TeleSéries
Preview: Traveler
18/07/2007, 10:53.
Laura Gomes
Preview
Traveler
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Traveler estreou em 10 de maio de 2007 nos EUA e antes mesmo de concluir a primeira temporada foi cancelada. A emissora e os produtores justificaram a medida em função da baixa audiência. Por aqui as opiniões estão divididas. Para alguns, nem vale a pena assisti-la na Warner, enquanto para outros, ao contrário, a série deve ser conferida, até porque, suspeita-se que a pouca audiência deveu-se ao “mau gosto” dos americanos.
Para quem decidir assistir Traveler, a série não é ruim, apresenta algumas surpresas e, dependendo do ponto de vista adotado, elas podem ser bem interessantes. Ela serve para pensar, por exemplo, sobre alguns limites que a realidade de uma sociedade pode impor à sua industria cultural. Por isso, para mim, a baixa audiência nos EUA não indica exatamente falta de gosto ou de entendimento, mas uma forma de rejeição mesmo.
Para início de conversa temos uma boa idéia: jovens amigos decidem viajar juntos, no estilo on the road, acabam se envolvendo em confusão e são perseguidos pela polícia. Até aí, nada demais. Clássicos como Easy Rider, Thelma & Louise e tantos outros road movies já nos mostraram que pegar um carro e sair pela estrada pode levar a situações insólitas.
Temos o velho tema da viagem, associado à busca da liberdade e do indivíduo indo ao encontro de si próprio. Nada mais caro ao ideário norte-americano. Não por acaso, a série faz referências diretas a Jack Kerouac, o escritor que cunhou literariamente a expressão on the road.
Ao serem citados na série, autor e livro, evidenciam o apelo e o fascínio que as imagens criadas e eternizadas por Kerouac ainda possuem para o público americano – a busca da liberdade individual, associada à celebração da estrada, da juventude e da amizade.
Mas como nem tudo é perfeito neste mito, temos também a outra epopéia, igualmente cara aos americanos. Indivíduos inocentes são acusados injustamente, tornando-se fugitivos da lei até provarem sua inocência. O Fugitivo, uma série produzida e transmitida pela própria ABC, de 1963 a 1967 ficou famosa justamente porque mostrava um outro lado da justiça americana.
A moral de O Fugitivo não deixava dúvidas de que a busca do Dr. Richard Kimble não era apenas uma questão individual, mas sobretudo uma forma de reconciliação dele com o próprio establisment, na condição de cidadão americano, reintegrado à comunidade cívica, com todos os seus direitos readquiridos como tal. Em Prison Break, este também é o tema. A inocência só tem valor se for plena.
Sob este ponto de vista, uma série que se proponha a explorar esses enredos será sempre bem vinda. Não é difícil entender que os criadores de Traveler pretenderam fazer um thriller de suspense e ação trazendo-os de volta para o contexto da vida norte-americana atual, obcecada por conspirações, atentados, terrorismo e terroristas.
Contudo, é neste exato momento, que as coisas começam a ficar problemáticas. A questão é que a série extrapola ao acrescentar outros ingredientes que fazem dela uma mistura bem mais explosiva e bem menos inocente do que um thriller para entretenimento. De fato, há uma idéia que perpassa Traveler o tempo todo: a de que há uma conspiração nacional em marcha contra o cidadão americano comum. E aí o bicho pega.
As cenas iniciais do pilot não poderiam ser mais eloqüentes a respeito desse processo de vitimização coletiva e crescente que vai envolvendo os três amigos, estudantes universitários de um modo insidioso e inevitável, no melhor estilo das sociedades totalitárias.
A certa altura, Tyler Fog (Logan Marshall-Green), Jay Burchell (Mathew Bomer) desorientados e sem saber quem era finalmente o amigo Will Traveler (Aaron Stanford), começam a ser caçados como “terroristas domésticos”. Em seguida, os dois jovens em fuga, entre um intervalo e outro, conseguem obter pela Internet evidências da participação do próprio pai de Tyler, um poderoso empresário, Carlton Fog (Willian Sadler) e do próprio FBI no atentado. A fim de atingir seus objetivos, Carlton Fog não hesitara em incriminar e sacrificar seu próprio filho.
Do ponto de vista do telespectador, ficamos sabendo então que Will Traveler fora recrutado por uma organização para se infiltrar, tornar-se amigo dos dois rapazes e conduzi-los à armadilha que os aguardava. Por alguma razão, Will mudou de opinião, acabou poupando os amigos da morte, mas sem deixar de incriminá-los.
Temos então uma questão interessante a respeito dos limites que a realidade pode impor à ficção. Muito provavelmente Traveler obteve uma audiência baixa não porque a série seja ruim, mas, ao contrário, foi simplesmente rejeitada por apresentar um conteúdo político e moral altamente problemático e duvidoso para seu público alvo.
Nesse caso, as comparações com Prison Break não se justificam totalmente. Não é a mesma coisa. Embora Prison Break também gire em torno de uma grande conspiração a ser descoberta, temos desde o início uma história que reafirma os laços de solidariedade que unem os dois irmãos, um acusado injustamente, que foi parar no corredor da morte, e o outro que decide se sacrificar para salvá-lo, infiltrando-se na prisão para provar sua inocência.
Em Traveler, temos exatamente o contrário: amigo traindo amigos, um pai que desiste de seu próprio filho, decidindo jogá-lo numa armadilha fatal e incriminá-lo como terrorista. Ou seja, a perda total de laços de solidariedade e da autonomia em face de um totalitarismo cego.
Para quem se colocar do ponto de vista do público doméstico, não é preciso muito esforço perceber que a série ao trazer à baila esta história, essa mistura explosiva de elementos, acabou por produzir um efeito bumerangue contra ela mesmo. Nós aqui no Brasil faríamos a mesma coisa. Realidade ou realismo demais atrapalha.
É possível que famílias, cidadãos norte-americanos estejam envolvidos com o terrorismo. É possível que instituições como o FBI e universidades norte-americanas também estejam sendo usadas por organizações terroristas como locais de recrutamento de jovens idealistas ou descontentes com os rumos da política atual. Uma coisa é a mídia pretender apontar e discutir responsavelmente os possíveis vínculos domésticos com o terrorismo e, outra coisa, é achar que o público norte-americano quer se divertir com isso.
* * *
Traveler, quartas-feiras, 21h, na Warner Channel.
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Só para saber, a estória tem um final?
Vale a pena assistir?
Examente hoje o dia que estreia aqui no brasil é o dia que a ABC exibe o ultimo episodio.
E parece que a ABC fez um final sim, agora resta esperar pra ver.
ótimo Texto, Laura.
A ABC vai exibir o último episódio hoje!! 🙁
Eu vi todos até agora e gostei muito da série. Recomendo para todos. É um ótimo passatempo.
O maior problema de “Traveler” é ser mais uma serie-novela, a qual voce tem que assistir a TODOS os capitulos para ter uma historia completa. Esse esquema ja saturou…
Laura
Otimo texto, acho que seu preview sobre a série foi melhor que a própria série, devido a esse excelente texto, irei dar mais uma oportunidade para a série(não passei do piloto). vamos ver se consigo ver isso também.
abraços
Rubens,
sou completamente contrário ao seu argumento, alias, série com história continua é diferente do modelo novela. e desde que tenha qualidade, não vejo como saturar.
Já ia assistir antes de saber que estava cancelada, e ainda vou, tb acho que seria uma serie legal, mas o gosto americano é f…..
OFF – Alguém viu o comercial da Warner “Aulas de Espanhol” ?
Achei tão legal!!! Os atores das séries (Matthew Perry, Bradley Whitford, Julia Louis Dreyfuss, entre outros) tentando falar em espanhol…
A Warner mesmo não estando nada bem em alguns critérios, vem se mostrando um dos canais mais criativos da TV paga atualmente.
Arthur, eu vi. Achei muito, muito legal.
Também gostei do comercial da Warner. Criativo e gostoso de assistir ^_^.
E sobre Travele, adorei o piloto, apesar de ter ficado angustiada o tempo todo. Essa idéia de que tudo pode se voltar contra você, que um sujeito comum pode se ver no maior embaralho por culpa dos outros e a justiça não estar nem aí para o que eles realmente têm a dizer me deixa fora de mim.
Mas estou curiosíssima sobre o que irá acontecer. Quem vir o episódio que saiu nos EUA esta noite, please diga se foi um final satisfatório, ok? (Reunion até hoje me mata)
Eu verei e te falo! 😉
Rubens esse esquema tá longe de saturar, tanto que nos ultimos tempos mtas séries que tinham episódios ‘avulsos’ tenteram fazer essa coisa novelesca de dar uma sequencia na história…
ótimo texto, não vi a série mas a comparação com Prison Break é inevitavel mesmo, e como vc disse a premissa pode ser diferente mas a ação deve ser extremamente semelhante a da segunda temporada de Prison Break, lembrando que ali tb teve mta traição principalmente quando eles brigam pelo $
Vai entender esta audiencia americana… Assisti ao primeiro episódio na Warner e me agradou muitissimo, o ambiente e de total suspense após ao atentado ao museu. Varias nuances são mostradas o pai morto na guerra, o outro um milionario com problemas com o governo americano, e ainda um empregado do hotel que os ajuda. E assistir aos episodios gravados e agaurdar.
Vi o episódio final e minhas suspeitas se confirmaram. Tá lá, tem uma explicação e ela faz sentido. É uma pena eles não terem conseguido fazer mais dois episódios para fecharem melhor a série. Teriam condições de explicar melhor certas coisas. Do jeito que acabou, a série realmente bateu de frente com convicções muito profundas dos norte-americanos sobre o seu país, especialmente o papel do FBI. Uma visão diferente, precisaria de mais tempo, como Jay, Will e Tyler dizem no final.
Agora eu não acho que o público norte-americano seja totalmente estúpido por rejeitar a série. Pode parecer que sim para nós, brasileiros, que sempre pensamos o pior dos nossos governantes e das nossas instituições, mas o público americano é socializado para acreditar que suas instituições realmente estão comprometidas com a democracia, com os direitos civis. Então uma história que sem uma explicação clara de quem é quem, e quais os interessem em jogo realmente provoca esse estranhamento todo.
Não duvido nada que quando Bush sair teremos uma onda de filmes explorando o filão de Traveler e talvez o pecado da ABC tenha sido desperdiçá-la ao tê-la antecipado. Quem sabe ela faria sucesso daqui a 2, 3 ou 4 anos?
Vi o episódio final e minhas suspeitas se confirmaram. Está lá com todas as letras a explicação e ela faz sentido. É uma pena eles não terem conseguido fazer mais dois episódios para fecharem melhor a série. Teriam condições de explicar melhor certas coisas que ficaram truncadas. Agora, do jeito que acabou, a série realmente bateu de frente com convicções muito profundas dos norte-americanos sobre o seu país, especialmente o papel do FBI. Uma visão diferente, precisaria de mais tempo, como Jay, Will e Tyler mesmo dizem no final.
Agora eu não acho que o público norte-americano seja totalmente estúpido por rejeitar a série. Pode parecer que sim para nós, brasileiros, que sempre pensamos o pior dos nossos governantes e das nossas instituições, mas o público americano é socializado para acreditar que suas instituições realmente estão comprometidas com a democracia e com a garantia dos direitos civis. Então uma história que ameaça tudo isso, sem um posicionamento claro de quem é quem, e quais os interessem em jogo, realmente provoca esse estranhamento todo.
Não duvido nada que quando Bush sair teremos uma onda de filmes explorando o filão de Traveler e talvez o pecado da ABC tenha sido desperdiçar a série ao tê-la antecipado. Quem sabe ela faria sucesso daqui a 2, 3 ou 4 anos?
Bom, como a maioria dos textos ,a muita filosofia e pouca vontade de explicar por gostariamos ou nao de assistir a serie. A Ideia é boa, otimo roteiro ,fotografia e atores, tem suspense e drama na medida certa. É dificil falar que não deu certo por ser amigos traindo amigos, provavelmente não deu certo por não ter dado tempo!!!, ou por ter ido por caminhos já seguidos, conspirações a tempos vem sendo exploradas no cinema, em livros e nas proprias séries , não só as citadas, mais as otimas 24horas, LOst, Invasion e por ai vai…
Ps: Qto a realidade não dar certo no pais : ALguem por um acaso lembra de Cidade de Deus, ou das novelas da rede Record , que estão cada vez mais trilhando o caminho da realidade crua.
Excelente texto, Laura.
vejo muito embasamento em todas as suas palavras.
A série é muito boa ao meu ver, mas como diz o texto a maioria das pessoas prefere ver algo típico de contos de fada ao assistir algo real demais.
A ABC fez um final para Traveler que sugere que a mesma tera segunda temporada (o que eu espero).
Quem quiser saber mais é só entrar na comunidade do orkut TRAVELER Brasil.
mas afinal . vai haver segunda temporada ou não ?
Caramba…. estava curtindo a série e hoje, 19/09, liguei na Warner e cadê? abduziram?!Alguem sabe me dizer onde Traveler foi parar? ou acabou daquele jeito?
Kd Traveler? alguem tem noticias.
cara , essa é sem duvida o melhor seriado que eu ja vi … ( ou LOst )
tipo , eu concordo com a Laura…
” Agora eu não acho que o público norte-americano seja totalmente estúpido por rejeitar a série. Pode parecer que sim para nós, brasileiros, que sempre pensamos o pior dos nossos governantes e das nossas instituições, mas o público americano é socializado para acreditar que suas instituições realmente estão comprometidas com a democracia e com a garantia dos direitos civis”
falou e disse !!!
e alguem sabe me dizer quais eram os programas concorrentes com Traveler ?
ja me falaram que era CSI , se for ta explicado o pq de num dar audiencia …
se naum realmente o publico americano ” quer acreditar ” que as instituições americanas sao comprometidas com a Democracia …
No brasil ja é costume agente pensar no Oposto …
Oi, Laura
É a primeira vez que acesso o TeleSéries e achei ótimo. Seus textos são muito bons, assim como sua avaliação crítica do contexto em que as séries são lançadas — no caso específico, “Traveler”, nos EUA. Acho que você tem razão, era demais para o público norte-americano ver suas instituições corroídas por conspirações e intenções ocultas, apesar de ser exatamente o que está acontecendo na gestão Bush. De fato, isso é muito mais fácil para nós brasileiros, acostumados que estamos com a podridão do nosso sistema político.
Agora, uma pergunta: a Warner vai exibir aqui o último episódio de “Traveler”? Se for, quando?
De hoje em diante serei um assíduo freqüentador do TeleSéries. Vem preencher uma enorme lacuna na cobertura da grande mídia.
Um abraço
Claudio
E ai galeratem alguma chance de haver mais episodios ,podiam fazer que nem day break( que por sinal vale muita a pena ser conferida )a emissora lañçou apenas seis episodios e depois de muitos fas reclamarem disponibilizaram no site mais 6 episodios para concluir a trama .
[…] Do público? – Em parte sim também. Não posso falar que os canais americanos não arriscaram nesses últimos anos, tivemos o próprio Studio 60, além de Veronica Mars, Everwood, entre outros. E o maior exemplo de ousadia é a série Lost. Série com três temporadas e nenhuma resposta, a série instigava a nossa inteligência, mas qual foi a atitude tomada pelo público? – “Vamos abandoná-la. Sim, vamos deixar de lado porque essa série nos engana, não trás as respostas e é muita coisa pra pensar.” – Sabe o que é mais irônico, Lost nunca pediu para alguém pensar, existem inúmeras pessoas com inúmeras teorias e muito delas cabíveis, mas quem não quer pensar, que é o meu caso, apenas assiste a série e se diverte com todo o espetáculo. Simples assim. Então o público tem culpa ou os canais já os transformaram em idiotas o suficiente para não saber reconhecer algo de qualidade? Apenas lembrando, que isso é lá nos Estados Unidos e aqui no Brasil também, ou vocês não percebem que as novelas servem apenas para nos alienar. – Da realidade que incomoda? – Laura Gomes escreveu no seu texto para o site TeleSéries que realidade ou realismo demais atrapalha. E é fato que algumas séries já pagaram por isso ao longo da história. Há quem diga que a TV é para entreter e o povo está cansado de ver misérias, já basta o jornal nos mostrando a realidade ao seu modo. Então é mais fácil nos empolgarmos com as aventuras de Jack Bauer, MacGyver e por ai vai. – Então todos esses fatores se completam, de cada 10 pessoas que encontro, apenas uma ou duas tem alguma coisa interessante a dizer ou acrescentar, até meus amigos, que são ótimos amigos, que foram muito bem educados, preferem se alienar, não utilizando aquilo que nos tornam diferentes(e não melhores) do que os outros animais, o nosso raciocínio. Pensar, pesquisar e estudar é a salvação. É ruim para os políticos e para a mídia que a população pense, porque aí vamos questionar, e assim vamos querer mudar. Então o que se faz a respeito? Aquele que for “diferente” será isolado, discriminado. E geralmente, os “diferentes” são aqueles que usam seu cérebro, vivem com os seus princípios. E isso deveria ser cultivado, mas por favor, quem hoje em dia quer cultivar isso? – Na série Battlestar Galactica, houve um episódio que nos fazia pensar do porque a sociedade querer definir nosso futuro pela família que nascemos, e pelas condições financeiras que temos. E o que deveria ser discutido em faculdades, palestras e bares, acabou sendo considerado um episódio monótono e pretensioso demais. Essa é a realidade que vivemos, e todos temos culpa por essa sociedade está assim. Agora uma coisa é certa, para essa situação mudar, depende apenas de nós, resta saber quem vai querer ter seu cérebro de volta. Alguém se arrisca? Ou preferem continuar tentando parecer com Donald Trump? – Texto originalmente publicado no meu antigo blog Pensamentos Introspectivos. Escrito por Paulo Fiaes Arquivado Pensamentos Introspectivos […]