Spoiler: Daybreak, o canto do cisne de Battlestar Galactica


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Foto na ONE e Battlestar Galactica - Daybreak (2)

Battlestar Galactica: Daybreak – Parte 2 (4×20)
Exibição: 20/3/2009
Opinião 1: Thiago Sampaio
MVP: Edward James Olmos, James Callis e Tricia Helfer

Acabou Battlestar Galactica, uma das melhores séries de todos os tempos. Apesar de sua premissa (os sobreviventes de uma hecatombe nuclear, causado pelas máquinas que eles mesmos construíram, cruzam o espaço à procura do planeta Terra), BSG não ficava apenas no âmbito da guerra e batalhas entre naves espaciais. Tudo girava num estranho toque de realidade crível e palpável, apesar de ser uma ficção científica.

Galactica abordava questões políticas, de terrorismo, humanidade, fé e religião. Uma análise da sociedade reconstruída pelo ponto de vista dos poucos humanos restantes no universo, realizada de maneira tão bem feita, levada tão à sério, que os temas da série ganharam destaque por um dia na sede da Organização das Nações Unidas. E isso não é ficção.

No dia 17 de março, os protagonistas de BSG Edward James Olmos (Almirante Adama) e Mary McDonnell (Presidente Roslin), ao lado dos produtores Ron D. Moore e David Eick, participaram de um painel na ONU sobre temas da realidade que foram, com extrema riqueza, retratados na série: cenas eram exibidas no telão (como tortura de suspeitos, atentados terroristas e imposição de cultura/religião em outra sociedade).

Os quatro faziam o paralelo da ficção com nossa realidade, e sem surpresa, viam que as situações eram semelhantes. A se destacar, fica as intervenções de Olmos, empolgado com o momento, bradando o forte lema So Say We All. E respondido aos gritos por todos os presentes na sede da ONU, em Nova York. Isso não é impressionante?

É compreensível a existência de certo preconceito com a ficção científica. Eu mesmo só comecei a assistir ano passado. Pensava que não deveria perder meu tempo com uma série sobre um comboio espacial. Vi que estava errado. Hoje, quando penso em Battlestar Galactica, me lembro de Laura fazendo o juramento da presidência, a trajetória de Baltar, a força de Adama (responsável pelo momento mais foda da televisão, a “Manobra Adama”, quando coloca o encouraçado espacial em queda livre num planeta), a trilha sonora de Bear McCreary… Tanta coisa boa. Tanta coisa boa…

Infelizmente, não me sintonizei tanto com o final quanto queria. Mas BSG é especial. Divide opiniões. Opiniões provavelmente mais positivas que a minha. Siga agora com as análises do final Battlestar Galactica, o encerramento de uma saga perfeita.

Battlestar Galactica - Daybreak (2)

Opinião 2: Lucas Leal
MVP: Edward James Olmos, James Callis e Mary McDonnell

Primeiramente queria falar que foi um prazer escrever sobre essa série maravilhosa pro TeleSéries durante sua terceira temporada, foi um prazer inenarrável, até porque pra muitos foi a pior fase da série, mas pra mim foi a que mais me marcou e não sei se a melhor, porque todas as temporadas foram ótimas, mas com certeza a que julguei mais importante

Quanto ao final da série…Uau! Que final arrebatador, sem muitas surpresas, mas totalmente coerente com tudo que foi apresentado até então. Comovente, empolgante, angustiante, reflexivo, um final que com certeza, assim como a série, me deixará marcado. O episódio foi repleto de discussões políticas, ideológicas, dramas pessoais, mitologia, enfim, em todos os aspectos a série teve um final incrível.

O drama final de Roslin e Adama me comoveu de forma assombrosa, inevitável chorar no momento da despedida de Lee e seu pai e idem de Adama e Roslin. Assim como foi inevitável sentir o gosto amargo na boca ao ver o final da série, o quanto a humanidade tem um dom e o quanto o desperdiçamos a cada dia. Mas também não tem como não sentir esperança, ao ver pessoas (ou robôs) como Gaius e Boomer, que tiveram suas histórias marcadas por atos pouco honrosos, mas tiveram um final digno buscando se redimir pelo que fizeram. Claro isso não apaga seus erros anteriores, mas se tiramos alguma lição disso é que mesmo as piores pessoas são capazes de atos dignos e nada egoístas, até mesmo no caso do Baltar que nada havia feito em sua vida sem ser por interesse próprio.

Graças aos Deuses, a série chegou ao seu final na hora certa. Vou sentir falta de Adama, Roslin, Galen, Tigh, Kara, Lee, Cottle, Gaius, Anders, Ellen, Helo, Athena, Hera e demais personagens que me marcaram, adoraria ver mais eles, mas para o bem da história foi ótimo esse final agora na quarta temporada, e pra mim não resta dúvida que Battlestar Galactica foi uma das melhores séries de todos os tempos.

Battlestar Galactica - Daybreak (2)

Opinião 3: Tati Leite
MVP: Katee Sackhoff, James Callis e Aaron Douglas

Difícil dizer o que gostei mais no episódio. Tyrol descobrindo que Callie não se matou; Kara se despedindo de Sam; o final feliz para Helo e Athena; Gaius voltando a ser o Gaius. Tanta coisa. Até as cenas de batalhas, das quais não sou fã em nenhuma situação porque simplesmente me cansam; me agradaram.

Não tenho como saber exatamente o que Ronald D. Moore tinha em mente. No entanto, posso afirmar que gostei do resultado e acredito que até mesmo as perguntas sem respostas foram propositais. Ele tinha várias opções mais simples para agradar a muitos fãs mas continuou seguindo a lógica de contar a história da maneira que ele achava que deveria ser contada.

Um exemplo claro foi o final de Lee e Starbuck. Quando ela diz que sentia que sua missão tinha chegado ao fim e pergunta a Lee o que ele gostaria de fazer dali em diante eu confesso que já estava pronta para uma decepcionante cena clichê aonde ele diria que iria aonde ela fosse. E nada disso aconteceu: Kara se foi e Lee aceitou. E gostei de não tentarem dar uma resposta exata sobre quem era essa Kara na realidade. Afinal, a discussão toda se resume a fé de cada um. Não há certo ou errado. O mundo é feito de escolhas e muitas vezes a história se repete.

Esta talvez tenha sido a grande sacada de BSG. Fazer-nos pensar que nossas escolhas e até mesmo nossa fé (ou a falta dela) querendo ou não nos trará conseqüências boas ou más. E tudo dependendo de como iremos encará-las. O final com Head Baltar e Head Six serviu para mostrar que tudo que a história se repetiria mas não necessariamente – como o otimismo da Head Six nos leva a crer – o final seria o mesmo. So Say We All.

Battlestar Galactica - Daybreak (2)

Opinião 4: Paulo Fiaes
MVP: Edward James Olmos, Mary McDonnell e Grace Park

Quando o episódio Battlestar Galactica chegou ao fim senti um vazio e ao mesmo tempo um sentimento de tarefa cumprida. Acho que o mais importante deste drama sci fi foi que ele era sobre humanos, a humanidades e suas qualidades e defeitos.

Por isso, assim como Caprica, fiquei orgulhoso quando Baltar decide fazer algo que não seja apenas para si, apesar de que o destino iria colocá-lo ali de qualquer forma (sim, a série abordou praticamente todos os temas universais, incluindo destino). Assim como deu dor no coração e ao mesmo tempo orgulho de ver Helo se sacrificando mais uma vez pela sua familia, e ao final o vemos enfim sendo recompensado vivendo em paz com sua esposa e filha. Sei exatamente como Boomer e Chief se sentem, no final foram usados por todos. Boomer queria se encaixar, mas por desvios de personalidade, nunca foi confiável (e você vai me dizer que não conhece alguém assim?) e Chief? Tudo que ele queria era ter seu canto e sua familia, mas perdeu tudo e todos, um excelente retrato do que a guerra faz com o ser humano (e olhe que ele nem é humano).

Ainda tivemos Sam, Kara e Lee. Curioso notar a entrevista que Sam dava quando era apenas um atleta famoso e ele dizia que queria a perfeição, e morreu assim. Mais um retrato daquilo que sabemos, mas custamos a acreditar: A maioria daquilo que desejamos acontece. Apolo e Starbuck? Quando vi os dois fazendo planos diferentes, deu pra enfim perceber que eles sempre serão assim, gata e o rato, norte e sul. Eles simplesmente viverão o resto de suas vidas colocando tudo e todos na frente deles, e por mais que eu desejasse os dois juntos, foi o final mais apropriado. A sensação que tive ao ver Kara sumindo do nada, e morta em outro planeta, é que aquela foi apenas uma versão das milhares de Karas que estão espalhadas no universo, cada uma com uma missão a cumprir. Anjo? Não sei, acredito que alguns estejam criticando esta falta de resposta a respeito dela e sobre o que é Head Baltar e Head Six. Mas chega a ser irônico perceber que esta série sci fi, nas poucas vezes que foi criticada, foi por usar elementos de sci fi.

E Adamão? não tive como me conter, os olhos encheram de lágrimas. Realizando o sonho de Roslin antes da mesma morrer, e descansando (?) em seus últimos dias, um final mais do que justo para aquele que cumpriu o que prometeu: um novo lar chamado Terra.

Legenda:
MVP é a sigla Most Valuable Player, termo usado pela imprensa americana para indicar o melhor atleta em um evento esportivo. Foi adotada pelos fãs de seriados para indicar os atores que tiveram a melhor performance em um determinado episódio.

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  1. Davi Garcia - 23/03/2009

    Ótimos textos para uma série que sem dúvida vai deixar muitas saudades. Controvérsias (e falta de respostas) à parte, eu adorei a conclusão da história. A mistura de ação, emoção, choques e surpresas foi perfeita, e mesmo que equívocos tenham ocorrido, o que importa para mim e o que eu sempre irei lembrar, é que me diverti e me emocionei bastante ao longo desses 5 anos e 4 temporadas de BSG. Tomara que Caprica consiga ser tão boa quanto 🙂

  2. Cley - 23/03/2009

    Irretocável. É a palavra que melhor retrata o final de Battlestar Galactica. Sou fã de séries há muitos anos e digo com toda a sinceridade que este foi o melhor final de série que eu já vi. Para aqueles que acham que ficaram pontas soltas, recomendo assistir a série novamente. Mostrou, sem ser piegas, as virtudes e os defeitos do homem. Ressaltou que no Universo há diversas evidências de uma Inteligência Superior e que ele têm um propósito para nós. Mas, por outro lado, somos afetados e afetamos outros com o exercício do nosso livre-arbítrio. fiquei extremamente comovido com toda a saga e com o desfecho. Algo que parecia ser futurista, na realidade ocorreu, segundo a trama, no passado da humanidade. O final me trouxe a mente a famosa frase: “Aqueles que ignoram a História estão fadados a repeti-la”. E, infelizmente, a humanidade, conforme as palavras de Head Baltar nas últimas cenas, está valorizando o materialismo e o avanço tecnológico, mergulhando em decadência de valores, lembrando os motivos que levaram à queda de Kobol e a antiga Terra. Mas, basta ver os motivos da queda de potências do passado que concluiremos que os motivos são comuns. Espero que a humanidade faça a escolha certa e busque orientação na Inteligência Superior ao invés de olhar sempre para o próprio umbigo. Afinal, em comparação com o Universo, o que somos?

  3. Thiago FLS - 23/03/2009

    Eu achei o final belíssimo, e bastante ousado por ter se recusado a dar explicações científicas para todos os fenômenos aparentemente sobrenaturais da trama. E não tem como não se emocionar com a última fala do Baltar verdadeiro.

  4. thiago machado - 23/03/2009

    Uma das melhores séries que já assisti. Estou baixando o finale, devo ver hoje. Ansiosíssimo!

  5. Cesar Adriano - 23/03/2009

    Maravilhoso, surpreendente e controverso! Fiquei perdido quando surgiu uma nova Terra no horizonte, mas a solução foi interessante e chocante na verdade, imagine nós voltarmos a viver em cabanas? Daria outra série agora, como eles se integraram ao povo da Terra, o Baltar foi o pai da agricultura?

    Nesse ponto discordo da postura pessimista em relação ao futuro da humanidade, mesmo acreditando que é algo difícil de fugir, pois baseado nas evidências que temos hoje, existe a possibilidade de nos destruímos, mas é apenas uma possibilidade, afinal, temos bombas suficientes pra destruir a Terra a 50 anos e uma guerra nuclear hoje é algo distante.

    Mas que outro caminho a humanidade deve tomar? Negar a tecnologia?! Vivermos como hippies em cabanas a cantar o amor?! Como disse a Caprica, se não me engano, as coisas podem ser diferentes, e é nisso que devemos apostar. Nem deveria ser questionado se o futuro tecnológico da nossa civilização é certo ou errado, pois nós vivemos a ficção cientifica dos nossos avôs, quem acha que está ruim, volte a morar em cabanas, como os coloniais.

    Gostei da atitude da série de deixar algumas coisas sem respostas, bem nos moldes de 2001, uma odisséia no espaço, isso vai gerar assunto pra muito tempo. Quem é Starbuck, algum ser do futuro? De uma outra civilização? Assim como o monólito de 2001? Mas querer numa série de ficção cientifica empurrar idéias espirituais???? Não gostei, Starbuck anjo??? Que tipo de anjo? E se é um ser sobrenatural e poderoso, por que ela não levou os coloniais até a Terra logo, em vez de toda essa novela de aulinhas de piano, sonhos e morte?

    Claro que a série sendo hiper realista, quis passar todas as opiniões vigentes na humanidade, mas a idéia de que um ser superior está manipulando tudo não contribui em nada pra valorização desse ser, afinal, porque ele deixou bilhões de pessoas morrerem lá nas colônias? Na Terra 1? Lição? Que lição?! E porque então está permitindo que tudo se repita na Terra 2? E como fica o fato dos cylons serem máquinas, eles não tem a suposta alma necessária para questões espirituais? e os centuriões?

    Tirando esse lado meio místico numa série Scifi, foram momentos inesquecíveis… a morte da Laura, a frota indo em direção ao Sol, ao som da trilha da série original, Adama deixando a Galactica e o Baltar tendo que ir capinar horta rssss….e o fim ao som de Jimmy Hendrix mostrando o quanto nossa realidade já é scifi, pena que tudo isso tive que ver numa tela de 15 polegadas…

  6. Lucas "Gandalf" Leal - 23/03/2009

    q final de texto Paulo, realmente Adamão sempre foi O cara, cumpriu o q prometeu, salvou as pessoas em New Caprica contra todas as expectativas, levou eles a Terra originária e mesmo sem esperanças, sem lugar pra ir…com a sorte (ou os deuses, anjos… se preferir) do lado conseguiu chegar num lar…e a busca se completou…uma pena ele ter chegado lá e ter perdido seus dois amores (Roslin e Galactica)
    mas mesmo só, fico certo de q ele encontrou a felicidade…e sim, não teve como não chorar ali (eu não chorei ali, como disse no texto, chorei na hora q ele se despede do Lee e depois quando a Roslin morre (aqui chorei igual criança)) então ali no fim só chorei um pouco, de leve…já tinha chorado demais!

    Tati “Ele tinha várias opções mais simples para agradar a muitos fãs mas continuou seguindo a lógica de contar a história da maneira que ele achava que deveria ser contada”

    concordo plenamente, foi o q falamos no msn!!!
    e melhor deixar aberto e cada um pensar o q quer…

    Cesar Adriano
    acho q a mensagem não é tão radical, de ‘vamos pras cabanas’
    mas sim de colocar a alma na frente do raciocinio, de colocar o amor na frente do material, de colocar a cidadania e o bem ao próximo a frente do bem proprio e prejuizo dos demais
    o desafio do homem moderno é conciliar o q ele quer com o q é bom pra todos…e acho q isso a série passou com um brilhantismo fantastico demonstrando q mesmo numa situação q todos podiam se tornar egoistas e pensar só no seu as pessoas se uniram e recomeçaram sonhando com um futuro melhor…
    sobre Deus acho q a série não quis passar q algo está controlando tudo, mas q existe uma força no acaso q tenta recuperar os erros q as pessoas cometem pelo seu livre arbitrio…e q mtas coisas q as pessoas fazem pelo seu livre arbitrio as vezes tem um proposito maior por trás q nem nos damos conta…
    igual a sacada de mostrar Roslin fumando e seu cancer no futuro, pode ter passado despercebida mas foi um tapa na cara…
    assim como falou o Juliano no texto dele (q infelizmente não entrou na coluna pela falta de tempo) mostrar q ela não ia trabalhar na campanha do Adar mas por livre arbitrio no fim decidiu isso, não joga tudo nas mãos de “Deus” isso vai da interpretação de cada um, o q só enriquece o brilhantismo da série
    acho q o sumiço da Kara é a mesma coisa…cada um interpreta de um jeito…não da pra saber se ela era um anjo, se ela viajou no tempo, se ela tinha alguma ligação com o cylon q foi desativado…enfim…é isso

  7. Lucas "Gandalf" Leal - 23/03/2009

    e ah pra quem criticou aquele finalzinho…achei totalmente coerente com o tom da série, de querer passar uma mensagem…a ideologia da série e eu acho q ficaria vazia e sem sentido sem um final que quisesse passar algo…achei o final interessante e impactante.. .mas achei q a força da série no final esteve na mão dos q sempre tiveram mesmo, Callis, McDonnell e Olmos…a trinca foi sensacional na atuação e a história dos respectivos (Baltar, Roslin e Adama) 3 personagens foi mto boa…acho um contrasenso querer um final diferente… não tive mta surpresa não, mas acho q isso foi uma coisa mais boa q ruim!enfim sou fã…dificil ser só ‘critico’… mas mesmo tentando ser critico não consigo achar nada pra reclamar…e respostas? alguém realmente se importou com isso???

  8. mateus - 23/03/2009

    Com certeza ,como já foi dito,irretocável é a melhor palavra para definir esse final da série.É triste saber que acabou,mas ao mesmo tempo é gratificante ter acompanhado toda saga da melhor série da história da tv.

  9. Celso - 23/03/2009

    Uma coisa que fiquei em dúvida era se só tinha um Cavil. Estariam todos os cylons naquela nave/base na borda do buraco negro?

    Tenho certeza que a Terra será destruida novamente, é só uma questão de tempo e nem Cylons serão necessários.

    Quando nos daremos conta que os humanos foram uma experiência da natureza que falhou!

  10. Aky - 23/03/2009

    Celso
    Conforme entrevista com o Ronald Moore o final que foi editado mostrava que todos os cylons “maus” morreriam com aquela bomba atômica.

    trecho:
    (On whether any of the Cavils, Simons or Dorals survived the attack on the Colony)

    Moore: The final (edit) came out a little less clear on that level than I sort of intended… The idea was that when Racetrack hits the nukes, they smack into the Colony and it takes it out of the stream swirling around the singularity, and it fell in (to the singularity) and was torn apart. But as we were cutting the show for time, and taking out frames, one of the things that became less apparent was that the Colony was doomed. The intention was that everyone aboard the Colony perished.

    (entrevista completa:http://sepinwall.blogspot.com/2009/03/battlestar-galactica-ronald-d-moore.html)

    Fico pensando no Tylol. O nome dele é Galen e quando ele fala que ele iria para uma ilha, fria e deserta ao norte, será que ele foi para Irlanda?

    Gostei da idéia de usarem a Eva mitocondrial. E foi difícil deixar de lado que o pai de Starbuck não era um cylon. (outra coisa que o Moore deixa claro na entrevista.)

    Mas ao final, o mais difícil é mesmo a saudade que os personagens vão deixar… Adamão me surpreendia toda semana 🙁

    Ótima história. Para rever e rever sempre.

  11. Cesar Adriano - 23/03/2009

    Pois é Lucas, esse equilibrio é a chave de tudo, mas acho que o proprio processo de evolução não deixa espaço pra igualdades…pelo menos é o que percebemos até aqui, nessa nossa jornada pelas estrelas.

    Aquela cena da Roslin fumando também me deixou encucado, assim como aquelas cenas do Tigh e a Ellen em felicidade extrema(!) numa boate. Não sei se estou viajando, mas ficou uma coisa meio que um paralelo com a nova vida deles, tipo a felicidade pode estar na simplicidade?! sei lá, só achei curioso aquilo.

    Aky, também fiquei pensando no lugar pra onde o chefe foi, não sei muito sobre a Irlanda, mas ele fala que pra onde ia, tinha altas montanhas, pensei na Escócia.

    Outra coisa que me deixou feliz, foi o Baltar e a Caprica ficarem juntos, os dois são icones da série e na estória funcionavam como um relógio juntos…nada a ver ela e o Tigh.

  12. Fernando dos Santos - 23/03/2009

    Eu considero a trajetória de BSG excelente do início ao fim e sem duvida foi fundamental para isto o fato dela durado apenas quatro temporadas.
    Claro que houveram alguns episódios fracos, mas no geral a série não chegou a ter uma fase ou temporada ruim que pudesse matá-la(ou quase) a exemplo do segundo ano de Heroes, o terceiro de Prison Break ou a temporada 3 de Lost.

    O final que não responde a todas as duvidas é um recurso que ajuda a manter a série na memória do espectador.Em Sopranos por exemplo, eu acho que ainda há quem se pergunte se o cara no restaurante iria ou não atirar no Tony.

  13. Mica - 24/03/2009

    Eu fiquei emocionada com o final. Não acredito ainda que não terei mais Battlestar Galactica para assistir.
    De todas as cenas belas e tocantes (inúmeras, por sinal) a única que me fez chorar de verdade foi a com os últimos momentos de Lee e Kara. Eu tinha certeza que a Starbuck iria desaparecer e eu chorei tanto. O Lee perdeu todo mundo que amava, mas justamente por isso ele será capaz de ser quem ele realmente é e não quem o pai ou a situação o obrigou a ser. Deus, só de lembrar me dá vontade de chorar de novo.
    O Baltar também foi absurdamente fantástico. Foi quase como rever o Baltar do início. Ele dizendo que tinha experiência com agricultura foi tudo de bom. Irônico que justamente o que ele menos prezava será justamente o que o salvará no dia a dia em detrimento de todo o seu estudo e intelecto.
    E a Head Six e o Head Baltar foram o toque final perfeito. Muito bom!
    Estava meio na cara que eles encontrariam a Terra (a nossa Terra, aquela que se chama assim graças aos coloniais) depois do salto da Starbuck, mas eu me emocionei mesmo assim. E foi lindo. Como nosso planeta é maravilhoso! E a idéia do Lee foi a melhor sem dúvida alguma.

    Só houve duas coisas que me incomodaram no final. Uma delas foi a cena na Opera House. Sei lá, não consegui ver sentido naquilo tudo. A sensação que eu tive é que eles não sabiam o que fazer com todas as visões que tinham colocado no decorrer da série e fecharam de qualquer jeito só para conseguirem concluir. As cenas em si não ficaram ruim, mas foi o único momento que me senti desconectada. Mas irônico que tenha sido o Baltar realmente quem salvou o dia ^_^.
    Outra coisa é que eu não entendo o real valor da Hera. Para mim ela é apenas mais uma criança. Meio cylon, meio humana, tudo bem, mas ainda assim não vi motivos para todo o fuzuê criado em torno dela.
    A segunda coisa que eu não gostei eu não consigo lembrar agora. Assim que lembrar eu coloco aqui.

  14. Mica - 24/03/2009

    Li o comentário do Juliano e lembrei da segunda coisa que eu não gostei: as bombas da Racetrack explodindo a nave cylon. Primeiro pq eu não queria que todos os outros modelos de cylon morressem e depois porque foi casuístico demais.
    Fora isso, sem reclamações do episódio final, mutio pelo contrário. Amor total ^_^.

  15. Patricia E. - 24/03/2009

    Ainda estou sem palavras pra descrever o final…

    Só sei que dividiu radicalmente as opiniões — alguns detestaram, outros amaram… pra alguns foi perfeito, pra outros, uma embromação pra encobrir furos na trama. Ainda não sei se dou um abraço no RDM ou um soco, mas a verdade é que se o final não foi perfeito (nada é), ao menos foi (em parte) satisfatório. Não respondeu todas as perguntas, o que enfureceu alguns fãs, mas conseguiu dar um desfecho, embora muitos discordem da forma como foi colocado.

    Lembro de ter lido uma entrada do Moore em seu blog no qual ele descreve sua reação ao final de The Sopranos (outro final de série que é detestado e amado na mesma proporção — alguns o consideram uma jogada de gênio, outros uma puxada de tapete e um tapa na cara de quem acompanhou a série). Pra ele David Chase fez o que ele gostaria de ter feito com BSG (ele até lamenta não ter pensado em algo assim antes). Aquilo me deixou um tanto com medo do que ele aprontaria no final. Se por um lado ele não terminou a série de forma abrupta deixando os fãs apenas imaginando o destino dos personagens, por outro ele conseguiu criar um final controverso, que certamente gerará discussões por um bom tempo.

    Outro ponto que dividiu os fãs foi o enfoque religioso — uma parte achou aquilo forçado, um tipo de “deus ex machina”, uma solução de última hora tirada da manga pra explicar tudo. Discordo que a intervenção divina tenha sido algo jogado pra tentar explicar o que nem os escritores pareciam saber — BSG sempre falou de religião nas entrelinhas… Deus sempre foi citado como uma força superior, que em tese estaria no comando de tudo (vide a crença dos cylons no deus único frente ao politeísmo dos coloniais). Claro que discordo de alguns pontos mostrados e a forma como foram colocados no final, mas acusar Moore e apelar pro “misticismo” pra explicar o inexplicável é um tanto injusto. Gostando ou não, foi tudo culpa Dele. 😀

    Claro que algumas questões ficaram no ar e também gostaria de ter tido uma explicação sobre quem de fato era Starbuck, por mais que a teoria de que ela seria de fato um anjo (esta bola foi cantada pelo Baltar bem antes) até lembre um pouco o lance dos “seres de luz” da série original… Talvez os tais “seres de luz” sejam na verdade a tal “força superior” (pra quem prefere não falar de Deus), que estaria manipulando tudo.

    Só não gostei mesmo da decisão de os coloniais abdicarem de sua tecnologia e se espalharem pelo planeta — e o mais trágico de tudo foi que, como isso, toda a história dos humanos até então, seus erros, tudo seria esquecido e o tal ciclo de destruição acabaria se repetindo mais tarde (ou não, segundo o “anjo” Caprica), mas o final da série, milênios mais tarde, dá a entender que estamos dando os primeiros passos para cumprir este trágico destino…

    No meio desta zona toda Hera acabou se tornando um mero artifício de roteiro, algo pra justificar um ataque suicida e decisivo contra as forças de Cavil.

    Enfim, o episódio teve cenas pra agradar os fãs hardcore de sci-fi (batalhas e explosões) e cenas dramáticas pra quem curte essa parte (confesso que, embora previsível, a morte de Roslin no final me deixou triste, assim como a despedida de Adama, Apollo e Starbuck).

    Baltar e Boomer tiveram sua chance de redenção. E Gaius acabou voltando às origens (há quem diga que o choro não foi de emoção por lembrar-se de seu pai, mas sim de desespero por se ver preso à vida de que sempre tentara fugir). Boomer não teria como acabar de outra maneira — gostei do flashback, me deu vontade de rever a minissérie.

    E Tyrol, pobre Tyrol, foi afogar suas mágoas na futura terra do uísque… Seria ele um antepassado do querido Scotty de Jornada? Meu lado nerd adoraria acreditar que sim. 😉

    Helo e Athena, que já dava como mortes certas no final, sobreviveram (uma agradável surpresa).

    Não gostava do Anders, mas ver a Galactica e as naves rumando ao sol ao som do tema da série original me deixou com um nó na garganta — uma cena linda, apesar de discordar da decisão de eles destruírem tudo, por mais que exista uma certa “lógica” nesta decisão…

    Só fico com uma dúvida: eles deixaram os centuriões “do bem” pra trás na colônia que foi (literalmente) pro buraco ou deram uma nave pra eles irem embora?

    Sei que ficaria trash, mas queria mesmo é que eles tivessem chegado à terra na época dos egípcios, gregos, maias, aztecas e incas e que, de certa forma contribuíssem pra civilização que temos hoje.

    Enfim, ainda estou digerindo este final…

  16. Chris - 24/03/2009

    Eu resumiria o final da seguinte forma: Foi bonito!
    Não explicou nada…cheio de furos… e resoluções faceis pra fechar pontas…mas apesar de tudo foi bonito…

  17. Mica - 25/03/2009

    Ontem estava assistindo o The Last Frakking Special e achei interessante que o Michael Hogan disse que inicialmente odiou que o Tigh fosse um cylon. Imagino a reação do ator 😀
    E a Katee falando que estava totalmente frustrada com a Starbuck na última temporada, que não sabia quem era a personagem ou o que a motivava e que era dificílimo interpretá-la e que justamente por isso ficou legal, pois podíamos enxergar a mesmíssima frustração na personagem.
    Ou ainda o Michael Trucco que pensava que o personagem só apareceria em uma meia dúzia de episódios e acabou ficando até o final e sendo um cylon e depois um híbrido.
    Aliás, falando em híbridos, eis uma coisa que eu nunca entendi. Não entra na minha cabeça pq os híbridos eram tão importantes para o controle das naves e por que eles tinham vislumbres do futuro e falavam em charadas.

    Engraçado que quando mais passa o tempo, mais eu descubro que amei o final de BSG. E ao mesmo tempo, mais fico frustrada pq eu queria uma coisa mais magnânima em relação aos visões da Opera House e ao destino da própria Starbuck.
    E já que mencionei a Starbuck, vendo o tal especial me dei conta (caiu a ficha) que a Starbuck realmente morreu. Ela de fato morreu quando o viper explodiu. Oh meu Deus, subitamente eu senti uma dor tão grande no meu peito. Quero dizer, acho que ela foi trazida de volta por um curto período de tempo, o suficiente para liderar a frota para seu verdadeiro destino, mas isso só me fez sofrer ainda mais.
    E gostei tanto da felicidade que vi no rosto do Lee dizendo que iria explorar tudo, as montanhas, os mares, tudo. Acho que nunca o vi tão feliz durante a série inteira.

    Quando que The Plan vai ao ar?

  18. Thiago Sampaio - 25/03/2009

    Meu problema com o final não foram as faltas de respostas. Foram os furos, a falta de lógica e excesso de utopia… criado por ele mesmo, o finale.

    Tudo bem os colonos chegarem em nosso planeta 150mil anos atrás. Mas Hera é a Eva Mitocondrial? E os outros 38 mil seres colonos espalhados por todo o planeta? Assim como em Lost, apenas cylons e híbridos conseguiam chegar ao fim da gestação? E quantos filhos Hera teve, aliás? E se ela era tão importante, pra que dissecá-la? Os Cylons naõ teriam computadores quanticos que entenderia seu DNA com apenas uma amostra de sangue? No “presente”, apenas com suas ossadas, cientistas a identificaram como Eva Mitocondrial. Com provas antigas e menos tecnologia.

    Sobre morar na Terra, do zero, sem cidade… Poucos dias atrás, a Galactica sofrera um motim. Até pouco tempo, a humanidade brigava por uma voz, questões trabalhistas, a mídia fuçava cada decisão dos militares que, a propósito, são completamente contras às idéias pré-maxistas de Baltar. E ao chegar no planeta, as naves são jogadas no sol? Adeus tecnologia? Todo mundo nu? Separado em cantos diferentes do planeta pra, à própria sorte, lidar com os nativos selvagens? Sem medicamentos? E sem cigarro? Só o Dr. Cottle morreria em 3 dias de abstinência depois de sua última tragada…

    Eu fiquei questionando tanto a falta de lógica e excesso de utopia dessa solução de Lee (sem cidades) que acabei não aproveitando o resto.

    Quanto à Kara, o arauto da morte. Tudo bem. Ela era um anjo, uma “visão encarnada” assim como aquela Six da primeira temporada, que tinha uma prova de Baltar gravada em vídeo. Mas o “isso tudo aconteceu e vai acontecer de novo” me empolgou quando vimos que Cavil estava orbitando um buraco negro.

    Cheguei a pensar que os Cylons de alguma maneira disparariam várias bombas atômicas na Galactica. E que Starbuck, heroicamente, atrairia pra si a mira dos mísseis. E que por girar ao redor do buraco negro em alta velocidade, a singularidade (ficção cientificamente pura!, mas…) a jogaria 2mil anos atrás, próxima da atmosfera da Terra cylon. Com problemas no seu viper, ela acabaria caindo no planeta, à medida que as bombas de Cavil destruiriam a civilização Cylon (deixando vivos, entre outros, os Final Five) o corpo de Kara dentro da carcaça de seu caça seria encontrado por ela (ou seu anjo reencarnado) dois milênios depois.

    De alguma maneira, “tudo isso iria acontecer de novo”. O resto tentaria ser explicado. Talvez eu acrecentasse isso, mas… Vá lá. Sou só eu pensando. O final só foi um pouco diferente do que eu imaginava.

  19. Mica - 25/03/2009

    A utopia do Lee eu gostei. Na verdade lembra muito outras histórias de ficção científica. Ano passado mesmo eu li A Chegada em Darkover onde os humanos decidem abandonar a vida tecnologica e viver de acordo com o novo planeta, desenvolvendo-se conforme as necessidades exigissem. Para mim faz sentido. Muito mais sentido do que a tentativa de viver como uma sociedade tecnológica como foi em New Caprica, porque obviamente não dá certo. Os caras estão no limite. A única tecnologia real que eles ainda tem são as naves e o FTL, fora isso os caras tem vivido bem primitivamente. Acho que a solução do Lee é a melhor e a mais plausível. Na verdade, é a solução que eu gostaria mesmo. E eles se espalharem e começarem do zero é a melhor forma de não criarem caso uns com os outros nesse início. Deixem as brigas para os decendentes.

    Quanto à Hera/Eva Mitocondrial, eu já disse no grupo de discussão, isso para mim é balela. Não vejo como uma única híbrida pode ser a ancestral de todos quando há mais de 30.000 outros humanos (e mais um monte de cylons) espalhados por aí (e muitos sem contato uns com os outros, já que se espalharam pela Terra).

    Como eu já disse, eu não gostei da destruição dos Cylons. Mesmo porque ficaram cylons para trás nas 13 colônias, não? E a D’Anna na Terra.
    Também acho que os outros cylons deveriam ter aparecido mais. Eu gosto do Cavil, da Oito e da Six, mas eu adoro os restantes também.
    E não me conformo com o Ronald D. Moore dizer que o Daniel-cylon não tem nada a ver com a Starbuck. Aff!

  20. Patricia E. - 25/03/2009

    @Thiago

    Concordo contigo. Esse lance do abandono da tecnologia não colou (os humanos mal conseguiam entrar num consenso — vide Quorum e mais tarde os capitães das naves e de repente o Lee fala uma meia dúzia de palavras e todo mundo resolve dar as mãos e dar adeus à civilização? HA!) e a Eva mitocondrial… meh, não gostei não, tem que forçar muito a barra…

    @Mica

    De certa forma até gostei do fato de a Starbuck ter morrido mesmo — o episódio da morte dela é um dos meus preferidos até hoje e, de certa maneira, ela acabou se tornando Aurora, guiando todos ao seu destino. Os flashbacks dela com o Lee e o Zak só provaram que ela e Lee jamais ficariam juntos e não fiquei surpresa quando ela sumiu. Há quem prefira acreditar que ela esteja “lá do outro lado” com o Anders… 😛

    E ainda fica a pergunta… os híbridos foram gerados apenas por Hera?

    @Fernando

    “O final que não responde a todas as duvidas é um recurso que ajuda a manter a série na memória do espectador.”

    Concordo em parte, Fernando. Minhas expectativas foram lá pra baixo quando assisti ao especial com o resumão da trama e as entrevistas — naquela hora em que o Moore veio com aquele papo de “it’s the characters, stupid” é que eu vi que a trama não seria amarrada e que o final seria algo “em aberto” (bem ao estilo dos mangás/animês, em que fica a cargo do fã tirar conclusões — o que pra mim, na boa, nada mais é que preguiça ou incapacidade deles de terminarem o que começaram de forma decente). Nada contra um final que não dá respostas fáceis, mas este aí vai dar o que falar mais pela controvérsia e pelos temas que abordou.

    Por essas e outras é que não fiquei tão revoltada (o final foi satisfatório no sentido de que não terminou com uma tela preta ao estilo “Angel” ou “The Sopranos”, mas ao mesmo tempo foi frustrante ver tantas perguntas ficarem sem resposta e tanta inconsistência ficar por isso mesmo). Ou, pior, poderia ter acabado que nem Arquivo X, que não respondeu praticamente nada, colocou uma data pra tal invasão e esta nem foi mencionada no 2º filme… :S

    Alguns falaram que o final não foi trágico porque o elenco principal não foi dizimado e os humanos “sobreviveram”, mas a civilização colonial, não. Como já tinha dito no post anterior, os feitos de Adama & Cia acabariam esquecidos, as lições tiradas do quase extermínio da raça humana esquecidas. Tudo se perdeu no tempo — outra coisa que achei improvável, pois qualquer civilização deixa rastros. Seriam os coloniais os atlantes? 😛 Moore deu um desfecho pros personagens, mas deixou quem acompanhou a trama até então com cara de WTF. Não foi um final feliz não… nessas horas até o final da primeira metade da temporada me pareceu mais “feliz”… se a série tivesse terminado ali seria “o” final. 😀 Tudo bem que estaria xingando o Moore até hoje, mas, enfim…

  21. Lucas "Gandalf" Leal - 25/03/2009

    Thiago
    “Tudo bem os colonos chegarem em nosso planeta 150mil anos atrás. Mas Hera é a Eva Mitocondrial? E os outros 38 mil seres colonos espalhados por todo o planeta?”

    bom acho q isso já tinha sido explicado na propria série, Hera (ou “Eva”) era o futuro da humanidade…isso só se comprovou na finale, todos hj teriamos descendido dela…então não sei qual o choque, do mesmo jeito q na vida real havia milhares de mulheres naquela época q não conseguiram gerar um descendente q sobrevivesse até hj, os colonos tb não tiveram…e a série se aproveitou mto bem disso pra inserir a importância da Hera…
    mas realmente quanto a tecnologia do Cavil e afins, talvez tenha sido um pouco forçado demais…
    mas nos mesmos hj temos tecnologia pra não fazer diversas coisas e fazemos (exemplo a nossa forma de testar coisas em animais) pq simplesmente não achamos eles merecedores do nosso respeito…
    acho q a decisão do Cavil, Simon e afins pode se encaixar mto bem aqui sem necessariamente ser um ‘furo’ mas realmente foi forçado…

    agora quanto ao final ‘utopico’ não sei qual o tipo de utopia…ou seria realista manter a tecnologia, subjulgar os povos nativos e repetir os mesmos erros cometidos? eles chegaram num momento q aprenderam com os seus erros…e cansaram de repeti-los, com ctz alguns reclamaram, mas acho q a maioria adotou esse caminho sem desgosto..
    até pq afinal eles podiam permanecer nas naves, utilizar a tecnologia, provavelmente acabariam sendo forçados a subjulgar os povos nativos e NADA do q eles teriam feito até ali valeria a pena…
    uma coisa é brigar por seus direitos dentro da nave visado a busca por uma vida melhor, outra coisa é conseguir essa vida melhor e continuar usando muletas pra não ter seus direitos atingidos…ali cada um poderia ter sua vida, seus direitos, o direito natural do ser humano de ser livre…claro o ser humano pode viver assim em sociedade e atingir seus direitos, mas ali não era o caso, diante da presença dos nativos…
    ou seja pra q reivindicar algo mais e subjulgar um povo as custas disso?
    eu honestamente acho q seria inviavel eles construirem cidades e afins sem causar conflitos com os ‘terraqueos’ originais…logo a decisão foi agradabilissima e coerente com o tom da série
    acho q nós, humanosm brigamos pelos nosso direitos quando não os atingimos plenamente, quando eles são transgredidos pelo próximo…ali eles estavam plenamente atingidos, cada um podia ser o q era de verdade e existir sem se importar com o resto…
    exemplo, vc cita um vicio, q é o cigarro…então pergunto o q impede do Cottle plantar fumo e continuar fumando???
    ou o estoque dele de cigarro dentro das naves era eterno?
    a susposta ‘falta de lógica’ está nos olhos de quem ve…não vejo falta de lógica alguma, vejo uma decisão idealista, um rumo…(forçada ou não, ai vai de cada um…)
    pra mim seria forçado se eles decidissem o contrário e subjulgar os povos nativos…
    até pq isso já não deu certo em New Caprica como bem lembrou a Mica
    pra mim a decisão (sem etcnologia/cidades) foi correta e me agradou profundamente…

    Mica, quanto a Eva Mitocondrial, bom isso é uma teoria (até onde sei realmente comprovada) pela ciencia…a série só se usou disso, ai se vc acha oportunista a decisão de usar isso na série blz (não deixou de ser mesmo)…
    agora tem cientistas q podem achar o contrário, mas não li nada a respeito, só sei q discortar apenas no ‘achismo’ é complicado não?
    eu gostei da decisão e achei coerente…fora q corrobora o q sempre achei, q ‘nós’ (os humanos de hj) iamos ser cylon-humanos, hibridos…
    e de fato é o q acontece…aja vista q todos seriamos descendentes de uma cylon-humana

    agora concordo com vc, não gostei tanto do final dos cylons maus…queria q tivesse rolado o acordo, ia ser mto mais agradavel, foi triste ver q eles morreram, mesmo eles sendo malditos, eles só lutavam pela propria existencia livre e sem barreiras…

    e tb não gostei do Ronald falar q Starbuck não tem relação com o cylon Daniel, podou uma via de intepretação dos fãs…
    devia manter o mistério e.

    Patricia
    como já havia comentado, um final aberto, sem nenhuma resolução, teorias, indicios é chato mesmo, aqui não é o caso, ele deu várias teorias possiveis, só não determinou exatamente uma, qual a ‘preguiça’ disso?
    acho q é mais fácil do q dar uma resposta fáceis, qualquer coisa só pra agradar os fãs…e como falei algumas vezes, pra mim a graça da série nunca foi a trama ‘sci-fi’, q pra mim sempre foi boa mas nada de OH, a graça sempre foi a trama politica e os dramas pessoais, e esses todos tiveram ótima resolução, no meu ponto de vista, então pergunto novamente, diante disso quem se interessa com ‘respostas’?
    acho q o ser humano não lida bem com a falta de informação, quer tudo saber e não exercita a capacidade de imaginação…a série terminou deixando ai pra quem quiser imaginar o q quiser, N teorias encaixam, umas mais, outras menos…mto melhor do q falar ‘é isso e.’ isso sim, é tratar o telespectador com desrespeito e isso sim é ser preguiçoso, imaginar uma teoria, falar q é aquela e dane-se, dificil é criar várias e deixar os outros imaginarem…falar q é uma só é tb tratar o telespectador de forma preguiçosa, como se o mesmo não pudesse imaginar o q pode ter acontecido…
    por isso me agrada esse final sem resolução pra Starbuck…só não gostei do Ronald já ir desmentir algumas teorias, pq ai pra mim perde o sentido de não ter dado um final a história…

  22. Mica - 25/03/2009

    Sem tempo para maiores comentários, mas…
    Lucas, eu sou cristã criacionista, então para mim todos descendemos de um homem e uma mulher. Acho que não foi com o caso da Eva Mitocondrial que eu me incomodei. Na verdade até gostei disso. O que eu achei estranho é que ela tenha sido a tal Eva Mitocondrial quando havia inúmeros outros seres humanos que sobreviveram. Eu sei que os cylons não conseguiam procriar, mas nós conseguimos, certo?
    Sei lá, acho que deveria ter sido mais explícita a importância da Hera além da mãe de todos nós. Mas talvez minha relutância em aceitar essa participação pífia dela, é que eu queria algo mais sobrenatural na resolução do caso Opera House. Foi tudo simples demais para o que eu estava esperando.

  23. Thiago - 25/03/2009

    Lucas…
    Defendo a teoria de Darwin a qualquer custo, mas Hera ser uma Eva Mitocondrial fica difícil de engolir. Ainda mais tendo quase 40mil seres da mesma espécie vivendo no planeta.

    Desculpe a escatologia, mas só Hera morrendo de stress vaginal pra ser considerada a mãe da humanidade. Há outros humanos. Há outros cylons. Há muitos furos.

    Quanto à falta de tecnologia: é a decisão certa, não há dúvidas disso. Mas como diabos 40mil pessoas entrarão de acordo assim? Fácil. Do nada e sem um debate, uma resistência. Quando falamos das pessoas que enfrentaram de frente os cylons, e viram que a tecnologia pode ser uma faca de dois gumes, estamos falando dos ocupantes da Galactica. O povo fica a ver navios nesse conflito tudo. 40 mil pessoas não pensam igual.

    Uma pessoa é inteligente. O povo é burro. Entra em conflito. Cria caos e desordem quando uma pequena parte toma uma decisão que afetará à todos. Daí a utopia. Difícil acreditar que todos concordaram em abandonar as naves pra recomeçar do zero.

    Quanto ao final em aberto: não me incomodo! Mas David Chase não narra nem explica mais nada desde o final controverso de Sopranos. Moore não está seguindo esse exemplo e explicando demais. Como vc mesmo disse… há algo de errado nisso.

  24. Patricia E. - 25/03/2009

    @Lucas

    “como já havia comentado, um final aberto, sem nenhuma resolução, teorias, indicios é chato mesmo, aqui não é o caso, ele deu várias teorias possiveis, só não determinou exatamente uma, qual a ‘preguiça’ disso?”

    Reconheço que me expressei mal ao utilizar a palavra “preguiça”, não sou do tipo que quer tudo mastigado no final à moda novela das oito e não tenho nada contra o final em aberto — acompanhei várias séries que terminaram assim e não achei ruim — o problema é o que você e o Thiago apontaram: agora o Moore fica dando entrevistas tentando se justificar ou desmentir as teorias que estão pipocando pela rede. Se é pra deixar a nosso cargo, que seja, mas que não me venha com “não foi bem isso que eu quis dizer”. 😐

    Que venham “The Plan” (será que vão falar mesmo qual é o tal plano? 😀 ) e “Caprica”.

  25. Cesar Adriano - 25/03/2009

    Lucas,
    Mesmo não concordando, achei interessante a idéia de que eles abandonaram a tecnologia pra não subjugar os nativos, mas afinal, de que valeu isso? A história continuou e eles simplesmente viraram as costas pra ela.

    A renuncia da tecnologia, foi o que mais me incomodou no final da série, e sempre vai me incomodar, por mais que ela tenha seu lado negro, a tecnologia, seus benefícios são inegáveis, os caras abandonaram a razão e literalmente foram viver como índios no mato, isso é muito utópico. Fiquei olhando o Baltar e a Caprica indo pra uma colina e me deu pânico, me lembrei do programa A prova de tudo do Discovery, em que o cara é largado no meio da savana africana e tem que sobreviver e torcer pra não dar de cara com um Leão…ta loco meu, isso é muito sério!!! É bem provável que boa parte dos coloniais não sobreviveram nem há 2 anos naquele ambiente, pois depois que as reservas acabaram, que a munição acabou, adeus tia chica, deu gripe…peneumonia, quebrou uma perna pulando corda….bye bye! Nada como uma dorzinha de dente, como no filme o Naufrago, pra colocar o cara de volta a realidade.

    E aí entra uma coisa que não entendi do Lee, dizer que eles, os coloniais, iriam contribuir com o que tinham de melhor, que melhor seria isso? Papo filosófico? Místico, se dar as mãos…só pode né, é bem possível, pois a humanidade, na série, e na nossa é claro, levou milhares de anos pra sair da penumbra da ignorância…coitado do Galileu, se soubesse o que os coloniais fizeram?!
    Se eu fosse um nativo, eu preferia que os coloniais me ajudassem a evitar que minha mulher morresse no parto, e outros conhecimentos que eles tinham e simplesmente jogaram no lixo.

    Desde que a Caprica falou em erro e acerto, Matrix não saiu da minha cabeça, claro, BSG sofre influencia de outros produtos Scifi, Matrix também, é normal, mas achei algumas coisas muito semelhantes, e depois que a Mica mencionou que a Starbuck/Anjo tinha somente a missão de levar os coloniais a Terra, me ocorreu que ela é uma espécie de Neo, a Head six parece a oráculo (onde tem uma função e não pode interferir) e a humanidade uma espécie de Zion, onde tudo se repete, mas pode acontecer algo diferente, em algum momento a humanidade pode ultrapassar algumas etapas, sem necessariamente ter que se destruir durante o processo de evolução.

  26. Cesar Adriano - 25/03/2009

    Vocês mencionaram Nova Caprica, pois bem, lá tinha seus problemas, mas eles estavam vivendo, o que estava pegando, era que o planeta não tinha as condições ideias para a vida.

    Naqueles flash backs, temos a Laura e o Adama quase começando a viverem juntos, o chefe casou, a Laura era professora…enfim a vida estava indo, bem ou mal, o que ferrou mesmo, foi a chegada dos cylons…mesmo a administração problemática do Baltar, não era algo assim tão dificil de conviver, maus politicos já tinha em Caprica.

    Tudo bem, o planeta não era habitado, mas quantos humanos existiam na Terra por volta de 150.000 anos atras, não devia ser muita gente.

  27. Lucas "Gandalf" Leal - 25/03/2009

    Mica compreendo…é eu já esperava algo assim no caso da Hera, mas confesso q tb esperava mais do Opera House…

    Thiago…não é essa a questão, se vc leu o link q eu mandei lá no grupo ou se vc manja um pouco dessa coisa da Evo Mitocondrial (confesso q eu tive q pesquisar depois da citação na série) vai ver q não é q ela pariu o mundo…pelo contrário, ela pode ter tido poucos filhos…mas é da árvore genealógica DELA q todos nos descendemos…não quer dizer q ela pariu o mundo todo ou menos ainda q todos os outros humanos não tiveram filhos…ou seja a conclusão q se chega é q sem ela a raça humana teria sido extinta sem conseguir gerar descendentes q sobrevivessem até hj…
    não acho isso um grande absurdo, mas sim, foi oportunista se aproveitar disso pra explicar tudo, não sei se eles tinham essa ideia desde o começo da série

    e ah sim, isso foi apressado, do nada eles decidiram todos largarem mão da tecnologia!
    mas ai entra ser episódio final e a falta de necessidade de mostrar algumas coisas, confesso uma cena deles debatendo isso seria interessante e não seria um desperdicio não, mas a ausencia dela não torna a coisa ruim pra mim…
    mas como te falei, evidente q nem todos concordaram, porém a maioria concordou e deve ter tido pessoas insatisfeitas…o discurso q fala q todos aceitaram sem problema soou falso sim e apressado, mas eu relevo, como disse finale…pouco tempo e etc

    é isso eu concordo com vc, não gostei dele se explicando ou querendo AGORA depois do final dar resposta aos fãs, não deu resposta antes, não se dobre agora e deixe o final aberto!

    Patricia, agora sim, assino embaixo o q vc falou…
    e q realmente q venha The Plan e assima de udo q venha Caprica!!!

    ps revendo o final da série…aquela cena final com a música do Jimmi e tals…mas lembrei q podiam dar um final otimista, sem mostrar o futuro, apenas os colonias no passado, tocando um Imagine do Lennon…seria uma mensagem mto mais de esperança q a Head Caprica falando q estamos mudando…será q seria mto utopico esse meu final?
    hehehe

    Cesar, concordo, no fim eles foram engolidos pela história, mas as vezes isso é melhor, torcer por um futuro incerto, do q um futuro certo e errado, eu pelo menos tive essa percepção…mas como falei gostei do final por isso, deixou MTAS interpretações, filosoficas, éticas, pessoais, politicas…enfim…mesmo quem não gostou, tem q reconhecer q foi melhor q um final q tentasse dar respostas e não agradasse…e eu como gostei achei mto melhor!
    mas ai concordo contigo em algumas coisas, mas volto o q falei…eles não tinham uma tecnologia eterna…os suprimentos iam acabar querendo ou não!
    talvez não na geração deles, mas nas proximas…
    eles podiam no máximo acelerar o progresso do planeta, mas com isso iam cometer os mesmos erros e novamente subjulgar uma raça…
    enfim concordo com vc em partes, a mensagem pode soar q ‘tecnologia é ruim’ mas não acho q foi essa a intenção e eu não interpretei assim
    interpretei como o discurso foi feito, a alma sendo colocada na frente…os nosso ideias maiores na frente dos ideias proprios e egoistas…
    enfim…
    e creio q o q eles tinham te melhor era isso…a capacidade de começar de novo e criar algo q pudesse germinar algo bom no futuro e não algo q já ia nascer viciado e errado…
    mas claro acho q uma postura mais pró ativa deles podiam ter trazido N beneficios…mas podiam ter trazido N maleficios…por isso eles adotaram uma neutralidade, não intervir, deixar os nativos florecerem de uma forma melhor…e por isso me agradou nesse aspecto…acho q se não fosse esse final o mais conveniete seria ter acontecido o acordo com o Cavil e eles terem vivido numa ‘paz’ e aos poucos entrando num acordo…

    e sim, me lembrou mto Matrix tb desde o papo do q ‘tudo q aconteceu vai acontecer novamente’ (isso é mto Nietzsche e o eterno retorno do mesmo) e mto Matrix!

  28. Mica - 25/03/2009

    Droga! Escrevi um texto enorme e sem querer apertei o back e perdi tudo!!!

    Lá vamos nós…(resumindo, é claro, aff!)

    Me dei conta que os cylons (os 8 modelos) não envelhecem, então Helo ficará velhinho e Athena nova e o mesmo acontecerá com os outros casais cylon-humano que se formarem dali para a frente.

    Acerca do lance da tecnologia (não acredito que terei que digitar tudo de novo…aaahhh), acho que é difícl para nós nos colocarmos no lugar deles. Eu sei que eu não conseguiria abandonar tudo assim, sem mais nem menos. Adoro um computador, televisão, carro, ar condicionado, roupas, etc e tal. Mas mesmo nos nossos dias nós vemos pessoas que se cansam da loucura da vida moderna e se jogam para o mato.
    Acredito que o povo de BSG já viveu tanta coisa, já sofreu tanto, que eles querem algo diferente agora. Eles estavam com os recursos no limite, a tecnologia era avançada em algumas coisas, mas tudo estava se deteriorando, não duraria tanto tempo mais. E principalmente, eles viviam dentro de naves há mais de 4 anos. Eles se sujeitavam a tudo pq precisavam sobreviver, mas então eles acharam uma nova oportunidade. Não creio que tenham pensado em todos os contras de abandonarem a tecnologia. Eles queriam é se livrarem daquele passado cheio de sangue e sofrimento e olhar para o futuro com olhos frescos e confiantes. Bom, talvez tenham sentido deixar as coisas para trás e tenham refletido um tanto, mas no frigir dos ovos valia mais a pena se disfazerem do passado e criarem um futuro.
    Ademais, não creio que eles tenham ficado sem tecnologia por muito tempo. O conhecimento estava ali, dentro deles, e os recursos também. Quem garante que eles não sejam um povo tecnologicamente mais avançado em nosso passado, mas que se deteriorou com o tempo até chegar nas sociedades primitivas que conhecemos?
    Alguém (acho que foi a Paty) mencionou Atlantida…pq não? Pq não outro povo?
    Eu vejo a decisão deles como a de abandonar uma tecnologia que não lhes trouxe muitas vantages no final das contas, mas isso não quer dizer que eles deixariam todo o seu conhecimento de lado assim do nada.
    É claro que muitos morreriam nos primeiros anos, talvez isso é o que permita que Hera seja a Eva Mitocondrial, mas eu sinceramente creio que essa tenha sido a melhor decisão diante de tudo o que eles já vivenciaram. Talvez não seja a melhor decisão para nós que ainda estamos plenamente acostumados com as tranquilidades do dia a dia, mas para eles? Acho que foi a coisa certa.

  29. Thiago Sampaio - 25/03/2009

    Lucas, compreendo sim a explicação da Eva Mitocondrial. E o que quis falar não era que Hera (ê cacofonia) teve 200 filhos, mas que se ele teve 5, 6… algo próximo de 10, ainda assim não seria o suficiente pra justificá-la como essêncial para a evolução humana e tão importante pra cylons e humanos.(os filhos dos filhos dos filhos dela seriam um número irrisório se comparado aos filhos, dos filhos dos filhos dos outros)

    Eu aceitaria mais se de alguma maneira, a batalha final eliminasse várias naves do comboio e a humanidade ficasse restrita à apenas 5mil, 3mil humanos…

    Quanto à edição do episódio, para uma discussão sobre abrir mão da tecnologia… Não se passou muito tempo, afinal Laura só tinha 2 dias de vida e ela morreu depois de já terem jogado tudo no sol.

    E Mica, foi a coisa certa sim. Mas ia ter debate entre os sobreviventes. E alem do mais, não me sai da cabeça que as naves foram jogadas no sol pra responder à pergunta “pq nunca ninguém encontrou as carcaças das naves se acharam até a Hera?”. E não estou falando de “tecnologia” não. Estou falando de cadeiras, camas, cobertores… Uma porrada de coisa que estava nas naves.

    O final foi poético, lírico e utópico. Aceito essa liberdade criativa. Mas levando o lado pra “lógica”, foi muito abrupto, muito rápido.

    E ninguém comentou aqui… Leram meu coment 18?
    Starbuck próxima da singularidade? Ficaria legal…

  30. Mica - 25/03/2009

    Ah, mas eu acho que as coisas básicas eles pegaram. Não mostraram, mas na minha cabeça eles pegaram o principal…só não pegaram o que não era essencial para a sobrevivência. (tudo bem que apareceu um povinho andando em filinha indiana, mas e daí? Na minha cabeça eles pegaram tudo o que era preciso e para mim é o que importa, hehehe).

    Também estou contigo nessa de que para essa história da Eva Mitocondrial funcionar uma pá de gente teria que ter morrido. Aliás, eu até preferia que assim fosse. Seria bem mais legal se tivesse sobrado só um tantinho de humanos e os cylons (acabariam se misturando bem mais rápido e tudo teria mais sentido).
    Para corrigir o defeito, imaginemos que 2/3 da população que desembarcou morreu de fome, frio, doente…hohoho (que maldade).

    Com certeza as naves só foram para o sol para acabar com suas evidências. Sem dúvida alguma!
    Mas não tinha pensado nesse lance dos dois dias da Laura. Eu tinha entendido que ela teria 2 dias ‘ligada’ e depois disso iria definhar rapidamente, sem quaisquer outras chances de ficar se mantendo como vinha fazendo nos últimos meses, e não que ela só tinha 2 dias de vida.

  31. Leandro - 26/03/2009

    O DNA da Hera se espalhou pela humanidade através dos tempos e hoje todos somos descendentes dela. Não faz diferença se havia muitos outros humanos se reproduzndo, em 150.000 anos o DNA da menina conseguiu penetrar toda a raça humana. As pessoas vão se misturando e um só gene consegue se tornar universal.

  32. Cesar Adriano - 26/03/2009

    Só 2 dias? poxa essa eu perdi Thiago, imaginava que todo o tempo de losgistica utilzado teria levado no minimo 1 mês

    Ref a Starbuck, fiquei meio na dúvida, foi ler de novo.

  33. Cesar Adriano - 27/03/2009

    Solução interessante Thiago, não sei se funcionaria dentro da estória, mas talvez nos desse alguma resposta mais cientifica sobre a Starbuck.

    Analisando esse aspecto do final, o do “anjo” Starbuck, e mais a orquestração superior, acho que isso comprometeu a série como FC, como drama, ficou sensacional. Mas foi até bom, pois meu lado fã de Jornada agradece, tava achando que minha querida Star Trek TOS iria perder o posto de melhor scifi.

  34. ROBERTO MIRANDA - 11/06/2009

    BSG acabou e com ela a maravilha da tecnologia, os Cylons ressucitados. A série tratou de vários assuntos e nos apresentou alternativas sinistras a respeito do futuro do homem. Sobre religião foi enfática: acredite no que quiser, mas não pense que isto te livrará das consequências ou do futuro que nos aguarda. Naõ sei se é esperança minha, ams o final deixou arcos mal resolvidos que de certo vingarão em outras produções. Talvez os telefilmes já anunciados expliquem a razão de Gaius e Seis estarem perâmbulando pela Terra nos dias atuais. Só sei que na série clássica Apollo encontra uma comunidade mística da nave de luz de onde um misterioso ser, identificado como John, se apresentava a ele para dar o caminho para a Terra, não sem antes passarem por um planeta similar á beira de uma guerra nuclear. Com certaza foi o que vimos nesta temporada final. Uma Terra destruída pelo ódio e a chegada da frota ao novo mundo. Algo bíblico que dá sentido ao enredo usado na abertura da série clássica: ” A vida aqui começou lá em cima….” Uma tremenda sacada de Glen A Larson.

  35. Alexandra - 13/07/2009

    O que mais me emocionou foi o final da Kara Trace, apesar de torcer muito para que ela ficasse com o Lee, gostei do mistério que ficou em relação à identidade dela. Acredito que ela morreu e se tornou um anjo, assim como HeadBaltar e HeadSix. Enfim, eu amo a Kara Trace e vou sentir muita saudade dela.

    Gostei muito de ver a família Athena, Helo e Hera, e o casal Baltar e Caprica6 encontrando a felicidade e vivendo em paz.

    Comentar mais alguma coisa seria chover no molhado, foi a melhor série que eu já assisti. E estou morrendo de vontade de assistir toda DE NOVO!!

  36. Ildefonso - 05/02/2010

    Thiago,

    Só ontem terminei de assistir a série (confesso, só depois que a série acabou é que comecei a assistir, justamente motivado pelo entusiasmo de quem tinha visto). Então não estranhe o post ficar no “vacuo” tanto tempo, mas é que achei extremamente interessante a solução que você deu para a Kara, no seu post 18. Realmente, essa solução justificaria ela não terminar subentendendo-se que ela era um anjo, era ela mesmo, vivinha da Silva, mesmo tendo morrido 2 mil anos no passado (teoria a la “Back to the Future”). Obviamente a participação dela deveria terminar após a manobra que a levaria ao passado da Terra, onde ela teria morrido e de quebra ainda dizimado aquela civilização (O que ainda responderia à questão de ser acusada de “guiar a humanidade para o seu fim”). O que mais me empolga em qualquer filme ou série sci-fi é imaginar a complexidade de que um “fim diferente do que foi mostrado” ocasionaria, mas confesso que essa sua solução poderia responder a 2 questões que ficaram em aberto sobre Kara:

    1. O fato dela encontrar o próprio corpo nos destroços da nave.
    2. O fato dela guiar a humanidade pro seu fim (já que, consigo, trouxe direto do “túnel do tempo” as bombas nucleares que dizimaram a 13a colônia).

    Por fim, ficaria em aberto ainda a grande questão do que teria acontecido a ela depois dela sumir naquela tempestade magnética (sumir não, explodir) e tempos depois reaparecer viva e pilotando uma nave “novinha” que, de quebra, ainda tinha o caminho pra Terra, nela.

    Será que alguém imagina alguma solução alternativa interessante pra essa questão?

  37. Barracuda - 08/02/2010

    Assim é a vida.Um senhora série de ficção cientifica vira uma baboseira espiritualista.E para terminar de acabar com tudo,as malditas viagens no tempo.

  38. Caio Cesar - 08/07/2018

    O Final de Galactica com Kara Thrace sumindo no ar foi ridículo. Isso que dá fazer série com japonês. Ficaram juntos a série inteira para depois acontecer esse final de merda.

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