TeleSéries
Review: Stargate Atlantis – The Shrine
26/09/2009, 11:20. Regina Monteiro
Reviews
Stargate Atlantis
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Série: Stargate Atlantis
Episódio: The Shrine
Temporada: 5ª
Número do Episódio: 86 (5×06)
Data de Exibição nos EUA: 22/8/2008
Data de Exibição no Brasil: 24/9/2009
Emissora no Brasil: FX
Sem batalhas aeroespaciais, conflitos armados ou um inimigo prestes a destruir Atlantis e, principalmente, sem efeitos especiais para encher os olhos, exceção feita à cena do portal, The Shrine sublimou pela simplicidade da fórmula: roteiro e interpretação.
Primeiro episódio a ir ao ar após ser anunciado o cancelamento da série, provou ainda que se a equipe é ótima quando faz ficção científica, pode ser excelente também quando a ficção científica fica em segundo plano. Um presente de Brad Wright. Um presente de David Hewlett. E um momento na história de Atlantis onde o trabalho de todos os atores foi elogiável.
O episódio teve seu foco dramático centrado em Rodney Mckay. Fórmula já utilizada anteriormente, mostrou-se mais uma vez infalível além de provar ser inegável a empatia do público de Atlantis com o personagem de Hewlett. E como David Hewlett foi memorável e hipnótico neste episódio, peço licença para abrir um parêntesis, ser piegas, clichê, fazer uma declaração de amor ao personagem que mais me cativou em uma série de TV e reconhecer o mérito do ator que dá vida a ele.
Em um universo (TV e cinema) onde uma imagem diz mais que qualquer frase, David Hewlett fala com os olhos. Suas expressões dizem tudo: decepção, constrangimento, culpa, arrependimento, entusiasmo, felicidade, ansiedade, desespero, medo e uma certa coragem reticente … Rodney Mckay é cheio de nuances. E David Hewlett consegue que seu personagem trafegue do ridículo ao sublime em questão de segundos sem ser caricato. Hewlett roubou a cena e tornou Rodney Mckay simplesmente inesquecível.
Grace Under Pressure e Tao of Rodney já haviam colocado Mckay no centro do palco e diante da iminência da morte, mas em nenhum desses dois episódios Rodney passara pela experiência de dissociar-se de si mesmo e nunca deixara de ser um cientista genial e brilhante. Após o impacto de ver Mckay já a meio caminho da deterioração física e mental, os flashbacks e os segmentos de vídeo levaram o público a percorrer o mesmo caminho que o personagem havia trilhado para chegar até ali, e vivenciar, através das imagens, o desespero que dele se apodera à medida em que tem consciência de que gradualmente sua identidade vai se perdendo.
Por isso pouco importou a certeza de que ao fim tudo seria resolvido. Foi impossível segurar o nó na garganta quando, com o pouco que lhe resta de dignidade, ele insiste em ser apenas Rodney Mckay. Doutores são inteligentes. Doutor é o seu passado. E em um desesperado esforço para não se perder totalmente agarra-se a Sheppard como um fiapo de memória que o prende a esse passado.
E é com Joe Flannigan que David Hewlett irá protagonizar uma das cenas mais brilhantes da história de Atlantis. Sentados no píer, bebendo cerveja e conversando sobre o estado de Rodney, é quase palpável a profunda amizade que os une. Então Mckay diz que deseja despedir-se enquanto ainda pode lembrar-se e Sheppard se nega a fazê-lo. Rodney pensa, aguarda um momento e responde:
Certo… Você é um bom amigo Arthur.
Foi uma cena para rir, chorar e rememorar por um bom tempo.
Memorável também o encontro entre Jeannie e Rodney. O olhar vazio, Mckay, em meio à tentativa frustrada de articular palavras que lhe fugiam, tem um momento de vislumbre e percebe as lágrimas da irmã diante de sua condição física e mental. Em algum lugar eu li um comentário sobre o episódio onde a pessoa dizia que se fosse mulher teria chorado. Bom, eu sou mulher…
Em The Shrine até Jason Momoa conseguiu redimir-se. E na ausência de efeitos especiais, a produção foi mais que feliz com a locação externa da caverna onde se encontrava o Relicário de Talus. Para fechar o episódio, coube à equipe, pela primeira vez, o mérito de – sozinha – salvar a vida de Rodney Mckay.
Quanto à cena final?
É isso… apenas uma interrogação. E junte-se à toda emoção despertada por The Shrine a ansiedade pelo desfecho do que foi apenas sugerido pelo sorriso de Monalisa da Dra. Keller.
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como sempre seu review é sem preço
adorei 🙂
Mckay é um personagem unico, o ator consegue um trabalho memorável ao dar vida a ele
Mckay é o cara e bem …. já era hora de alguém, além dele, ser o salvador da situção, né !!!
na sexta-feira, ainda no FX, tive o prazer de rever “Grace Under Pressure”, assistir a esses dois episódios seguidos foi um presente e tanto
parabéns pelo seu review, não consigo dizer mais nada pois vc já disse tudo !!
Esse episódio foi absolutamente fantástico. Nossa, não tenho nem palavras. E de fato, McKay é o personagem que mais consegue nos irritar, nos fazer chorar, nos fazer rir, e nos fazer amar. O David é perfeito. Nunca imaginei que iria me apaixonar tanto pelo personagem quando o vi pela primeira vez.
E fiquei o episódio inteirinho com o coração na mão. Foi muito profundo e tocante.
Excelente review…que bonito. Assisti faz um tempo esse episódio e fiquei com vontade ver de novo.
Nem sempre coloco alguma nota às colunas sobre séries, mas sua coluna mostra perfeitamente o que senti ao ver o episódio desta série que vai deixar uma lacuna maior ainda.
Putz, vou ter que baixar mesmo a temporada inteira??? Tô atrasadão com Atlantis, pela falta de tempo e o horário que tá passando, e lendo os reviews aqui só vejo o quanto estou perdendo. Vi um pedaço outro dia, mas mudei de canal logo porque quero ver por completo. Mas vou ter que dar um jeito e fazer uma maratona num fim dem semana ai pra ficar em dia.