TeleSéries
Crise nos (seriados de) tribunais?
24/01/2011, 22:27. Lara Lima
Opinião, Preview
Boston Public, Harry's Law, Outlaw, The Whole Truth
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Que estamos vivendo um período de total falta de criatividade, sabemos. E que surgem todos os dias tentativas sem sucesso de novos ER e Lost, por exemplo, também é fato. Quando se trata de dramas jurídicos, porém, a escassez de séries que realmente provoquem o público com boas histórias, casos que deflagrem as grandes falhas da justiça e de sobra ainda apresente bons personagens a situação é ainda pior.
A última tentativa que deu certo, aliás, que deu mais que certo é o drama da CBS The Good Wife. Começando da premissa, a boa esposa que traída em rede nacional luta pelo casamento e pra recomeçar a vida como advogada, passando pelo elenco afinado e terminando com casos absurdamente inteligentes que não deixam de surpreender o telespectador, essa é uma série que faz muito mais que entreter.
Mas na contramão do sucesso de The Good Wife tivemos as terríveis estréias de The Whole Truth, Outlaw e. na segunda-feira passada (dia 17/1 nos EUA), de Harry’s Law, o novo drama jurídico assinado pelo premiado David E. Kelley (Ally McBeal, O Desafio e Boston Legal).
The Whole Truth tinha no elenco Maura Tierney (ela estaria em Parenthood, mas por motivos de saúde não pode e acabou estrelando este drama jurídico) e Rob Morrow (muito bem no papel do defensor público Jimmy) em lados opostos defendendo que não importa quem é inocente ou quem é culpado, tudo é uma questão de como são interpretados os fatos. A química dos dois era inegável, mas não o suficiente pra carregar um show com uma narrativa tão mecânica por muito tempo. O roteiro era esquemático, sem humor e por muitas vezes não mantinha o suspense até o final, tornando a “brincadeirinha” de descobrir quem é o culpado maçante.
Outlaw, por sua vez, não havia nada, nada que fizesse você se apegar aos personagens e a trama pra aguentar os quarenta minutos. Jimmy Smits tem lá seu carisma, mas o elenco não interagia, não criava empatia alguma e convenhamos, os casos que o ex juiz vencia eram fracos e forçados, muitas vezes (se não todas as vezes) eu me perguntei porque ele venceu o julgamento com provas e testemunhas tão superficiais.
E na esperança de que David E. Kelley apresentasse um drama tão bom quanto (ou melhor) que suas outras criações desse gênero fui assistir Harry’s Law. A última vez que julguei uma série pelo piloto foi por FlashForward e mordi a língua, e é por isso – só por isso – que acredito valer a pena assistir mais da série, afinal, não é possível que Kelley consiga fazer pior do que fez no piloto (eu só terminei de assisti-lo por adoração a Paul McCrane, o doutor Romano de ER, que participa do piloto).
Na série, Kathy Bates é uma advogada famosa, é demitida por algum motivo que não fica claro e, no caminho de casa, Malcolm Davies (Aml Ameen) cai em cima dela. É o primeiro caso de seu novo escritório. Ele é um estudante que aborda sem saber um policial para comprar cocaína e é preso. O júri o considera culpado (e isso era óbvio), mas por causa das considerações finais da advogada, com lágrimas nos olhos por sentir compaixão por um garoto que cometeu um erro, conquistando a simpatia do juiz, ele é sentenciado a dois anos de prisão sendo dispensado se cumprir um programa de reabilitação.
Trabalha junto a ela um advogado de sucesso depois que também acidentalmente os dois se esbarram na rua (ele a atropelou com uma Mercedes e ela não teve um arranhão, foi apenas o destino que queria uní-los!). E uma secretária que não entende nada mais do que de sapatos. A intenção de Kelley é mais uma vez misturar comédia e drama mas, ainda assim, os dois casos insultaram a nossa inteligência e, tirando Kathy Bates, o restante do elenco só consegue evidenciar a fragilidade do texto fazendo dessa estréia mais uma para a lista de decepções.
E pensar que Raising the Bar foi cancelada….vai se fazer o que né verdade?? Não foi dessa vez que conhecemos a nova Boston Legal.
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Acho que o David E. Kelley devia para de querer se engraçado e fazer um drama denso. A verdade é que ele não fará outra Ally McBeal. Justiça sem Limites nem era tão boa assim (eu sei que vão querer me matar, mas era um show irregular). Agora uma nova O Desafio, um drama de tribunal mais clássico, por que não?
Poxa, Paulo, Justiça sem Limites era sensacional. Nunca haverá uma dupla como Denny Crane – “o nome está na porta” – e Alan Shore!
Eu tenho uma certa implicância com Justiça sem Limites. Acho o Denny e o Alan ótimos, a crítica ao governo Bush precisa, mas todo o resto sempre achei meio esquizofrênico. É um grande show, faz falta, mas não é o melhor momento do David E. Kelley.
Na seção “sei que vão matar” : The Good Wife, para mim, também não é tudo isso, acho que se destaca no meio das porcarias que hoje existem.
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assisti ao episódio pilot de Harry’s Law e me diverti muito =)
a coisa toda é pra não se levar a sério (assim como é com Eureka que amo demais), os acidentes que a Harriet sofre mostra isso … em outro mundo ela no mínimo teria ficado com alguma fratura mas ai o DEK teve a sacada de usar “toda fofura” para amenizar o impacto e nos fazer rir
é tudo sem noção ….. pois como um processo criminal se resolve em um dia? o caso do vigilante que dá um tiro … O.O
toda aquela falação que viamos em Boston Legal se encontra tanto no personagem do Adam como em Harriet e isso me deixou muito satisfeita, eta bate-boca entre advogados ^^
e desde de quando alguem deixa uma loja repleta de sapatos de GRIFE naquela vizinhaça? gente isso é só diverção pura sem drama
relax =))
ps.: nem entro no merito que DEK está se metendo em fazer a série “Mulher Maravilha”
lalalalalalalalalalalalala
fui
Fato é que o ano passado foi ruim em todos os gêneros e nas séries jurídicas não teria porque ser diferente.
Quanto aos dramas juridicos, o ultimo que me fisgou foi Damages.Depois dessa série nenhuma outra produção no gênero me atraiu.
E a nova série de tribunal protagonizada por James Belushi e Jerry O’Connell, já estreiou?
Fernando,
Estreiou na fall season. Assisti os primeiros episódios. Não achei ruim. Mas também não é o tipo que empolga. Bem, se eu estivesse vendo Tv e começasse, assistiria por inércia.
Obrigado pela informação.
Harry’s Law estreou muito bem nos EUA e seu segundo episódio superou a casa dos 10 milhões de espectadores, fato difícil de acontecer em se tratando de drama da NBC. No demo 18-49 atingiu 2.1, ficando atrás de Castle que teve 2.4. Vamos aguardar para ver se a série realmente emplaca. E a exaltada The Good Wife ainda não teve confirmada sua renovação haja vista que no demo 18-49 a série tem um desempenho pífio. Ela e Blue Boods são as séries das vovós e vovôs.
Séries de Tribunal são legais mas se não estiverem com os casos muito bem amarrados, viram um negócio extremamente chato e sem pé-nem-cabeça. O que supre esta falta de qualidade nas séries exclusivamente de tribunal são as franquias de Law & Order. Mas mesmo estas nem sempre tem resultado bom no tribunal.
Saudades de Justiça sem Limites…
Pra mim Law & Order SVU é A série de tribunais , o Law & Order Loas Angeles, nem tanto, mas também é boa… The Good Wife ainda não vi justamente pela premissa, mas tão falando tanto dela que se o Universal passar a 1a temporada de novo, ate dou uma chance…
Série de tribunais não é um gênero que me encanta mas eu adoro Damages (já que o enfoque é mais as relações entre os personagem e os bastidores) e The Good Wife. Mas acho que este fracasso é tentar fazer mais do mesmo, requentar fórmulas que deram certo em séries anteriores… é aquela tentativa de reviver sucessos do passado, como estão querendo nas tentativas de criar a nova Lost.
Série jurídica bem-humorada?
O jeito é ir se mantendo com Drop Dead Diva…
Não sei se continuou a assistir Harry’s Law, mas estou gostando, me lembra de Boston Legal, com casos em que você fica na dúvida (diferente de Outlaw, que achei bem fraca nesse sentido) e engraçada. Recomendo dar uma chance aos episódios seguintes
Vou contra a maré que admira Boston Legal. E aqui inquiro algo. Uma série jurítica tem que ter o que? Ação? Suspense? De minha parte, após correr os olhos por vários seriados, o que mais achei autêntico, o mais próximo daquilo que chamam “Jurídico”, foi o:
SILK.
Só de ver a ótima protagonista pegando seus processos, desamarrando-os e nas altas madrugadas após um dia conturbado, ir estudar o caso. Sem contar na atuação dela, que é maravilhosa! Aí vem a insegurança dos estagiários em seus primeiros casos… eu consigo me ver tendo aqueles tiques. Realmente é a melhor! A mais realista até aqui! Fica a dica.
Gostaria de indicar também:
SUITS
Esta série é muito boa! Não tanto pelos realismos, mas pela trama.