Grey’s Anatomy – The Girl With No Name


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O dia das provas está chegando. Nossos amados residentes estão se fazendo entrevistas e se preparando para a mudança. Estão mudando. Se preparando para partir, talvez. Ou ficar, quem sabe. Até o final da temporada, em 17 de maio, são mais 4 episódios. Só mais 4 episódios. E o clima de nostalgia começa a tomar conta dos fãs do seriado, assim como a apreensão. Shonda é conhecida como Drama Queen e não é de graça. Sempre que uma season finale se aproxima, os canais lacrimais começam a trabalhar mais, e os corações batem descompassados.

Quem não sobreviverá? Quem irá partir? Quem fracassará, e ficará? E quem irá optar por ficar? São tantos questionamentos, e tantas incertezas. De certeza, apenas uma: mudar é preciso. E é para isso que estamos sendo preparados.

Nesse momento de Grey’s Anatomy, todos somos um pouco Holly. É óbvio que não estou falando da parte da tortura, do abuso físico e psicológico. Estou fazendo uma relação com a resistência à mudança. Assim como Holly teve medo de enfrentar o desconhecido e ficar presa em uma rotina – ainda que extremamente cruel para ela -, nós também temos. Temos receio de, ao apagar das luzes, deixar nossos personagens tão queridos partirem. Acompanhamo-os há oito longos anos. Sofremos e vibramos com eles, rimos e choramos. E agora é chegada a hora de encerrar um ciclo. E sabem porque tenho tanta certeza do “fim”? Porque essa deslumbrante 8ª temporada tem cara disso. De encerramento de ciclo. De junção de pontas separadas, de pingos nos is. De pontos finais. De largar o coelhinho de pelúcia para trás e rumar para o desconhecido.

Está se falando por aí em uma season finale mais traumática que a da 6ª temporada (Deus, isso existe?). Está se falando em morte relevante. Está se falando em saída de atores importantes do elenco. E aí todos nós nos perguntamos “o que será de Grey’s Anatomy?” Lutamos bravamente, mesmo que no nosso íntimo, e não queremos deixar “o nosso seriado”, como o conhecemos, ir embora. Nos achamos no direito de decidir quem vive e quem morre. Mas não o temos.

É chegado o tempo, então, de sermos mais Richard. Precisamos olhar para a série, aceitar que as coisas mudam e que, muitas vezes, mudam para algo com o qual não estamos acostumados, para algo que não desejamos, até. Mas devemos aceitar que certas coisas fogem do nosso controle. Devemos nos resignar, e torcer pelo melhor. Ainda que o melhor não seja o melhor que nós sonhamos. Ainda que isso signifique ver a esposa com Alzheimer infeliz nos seus braços, e gentilmente cedê-la para sua nova paixão.

Devemos ser mais Meredith Grey. Temos, agora, e depois de tanto drama e perda, nossa família feliz. Nossa amada personagem sombria e obscura anda toda sorridente pelos corredores do Seattle Grace Mercy West. Mas ainda assim, ela precisa seguir adiante, mover-se para a frente. Permanecer no lugar não é a melhor opção, não sem antes tentar o novo. Deve-se mostrar amadurecimento, crescimento. Fazer escolhas – ou no nosso caso, aceitá-las -, ainda que isso coloque em risco tudo aquilo a que estamos acostumados. Nossa pequena e adorada família feliz. Temos algo ótimo, relutamos em abandoná-lo. Mas é preciso, pois o futuro pode nos reservar algo ainda melhor – como desejo realmente que seja o futuro de Mer, Derek e Zola.

Se eu conseguirei fazer isso? Provavelmente não. Chorarei agarrada em uma caixa de lenços de papel em nos últimos episódios, e xingarei muito a Shonda se morrer quem eu achar que deveria viver, ou partir quem eu achar que deveria ficar. E é essa a graça de ser fã. É essa a graça de amar um seriado com todo seu coração – nos sentimos um pouco roteiristas, assim como todo torcedor é se considera um pouco técnico do seu time.

Então, só nos resta aguardar. Contentes, pelo material que a produção de Grey’s nos tem entregado ao longo dessa oitava temporada. Agradecidos, por Grey’s Anatomy ter voltado ao que estava acostumado a ser: o maior drama médico da atualidade – ou seria de todos os tempos? Com aquele meio sorriso de expectativa nos lábios, esperando o que o futuro nos reserva. E com o coração um pouquinho mais tranquilo, por que do jeito que as coisas vão, ainda que doa, será coisa boa.

P.S.1: que dó, que dó da Miranda. Ela surta nesses momentos de pressão.

P.S.2: mais alguém acha que não há cesta de chocolates ou frutas capaz de tirar Yang de Seattle? Com essa reaproximação dela com Owen, acho que ela optará por ficar. E sem que isso signifique sacrificar a carreira. E por falar em Owen, ele foi um ótimo chefe ao lidar com a situação de Holly, e um péssimo amigo ao lidar com Teddy. Mas, no final das contas, foi ela que escolheu assim.

P.S.3: desculpem-me, a review ficou meio desabafo dramático. Mas é impossível dominar a sensação de “the end” que toma conta de mim.

P.S.4: representantes da Kleenex no Brasil, façam contato caso a empresa tenha interesse em patrocinar a review do episódio final, ou caso queiram fazer a gentileza de distribuir lenços de papel na residência dos fãs. Tenho certeza que serão necessários.

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  1. Tati Siqueira - 24/04/2012

    Um PS bem GDE – como eu fiquei com dó do Richard………de resto gostei do episodio…….ótimo texto Mari.

  2. Bruno - 24/04/2012

    Teddy está mais perdida que cego em tiroteio, “esqueceu” que não era mais amiga do Owen?

    Foi maldade o que aconteceu com Richard. De tanto que ele traiu Adele, agora ser traido é um belo karma.

    Bailey não lembra nem de longe a nazi das primeiras temporadas. E Kepner, coitada, é realmente um pé no saco (coitados dos entrevistadores!)

    GA pode ser um bom drama, mas ER em seus áureos tempos era tão bom quanto senão melhor. E o ep final de ER foi épico, uma verdadeira homenagem aos fãs da série. Ao contrário de House que só está fazendo raiva aos fãs na reta final.

  3. Bruna - 25/04/2012

    Não diria que GA é o maior drama médico de todos os tempos, esse título pertence a ER (na minha opinião). Mas a série está quase ali também.

    Não faço idéia de quem vai morrer, mas se tivesse que escolher acho que seria a Cristina (por mais que eu goste dela com o Owen). Pra mim tem alguma coisa “travada” na Sandra Oh, eu não sinto emoção nenhuma vindo dela. Também não sou fã dela, mas seria absurdo a Shonda de repente tirar a Meredith (aliás, essa não é a última temporada do Patrick?). Bom, não sendo o Avery e/ou o Alex já fico feliz.

    Esse clima de fins de temporadas tá me deixando triste. Muitas emoções em GA, adeus a OTH e DH, clima de despedida em Glee. Assim fica difícil :/ hehe

  4. Dierli M Santos - 25/04/2012

    Achei esse episódio tão pesado… Ótimo, mas pesado. 

    A única coisa que me deixa triste é Bailey. Nessa temporada ela virou uma patéta estilo izzie na terceira temporada. Uma pena, o personagem era um dos meus preferidos.

    Acho legal que estão conseguindo guardar as informações da season finale. Tem tudo para ser emocionante. Mas falam também da Teddy. Se for ela, não ficarei tão triste, ela não é um personagem marcante.

  5. Dierli M Santos - 25/04/2012

    Esqueci de dizer, adorei sua review.

  6. acerola - 25/04/2012

    quase chorei com a review porque me identifiquei com tudo. enquanto eu assistia o episódio com todo esse clima de despedida, percebi que não quero que a série acabe nunca. vai fazer falta demais.

  7. Sandrars21 - 10/05/2012

    Eu acho q que vai sair e a Teddy e a Adele vai morrer.

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