TeleSéries
Saiba a nossa opinião sobre a estreia dramática da oitava temporada de ‘Castle’
04/10/2015, 20:31. Ana Botelho
Reviews
Castle
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Certa vez, li em algum lugar que, para espantar os demônios existentes dentro de cada um, há pessoas que não dormem senão com a televisão ligada (dizem que a voz de fora “acalma os espíritos internos”), não param para pensar, não descansam. Esses, chamados insones excepcionais, procuram qualquer outra coisa para ocupar a mente até que, inevitavelmente, as criaturas que vivem no pensamento sobrepõem-se, fazendo com que o indivíduo pense naquilo que tanto tentou afastar. Em XX, a possibilidade de vingar pessoas queridas foi o que despertou em Beckett um demônio já conhecido por nós: a sua sede de justiça.
Antes de tudo, voltemos, rapidamente ao cenário deixado para nós com o fim da sétima temporada. Com a renovação ainda sendo uma incógnita, os roteiristas optaram por fazer aquilo que de mais inteligente poderiam: deixar o final em aberto. Isso gerou não só margem para que uma outra temporada pudesse surgir, como também um problema além do final fraquíssimo: não dar, aos fãs, nenhuma previsibilidade (e gerar até certo medo) sobre o que se trabalharia caso existisse uma nova temporada. Depois de renovada, a pergunta sobre o que aconteceria dali em diante pairou sobre minha cabeça por meses. Até que foi respondida.
Sai Gates, entra Beckett
SIM, ela virou capitã! Com o gancho final e mais tarde a nota da saída de Penny do elenco, isso ficou meio que óbvio. Então, decidiram começar a oitava temporada com Castle presenteando-a com um cupcake recheado com uma pulseira LINDA, marcada com um maravilhoso always (sim, eles sabem como nos agradar <3). Depois, eu já toda curiosa querendo saber como seria Beckett iniciando mais uma etapa tão esperada, veio a primeira bomba: sangue, pulseira no chão, Beckett sumida. Nesse momento, eu já estava dando pulinhos de alegria: Castle estava voltando aos eixos.
Eu senti falta dessa turbulência, desse medo que entra na gente, mexe com o estômago e cria um nó na garganta. Sou adepta da ideia de os roteiristas das séries sempre tentarem mais, sempre irem além do que podem, sempre mexerem com o que ainda pode ser mexido. Acomodar-se, por quê? Aventurar-se, por que não? No entanto, não serei hipócrita em não dizer a vocês que, em um primeiro momento, ao saber da (re)existência de Bracken, achei forçado. Pensei “gente, não há mais nada em que eles possam cutucar a não ser o antigo caso da mãe de Beckett? É sério que a nova temporada irá girar em torno disso?”. Xinguei um pouco, vi Beckett mentir para Castle, vi Castle ficar louco, quis ficar do lado dele, fiquei. Vi Bracken colocar ideias na cabeça de Castle, vi Bracken colocar ideias na minha cabeça, vi Bracken colocar ideias na cabeça de metade do fandom. Para minha felicidade – e sobre isso, na verdade, que quero falar -, fui descobrir, ao final do segundo episódio, que achar que o tema da oitava temporada seria Johanna era uma baita ingenuidade minha.
Paixão x justiça
Aristóteles fala sobre catarse – efeito que encenações causam no público. Eu poderia, facilmente, usar esse termo para explicar a reação do público com o final de XX, ao ver Beckett deixar Castle para ir atrás do grande comandante de toda aquela história. É a partir da catarse provocada pela série e da nossa já ligação com os personagens que nós sofremos com brigas, tiros, separações, assim como escolhemos lados, ficamos a favor de um e contra o outro, que nós xingamos, mas que também, como bons seres humanos, voltamos, logo após, a amá-los novamente. Confessem: muitos de vocês queriam matar Beckett por fazer com que a gente voltasse quase ao que era no início. Porém, acredito que muitos de vocês também entenderam a atitude de Beckett, e como essa é a minha posição, vou falar um pouquinho dela.
Nós, do fandom, estamos há anos acompanhando a história de Beckett. Sabemos que o motivo pelo qual ela se tornou detetive foi a morte de sua mãe, sabemos que ela nunca tinha superado isso, sabemos que ela lutaria até o fim para colocar o culpado na cadeia. Desde que o mundo é mundo e always é always (já usei isso em uma review minha, e estava com saudade, confesso), sabemos que Beckett é movida por sua sede de justiça. Ao ser chamada por um código de vida ou morte, após gerenciar buscas sobre crimes envolvendo Bracken enquanto trabalhou em Chicago, a nossa capitã (primeira vez que a chamo assim <3) nunca recusaria. NUNCA. E também, se fosse para proteger Castle, esconderia dele até não poder mais.
A morte de Bracken foi um choque, mas também um novo direcionador de águas: Beckett era o alvo. Sendo o alvo, era fugir ou ficar. Se eu não tivesse visto o episódio e me perguntassem o que ela teria feito, eu responderia a segunda, porque é o óbvio. É sua característica. É sua essência. Ficar faz parte dela. Lutar também. Por isso que quando Hyde foi dada como a mandante de tudo, devido à sua “pequenez” diante do problema, eu sabia que ela era apenas uma parte daquilo; logo, sua morte em nada terminava o problema. Vualá! Estava aí o fósforo solto para que o demônio acendesse a luz.
Até certo ponto, Bracken estava certo: Beckett nunca se cansava. Mas não de procurar agulha no palheiro, mas sim de caçar um criminoso que ela SABE que pode encontrar. Pessoas morreram, pessoas, essas, amigas de Beckett, trabalharam com ela, inocentes no meio disso tudo. Quem, que realmente conhece Beckett, já não sabia, nesse momento, que ela não aceitaria o conselho da madrasta de Castle?
Sim, doeu. E sempre vai doer. Vê-los separados não é algo com que eu realmente saiba lidar sem sentir aquela dorzinha lá no fundo, sem lembrar dos dois na lareira, sem pensar naquele casamento simplório e perfeito. Porém, toda escolha acarreta uma perda, já ouviram falar nisso? Se não tinha como fazer justiça ao lado de Castle, pela segurança dele e de sua família, então seria sem ele. O que muita gente não entendeu, talvez, seja a atitude dela e também dos roteiristas. Se mudar era preciso, se passamos por uma sétima temporada morna, por que não mexer no que estava cômodo? Além do mais, mexeram no cômodo e mexeram com inteligência, porque usaram a maior característica de Beckett como álibi para essa mudança drástica. O que muita gente não viu, agora com toda a certeza, foi que estava diante de nossos olhos uma das provas de amor mais bonitas da série desde a primeira temporada.
O always é logo ali
Agora, com Beckett caçando o mandante da chacina que matou quase o elenco todo, estou extremamente curiosa para saber o que vem por aí. O que podemos tirar desse início é que os novos comandantes da série resolveram nos tirar da zona de conforto e mostrar que Castle ainda é aquela série que mistura comédia, suspense e amor de uma forma incrível. Vieram mostrar que, após o casamento, há SIM outros meios de problematizar a vida em casal, saindo daquela dupla clichê: brigas/ciúme. Acho que podemos esperar uma Beckett poderosa, tendo que lidar com a “separação” momentânea com Castle, com o perigo de estar mexendo na ferida de um problema gigante e com o fato de ser a capitã de um departamento onde trabalham pessoas que tanto ama.
Além disso, podemos esperar uma temporada em que nenhum dos personagens ficará na sua posição habitual (e eu já estava sentindo falta de um crescimento pessoal deles, algo significativo). Posso começar, por exemplo, com Alexis, de quem eu nunca gostei muito, mas que agora tem um papel muito mais bacana e expressivo na série (por favor, ela entrou SUPER bem como ajudante de Castle!). Além dela, deram mais um espaço para o escritório de Castle, que está quase um playground haha Ryan, agora, terá que se puxar ainda mais com a chegada de mais um filho. Todas essas mudanças foram responsáveis para, hoje, eu dizer a vocês que estou infinitamente animada com a série como não estava há algum tempo.
Bem, tirando o texto gigante, queria dizer que senti a falta de vocês e que era para ter escrito beeem antes. Houve algumas mudanças no sistema de reviews nosso, e elas não serão mais semanais, sendo escritas somente quando o episódio tiver um gancho bacana ou uma participação especial. Contando com o fato de que prevejo ser essa uma das melhores temporadas, acho que nos encontraremos bastante por aqui! Até a próxima 🙂
Ps1: Impressão minha ou a cicatriz de Beckett sumiu? Que creme milagroso foi esse?
Ps2: Cabelo de Alexis está maravilhoso! Como essa menina saiu de mosca morta para alguém tão legal?
Ps3: Que Lenie seja mais explorada nessa temporada, amém!
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Ana. adorei a review!! Estava com saudades mas não gostei de saber que não serão semanais os nossos encontros!!! Apesar do que o fandon anda dizendo por aí, eu gostei dos episódios. Teve alguns erros, sim, a meu ver, mas, no final, e que final!!!, as coisas se encaixaram para dar um novo ar à série. Bjks
Fátima, saudade de você! Obrigada pelo elogio, como sempre muito carinhoso. Também acho uma pena o fato de não termos mais encontros semanais, porém o trabalho me cansa muito e para não ficar devendo a vocês, achei melhor assim mesmo. Mas como disse, tenho certeza que haverá muitos episódios bons e estarei aqui quase sempre haha
Tirando os erros, estou MUITO animada para essa temporada! Estou apostando em ser, talvez, a melhor de todas! Até mais, beijos 😀
Acho que o creme que Kate usou para sumir a cicatriz foi Cicatricure! rs…