Grey’s Anatomy – Remember The Time


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Eu estava preparadíssima pra chorar por quarenta e tantos minutos com Remember The Time. E, miraculosamente, eu chorei apenas nos minutos finais. Isso não significa que o episódio não tenha sido triste, dramático. Pelo contrário, foi bastante. Mas creio que havia um certo entorpecimento no ar, em virtude da decisão da produção de apresentar primeiro Going Going Gone, de forma que em Remember The Time já sabíamos praticamente tudo que aconteceria. Isso tornou o drama mais real, menos desmedido. Mas nem por isso meio dolorido.

Também defendo a decisão da inversão da ordem de exibição em razão de ter sido mantido o suspense do “o quê aconteceu com Arizona” por mais tempo. Porque se criou o suspense do “será que morreu” na premiere, e o suspense da amputação, nesse episódio.

Eu gostei, também, da estrutura do episódio. De vermos, de forma paradoxalmente isolada e interligada, o que aconteceu com cada um dos sobreviventes à queda do avião.  E talvez essa estrutura também tenha pesado no fato de eu ter preferido o segundo episódio ao primeiro.

Mas antes de entrar no mérito do episódio em si, preciso dizer que houve UMA COISA extremamente desnecessária no episódio: a menção de que o corpo de Lexie foi comido por animais selvagens. Sim, é totalmente plausível que isso tenha acontecido, em virtude do tempo que eles passaram na mata. Mas é necessário que essa informação seja levada para os fãs, ainda chateadíssimos com a morte da própria Lexie e com a de Mark? Não. Então, Shonda, menos. Bem menos. Feita essa ressalva, vamos relembrar o que aconteceu com nossos queridos e azarados médicos.

Posso começar dizendo que to amando muito, muito, muito a nova versão de Mer? O que nós vimos do drama da Grey nos deixou com uma certeza: a sombria e obscura Meredith Grey foi embora. E é muito bacana observar todo o amadurecimento da personagem. Ela lidou muito bem com os acontecimentos da mata, e foi a responsável pelos demais sobreviventes após o resgate, já que era a menos ferida. Tomou a dianteira da situação, recolheu o luto pela morte da irmã e seguiu em frente.  E o fato dela não ter aceitado ir embora de Seattle não significa conformismo, resistência à abandonar as coisas antigas. Pelo menos pra mim ficou evidente que ela, mesmo sofrendo, acha que eles precisam ficar ali, em virtude dos outros colegas que estavam no avião, e da mão do Derek. Muito orgulho de Medusa Grey.

Derek tem seu próprio drama pra lidar. E embora não seja um mimimizento de plantão, também não se mostrou como uma rocha sólida e firme. Tá certo que ele lidou também com o drama de estar perdendo seu melhor amigo. Então, não é exigível que ele se comporte de forma diferente. E foi bacana ver que ele estava se preocupando com o futuro de Meredith, mesmo no meio do caos. Em outras oportunidades, o casal se enfraquecia nos momentos de tristeza e provação, e dessa ver está sendo diferente, para a felicidade dos shippers MerDer. YAY. Eu não faço ideia de como a questão da mão do Derek será resolvida, então só nos resta aguardar e torcer pra, que em breve, seja um lindo dia para salvar vidas.

Yang ficou catatônica. Todos sabemos, desde a primeira temporada – lembram da crise de choro compulsivo dela depois do aborto? – que Cristina não lida muito bem com o pós-trauma. Mas dessa vez, até achei que a coisa toda deu uma evoluída. Ela lidou com questões muitos extremas na mata – desde ver os colegas morrendo até beber sua própria urina – e ficar naquele estado de torpor é natural. O importante é que ela saiu do estado em que se encontrava. O ruim é que ela fugiu. Sim, fugiu. Não digo que ela ir embora fosse uma coisa ruim. De forma alguma. Se a mudança fosse para deixar todas as coisas ruins para trás. Mas não foi, foi por fraqueza de encarar os próprios traumas. Novamente. Se na sétima temporada ela desistiu de ser uma cirurgiã, agora ela desistiu de permanecer ao lugar ao qual pertence. E é pela forma que se deu a mudança dela que tenho, agora ainda mais, certeza de que ela voltará ao Seattle Grace.

A trama de Mark foi de doer o coração. Porque nós o vimos bem, sorrindo, conversando, fazendo piada. E isso não nos alegrou. Porque sabíamos que até o final do episódio ele morreria. A cena de Sloan com Avery, a conversa deles, foi uma das mais bacanas do episódio. E com certeza vai pautar as ações de Jackson com April. Gostei, também, de Mark ter “acabado” com Julia. Sei, talvez tenha sido desnecessário. Mas foi a última confirmação de Slexie, então me agradou. O que não me agradou foi que Sofia não chegou a tempo para ver seu pai, antes da partida definitiva dele. Eu torcia por um último colinho, um último afago. Infelizmente, não deu tempo. O que definitivamente me agradou foi a presença de Richard ao lado de Mark. O Chief era, sem dúvida, a pessoa certa para as “disposições de última vontade” de Sloan. No meio à euforia do despertar de Mark, ele foi a pessoa que percebeu o quão ruim a situação estava, e que tomou as difíceis decisões que precisavam seguir à essa constatação. Foi bacana.

E, por fim, é necessário falar da última sobrevivente da queda. Arizona, que não é mais a Robbins que todos conhecemos e amamos. Primeiro porque ela tomou diversas decisões que não condizem com sua experiência médica. Ora, vamos lá! Tá certo que a situação dela era extrema, mas entre viver – inclusive pela sua filha -, ainda que sem a perna, e morrer, qual a opção mais agradável? É necessário que aja um entendimento, e rápido, de Arizona, de que as decisões tomadas por todos e, especialmente, por Callie, foram todas no sentido de salvar sua vida. A única coisa que achei completamente razoável foi a raiva de Arizona em relação à Karev. Totalmente aceitável, esperado, desejável até. E fiquei muito surpresa com a cena da amputação, porque eu realmente fiquei com a impressão que Callie tinha sido a médica responsável pela amputação. Entendi mal: ela tinha sido a responsável pela decisão. O autor do procedimento foi Karev. Qual o reflexo disso para o relacionamento já abalado dele com Robbins? Eu aposto todas as minhas fichas que será ele a tirar Arizona da depressão. E vocês?

E aqui, precisamos falar de Callie. Ela tem sido, junto com Mer, o esteio dos demais. Fiquei com muita pena dela, afinal as maiores decisões ficaram nas costas dela. A responsabilidade pela mão de Derek, a responsabilidade pela perna de Arizona. E numa cena a la final da quinta temporada, tudo acontecendo ao mesmo tempo: Callie operando Derek, Arizona entrando em choque séptico. Isso depois de Callie ter prometido que manteria a perna da mulher intacta – decisão muito errada, Torres; de ter perdido o melhor amigo e de não reconhecer mais a esposa. Que dó, que dó, que dó!

Agora, episódio novo de Grey’s Anatomy só em 18/10, em razão das eleições presidencias dos Estados Unidos. Enquanto isso, manteremos nossa curiosidade acerca dos próximos acontecimentos do nosso seriado queridinho. Até lá.

P.S.1: tive dozinho de Kepner, também, que foi embora meio incógnita e abandonada. E fiquei com um sentimento de gratidão eterna por ela ter permanecido, enquanto as coisas estavam bem caóticas no Seattle Grace. Definitivamente, olharei pra ela com outros olhos nessa temporada.

P.S.2: embora não goste mesmo de Crowen, adorei a cena entre os dois, do banho de Yang. Méritos pra ele, que foi quem tirou Yang do transe. Quanto ao futuro do casal, não sei o que esperar.

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  1. Bruno - 09/10/2012

    Não acho que passar este episódio antes do outro iria tirar o suspense do que havia acontecido com Arizona. Concordo que foi HORRIVEL a estoria dos lobos comendo a Lexie (requintes de crueldade, Shonda???), mas ver o Mark se despedindo em um segundo episódio valeu a pena. Achei muito, mas muito honrado da parte de Mark acabar com Julia, não querer que ela sofresse por ele, permitir pra ela um fechamento da relação.
    Sobre Kepner, não sei, sinto que ela já deu o que tinha que dar (trocadilho infame esse). E agora com Avery indo atrás dela, num tipo de culpa por tirar a virgindade da moça, já não simpatizava com ele (a tal vergonha do sobrenome) agora ficou pior.
    A entrada dos novos internos significa que teremos, novamente (lembram da fusão com Mercy?) histórias paralelas? Shonda se repetindo?
    Há um rumor da volta de Addison para Seattle, com o fim da participação dela (ou talvez da própria série) em Private Practice. Não imagino como nem pra que, sem Mark.
    Vou até o fim, como fiz com ER. Mas já estou de olho na nova série Emily Owens. O episódio piloto, “vazado” na internet, me agradou.

  2. anna - 09/10/2012

    Bato palmas para o comentario da malvadez da Shonda em relaçao á Lexie… A cena do banheiro da Christina foi intensa e Sandra Oh merece um emmy so por essa cena.
    Grande episodio

  3. Ágata Vaz - 04/07/2017

    Não acho desnecessário a menção ao corpo de Lexie. Foi o momento chave que pesou no episódio inteiro. O choque para quem está assistindo, e o que foi preciso para dimencionar o verdadeiro drama da morte. Golpe de mestre.

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