depois de tudo que passaram. Mas aos poucos antigas questões vão sendo esclarecidas, antigas mágoas vão sendo trabalhadas. E, como Peter disse, a família DunhanBishop recebeu outra chance de ficar junta. Chance que funcionou para Olivia como a White Tulip para Walter. É um sinal de “perdão”. De que a loira merece ser feliz, e que a imagem que Etta e o pequeno River tem dela é verdadeira.
Com isso, Olivia se permitiu aproximar-se da filha. E a cena final, do carro, é um alento para nossos corações.
As coisas caminham bem, e as importantes rochas avermelhadas foram conseguidas, a um alto custo. Mas creio que o preço que pagaremos para ver o mundo livre dos carecas ardilosos será muito maior. Imagino que Walter vá construir, depois de localizadas todas as fitas, alguma máquina, dispositivo ou coisa do gênero, e essas pedras são a energia necessária para tudo funcionar – o que é bem plausível, vide o destino de Donald, após pegar algumas delas. Quem sabe, inclusive, as pedras sejam uma espécie de criptonita, por isso que os Observadores não acabaram com elas, mesmo sabendo do risco que elas oferecem a eles e onde poderiam encontrá-las (se eles quisessem, teriam fechado a minha em 2015, não esperariam a ação da Fringe para fazer isso).
Enfim, muitos questionamentos ainda precisarão ser respondidos. Sei que não importa qual caminho nossos queridos personagens tomem daqui para a frente, um grande risco os cerca. E estou temerosa que tenhamos que nos despedir de algum deles mais breve do que pretendíamos.
Por hora, só nos resta aguardar o dia 26/10, data na qual vai o ar o próximo episódio de Fringe. E embora eu não esteja particularmente ansiosa pelo fim, mal posso esperar. Até lá.
P.S.1: o código de The Recordist foi Anger (Raiva, ira). A única explicação que vejo para o código é a raiva que os Observadores sentem da Divisão Fringe e dos progressos que estão sendo feitos por eles.
P.S.2: Gene, aquela linda, está lá, ‘desfilando’ toda sua beleza bovina no âmbar. Vamos pedir pra Astrid remover ela já, produção?
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Review deliciosa de ler.
” Gene, aquela linda, está lá, ‘desfilando’ toda sua beleza bovina no âmbar. Vamos pedir pra Astrid remover ela já, produção? ”
Final perfeito para uma review ótima! Parabéns!
As fitas são betamax