Primeiras Impressões – The Playboy Club

Data/Hora 22/09/2011, 23:59. Autor
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Assisti a The Playboy Club, série que estrou no último domingo na NBC, esperando pelo pior. Por um piloto daqueles que você sequer consegue chegar até o final de tão ruim. Resolvi assistir porque atores que eu gosto participarão da série. E no elenco principal temos David Krumholtz (Numb3rs) e Sean Maher (Make It or Break It), além do Eddie Cibrian (Third Watch, CSI:Miami), que, apesar de não ser o melhor ator do mundo, faz bem aos olhos. Por isso fiquei surpresa de não ser tudo tão horroroso quanto eu esperava.

Em 1960, Hugh Hefner, o criador da Revista Playboy, inaugurou um clube privado onde os seus freqüentadores – homens ricos e importantes – iam para se divertir e ser servidos por belas mulheres vestidas de coelhinhas. A ideia da série é justamente retratar esse ambiente.

Apesar de achar os diálogos pobres, tenho que reconhecer que pelo menos passa pela cabeça dos roteiristas tratar de assuntos um pouco mais sérios e não ficar focado apenas nas Coelhinhas servindo bebidas.

A trama principal foi bem forçada. Maureen (Amber Heard, Hidden Palms), na sua primeira semana como coelhinha, é atacada por um dos clientes (as coelhinhas não eram prostitutas como muitas pessoas pensavam). Nick Dalton (Eddie Cibrian) vai salvar a moça e no meio da briga ela acaba matando o cliente com o salto do sapato (sem querer). Só que obviamente não era qualquer cliente. O cara era “só” um mafioso. Nick ajuda Maureen a se desfazer do corpo porque sabe que ninguém acreditaria que não foi intencional – principalmente porque ele teria interesse em ver o cara morto –  e isso vira o grande segredo dos dois.

A parte que chamou minha atenção foi a trama envolvendo Alice e seu “marido”, interpretado por Sean Maher. No início ela é apresentada apenas como mais uma das coelhinhas. Ela não mora na Mansão Playboy porque é casada. E diz que está ali apenas para ajudar o marido e que consegue convencê-lo a continuar com o emprego por conta da grande quantia de dinheiro que ela ganha. O interessante dessa trama é que Alice e Sean podem até ser casados de fato – isso não fica claro – mas é apenas de fachada. O dinheiro que ela ganha usa para apoiar a causa dos homossexuais.

The Mattachine Society foi um grupo fundado no final da década de 1940 nos EUA e tinha como “bandeira” a causa dos homossexuais. Cabe lembrar que ser homossexual foi considerado crime por muitos anos e em algumas partes dos EUA ainda é.

Outro ponto a destacar também é a função das mulheres dentro da sociedade. Toda a narração em off feita no episódio – como se fosse o próprio Hefner contando a história – não é à toa. Deixando de lado quaisquer problemas sobre a exploração da imagem da mulher como símbolo sexual, era realmente um “avanço” mulheres que conseguiam manter sua independência financeira. Apostaria que foi proposital que a atração musical no piloto fosse Ike e Tina. Já que sabemos o quanto que Tina Turner sofreu na mão do marido até conseguir sua “liberdade”.

O trabalho como coelhinha era para muitas meninas uma maneira de pagar seus estudos e conseguir uma opção de vida que não fosse o matrimônio.  É preciso um olhar distanciado, lembrar que estamos falando de uma época bem diferente da que vivemos agora.

Confesso que a série me despertou uma curiosidade sobre a trama secundária mas há um grande risco de ficar só na curiosidade. A audiência do piloto foi muito baixa e segundo a crítica especializada a série corre o risco de sair do ar em poucas semanas.

P.S.: Nunca haverá uma Tina Turner como a Angela Bassett.

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  1. Vanessa Silva - 23/09/2011

    Na verdade, o ocorrido foi em sua 1ª semana de trabalho e não no 1º dia. Eu gostei do piloto, vou ver mais uns 2 ou 3 episódios pra ver se acompanho ou não. Ótima Review!!!

  2. Tati Leite - 23/09/2011

    Verdade, Vanessa. Já corrigi. Muito obrigada.

  3. Paulo Serpa Antunes - 23/09/2011

    Parece uma bomba!

  4. Lara Lima - 23/09/2011

    Baixei o episódio. Cadê a coragem pra assistir? Tem cara de bomba isso.

  5. Maria Regina - 23/09/2011

    Fui ver tendo lido críticas negativas e não achei tão ruim. Mas não é uma série boa e não acredito que tenha folego para uma temporada completa.

  6. Fernando dos Santos - 24/09/2011

    The Playboy Club tem aquele tipo de enredo que seria ideal para render uma ótima série em canais a cabo tipo HBO,AMC,Showtime.
    Não é o tipo de enredo que possa ser bem explorado em uma grande rede aberta já que esse é um ambiente de maior restrição criativa.
    Ainda não assisti ao piloto mas pessoas que assistiram comentaram que a série parece procurar seguir as pegadas de Mad Men com algumas pitadas de Boardwalk Empire, ambas séries típicas de canal a cabo.
    Infelizmente porém, os comentários dizem que Playboy Club fracassa nessa iniciativa ambiciosa de ser uma série com padrão de HBO e AMC em plena tevê aberta.

  7. Tati Leite - 24/09/2011

    Isso é uma verdade. Eu tenho certeza por exemplo que justo as partes mais interessantes serão deixadas de lado numa tentativa da série não ser cancelada. 

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