Review: Pushing Daisies – Dummy


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Pushing Daisies - DummySérie: Pushing Daisies
Episódio: Dummy
Temporada:
Número do Episódio: 2
Data de Exibição nos EUA: 10/10/2007
Data de Exibição no Brasil: 17/4/2008
Emissora no Brasil: Warner

Como viver sem a dádiva de tocar a quem mais se ama? Como carregar o dom da vida ao primeiro toque e o da morte ao segundo?

Esta é a premissa apresentada no piloto Pie-Lette de Pushing Daisies, em que conhecemos os personagens centrais da trama e um pouco do mundo mágico e surreal de Ned.

Em Dummy, temos um novo e agradável elemento – o amor platônico de Ned e Chuck, que introduz na série um tom de comédia romântica original e livre dos clichês “hollywoodianos”.

O humor é tratado de forma suave e se encaixa perfeitamente no tom satírico e caricata com que os personagens estabelecem suas relações. Parece incrível como tudo funciona.

Não há como se cansar das falas rápidas e compassadas que criam um clima leve de comédia, muito menos das constantes aparições do narrador antecipando os fatos e datando exatamente a idade dos personagens.

Tudo é perfeito, diria que quase genial. Dummy presenteia a série com o ritmo que faltava ao piloto – embora ele também tenha sido ótimo.

Algo que torna Pushing Daisies ainda mais autêntica e possibilita a criação de elementos fantasiosos é a total alienação do espectador quanto ao lugar e a noção de tempo em que a história acontece, pois fica muito mais fácil acreditar que tudo é real em um universo imaginário.

É neste mundo colorido e surreal que Ned, Chuck e o investigador Emerson Cod trabalham em seu primeiro caso juntos. Encontrar o responsável pelo assassinato de Bernard Slayback, perito em segurança de automóveis, que tinha 35 anos, 10 semanas,
sete horas e três minutos de idade.

Durante a investigação temos diversos ícones sempre presentes nos contos de fadas, como o vilão dotado de pouca inteligência, a moça apaixonada que guarda um segredo e algum animal – no caso um papagaio que fala japonês.

Não estou apontando defeitos ao citar estes itens, mas sim apresentando uma a incrível habilidade de conseguir montar a história em cima de clichês básicos e transformá-los em elementos novos englobando-os no contexto da série.

Outro ponto que mostra a inteligência dos produtores é a tensão – conduzida de forma muito competente – entre Chuck, Emerson e Olive, criando uma espécie de saída para evitar que a trama principal se esgote e com o tempo caia na mesmice.

O caso é solucionado, mas antes há um confronto final entre vilão e detetives. Há dois pontos interessantes neste final. O primeiro é a revelação do plano malévolo pelo vilão para os jovens em uma situação de risco de vida.

Neste ponto podemos ver a habilidade com que Pushing Daisies escapa dos clichês. No momento em que vilão revela seu plano, Ned, Chuck e Emerson estão presos dentro de um carro e por isso incapacitados de ouvir tais devaneios.

Sendo assim, podemos identificar certo sarcasmo em relação aos contos de fadas, pois nem ao menos é necessário ouvir o vilão para saber o que ele tem a dizer.

O segundo ponto aparece no momento da fuga de Ned no carro movido a óleo de flores. Podemos ver ao fundo o vilão perseguindo-os em uma pick up SUV – automóvel esportivo americano muito comum na atualidade – o que nos deixa ainda mais confusos a respeito do tempo da história.

Pushing Daisies - DummyAo mesmo passo em que temos um carro moderno, há elementos como arquitetura das casas, roupas, objetos, maneiras de falar e costumes que nos remetem a décadas passadas.

São nestes – e outros muitos – pequenos momentos e detalhes que percebemos a genialidade dos produtores e o potencial de Pushing Daisies em sempre surpreender com elementos já antes tão utilizados.

A série prova que veio para ficar e que é capaz de seguir o caminho aberto pelo piloto com muita competência, mágica e surrealismo extremado. Para mim já é paixão mundial.

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  1. Mônica - 23/04/2008

    Não me encantava assim por uma série desde Arquivo X e agora estou completamente apaixonada por Pushing Daisies.

    A estória, o humor negro, o tom surreal e o amor conto de fadas do Ned e da Chuck fazem de Pushing Daisies uma série mágica. Aliás, fazia tempo que eu não via um casal de tv tão fofo.

    O piloto foi ótimo e o segundo episódio melhor ainda. A Olive cantando (canta bem, a Kristin, não?) foi muito legal e o beijo “plastificado” do Ned e da Chuck foi lindo e triste. Mal posso esperar pelos próximos episódios.

    Ótimo review, Gabriel!

  2. Bernardo - 23/04/2008

    A Kristin é cantora profissional, Mônica, atriz da Broadway premiada c/ um Tony (o Oscar do teatro dos EUA). Ela arrebenta cantando, exceto na apresentação da música “That’s How You Know” de “Encantada” (isso pq a música ñ tem nada a ver c/ o tom da voz de canto da Kristin).

  3. Mônica - 23/04/2008

    É verdade. Ela cantou no Oscar. Sabia que era uma música do filme Encantada, só não lembrava qual.

    Thanks, Bernardo.

  4. Paulo Antunes - 23/04/2008

    Realmente Gabriel, tua review, pra ser perfeita, precisava só inserir um parágrafo sobre aquele número musical incrível com a Kristin Chenoweth cantando um tema de Grease.

    (Sou fã dela desde que a vi num episódios de Frasier).

    Gostei muito da tua observação sobre o vilão. Foi muito engraçado ver que ele estava contando seu plano, mas os mocinhos não estavam ouvindo nada. Sacada brilhante do roteiro.

    O fato da garota ser anoréxica também foi muito legal.

  5. Lucas - 23/04/2008

    Esse episódio é ótimo, só que ainda prefiro o Piloto, mas as cenas da Olive cantando e do beijo do plásticos foram memoráveis.

  6. Mônica - 23/04/2008

    Paulo, acho que a garota era bulímica e não anoréxica. Quem tem anorexia não come e ela comia pra caramba. Naquela hora em que ela foi ao banheiro, deve ter sido pra vomitar.

    Eu também sou fã da Kristin Chenoweth. Desde que ela fez a Annabeth em The West Wing.

  7. Gabriel Bonis - 23/04/2008

    É verdade, realmente falatou um parágrafo sobre o musical e a Kristin. Esqueci completamente, por que eu assisti o episódio junto com os EUA e faz um tempo.

    Eu cheguei a falar sobre o musical na Preview de Pushing Daisies, mas realmente merecia um parágrafo todo na review. Ela canta muito bem e é uma atriz conceituada, além de ser fundamental para a série.

    Espero que me desculpem.

  8. João da Silva - 23/04/2008

    Não vi o piloto, mas vi esse episódio, e achei que muitas situações foram forçadas demais, servindo só para facilitar o trabalho para os personagens principais.

  9. Rafael B. - 23/04/2008

    muito hilário esse episódio, a cada dia gosto mais dessa série. eu já vi todos de internet e só melhora depois desse episódio.

    PARABÉNS PELO SITE, fui recepcionada por friends. ç.ç

  10. Karen - 24/04/2008

    Adorei o episódio e a Review.
    Parabéns!

  11. Felipe R. - 24/04/2008

    Gostei muito desse humor negro que fica no ar, viciei

  12. Mica - 24/04/2008

    Embora eu tenha amado o episódio, fiquei com vontade de socar a Chuck algumas vezes. Ela beira o insuportável em muitos momentos. Não é que eu não goste dela, eu até gosto, mas tenho a sensação que não acharam ainda o ponto exato para a personagem. Ou vai ver que a insuportabilidade foi feita de caso pensado, vá saber!

  13. Gabriel Bonis - 24/04/2008

    Nos próximos episódios as coisas vão se acertando, embora eu não ache ela irritante. A personagem é daquele jeito….ehehhee

    Alguém viu na Warner o Inside the Series???
    É sobre Pushing Daisies!

  14. Mônica - 24/04/2008

    Poxa, Mica, eu adorei a Chuck. Não a achei insuportável em nenhum momento.

    Eu só vi o fianlzinho do Inside The Series. Quero ver todo!!!

  15. Mica - 24/04/2008

    Acho que minha irritação com a Chuck é que ela fala demais e sempre nas horas erradas, hehehe.
    Também quero ver o Inside The Series!!!
    Aliás, preciso ver com urgência, pois dentro de mais ou menos 10 dias ficarei definitivamente sem TV a Cabo 🙁

  16. Janaina - 25/04/2008

    Eu vi o Inside the series na Warner é muito bom!!!

    Eu não sabia que a atriz que faz a Chuck era Britânica!

    Adorei o sotaque dela

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