Smash – The Coup

Data/Hora 28/03/2012, 22:23. Autor
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A série está indo por um caminho perigoso, sorte que a segunda temporada está garantida. Foi o tipo de episódio que poderia afastar uma parte significativa da audiência, aquele grupo que está muito mais interessado na produção do musical que nas picuinhas entre os personagens. Se bem que na minha opinião nem a parte “novelesca” fluiu bem.

Eu entendi – acredito que sim – o objetivo do episódio, mas as coisas não foram bem amarradas. Smash parece esquecer que ainda está no início do processo de fidelização da audiência e trata a história de cada personagem como se estivesse na 5ª temporada e todo mundo soubesse muito bem o que cada um tem a trazer. Não estou dizendo que toda a história tem que apresentar o passado de cada um, porém caso optem por manter “mistérios” tem que saber fazer isso muito bem, e fazer com que o “mistério” ande junto com a trama. Um bom exemplo: Kalinda em The Good Wife. Aqueles que assistem a série sabem que existem coisas do passado da personagem que não vieram à tona, mas isso não é importante para o andamento da mesma dentro da história. Independente de gostar ou não da personagem, fica claro que existe a Kalinda que assistimos e a Kalinda que ainda não conhecemos. Smash não está sabendo fazer isso direito.

Por mais que eu não simpatize com o Tom eu ansiava por um confronto entre ele e Derek, que explicasse toda a mágoa que ele tem. A briga entre eles foi tão patética que a cena terminou e mesmo o Derek tendo falado absurdos, acabei tendendo ainda mais para o personagem pelo simples fato que o Jack Davenport “ganhou” na atuação. A única frase que fez sentido em toda briga foi justamente a última, quando Derek diz a Tom que ele desceu ao nível dele. E ele está certíssimo quando diz que Marilyn era muito mais que a imagem idealizada que se tem dela.

O marido da Julia dançando para ela, no início do episódio, foi daquelas cenas rápidas que parecem durar horas e eu só queria que acabasse logo. Depois temos Julia num parque, conversando com Michael, e de repente ele parecia a parte sã da história toda. Totalmente resignado. Não fez sentido nenhum, mas pelo menos acredito que é sinal que acabou esse romance.

A introdução da filha da Eileen também não encaixou em nada. A menina dando uma crise com a mãe porque ela estava agindo mal com Tom e Julia foi muito, mas muito sem noção. Não estou aqui dizendo que as atitudes de Derek e Eileen foram corretas, a menina se metendo é que ficou forçado. Um adendo: a atriz é filha da Meryl Streep e o timbre de voz é muito parecido.

Cada vez mais a Karen é tratada como se tivesse saído de uma comunidade no meio do nada e nunca tivesse tido acesso ao mundo aqui fora na vida. Não é possível uma personagem tão ingênua como eles tentam passar que ela é. Gostaria muito que no final descobríssemos que ela é dissimulada e sabe exatamente o que está fazendo. Porque até eu que gosto dela não estou agüentando mais essa pose de “vítima das circunstâncias”.

Quanto a “passada de perna” de Eileen e Derek, honestamente, o que vi foram duas pessoas tentando resolver uma situação que não andava. Principalmente porque Eileen sabe que Julia e Michael estavam dormindo juntos e que esse foi o real motivo para o corte do ator. Então nada mais normal ela se juntar ao Derek para tentar salvar algo que estaria afundando por falta de concentração, dinheiro e profissionalismo.

E o Ellis, meu Deus, alguém pode matar o Ellis?! Que personagem odioso. Mas não um odioso no bom sentido, daqueles que você odeia mas que é importante para a trama. Vontade de tacar o sapato na tela quando ele diz que gostaria de ser produtor mas sequer sabe o que um produtor faz. Wonderstruck!

Ivy é outra que estava meio perdida no episódio mas no final fiquei com pena dela sim. E se tem uma coisa que eu apostava que não daria certo e está funcionando é justamente o relacionamento dela com Derek. Até a química entre os atores que eu julgava fraca melhorou consideravelmente.

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  1. MicaRM - 28/03/2012

    Engraçado…eu adorei a cena da Julia com o marido. Aliás, adoro todas as cenas dos dois juntos.
    A dela com o Michael soou estranha, mas acho que ele percebeu que meteu os pés pelas mãos e exigiu muito em um tempo curto demais e acabou desestabilizando a equação.

    Gostei de ver Karen cantando, porque ficou claro para mim que este é o tipo de produção que combina com ela. A roupagem do espetáculo, eu digo. Ela não tem cara de Broadway musical, ela tem cara de artista de show, por isso que Marilyn (o papel principal) não combina com ela, apesar dela ser muito boa no que faz.

    Uma tristeza Ivy ser preterida por não ser uma estrela. Por que não pegam uma estrela masculina se precisam tanto de um nome de peso? Muito triste tirarem a oportunidade de alguém que é talentosa, combina com o papel e que viu ali a sua grande chance (embora há de se pensar que, afinal, isso é um negócio, e como um negócio o lucro vem sempre em primeiro lugar).

    Também acho que a química de Derek e Ivy tem melhorado….mas quem tem a melhor química com o Derek é o Tom. Eu sempre achei que esses dois tiveram um caso no passado :/
    Não acho que Tom tenha descido ao nível do Derek, ele apenas abriu o coração e falou algo que estava entalado na garganta há muito tempo. Mas ainda não peguei a história toda. Ou tenho que rever a cena, ou maiores detalhes precisam ser mostrados.

    Ellis é o ser mais odioso do mundo. Tirem o cara da série, sim?

    Seja como for, adorei o episódio, embora concorde com você em alguns pontos, principalmente no piti da filha da Eilleen com a mãe sobre Tom e Julia.

  2. Bianca Mafra - 30/03/2012

    Ellis eh realmente odioso, pronto, to vendo que isso é quase unanime. 
    Bem que eu achei a menina parecida com a Mammy Gummer!!!!
    e adorei o musical, apesar de achar meio tiro nas costas tambem.

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