Covert Affairs – World Leader Pretend


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Sempre tive dificuldades em escrever sobre o final de alguma coisa. Pode ser filme, série ou até mesmo um livro, o final deve acabar com todas as pendências deixadas no decorrer da história. No caso de uma série, além disso, o final deve abrir um leque de amplas possibilidades para uma próxima história. E esse  é o caso de Covert Affairs.

Aprendi muito com essa série. A história me levou desde paisagens exuberantes até a países com uma vasta cultura e beleza. Encontramos velhos personagens, como Eyal, que mais uma vez, entrou numa competição acirrada com Annie para conseguir o direito de finalizar a missão proposta por sua agência. Conhecemos novos personagens, como Reva, uma pessoa totalmente oposta a Auggie, mas que possui o mesmo sarcasmo e gosto por tecnologia que ele. Choramos com a morte do Doutor Ransay, o antigo professor de Walker, que guardava grandes segredos sobre o seu passado. Foram tantos momentos de alegrias e tristezas que afirmo que a série cresceu vastamente e isso é um orgulho tanto para os criadores, quanto para nós que acompanhamos semanalmente a história da CIA e de seus agentes.

No início do episódio, Annie decide contar de uma vez por todas sobre sua segunda vida para Danielle. Será que eu fui o único a ficar sem palavras quando ela tentou contar para sua irmã e simplesmente disse que a amava e a abraçou? Todos ficaram em silêncio naqueles 10 segundos que foram quase horas. É difícil contar algo que você escondeu por dois anos e ainda achar que tudo ficará bem. Logo Danielle, uma mãe tão carinhosa e meiga que quer somente que a sua irmã seja feliz e que suas filhas tenham do bom e do melhor, seria capaz de perdoar a sua irmãzinha de tê-la enganado por dois anos? Poxa, até eu me senti triste pelo fato de Danielle e suas filhas terem ido ao cinema, enquanto Annie lutava contra o tempo para descobrir a verdade sobre o envenenamento de seu amigo. Nesse momento, vemos uma perspectiva de tantas coisas que Annie se sacrificou para que o país continuasse a ser como sempre foi: evoluindo. Quando foi a última vez que Annie realmente teve um dia de descanso sem se preocupar com a CIA? Fora algumas saídas casuais e momentâneas, a espiã sempre esteve diante de problemas e brigas contra os malfeitores, deixando de lado a família e até mesmo a chance de ter um relacionamento que não fosse passageiro.

O doutor era um par perfeito para a nossa heroína. Da mesma forma que Annie, Scoot era um pessoa que vivia em função de salvar a vida de cidadãos. Quem não queria que Annie contasse toda a verdade para ele e depois o abraçasse e simplesmente dissesse que precisava de seu apoio para sustentar todos os problemas de sua vida? Simplesmente seria errado. Se Annie fizesse isso, ela não seria ela mesma. Annie se tornou uma pessoa forte ao longo dessas duas temporadas. Se tornou uma pessoa corajosa, capaz se viver sozinha e de enfrentar qualquer tipo de problema e no final, fazer o seu trabalho como sempre fez. A missão desse episódio pode ter sido uma desculpa para falar sobre confiança, mas mostrou também as conseqüências da mesma. Um espião nunca deve confiar em uma pessoa totalmente, exceto se ela for da sua família. No momento em que a confiança já não faz parte do dicionário familiar, como aconteceu nesse episódio, o jeito é continuar a andar pelo caminho da vida e deixar o tempo fazer o seu trabalho. Danielle entendeu que ser um espião o obriga a deixar de lado coisas importantes, mas como mãe, Danielle deveria proteger suas filhas e com Annie morando ali, um de seus inimigos poderia fazer a sua família como refém.

Em relação aos conflitos secundários, Jai passou dos seus limites em relação a CIA. Joan lhe da à oportunidade de crescer no departamento de modo mínimo e o próprio resolve seguir os caminhos do pai. Já que suas ambições não são concretizadas, sua decisão em prejudicar as missões contando tudo o que sabe para a jornalista Liza Hearn o torna o novo vilão da série. Além disso, tivemos uma cena um tanto interessante com Arthur. Pela primeira vez, o presenciei lutando a favor de sua mulher. Sempre houve aqueles conflitos de chefe/marido, mas Joan havia feito tanto por ele. Ela merecia receber o crédito e acabar de vez com essa burocracia entre os departamentos de segurança.

E o que será que vem pela frente? Annie está mais sozinha do que nunca. Seus problemas aumentam cada vez mais e isso a fortalece, mas a distancia das importâncias da vida. Qual o objetivo de se trabalhar muito e no final das contas, não poder usufruir de momentos com as pessoas que conhecemos? Será que esse trabalho vale mesmo à pena? Pra essa pergunta, nem mesmo o nosso cego sabe a resposta.

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