As primeiras impressões de A Gifted Man


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A Gifted Man
Quando A Gifted Man foi anunciada, ela foi uma daquelas séries que me deixou na dúvida se eu deveria perder meu tempo conferindo ou não. O elenco era interessante, especialmente Patrick Wilson, o protagonista, e o diretor do piloto era ninguém menos que Jonathan Demme, de quem eu acho que nunca vi um filme ruim. Mas o tema de vida após a morte não estava me inspirando confiança. Liberados os promos, a situação só piorou. Eu não consigo lembrar deles claramente agora, mas tenho certeza que envolviam muita luz branca e diálogos expositivos, e foram o tipo de previews pavorosos que me fazem descartar uma série.

Porém, em parte porque as séries que realmente me interessam foram quase todas jogadas para 2012, e em parte porque os poucos pilotos que conferi eram decepcionantes, resolvi dar uma chance. E não me arrependo.

A Gifted Man está longe de ser um dos pilotos mais legais que já vi, mas das estreias da Fall Season, acabou sendo uma das melhores promessas e o episódio consegue ser dinâmico e sério, sem cair na armadilha do melodrama, se afastando positivamente dos fantasmas de Medium e Ghost Whisperer.

A Gifted Man
A Gifted Man é a história de Michael Holt, um neurocirurgião extremamente bem sucedido, que, um tanto quanto frio e abrasivo, é surpreendido quando encontra com a ex-mulher Anna repentinamente, apenas para descobrir no dia seguinte que ela na verdade está morta. A premissa em si é o bem clichê, e acho que é o ponto mais fraco da série. Nós já vimos milhões de filmes com temática supernatural – ou ainda sobre homens brilhantes, mas solitários, que mudam em razão de uma presença (viva ou morta) inesperada na sua vida. E pelo piloto, fica claro que a direção será aproximar Michael da clínica que Ana dirigia, e, portanto, de uma parcela carente da população, em contraste com os seus clientes ricos e privilegiados.

Também é possível prever que ao longo do caminho, em sua evolução como ser humano, Michael deve se tornar mais próximo da irmã e do sobrinho, provavelmente formar algum tipo de relação peculiar com o moderno xamã interpretado pelo sempre excelente Pablo Schreiber, dar mais valor a sua secretária e dependendo de quanto tempo a série durar, eventualmente ele deve encontrar um novo amor também.

A Gifted Man
Não tem nada de absolutamente original na estória, não no piloto e provavelmente não durante o resto da temporada, se a série sobreviver às sextas à noite. Mas o tom do piloto (e eu espero que não seja só a mão de Demme, e que ele permeie a série inteira) é de uma simplicidade e elegância que quase me lembra The Good Wife. É claro, The Good Wife tem a vantagem de ter roteiros sensacionais, e se A Gifted Man conseguir contar suas estórias com um terço da destreza e genialidade dos seus irmãos de emissora, alguém precisa começar a erguer monumentos em homenagem ao diretor de programação da CBS.

Eu não estou esperando nada nesse nível, mas a maneira como a direção da série conseguiu evitar uma carga mais pesada de sentimentalismo e histrionismo me agradou e surpreendeu, e me deixou com grandes esperanças para a série.

Além disso, o elenco, que para mim era o elemento mais promissor, não decepcionou. Patrick Wilson carrega a série muito bem como Holt. Ele consegue compor esse homem que é distante um pouco antissocial, mas não chega a ser um Dr. House, e as partes em que ele tem que mostrar um lado mais emocional e sensível são contidas o suficiente para convencer, mas não demais para perderem o efeito. Jennifer Ehle foi uma surpresa para mim; eu não a conhecia e só sei que ela é uma atriz bem conceituada na Broadway (ela tem dois Tonys). Mas ela está encantadora no papel, sem ser exagerada. É compreensível o carinho que o personagem de Holt tem por ela, e os dois certamente tem muita química, mas nunca parece que ela está tentando demais.

De todo o elenco, eu apenas fiquei decepcionada com o que a vencedora do Emmy, Margo Martindale, tem para fazer, o que é quase nada. Ela saiu de Justified, onde interpretava uma maravilhosa, complexa personagem, para fazer uma secretária! Eu espero que ela cresça na trama e tenha o que fazer, porque um talento como de Margo jamais deveria ser desperdiçado em um papel tão pouco versátil e flexível. E para mim, o elo fraco em termos de atuação na verdade acaba sendo Julie Benz, mas talvez seja porque eu não gosto dela. E não ajuda que a personagem é justamente a irmã chatinha.

A Gifted Man pode não ter me deixado boquiaberta ainda, e não ter eliminado totalmente minhas dúvidas, mas pelo que vi nesse piloto eu certamente devo conferir mais alguns episódios e eu recomendo todo mundo a dar uma chance a série também. Quem sabe, ela pode vir a surpreender ainda mais.
A Gifted Man

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  1. Paulo Serpa Antunes - 04/10/2011

    Pelo visto está mais na linha Joan of Arcadia que Ghost Whisperer. Gostei, vou experimentar.

  2. Luz - 05/10/2011

    Me lembrou Eli Stone. Vou assitir!

  3. Destaques da Semana – Brasil – 31/10 a 6/11 - 03/11/2011

    […] No Universal Channel chega a oitava temporada de House. Vai ao ar às 22h. Sério, tô com medo de assistir, sem a Cuddy, com House na cadeia… Medo! Às 23h, estreia no canal a série A Gifted Man, que também tem um link com a medicina: Patrick Wilson faz o papel de um neurocirurgião com síndrome de Deus que busca a redenção após uma experiência, digamos, espírita. Para saber mais, confira o nosso preview. […]

  4. Iedacigana - 13/12/2011

    Seriado perfeito perfeito!!!!!Sua versátil!!!!E que emociona na medida certa!Adorei!!!!

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