TeleSéries
Doctor Who – The Power of Three e The Angels Take Manhattan
05/10/2012, 10:00. Mica
Reviews
Doctor Who
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Para nós foram 2 anos e 5 meses, para os Ponds 10 anos, e para o Doutor foram alguns pingados aqui e acolá em 300 anos de sua vida. Ainda assim Amy e Rory deixaram suas marcas tanto na vida dos fãs quanto na do Doutor.
É curioso que eu tenha aprendido a gostar de Amy apenas nesta última temporada. Talvez porque ela finalmente amadureceu e só agora eu consegui perceber que muito do que eu não gostava na personagem (além da interpretação mequetrefe de Karen lá nos primórdios) era justamente a sua imaturidade. Mas Amy finalmente alcançou o seu auge e foi então que precisamos nos despedir.
Não há como negar que esta temporada (com exceção de A Town Called Mercy) foi dedicada aos Ponds. Incrível como eles conseguiram fazer parte da vida do Doutor por tanto tempo. Foi apenas um risquinho de tempo na existência dele, mas mesmo assim é mais do que eu estou acostumada.
O que me incomoda é esta mania de todo mundo dizer que ele não deve ficar sozinho, que quando Amy e Rory partirem ele deve encontrar outro companion….ora essa, ele viveu 300 anos desde que conheceu a pequena Amelia Pond! Ninguém vai conseguir me convencer que durante esse tempo todo ele ficou completamente sozinho apenas indo e voltando bem esporadicamente na vida dela. Esse não é o perfil dele! Pode ser que Moffat tenha esquecido que ao acrescentar vários anos (séculos!) à existência do Doutor isso implicaria em inúmeras aventuras fora das telas, mas não há como alguém de bom senso acreditar que o Doutor não acabaria recolhendo algum humano perdido por aí (ou vários) em tantos anos.
Deixando isso de lado, gostei bastante da forma como tivemos a oportunidade de imergir na vida dos Ponds em The Power of Three. É até estranho dizer que as partes que mais gostei do episódio foram justamente as com Amy e Rory, mas essa é a verdade. O Doutor estava muito caricato para o meu gosto pessoal e despreocupado demais com algo tão sério quanto cubos aparecendo do nada na Terra. Inclusive preciso dizer (sim, é uma necessidade) que achei os cubos patéticos quando finalmente foram ativados. Eram uma espécie de Toclafanes sem o mesmo charme. E tinham tanto potencial…
Por outro lado o episódio nos apresentou Kate Stewart, de quem eu gostei logo de cara. E é claro que ela ser neta do Brigadeiro fez tudo ainda mais emocionante. Foi muito legal a forma como o Doutor deduziu quem era a mulher. Mas, se eu estivesse no lugar de Kate, teria ficado bem decepcionada com o Doutor, tão diferente daquele que aprendi a admirar com as histórias do meu avô… porque venhamos e convenhamos, o Doutor não fez lá muita coisa e aquele final foi a coisa mais ridícula já vista. Com o tempo que demorou para o Doutor agir, a população que ressuscitou voltaria praticamente um vegetal.
Mas como eu já disse, o que fez desse episódio memorável não foi o Doutor e sim Rory e Amy. É claro que estavam nos preparando para a grande despedida, mas foi particularmente especial podermos olhar para a vida deles e ver o quanto gostavam de ser apenas um casal normal, com suas vidas, e que eles podiam ser felizes com ou sem o Doutor ao lado deles.
Mesmo assim, partiu meu coração ver a despedida definitiva em The Angels Take Manhattan. O que é mais importante aqui é que Amy escolheu deixar o Doutor e continuar ao lado de Rory, que era, afinal, o homem que ela amava. A forma como o amor dos dois foi sendo construído ao longo das temporadas foi belíssima e muito crível. Não dá para culpar nenhum dos dois por qualquer escolha que tenham feito nesse episódio. A cena em que Rory decide morrer (de novo) para garantir que ao final vivesse (ou simplesmente impedir a si mesmo de passar uma vida inteira trancado em um quarto longe dela) e que diz a Amy que a jogaria do prédio se isso fosse o melhor para a esposa, me levou às lágrimas, assim como a decisão de Amy de se jogar com ele, porque se fosse para morrer, que morressem os dois juntos.
Tudo bem que a história da Estátua da Liberdade foi absurda (não dá para crer que ninguém estivesse olhando para aquela coisa gigantesca em algum momento), assim como eu acho absurdo os anjos estarem sorridentes ou plácidos quando os vemos pela primeira vez, e na primeira piscada eles já ficam com aquela cara horrenda.
Mesmo assim os anjos foram bem utilizados por Moffat. É verdade que a cada vez que eles aparecem um pouco daquela magia de Blink se esvai, mas essa foi a primeira vez pós Blink que os anjos me deixaram de fato assustada em alguns momentos. Não sei se gosto da ideia deles providencialmente adquirirem esta capacidade de possuírem estátuas (como era antes tinha mais impacto, assustava muito mais e ainda havia a história da impressão do anjo na mente, na TV, na retina ou em qualquer outro lugar), mas agora a coisa já aconteceu, então ela existe para o melhor ou o pior.
Outra boa ideia do roteiro foi fazer de River a escritora do livro. Não sei por que Amy escreveu o seu recado ao Doutor na última página, já que sabia que ele iria rasgar e jogar fora, mas tudo bem, eu a perdoo. E não é que o livro será lançado pela BBC? Esse povo não perde tempo.
É sempre bom ver a interação de River com o restante do povo, em especial o Doutor. Não há a menor dúvida de que esses dois são marido e mulher e tem se encontrado bastante ao longo dos anos. Não deixa de me surpreender o quanto ela se intrometeu na vida dele e conquistou seu espaço, mesmo ele já sabendo do seu final trágico e, eu tenho certeza, tentando não se envolver. Mas simplesmente não foi possível, o Doutor e River aconteceram e pronto, quer ele quisesse ou não.
O que eu não entendo é o porquê de River poder voltar e falar com os pais e não poder levá-los de volta ao tempo real de cada um. Não é como se fosse impossível para ela viajar com eles de carona. Isso nem mesmo influenciaria no ponto fixo (morte), pois era apenas deixá-los para morrer e serem enterrados naquele cemitério antes daquela data (ou mesmo levá-los para serem enterrados ali após a morte em outro ponto qualquer). Não entendo nem o motivo do Doutor não poder voltar (tudo bem, 1938 é um ponto fixo, não pode haver mais um paradoxo ali e tal, mas há vários outros anos e outros lugares onde ele poderia aportar).
Pergunto-me se o Doutor voltou a Brian e explicou onde o seu filho e a nora foram parar… A propósito, Brian conhece a neta?
No entanto, o que realmente importa é que Amy e Rory se foram e desta vez para sempre. É isso o que mais me dói. Não o fato de terem escolhido deixar o Doutor, isso seria necessário em certo ponto, mas sim o deixarem conscientemente sabendo que nunca voltariam. No final das contas, Martha Jones foi a única que conseguiu dizer “até outro dia, não o acompanharei mais, não faço parte da sua vida, mas quando quiser dar um olá, estou por aqui, vivendo a vida que eu escolhi e sendo feliz” sem ser obrigada pelos acontecimentos. Bom, ela e River, que o acompanhará sempre que ele quiser, mas não definitivamente.
No frigir dos ovos, sentirei muita falta dos Ponds, em especial de Rory, que cresceu incrivelmente como personagem e como pessoa, criando raízes e fazendo história. Mas fico feliz por estarmos abrindo espaço para uma nova era. Foi dolorido, mas os Ponds definitivamente viraram os Williams.
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FINALMENTE um review favoravel hein Mica?
Você nem comentou que Mercy se passa dentro do episodio dos cubos (nas tais 7 semanas que ficaram fora durante a festa do casamento).
Gostei do ep dos anjos e aceito a licença poética da estatua da liberdade com cara de má, ainda que ela seja feita de bronze (ou cobre?) e não de cimento. Os anjos querubins estiveram ótimos, muito macabros e bem usados no roteiro. Também foi muito bonito o gesto do Doutor em “curar” a mão da esposa usando a energia de regeneração (então ele pode usar ao bel trazer? estranho, pensei que só ocorria para escapar da morte), assim como se “arrumando” (“checagens finais”!) antes de ir encontrar com ela. Foi bastante meigo para com sua linda esposa.
Incrivel como com meia duzia de atores e poucos cenários os produtores de Doutor Who conseguem fazer episódios tão interessantes e bem bolados.
Oi Bruno, eu esqueci de comentar sobre a interconexão dos episódios. Aliás, li o seu comentário lá no meu blog só ontem, depois de ter postado a resenha e aí que eu me lembrei desse detalhe (tinha percebido quando assisti, mas depois de duas semanas a informação se perdeu na minha mente).
O Doutor já usou a sua energia em outras ocasiões, só não consigo lembrar de quais no momento. Mas lembro que não estranhei quando assisti e depois li um comentário onde a pessoa apontou esses momentos (e não foram a regeneração e nem o logo após). Só preciso lembrar quais foram…(essa minha memória é uma tristeza).
Quanto a review favorável…até parece que eu não faço reviews favoráveis! hehehe. Eu adorei A Town Called Mercy e o Asylum of the Daleks. Meus problemas foram com os dinossauros e a resolução dos cubos (não me conformo com o desperdício de um potencial vilão).
A propósito, assisti (só ontem!) os webisodes que explicam a situação da Amy e o reboot, e a primeira e última noite… Fiquei emocionada. E eles explicaram muita coisa, mas muita coisa mesmo.
Sobre o review “favorável” tava só mechendo com você 😉
Pois é, os webisodes da série night explicam muito, inclusive a ultima noite de River com o décimo primeiro Doutor. Apesar de ter ficado em aberto em Angels take… acho que não veremos mais River Song, infelizmente, porque adoro a interação dela com o Doutor.
Só que Rory merecia uma despedida melhorzinha (aliás, uma despedida, porque isso ele não teve), embora o fato de Amy ter deixado seu doutor maltrapilho para que Rory não morresse sozinho tenha valido muito a pena. Eu gostei de Angels take… – o que não gostei foi da série quebrada em duas partes, com apenas 5 eps agora e o restante só no inicio do próximo ano. 13 episódios já é pouco, esticá-los em oito meses ninguém merece…
Lembro que o Doutor regenerou sem morrer quando criou seu clone no episódio da Doctor-Donna. A própria River passou energia pro Doutor quando ele estava envenenado com o baton (mas no caso dela, ainda estava no periodo de 24h da regeneração, mesmo caso da mão decepada e da filha do décimo Doutor, a Jenny). Muito meigo o que ele fez e muito a cara da River dar-lhe um tapa por conta disso.
Outra que me rendeu boas risadas foi a frase “mudar o futuro – isso se chama casamento”, dita tanto pela River quanto pela Amy. Até nisso mãe e filha são parecidas!
Bem, até o review do ep de Natal. Como todo mundo, estou ansioso e imaginando como o Moffat vai explicar a presença da Oswin como nova companion. Até breve, Mica!
Achei que o episódio foi uma ótima conclusão para a estória dos Pond (mesmo que Rory afirme que não é Pond). Tirou todas as dúvidas sobre as rachaduras (fendas) na vida de Amy e também o motivo que foi tão fácil (ao meu ver) ela se livrar dos anjos na temporada anterior. Quase chorei com a última página do livro, uma excelente homenagem à menina que esperou. Estou anciosa para ver o episódio de Natal pois tb gostei da nova companheira do Doutor e, curiosa para saber como o autor vai introduzí-la na estória pois já sabemos como será seu fim.
É como alguém aí disse em algum lugar….Amy e Rory eram duas pessoas com duas vidas. Enquanto com o Doutor eles eram o casal Pond, mas em suas vidas normais, no dia a dia, eles eram os Williams.
Não entendi o motivo dela se livrar tão fácil dos anjos…explicações, please?
Não lembro o nome do episódio em que eles estão na nave com a River e Amy não pode abrir os olhos pois está cercada de anjos. Se ninguém consegue escapar dos anjos, como Amy Pond conseguiu? Esse foi o motivo que achei que ela se livrou tão fácil. Achei esse episódio bem difícil de entender (perdoe minha burrice), assisti 2 vezes e, só compreendi depois de assistir The Angels take Manhattan. Acho que foi toda a estória com a fenda no tempo que só foi concluída agora com outro ponto fixo no tempo.
Ah tá, entendi.
[…] Doctor Who – The Power of Three e The Angels Take Manhattan 5/10/2012 10:00 | por Mica […]
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