TeleSéries
In Treatment – Week One
04/11/2010, 11:31. Vinícius Silva
Opinião, Spoilers
Em Terapia
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Durante dois anos, In Treatment caminhou com as pernas de um roteiro adaptado da produção original israelense Behttps://teleseries.com.br/wp-admin/media-upload.php?post_id=20325&type=image&TB_iframe=1 Tipul, criada por Hagai Levi. Nesta terceira temporada, além de trazer os novos produtores Anya Epstein (de Tell Me You Love Me), e seu marido Dan Futterman (que também é ator, e estrelou a série Judging Amy), In Treatment se encoraja para criar roteiros originais para personagens que, assim como nos anos anteriores, prometem deixar o espectador intrigado com as suas complexidades.
Se levarmos em conta apenas esta primeira semana, dá para dizer que In Treatment consegue isso. Personagens diferentes uns dos outros mas que representam um padrão para a série, irão contrastar com os problemas de Paul e as suas fragilidades que já são vistas logo no primeiro capítulo.
Ainda vale ressaltar o quanto Gabriel Bryne está ainda melhor nesta terceira temporada. É impossível, hoje, assistir televisão sem acompanhar as sessões de terapia do Dr. Paul Weston. Por um lado, eu sou uma pessoa que possui uma grande resistência e preconceito em relação à terapia. Não me conforta saber que o ser humano precisa se consultar com alguém para superar os seus traumas, as suas fraquezas. Eu sei que é burrice da minha parte pensar desta forma, mas um diálogo entre Paul e Adele me ajudaram a confrontar ainda mais este pensamento que tenho.
No entanto, acompanhar estas sessões é de um prazer indiscrítivel. A luta para enterrar o passado e não deixar com que ele interfira em suas questões, continua sendo uma presença marcante na vida de Paul. E os seus pacientes, desta vez, vão contribuir ainda mais com o momento frágil pelo qual ele passa. Até quando ele vai suportar estas dores? Por outro lado: será que ele vai conseguir ajudar os seus pacientes? Estes são apenas alguns dos motivos para acompanhar mais esta temporada de In Treatment. Confira abaixo como foi a primeira semana:
Episódio: Sunil – Week One
Número dos Episódio: 3×01
Data de Exibição nos EUA: 25/10/2010
Sunil é um personagem bastante interessante. Quando a esposa morreu, o seu filho o trouxe da Índia para morar nos Estados Unidos com o objetivo deles ficarem mais próximos. No entanto, Sunil não consegue se adaptar à cultura americana, principalmente em deixar de lado os costumes que ele tinha no seu antigo país. Professor de Matemática na Universidade em que lecionava, ele ainda não conseguiu superar a morte da esposa – falecida há seis meses. Mas não somente isso: ele enfrenta uma luta constante para conseguir lidar com a esposa do seu filho, Julia (Sonya Walger, das séries Lost e FlashForward). Nos primeiros minutos, apenas o casal fala enquanto que Sunil permanece calado. Paul começa a conversar com ele quando, gentilmente, pede para que o casal deixe a terapia. Sunil explica os seus problemas, mas é bem verdade que a personagem pode crescer conforme os conflitos que ele enfrenta dentro de casa, se mantendo solitário e longe da educação do seu neto e, além disso, tendo que conviver com as regressões do seu filho, que passou a cultuar cada vez mais a cultura americana a partir do momento em que se casou.
Episódio: Frances – Week One
Número dos Episódio: 3×02
Data de Exibição nos EUA: 25/10/2010
Sabe quando um episódio termina e você fica sem reação? Acho que é mais ou menos este o efeito que esta sessão de terapia acaba exercendo sobre quem assiste. Inicialmente, a relação entre Paul e Frances, irmã de uma antiga paciente de Paul, parece distante mas, ao mesmo tempo, próximos por conta da relação que ambos têm com Patricia. Os diálogos na primeira metade da sessão de terapia são até vagos, pois o roteiro acaba se prendendo a certas definições que acabam não exercendo efeito algum para a trama. Mas, na segunda metade, a direção de Paris Barclay passa a procurar mais a emoção das suas personagens. E isso faz com que Paul e Francis mantenham um diálogo mais intenso. Enquanto ela se preocupa com as falas que está esquecendo da sua personagem em uma peça que está prestes a estrear, ele tenta entender o outro lado da vida da sua paciente: por que ela sempre usa o trabalho como um escapismo para não assumir as realidades da sua vida? Francis reclama quando a sua filha joga isso em sua cara, mas ela própria deve saber que é verdade. O problema disso tudo é aceitar a verdade, não importando a dor que ela exerça. No entanto, por mais que a sessão entre Paul e Francis tenha sido bem construída e desenvolvida, é o final que mais deixa estampado o quanto esta temporada de In Treatment deverá ser interessante, principalmente na abordagem do Dr. Paul Weston.
Episódio: Jesse – Week One
Número dos Episódio: 3×03
Data de Exibição nos EUA: 26/10/2010
Jesse se encaixa dentro de um padrão que a série vem tratando desde a primeira temporada, quando lança personagens adolescentes que possuem algum tipo de perturbação. Na primeira temporada, a ginasta Sophie (relevando a atriz Mia Wasikowska para o cinema) tinha problemas em querer chamar a atenção das pessoas. A pressão que sofria também dentro da equipe olímpica americana contribuía para isso, mas os seus atos suicidas por conta dos conflitos com os pais, fizeram com que ela sabotasse a sua própria participação dentro do time. Na segunda temporada, Paul Weston ajudou April a tentar lutar contra um câncer, a suportar a pressão de ter que cuidar do seu irmão e também os seus desejos e ansiedades quanto à universidade de arquitetura. Dessa vez, o trabalho de Paul parece muito mais difícil com Jesse que, homossexual assumido e morando com os pais adotivos, guarda um rancor muito forte dos pais biológicos além, ainda, do seu envolvimento com drogas e pessoas que, para Paul, são péssimas companhias para ele. Jesse demonstra uma fragilidade até mesmo no jeito de olhar, na maneira como fala e no seu comportamento perante as perguntas de Paul que, assim como ele, também se sente incomodado com determinados comportamentos e tratamentos do garoto. Me parece que Jesse vai dar muito trabalho para o Dr. Paul, não?
Episódio: Adele – Week One
Número dos Episódio: 3×04
Data de Exibição nos EUA: 26/10/2010
Sinceramente? Foi um dos melhores episódios que eu já assisti de In Treatment durante estas três temporadas. A capacidade do roteiro deste episódio, alinhada à direção de Paris Barclay, foi simplesmente chocante como foi o capítulo. A sessão com Adele, que é uma terapeuta procurada por Paul para lhe prescrever um remédio para dormir, começou dele falando apenas que estava tendo problemas de insônia há alguns dias. A partir disso, a transição que o texto dá para o andamento do episódio é de um equilíbrio maravilhoso, como pouco se vê atualmente. De maneira cuidadosa, os diálogos foram caminhando cada vez mais para uma sessão intensa, cujos problemas de Paul começaram a aparecer. A sua fragilidade, vista no primeiro episódio desta terceira temporada, ganhou forma e ele precisa, sim, de ajuda, Mas, dessa vez, não é para compreender o que acontece consigo mesmo pois as sessões com Gina, ao que parece, foram suficientes. Agora, Paul está mais preocupado em como conseguir lidar com o fato de viver “amedrontado” por ter a mesma doença que matou o seu pai no ano passado: Parkinson.
A atuação de Gabriel Bryne é digna de um Emmy, diga-se de passagem. Ele está tão perfeito que, em um determinado quando ele conta sobre Sunil e a maneira como Paul enxerga em seus olhos o quanto o seu paciente se sente solidário, é capaz que qualquer pessoa que assista possa chorar com o relato de Paul. As suas expressões demonstram sinceridade, mas também fragilidade por não saber exatamente o que acontece com o seu corpo e a sua mecanicidade. Um episódio para entrar para a história – e olha que estamos apenas na primeira semana.
* * *
Texto gentilmente cedido pelo weblog Sob a Minha Lente.
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Eu não perco “In Treatment” por nada nesse mundo! A série está ótima, os personagens bem instigantes e o principal de tudo é o Paul que realmente só melhora com a atuação de Gabriel Brye. Que venha as próximas sessões!
Quando vi essa notícia, lutei para conseguir não ler, e consegui. Isso porque gosto de assistir filme/série sem saber absolutamente nada, porque acho que o processo de descobrir, de se surpreender, é fundamental (e individual). Então, baixei os 10 disponíveis e, juntando a perfeição da série com a do resenhista, fui para o paraíso dos apreciadores de boas séries.
De fato, o episódio de Paul e Adele é memorável: a hostilidade velada, competição, o esforço do profissional em controlar a irritação, a fragilidade de Paul vindo à superfície…
Nas outras temporadas, o que eu mais queria ver na série era o que Paul iria dizer sobre seus pacientes para Gina, mas ele nunca falou muita coisa. Neste epi com Adele, ao contrário, ele falou bastante. E sua referência a Sunil foi sublime mesmo, Vinícius.
Série In Treatment 3 Temporada na HBO Brasil
Segunda Feira dia 21 de Fevereiro as 20h25 estréia no canal HBO Brasil a 3 Temporada da série In Treatment
Com Informação do canal HBO Brasil