Fringe – Everything In Its Right Place e The Consultant

Data/Hora 17/04/2012, 15:49. Autor
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Sabe aquela sensação de que você não pertence a determinado lugar? Que se você desaparecesse, não faria falta? Que as pessoas que convivem com você prefere outras, e não se importam tanto assim com você? Se você não conhece, Lincoln Tyrone Lee conhece.

Lee, segundo ele próprio, sempre teve dificuldade em fincar raízes e chamar determinado local de lar. Chegou perto disso com o ex-parceiro. E chegou perto disso ao conhecer a Fringe Division do lado A e se encantar com Olivia. Mas com o retorno de Peter, o esquecimento de Olivia e a crescente interação entre Liv, Peter, Astrid e Walter, o lar ruiu e Lee ficou, novamente, sem um lugar para chamar de seu.

E foi esse desconforto, essa sensação de não pertencimento que fez com que ele se oferecesse para ir para o lado B intercambiar informações sobre David Robert Jones. E não é que lá “nosso” Lee se encaixou perfeitamente? Foi o melhor episódio do personagem, sem sombra de dúvida.

E a química entre Lee com a Bolívia e com o Hot Lee foi determinante para o sucesso do episódio. Os papos entre os Lees foram ótimos. Foi interessante saber mais desse personagem “novo”, descobrir como ele cresceu e se tornou agente. E, principalmente, o porquê dos Lees serem tão diferentes. Ou não descobrir, claramente, o porquê.

Hot Lee, do alto de sua sabedoria, disse para nosso Lee que, talvez, o que os diferencie seja o fato do Lee que gosta de Tyrone ter feito uma escolha de ser o homem que queria ser. Profundo, bonito. Cada um é como é por opção própria. E isso fica bem claro ao compararmos os duplos, tão iguais mas tão diferentes.

E se a interação entre os personagens foi legal, o caso também foi. Jones continua agindo através dos metamorfos. Broyles metamorfo continua tentando estragar todas as operações ligadas ao vilão. E Bolívia continua com aquele senso de humor que adoramos (meninas, parem de fofocar… ri tanto!).

A história de Canaan foi comovente. Ele seria o 1° dos seres do novo mundo, de acordo com Jones. Ele sonhava – DREAM, o glyph code da semana, provavelmente foi uma menção ao sonho do “assassino”, e ao próprio “sonho” de Lee de ter um lar – em ser diferente (dá até para fazer alusão à Canaã, a Terra Prometida da Bíblia), e o cientista prometeu transformá-lo em um ser único, com uma luz brilhante e inesquecível.  Mas as promessas de Jones não foram cumpridas. E a persuasão e a busca de Lee pela verdade motivaram Canaan a entregar o vilão. E graças a isso evil Nina está detida. É claro que Broyles pode atrapalhar tudo e o trunfo pode não valer nada. Mas muitas informações acerca de Jones foram coletadas, e essa é uma grande vantagem. E Canaan será estudado/ajudado pelos Bishop. Mais vantagem.

A parte ruim do epiódio? Hot Lee se foi. Está morto, acabado. Fico triste que ele tenha morrido sem ter nada com Bolivia. Ele se foi, e deixou a amada parceira sozinha.

Ou não. Lee, do A, achou seu lugar no mundo. Pulou de universo, ofereceu-se para lá permanecer. Para ficar ao lado da ruiva. Porque lá, ele é herói (mais alguém ficou super feliz ao saber que a cooperação entre os universos está restaurando o lado B e zonas de quarentena estão sendo reabertas?). Porque lá, ele é querido e necessário. Porque o lado B é o lugar para ele chamar de lar.

Agora, assim como Peter, só há um Lincoln Lee. E há duas duplas A-B. Liv e Peter, Lee e Boliv. Será que, ao contrário do que imaginávamos, o Lee certo para a Bolívia é o A? Será que veremos, em breve, mais um casal interuniversal?

Foi com esse questionamento que passei para The Consultant. E o episódio me deixou com a impressão que sim, haverá uma aproximação ainda maior entre Bolivia e Lee. Mas não sei se eles virarão um casal. Aparentemente, a reaproximação e a cooperação mútuas são as palavras de ordem nesse novo momento vivido em Fringe: a luta pela salvação de ambos os universos.

E o caminho para isso, arrisco-me a dizer, é o amor. Mais uma vez foi ele a mola propulsora do episódio. Sábias as palavras de Jones, que supôs corretamente. Afinal, sim, o amor nos faz vulneráveis – e em Fringe isso fica muito evidente. Mas também nos faz humanos – e a série também é expert em mostrar isso.

Assim como as de Walter, as “más” atitudes de Broyles são em razão do amor pelo filho. Afinal, ele não era um metamorfo, como eu pensava – e acho que boa parte das pessoas também. Ele era apenas um pai apaixonado, que chega até as últimas consequências pelo bem estar de um filho. Mas, no final das contas, o “amor holístico” preponderou. Broyles presenciaria o sofrimento de um universo todo – sabemos que dos dois –, inclusive do seu filho. A razão falou mais alto, e ele se entregou.

As cenas entre Broyles e Jones foram ótimas, e passaram bem a dúvida que o Capitão estava sentindo. Assim como a cena entre pai e filho. Como condenar alguém que busca que o filho seja feliz, pela 1ª vez na vida? Foi mais ou menos esse o recado de Walter para Bolivia. Há coisas que transbordam a compreensão humana, até que o ser humano em questão se veja envolvido em uma situação do tipo.

E falando em Walter, o consultor se saiu muito bem em sua aventura pelo lado B. Mais uma vez foi muito bem dosada a parte comédia/drama dele, e os momentos de brilhantismo. E é uma delícia completa ver a interação dele com a Bolivia. Impressionante como eles passaram daquela fase “asco” para essa quase pai e filha. Adorei que Boliv se abriu para o simpático velhinho com roupão feminino, e que este colocou o avental e tratou de curar as dores de Bolivia com ovos mexidos (mais alguém pensou em algo mais alucinógeno?). Bolivia é mais afetuosa que Liv. Demonstra mais suas emoções. Por isso fica tão legal esse tipo de cena entre os dois.

Interação delicinha também entre Bolivia e Lee. Parece cada vez mais evidentes que eles são um par que se complementa e funciona bem junto. E a interação entre as Astrids foi bacana, também. Adorei a cena do café. Quanta gentileza, Astrid.

E, além disso tudo, em The Consultant descobrimos o que Jones pretende – o colapso de ambos os universos. E isso seria obtido caso o vilão conseguisse fundi-los, exterminando com todos os duplos. Sobrariam poucas pessoas após o evento, e certamente os monstrengos “evoluídos” de Jones estariam lá, para inaugurar esse novo mundo.

O glyph Code de The Consultant foi Simon. Isso mesmo, Simon. Confesso que as teorias quanto a ele estão escassas. Mas sei que pode ter relação com um dos ex-colegas cortephixan de Liv, e com Willian Bell. Tudo muito fraco e mal construído no meu pensamento. Então deixo a missão de teorizar com vocês.

O que os episódios finais nos reservam? Como o final dos universos será impedido? Quem mais perecerá nessa luta sem fim? E, principalmente, quando a Fox anunciará a renovação da série? Não dá mais pra esperar. Resolve logo, produção. Queremos dormir mais tranquilos. Até semana que vem, pessoal.

P.S.1 Gene voltou! E, apesar de deprimida, super fashion, de botas e boné.

P.S.2: Batman não existe no universo alternativo. Em compensação, Mantis é o que há por lá. Esquisito. Só não mais que os jornais animados a La Harry Potter. Sherlock Holmes e caixa preta também não existem lá no lado B. E, apesar disso, amo aquele universo a cada dia mais. Pode, produção?

P.S.3: existe alguém mais badass que Bolivia? Exageros a parte, a ruiva manda muito bem!

P.S.4: nem pedirei perdão pelo atraso das reviews. A falha é tão grave que beira o imperdoável.

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  1. Bruno - 17/04/2012

    Broyles shapeshifter era mais interessante para a trama, mas tudo bem. A doença do filho tem a ver com um ep da 3a temporada que termina com Broyles ajudando A-Olivia a voltar para o universo dela (e a morte dele).

    Queria entender por que essa facinação dos fãs pela vaquinha…

    O prox episodio promete, vamos finalmente conhecer o futuro pelo lado dos observadores!!!

    Infelizmente parece-me que a série acaba mesmo na 4a temporada. Estão fechando tantas pontas e os 2 finais gravados do season finale me parecem indicação clara que não haverá renovação.

  2. Bianca Mafra - 17/04/2012

    Mariela, vc se superou com essa review, nem tem o que acrescentar. 

  3. Karen Jobim - 17/04/2012

    Caramba! Fringe é muito boa! E mais uma vez adorei a review.
    Walter foi fantástico, Bolivia é badass msm e tow gostando dessa interação c Lee – A
    Agora vcs ja repararam q as séries de JJ sempre nos levam por caminhos estranhos da ciência, teorias malucas mas in the end – all we need is LOVE – it conquours it all!

    E pra finalizar, a FOX já está me irritando com essa enrolação da renovação de Fringe! Sem mais!

  4. biancavani - 18/04/2012

    Bem, aquela frase no enterro “os pais não deveriam sobreviver aos filhos” (algo assim), que nós ouvimos em trocentas mil séries e filmes, não está recomendando muito a série no quesito criatividade. Pômeu, que dèjá vu!

  5. biancavani - 23/04/2012

    Mariela, faça logo (please, please, please) o review do novo epi. Foi ma-ra-vi-lho-so. Eu estava achando que a criatividade tinha se esgotado, mas – que bom – como eu estava enganada!

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