Primeiras Impressões – The Glee Project


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Ontem mesmo eu assistia High School Musical 3 e chorava quando, perto do final do filme, a pianista Kelsi Nielsen cantava: “high school wasn’t meant to last forever”. Até ontem, eu era da “high school”, e realmente não durou para sempre. Ter certeza do pouco que dura o ensino médio deve ser a maior decepção para um fã de histórias colegiais, como Glee. Afinal de contas, por mais que gostemos das personagens, seria um pouco desconexo à realidade existir uma Rachel, com 30 anos, e ainda tendo os solos das regionais. Essa façanha fica apenas para April Rhodes.

Percebendo que a série tem seu prazo de validade, Ryan Murphy e a produção de Glee resolveu criar um reality show no qual o vencedor ganharia um papel em 7 episódios da atração. Uma jogada que, até então, nos parece de mestre. Tendo um novo membro no New Directions na terceira temporada (sim, a segunda temporada de Glee já terminou) a história da série teria uma continuidade que não assustaria os fãs após a formatura de Finn e dos outros “perdedores”. E quem assiste Skins sabe bem o que é ter uma segunda geração completamente nova. Eu assisto Skins e eu me assustei com  a mudança.

A sacada da inclusão de novas personagens já foi percebida na segunda temporada de Glee. O público aceitou muito bem Sam Evans, o Trouty Mouth do colégio McKinley, e Blaine Anderson. O tal Blaine, ou melhor, o tal Darren Criss (o intérprete de Blaine) foi quem levou a primeira “raspadinha” para o Glee Project Campus, como juiz convidado. A alegria dos 12 finalistas não se devia somente ao fato de que eles venceram 40 mil pessoas. Alex, Bryce, Cameron, Damian, Ellis, Emily, Hannah, Lindsay, Marissa, Matheus, McKynleigh e Samuel estavam contentes por estarem tão perto de um ídolo que, após os dez episódios do reality, também será colega de trabalho de um deles. E como diria própria Emily: “Oh, meu Deus! Ele é gato!”

Para mostrarem sua individualidade, o tema da semana, os candidatos tinham como tarefa cantar Signed, Sealed, Delivered de Stevie Wonder. Mas foi quando Matheus, o brasileiro de 1,45 metros, cantou que Darren realmente ficou impressionado. Para Darren “Glee é sobre ouvir o inesperado e ter essa pessoa te dominando de maneiras que nem pensava”. E pelo visto, Darren foi dominado pela voz de Matheus, que ganhou o desafio da semana, ganhando assim o “papel principal” no clipe de Firework, da Katy Perry. O clipe se baseava em um ensaio fotográfico colegial, o popular “Livro do Ano”, “Anuário”, tanto faz. O rosto dos losers sempre é riscado mesmo!

Durante os ensaios com o coreógrafo Zach Woodlee, Bryce parece que já tinha um mau pressentimento. E Bryce foi, junto com Ellis e Damian, se apresentar para Ryan Murphy. Devido aos escorregões durante a semana, os três candidatos tiveram um solo para mostrar ao criador de Glee o porquê mereciam continuar no jogo. Apesar da insegurança e dos problemas nas filmagens do clipe, Damian voltou para a lista de chamada. A falta de voz de Ellis durante a semana e sua atitude de criança não foram capazes de tirar a jovem do jogo.

Essa vez foi a vez de Bryce, que não soube expressar o que realmente era, sem inspirar os criadores da série. E ao som de Keep Holding On, com lágrimas nos olhos, Bryce se despediu do Glee Project.

Assim como o vigésimo episódio da primeira temporada de Glee, o segundo episódio de TGP era Theatricality e o dever da semana era nada mais nada menos que Gaga! A casa toda gritou quando viu a missão que teriam escrita na lousa do campus: Bad Romance. Mas já no começo da semana, Lindsay começou a gerar comentários. E comentários maldosos.

Idina Menzel, a atriz que interpreta Shelby Corcoran, mãe de Rachel, foi a mentora da semana. Mais uma vez, os candidatos enlouqueceram e Hannah até ficou sem ar perto do ídolo. Mas foi Alex quem ganhou o desafio e o direito de “aulas particulares” com Idina. O próprio Alex disse que se não ganhasse o desafio, algo estaria errado, porque ele é A teatralidade. Dito e feito! E a própria Idina também anunciou que o videoclipe da semana seria um clássico dos anos 80. We’re Not Gonna Take It foi escolhida e Alex teria destaque no clipe, que foi a sequencia de um sonho na lanchonete da escola, onde eles interpretaram um grupo de excluídos fantasiados de estrelas do rock.

Mais uma vez, Damian e Ellis estavam em perigo: durante os ensaios da coreografia, os dois foram os que menos se destacaram. Ou seja: os que dançaram mal. Até Cameron, que dança como o Finn, estava se saindo melhor. Ellis até assumiu a condição: “sou um desastre”.

No dia das filmagens, todos estavam com seus devidos figurinos e seus saltos altos. Matheus na bateria, McKynleigh no baixo, Emily quebrando a guitarra, Cameron num mosh e Ellis, que nunca tinha sido beijada, fez sua estreia na frente das câmeras.

No quarto das meninas, teve discussão de Lindsay com Ellis. Lindsay a acha muito pessimista e jogou isso pra todos ouvirem. Agora as outras meninas estão com um pé atrás com Lindsay, que se auto elegeu a mais legal. Não é bem isso que as pessoas estão achando, Lindsay!

Dos onze candidatos, Matheus, McKynleigh e Ellis foram os três últimos colocados na votação do júri e por isso foram se apresentar para Ryan Murphy. A repetente Ellis não conseguiu superar Piece Of My Heart, cantada por McKynleigh nem Gives You Hell, cantada por Matheus e foi a segunda eliminada do programa. Ellis se despediu honrada por ter chegado tão perto na competição, tendo em vista os 40 mil inscritos.

E vulnerabilidade era o tema do dever de casa do terceiro episódio. Vulnerabilidade e Please, Don’t Leave Me da Pink: combinação perfeita. Ainda mais com a presença de Dot-Marie Jones, a treinadora Bestie, como a convidada especial da semana. Usando a própria fraqueza para fazer a sua performance mais real e relacionável, Matheus ganhou mais uma vez o dever de casa e teve uma sessão particular com Dot. Dot também elogiou Emily, dizendo que foi um grande crescimento dela, que pela primeira vez ela conseguiu não fazer “assanhada”. Já Lindsay não agradou muito Dot, o que agradou as meninas do campus.

O grande número da semana foi Mad World da banda Tears For Fears. E como proposta, cada um teve que expor sua maior insegurança, colocar ela para fora e dominá-la em público, já que eles concorrem a uma vaga para Glee, uma série que, acima de tudo, é sobre aceitação.

O clipe foi gravado no Universal Citywalk e os candidatos usavam placas indicando suas maiores vulnerabilidades. Pra quem desconhece o Universal Citywalk, ele é como uma miniatura da Times Square. Antes de gravarem o clipe, eles tiveram uma conversa sobre as palavras que os definiam, sobre o que lhes deixavam vulneráveis. O bate papo rendeu muitas lágrimas: Samuel disse se sentir “rejeitado” e “largado”; Hannah disse que “gorda” é uma palavra difícil de usar, mas é sua vulnerabilidade; Alex disse que seria um grande desafio expor pro mundo ser “gay”, já que já tinha sido difícil para contar para a família; Lindsay sente-se “falsa” enquanto Emily se sente “usada”, “perdedora”, “machucada” e “suja”.

A semana foi importante para unir o grupo. Damian interpretou tudo como uma terapia. Ele estava se sentindo dormente para o mundo, para a vida, e percebeu que isso era um perigo. Podemos ver como cada um é um pouco loser: Cameron era excluído da escola por não querer ser popular, por preferir um texano diferente.

Mas o ponto mais positivo que eu vi nesse terceiro episódio foi graças à Marissa. Ela ia usar uma placa escrita “falha”, mas não achou justo consigo mesma tentar se esconder mais uma vez de seu passado enquanto todos estavam realmente lutando contra suas vulnerabilidades. Marissa mudou de placa e se revelou “anoréxica”. Essa coragem surpreendeu e emocionou a todos. Eu chorei, admito! Uma das músicas mais lindas da história. Um clipe preto e branco, todos com uma regata branca e um short, despidos de qualquer coisa que os tornam inseguros. Com placas mostrando suas fraquezas. E, quando juntos e de costas, formavam a frase: U R Not Alone (Você não está sozinho). Chorei!

E quase chorei também quando dois dos meus candidatos favoritos foram para a apresentação para o Ryan Murphy. Junto com Damian (que enfrentava sua segunda audição), Emily e Cameron ficaram entre os que menos se destacaram nessa semana.

As três apresentações foram muito bem elogiadas. Ryan acha Damian caricato, viu em Cameron um personagem diferente e disse que nunca tinha encontrado uma versão de Grenade do Bruno Mars que ele usaria em Glee quanto a de Emily. No entanto, a disputa ficou acirrada demais e eles votaram, para permanecer na casa, nas pessoas que fossem capazes de emocionar, de comover.

Emily voltou para casa. Eu fiquei triste. Para mim, ela seria uma ótima Santana hétero. Mas não foi dessa vez. E a disputa está ficando cada vez melhor. Dos 12, só temos mais nove. Nove vozes, nove atores. E está ficando cada vez mais difícil saber quem vai ganhar essa competição, uma vez que eles estão melhorando a cada semana. O que será que nos reserva a próxima semana? Estamos no aguardo!

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  1. Mariela Assmann - 08/07/2011

    Parabéns Arthur, ótimo texto! Disse tudo. =)

  2. Cinthia Quadrado - 08/07/2011

    Sucesso no texto define! 😀

  3. Cinthia Quadrado - 08/07/2011

    Sucesso no texto define! 😀

  4. Kneeface - 08/07/2011

    Não consegui acreditar quando li no final  que o autor do texto tem apenas 18 anos e ainda está cursando o primeiro ano de jornalismo :OO Parabéns! Concordo com cada palavra.

  5. Vanessatakami - 08/07/2011

    UAU! parabéns todos os dias glee..

  6. Augusto Junior - 08/07/2011

    Belíssimo! Uma análise bem estruturada e interessante.Parabéns!

  7. Juu Precidone - 08/07/2011

    Nossaaaa Parabéens arthuuuuur *–* concerteza vai ficar famoso e ser a tendencia do mundo inteiro kkkkkk

  8. Carol Monari - 08/07/2011

    Parabéns Arthur! Muito bom o seu texto… eu nunca tinha lido nada seu… tenho orgulho de dizer que eu estudo com esse gênio brilhante! 🙂

  9. Vitor AC - 09/07/2011

    caracaa veey!  adoreeei cabeçaaaaa!  *—*  HAHA

  10. Aline Ramos - 09/07/2011

    E pra quem não curte Glee e nem TGP, acabar o texto ansiosa pra ver um clipe deles, é uma surpresa! Reflexo de que a análise foi boa e contagiante.

  11. Maria Clara Lima - 09/07/2011

    Orgulho do meu bixo. Nasceu pra ser estrela! Fui até caçar video pra ouvir o Matheus. Quanto a Glee, infelizmente perdi o encanto, mas quem sabe você me ajuda a recuperá-lo!

    Nunca mude!

  12. Maria Letícia Marques - 09/07/2011

    Poder te define em todos os sentidos..o texto ficou muito bom 🙂 parabéns seu lindo!

  13. Juliana Garcia - 09/07/2011

    Seu lindo, adorei o texto! Quando eu crescer quero escrever que nem vc tá? haha parabéns ;))

  14. rosangela souza mend - 09/07/2011

    Texto perfeito!! amo Glee, TGP tá cada vez mais emocionante e torço muuito p matheus!!

  15. Soraia Alves - 09/07/2011

    Gente, que orgulho do meu bixo. 
    Um dos maiores problemas com a maioria das séries é a extensão. Algumas se dão bem, batem 10 temporadas e deixam saudade quando acabam. Outras, por mais que gostemos, não deveriam se estender, e eu acho que Glee está nessa categoria. Enfim, até agora tá tudo bem, ficamos mesmo no aguardo.

  16. Juliana Baptista - 09/07/2011

    Parabéns pelo texto bixo! 🙂

  17. Jeesol - 09/07/2011

    Texto excelente. Arthur nasceu para ser crítico! Poder define!

  18. Juninho - 09/07/2011

    Primeiro parabéns pelo texto muito bem escrito.
    Assim como Glee,The Glee Project me conquistou,o progama é ótimo e me surpreendeu,afinal não tinha espectativa até ver o clip Firework;E o melhor podemos matar saudades da série,afinal TGP tem muitos elementos de Glee e participantes parecidos com os personagens da série.

    O Unico problema é que os participantes são tão bons que eu gostaria de vêr todos menos o Bryce (esse era ruim que só) conquistando um papel na série,nem que seja na nova geração de Glee.

    Dos episodios exibidos meu preferido até agora foi o terceiro episodio que tratou da vunerabilidade dos participantes,foi incrivel e emocionante,podemos vêr a coragem dos participantes e confesso me peguei varias vezes com os olhos cheios de lagrimas.

    Dos participantes o melhor pra mim é o Cameron,ele é o loser mais descolado e estiloso que já vi,além de ser um cantor completo,também gosto do Damian e da Lindsay,apesar da garota ser extremamente arrogante,vejo nela muito talento.

    Minha maior decepção foi a eliminação da Ellis que era uma das minhas participantes favoritas,ela era extremamente talentosa e deu um show nas duas apresentações que fez para o Ryan Murphy.

    E o que falta em TGP é mostrar um pouco mais de atuação,afinal Glee não é apenas musica,e os participantes não estão concorrendo a gravação de um CD,mas sim um papel na série mais popular do EUA.

  19. Arthur Ferreira - 09/07/2011

    A galera do TGP já está conquistando o meu afeto e o de muitos fãs de Glee. Se é pra ser Glee sem o elenco que a gente tanto ama, que seja com esses 11 (não gosto do Bryce também). E algo que me diz que Ryan Murphy pode ter essa percepção também. O terceiro episódio também foi o melhor na minha opinião. A cena da Marissa revelando-se anoréxica foi tocante. Concordo com você também no quesito: estão dando muito destaque para “cantar” e estão esquecendo do “atuar”, afinal de contas, não estão no American Idol. Torço muito pelo Cameron e pela Lindsay também. O Cameron é o que falta no Glee, na minha opinião e a Lindsay é uma ótima cantora e atriz (pelo que parece). Não vejo nada de diferente no Damian, mas acho que ele é um dos favoritos do Ryan Murphy. Gosto também do Samuel, penso num personagem bem legal pra ele.

  20. Mirelle Assis - 10/07/2011

    Arthur, lindo o que você disse… sou meio piegas e torço para o Cameron e juro que acho ele um gato!!! sério mas o Matheus também me emociona quando canta. Espero mesmo ver um deles lá. 

  21. Paulo Serpa Antunes - 11/07/2011

    Viciei no Glee Project.

    É um programa muito bem produzido – crítica: até demais, dá pra ver que algumas coisas só podem ter sido gravadas mais de uma vez em razão dos múltiplos ângulos de câmara.

    Mas ele tem uma complexidade única para um reality show – esta coisa de abraçar o fato de que pra se entrar na indústruia do entretenimento você tem que ser um personagem e não você mesmo. Complicado, especialmente em se tratando de um grupo de jovens.

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