TeleSéries
As primeiras impressões de ‘Anger Management’
09/07/2012, 00:53. Paulo Serpa Antunes
Preview
Anger Management, Two and a Half Men
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/single.php on line 28
Winning! A palavra, saída da boca de Charlie Sheen, virou meme em 2011. Naquele momento Sheen era um trem descarrilado – com problemas com sexo e drogas e demitido da maior sitcom da TV americana, ele falava em vitória, quando sua vida e aparência indicava simplesmente o contrário. Anger Management, sua nova sitcom, que estreou na semana retrasada nos EUA, é fruto direto deste contexto. Pode ser analisada como uma simples comédia mas, no fundo, é mais do que isto. Afinal, Charlie Sheen perseverou?
Anger Management é, antes de tudo, uma surpresa. Pra começar, é uma sitcom produzida para um canal de TV paga – quando o formato favorito dos canais como o FX são as séries gravadas com uma câmera, mais baratas. Segundo porque, ao contrário do que o título indica, Anger Management tem muito pouco do filme homônimo de 2003, onde Jack Nicholson era o terapeuta que tirava Adam Sandler do sério. Não há nada do irritante personagem de Nicholson no personagem de Sheen, que segue se chamando Charlie, mas desta vez ganhou o sobrenome Goodson.
Bruce Helford, um grande roteirista de sitcoms (foi co-criador da antológica e anárquica The Drew Carey Show), pegou do filme apenas a temática: a terapia para tratamento de raiva. E com ela desenvolveu uma série em torno do momento de Charlie – um homem com uma compulsão, em processo de recuperação, numa analogia clara a um viciado em tratamento.
Não pode me demitir. Eu me demito! Acha que pode me substituir? Não será a mesma coisa.
É com este diálogo que Sheen abre a série, demonstrando pra seus pacientes como extravasar a raixa diante um boneco (que bem podia ser um executivo da Warner Bros). As provocações aos produtores de Two and a Half Men param por aí. mas Anger Management realmente gira em torno disto, seja ao longo do primeiro episódio, seja no seguinte, também exibido no dia 28 de junhos nos EUA: é um sofisticado projeto de gestão de crises, para Charlie Sheen mostrar que deu a volta por cima, pedir desculpas aos amigos e família, e se reaproximar do público. Mas Anger Management não é uma comédia paz e amor – Charlie Goodson não é muito diferente de Charlie Harper, talvez com um pouco mais de caráter e com menos recursos, mas igualmente mulherengo e boêmio. Para os fãs de Two and a Half Men, Anger Management não deve desapontar.
Com um personagem tão familiar e um texto construído especialmente para ele, Sheen aparece bem na série. Ele não é mais aquele Charlie dos primeiros anos de Two and a Half Men (provavelmente nunca mais será), mas está bem o bastante para não desapontar. E a série, é preciso dizer, não é só dele. Os produtores fizeram uma boa seleção de elenco, garantindo um bom time de comediantes para fazer companhia: Selma Blair, que se revelou ótima atriz de comédias em Kath & Kim, é a terapeuta/amante; Shawnee Smith, que era a enfermeira louquinha de Becker, aparece ruiva como a ex-esposa de Charlie; Daniela Bobadilla, que esteve em Awake, é a filha adolescente; entre os pacientes estão o veterano sulista Barry Corbin (One Tree Hill), a sexy Noureen DeWulf (Hawthorne) e o paspalhão simpático Derek Richardson (Men in Trees); Michael Boatman, que atuou ao lado de Sheen em Spin City, é o vizinho; e até Brian Austin Green faz uma ponta no piloto.
Não tivesse Charlie Sheen, verdade seja dita, Anger Management seria uma comédia excêntrica, destas que dificilmente passam da primeira temporada. O episódio piloto foge da fórmula convencional de uma comédia e isto não é necessariamente uma coisa boa – depois de 13 minutos somos apresentados a 15 diferentes personagens, número que já seria assustador em um drama. E, superado o elemento surpresa, Anger Management vai ser revelando uma sitcom bem convencional, careta até, quando poderia ser mais do que isto (falta gás, o mesmo problema que vimos este ano em Are You There, Chelsea?, da Chelsea Handler).
Mas a questão não é exatamente esta. A questão é que pouco mais de um ano após uma dos maiores crises de bastidores da história da TV americana, o nosso clown favorito voltou. E Anger Management pode até não ser o show que sonhávamos, mas Charlie Sheen já realizou o feito que se propôs: ele não precisa mais provar pra ninguém que é um vencedor.
Nuvem de Séries
24 30 Rock 90210 American Horror Story American Idol Arrested Development Arrow Battlestar Galactica Bones Breaking Bad Brothers and Sisters Castle Chicago Fire Chuck Community Criminal Minds CSI CSI:Miami CSI:NY Damages Desperate Housewives Dexter Doctor Who Downton Abbey Elementary ER Friday Night Lights Friends Fringe Game Of Thrones Ghost Whisperer Gilmore Girls Glee Gossip Girl Grey's Anatomy Grimm Hart of Dixie Heroes Homeland House How I Met Your Mother Law & Order Law & Order: Special Victims Unit Lost Mad Men Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D. Medium Modern Family NCIS New Girl Once Upon a Time One Tree Hill Parenthood Parks and Recreation Pretty Little Liars Prison Break Private Practice Psych Pushing Daisies Revenge Samantha Who? Saturday Night Live Scandal Scrubs Smallville Smash Supernatural Terminator: The Sarah Connor Chronicles The Big Bang Theory The Following The Good Wife The Mentalist The New Adventures of Old Christine The O.C. The Office The Simpsons The Sopranos The Vampire Diaries The Walking Dead The X Files True Blood Two and a Half Men Ugly Betty Veronica Mars White CollarCategorias
- 15 Razões (24)
- Audiência (70)
- Biblioteca de Séries (1)
- Borracharia (21)
- Colírio (5)
- Conexão (14)
- Entreatos (16)
- Estilo (31)
- Ficção (séries virtuais) (29)
- Gastronomia (67)
- Ligado no Streaming (30)
- Memória (26)
- Opinião (558)
- Séries & Eu (6)
- Sintonia (11)
- Sobre o TeleSéries (72)
- Spoilers (578)
- TeleRatings (314)
- TV Brasil (2,638)
- Comic Con (84)
- Novos Pilotos e Séries (1,403)
- Participações Especiais (991)
- Programação EUA (571)
- Upfronts (44)
Miniiino, esse Paulo Antunes é a cara do Martin Sheen!!!!
Agora entendi porque puxei tanto saco do Charlie!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk é por isso q ele gosta tanto dele!!!
Bruno, você está brincando, certo?
Além de tudo, estou adorando a sátira/crítica à psicanálise e outros conceitos da psicologia. Estava precisando mesmo algo assim, porque, em última análise, essas teorias acabaram se tornando uma grande desculpa para os fracassos: “sou assim porque meu pai, minha mãe, blá-blá-blá…” Aliás, analogamente, o fenômeno se estende aos países: “somos assim porque a colonização portuguesa… porque a Inglaterra… porque os Estados Unidos… etc. E jogando a culpa nos outros, ninguém se responsabiliza pelos próprios erros.
O terceiro epi foi especialmente engraçado. Entre outras coisas, a ex-esposa fazendo charme para a terapeuta foi ótimo. E, saindo da série propriamente, adoro a ideia do indivíduo contra o poder gigantesco da indústria cinematográfica – mesmo que o indivíduo em questão não seja um fragilzinho qualquer e tenha encontrado abrigo em outra empresa poderosa. Não vejo a hora de assistir ao filme do Charlie representando o presidente dos USA.
só pra constar a audiência caiu 40 %
saudades das matérias daqui que se falava sobre audiência, no começo não entendia nada mas com o tempo fui aprendendo muito sobre essa “tal audiência”
^.^
Crap!
=> Eu não gosto de ler sobre a audiência, Cleide. Geralmente ela me aborrece.
Entenda-se: não as colunas do Teleséries sobre a audiência, mas a notícia ela mesma me aborrece (porque quase todas as minhas séries favoritas despencam na audiência).
Cleide, era natural que não se mantivesse neste patamar de 5 milhões.
Mas eu realmente não sei o que a série precisará pra ganhar a tal ordem de 90 episódios. As outras comédias da FX tem audiência bem baixas e se mantém no ar. Mas esta aqui é um show mais caro, deve ter uma expectativa maior do canal.
Eu também aprendi muito aqui, Cleide. Saudade da coluna 🙂
Também comecei a prestar atenção na audiência por causa do Teleseries, a tal ponto que fiquei viciada. Todo dia olho a audiência das séries, até das que não assisto.
Adorei Arger management !! ri muito da tirada do início … espero q dê certo!!
Torço muito pelo Charlie, apesar de achar que Two and a Half Men ficou melhor sem ele.