TeleSéries
Como sair impune de um assassinato… com estilo!
02/02/2015, 01:30. Gabriela Pagano
Colunas e Seções, Estilo
How to Get Away With Murder
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Fevereiro é mês de carnaval aqui no Brasil. Mas, no Unidos do TeleSéries, o sofá da sala vira a Sapucaí e as atrações principais do desfile são só mesmo os figurinos que as personagens desfilam na tela. E se tem uma série que conquista NOTA 10 em diversas categorias, ela é o thriller jurídico How to Get Away With Murder.
A nova atração da ABC é incontestavelmente uma das “queridinhas” da última temporada – nos quesitos técnicos e criativos. Assinada pela poderosa Shonda Rhimes (Grey’s Anatomy, Scandal), a série até rendeu uma indicação ao Globo de Ouro à atriz Viola Davis. O enredo gira em torno da seguinte tríade: uma prestigiada advogada e professora universitária, interpretada por Davis; seus alunos estagiários; e um assassinato. O diferencial da atração é que ela não segue um tempo cronológico e, através de muitos flashbacks, as pistas vão nos sendo dadas aos poucos, até que a gente descubra a totalidade do crime, que envolve diretamente a protagonista.
Os tribunais de justiça são conhecidos pela formalidade e elegância com que as partes são apresentadas. Sendo assim, How to Get Away With Muder nos presenteia com figurinos de extremo bom gosto e que inspiram poder. Mas, como grande parcela das personagens é jovem, também é possível aprender, através da série, a se adequar aos protocolos do cotidiano jurídico sem parecer uma beata.
Além disso, o perfil psicológico das personagens é bem demarcado e típico de uma história de vítimas e culpados.
Viola Davis é Annalise Keating, uma famosa advogada criminal conhecida por não perder causas. Ela dá aulas na fictícia Universidade de Middleton, na Filadélfia. Há de se comentar o crescente número de mulheres negras à frente das atrações na TV americana. HTGAWM deixa nítido que sua intenção é mostrar uma afro-descendente poderosa, determinada, que passa por cima de qualquer eventual dificuldade. Annalise usa peruca de cabelos lisos – Viola Davis era adepta de perucas na vida real, mas revelou que decidiu assumir o cabelo afro. À primeira vista, pode parecer contraditório que a advogada use o acessório, mas ele é fundamental para a história. Em um dos momentos mais baixos da personagem, Annalise aparece em frente ao espelho, tirando jóias, cílios postiços, maquiagem e a peruca (é a primeira vez que nos é revelado que a personagem a utiliza). A mensagem estava dada: naquele instante, Annalise estava ali, despida, sem nenhuma proteção, frágil.
Mas essa é uma exceção. Annalise esbanja confiança e costuma ter tudo sob controle. Para mostrar essa força, o figurino da personagem é composto de couro, colares de pérolas ou maxicolares. A maquiagem também não costuma ser discreta e os olhos são bem pretos.
Toda mulher poderosa tem sua fiel escudeira, que, independentemente das humilhações, estará sempre ali. Essa é a personagem da atriz Liza Weil, Bonnie. Ela é uma advogada associada ao escritório de Annalise e o braço direito da veterana. A personagem é toda certinha, usa saias na altura do joelho, terninhos, cardigãs e acessórios discretos.
Já Charlie Weber é Frank, o galã maduro da série. Tudo bem que ele é jovem para ser considerado maduro – e eu disse maduro, não “coroa” -, mas, comparado ao restante do elenco, ele é, sim, um pouco mais velho. Frank é o sonho de qualquer moça jovem: alto, barbudo, misterioso e parece estar sempre pronto para salvar a donzela do lobo mau. Ele não é advogado, mas presta assistência à Annalise tanto quanto Bonnie.
A donzela encantada é justamente o papel que ficou com a mexicana Karla Souza e sua Laurel Castillo. Ela é certamente a “bonitona” da série – com seus traços de Brooke Shields -, mas é, também, a “santinha” – nem que seja do pau oco. Por isso, Laurel usa looks comportados, como saia plissada e meia caça, e camisa com suéter sobreposto. Na minha opinião, é a personagem mais estilosa (não gosto de looks muito “quadradinhos”, sociais ao extremo).
A “miss quadradinha” do programa é Michaela Pratt (Aja Naomi King). A personagem é extremamente ambiciosa, quer ser uma advogada respeitada e arranjar um bom casamento. Aquela típica mulher que almeja mostrar para as amigas a família exemplar que construiu, a vida perfeita e regrada que leva, em uma bela casa de cômodos grandes… Michaela usa roupas bem formais para uma jovem que acabou de chegar à universidade e os vestidos de cintura marcada são, definitivamente, uma preferência.
O oposto é Rebecca Sutter, personagem da canadense Katie Findlay (quem gosta das séries criminais deve se lembrar dela como a Rosie Larsen de The Killing). Aqui, ao invés de vítima, ela é a principal suspeita de matar a melhor amiga. Cabe à Annalise tentar reverter a situação. Rebecca é a inconfundível rebelde sem causa e tem um visual gótico (afinal, você nunca vai ver um rebelde sem causa com chapéu de palha, ouvindo música country; pelo menos, não na Filadélfia). Portanto, no guarda-roupas dela, calça rasgada e jaqueta de couro. E delineador na necessaire, claro.
Toda rebelde sem causa atrai um menino bom e pobre, que fará de tudo para protegê-la. Esse é Wes Gibbins, interpretado por Alfred Enoch, de quem todo mundo deve se lembrar da franquia Harry Potter (eu não me lembro, porque só vi três filmes do bruxinho, há milhões de anos; mas você deve se lembrar… ou não…). Wes entrou na universidade em lista de espera, mas nem por isso é menos competente do que seus colegas. Ele é meio nerd, super estudioso, mas é aquele nerd que se esforça para ser descoladinho, sabe? Resultado: haja camisa xadrez!
Já Asher Millstone (Matt McGorry) só está ali por causa do pai influente. É um jovem rico que está acostumado a ter tudo de “mão beijada” e não gosta de fazer sacrifícios para conseguir as coisas – colar na prova é totalmente a filosofia dele; além de sair com muitas mulheres, claro. Habituado a meios sociais privilegiados, Asher está sempre vestido socialmente, sem nem esquecer a gravata.
Connor Walsh segue um caminho parecido, o narcisimo. Ele se aproveita da boa aparência para conseguir o que deseja e se dar bem no trabalho. Connor faz o estilo “engomadinho” com muita sensualidade e experiência, apesar da barba rala. Não tem nem um fio de cabelo fora do lugar ali…
É isso! 🙂
*
Escrevi a coluna e fiquei tentando buscar na memória alguma série jurídica brasileira nos últimos tempos. Não me lembrei de nenhuma. É notável que a nossa televisão passa por um momento de renovação; gêneros, além da já gasta comédia, estão sendo amplamente explorados. Depois de ver a Polícia Federal retratada em Dupla Identidade, conhecer os bastidores da administração pública em Felizes Para Sempre?, seria legal termos uma série contextualizada nos legendários tribunais, não? E não é que nos falte tradição nisso. Afinal, o Brasil tem alguns casos criminais célebres em sua história, e fica aqui, mais especificamente no estado de São Paulo, o maior Tribunal de Justiça do mundo. Deve ter assunto que não acaba mais! Seria incrível… Eu acho.
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