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Nashville – We’ve Got Things To Do e Your Wild Life Is Gonna Get You Down
31/03/2014, 22:30. Gabi Guimarães
Reviews
Nashville
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Metendo os pés pelas mãos. Bem-vinda de volta, Juliette!
Muito aconteceu nos dois últimos episódios de Nashville. A ida de Juliette para a Highway 65 finalmente se concretiza, mas essa enorme transição em sua carreira não poderia ser tão simples e descomplicada…
Juliette está ansiosa para colocar a “mão na massa”, mostrar serviço, gravar um novo álbum o quanto antes, e contar ao mundo que ela agora é oficialmente uma artista da Highway 65. Mais do que isso: Juju quer mostrar ao mundo que está de volta, firme e talvez mais forte e centrada do que nunca – afinal, “don’t put dirt on my grave just yet”. Sua associação com Rayna certamente será benéfica e pode trazer parte de sua base de fãs debandada de volta.
Ninguém pode culpá-la por isso; sua ansiedade é compreensível. Mas… Juliette continua sendo Juliette, e como diria aquele velho ditado, velhos hábitos nunca morrem. Paciência e cautela nunca foram seu ponto forte, e não seria diferente agora. Então, ao invés de acatar a estratégia proposta por Rayna e manter-se por mais algum tempo longe dos holofotes para ter tempo suficiente para gravar um novo álbum digno de seu talento – além de permitir à Rayna anunciá-la no momento certo como o novo reforço da Highway 65 –, Juju fica enfurecida pela atenção que Scarlett vem recebendo na festa que antecede o show de Rayna no Grand Ole Opry e, claro, mete os pés pelas mãos.
“Eu deveria saber que o meu contrato com a Highway 65 incluiria uma ordem de silêncio.” – Juliette
Impulsiva, sobe no palco e anuncia por conta própria a sua contratação, arruinando todo o planejamento da gravadora. O tiro sai pela culatra, claro – afinal, o mundo country ainda não a perdoou –, e não resta nada a uma furiosa Rayna a não ser controlar o prejuízo. Convida Juliette para um dueto em sua grande noite no Grand Ole Opry, mas fica claro que ainda é cedo para o retorno triunfal de Juju.
Esse lado de Juliette me irrita profundamente, confesso. Muito embora a personagem tenha evoluído absurdamente desde o início da série, atitudes como essa me fazem perder um pouquinho a paciência (e a fé). Por outro lado, acredito também que uma recaída de vez em quando é parte inevitável desta longa jornada de Juliette rumo à sua humanização. Mudanças tão significativas não ocorrem da noite para o dia, e eu continuo acreditando na versão “aprimorada” da personagem que nos acostumamos a ver nesta 2ª temporada.
Seu relacionamento com Avery também sofreu nestes dois últimos episódios, e, ao que parece, a “culpa” é de Scarlett. Depois do fiasco com Liam, a moça ainda não se sente à vontade ou mesmo preparada para trabalhar com um estranho. A ideia de trazer Avery para a produção de seu álbum foi genial, afinal, eu sempre acreditei que o relacionamento entre os dois era muito melhor como uma parceria musical, nada mais. Além disso, foi bacana ver Scarlett dar uma oportunidade tão bacana ao seu ex-namorado, reconhecendo o seu enorme talento como produtor. Mas… e Juliette, como fica?
Enciumada e insatisfeita, claro. Afinal, Avery fez um escarcéu e ficou extremamente ofendido quando ela lhe ofereceu posição semelhante em seu contrato com a Edgehill. Se ele não aceita ficar à sombra de Juliette, parafraseando suas próprias palavras, por que diabos agora ele não vê problema nenhum em fazer o mesmo por Scarlett? Coerência manda lembranças, Avery. Juju está coberta de razão. No lugar dela, quem não sentiria o mesmo?
Ele perde o retorno triunfal da namorada, em nova turnê que busca reconquistar seu público cativo, e não pode comparecer à festa pós-show, pois está compondo com Scarlett. A mesma Scarlett, inclusive, que agora é responsável pelos shows de abertura desta turnê. Juliette, claro, se vinga da única maneira que sabe: descontando toda a sua frustração em Scarlett, que, por sua vez, está cada vez mais dependente de suas misteriosas pílulas. Um ciclo vicioso sem fim…
Em uma cena bastante emocionante, Scarlett confessa à Juju aquilo que todos nós já estamos cansados de saber: que ela não queria fazer parte dessa turnê e que gosta apenas de fazer música, mas não de todo o resto que inevitavelmente vem com uma carreira musical. Ela não se encaixa naquela vida, e não faz mais o menor esforço para disfarçar seu descontentamento. Constata que todos os seus amigos seguiram seus próprios caminhos sem ela, e que está muito infeliz com o rumo que sua vida está tomando.
Gostei muito da cena entre as duas, justamente porque ambas não poderiam ser mais opostas em matéria de atitude e personalidade. Juju, portanto, não estaria disposta a ouvir passivamente todas as reclamações de Scarlett sem, em troca, lhe jogar toda a verdade na cara. Enfim, alguém nesta série se dignou a dizer à Scarlett o que ela precisava ter ouvido já há muito tempo: é exatamente esta dor, esta angústia e esta agonia que a tornam uma artista tão especial. Se ela perseverar, será uma grande cantora. Então, nas palavras de Juju, Scarlett está sem sorte: não será demitida de sua turnê. Foi um recado dado em alto e bom som: “seja forte, engula o choro, e pelo amor de Deus, ao menos uma vez faça um esforço para perceber o tamanho da oportunidade que está tendo.”
“Juliette Barnes me pediu para vir até aqui e fazer bastante barulho para vocês. Mas eu sou o tipo de artista que prefere sussurrar.” – Scarlett
Mas depois de tantas e tantas semanas apenas reclamando de Scarlett, hoje eu tenho que dar o braço a torcer um pouquinho, e elogiar a sua atitude desafiadora. Sendo o pivô da briga entre Juliette e Avery, Scarlett sequer dá ouvidos à Juju e inicia seu show tocando justamente a música nova que ela a havia proibido de tocar. E é disso que eu estou falando: por onde anda esta Scarlett no resto do tempo? Em todas as outras áreas de sua vida? Com isso, Scarlett prova que é, sim, uma mulher forte, capaz de lutar suas próprias batalhas e por seus sonhos, e eu me recuso a acreditar que este seja apenas um efeito colateral das tais pílulas. Por que não podemos ver mais desta Scarlett? A julgar pelo final do último episódio, sabemos que o arco de seu vício – de fato, o único legado de Liam – está longe de acabar. Muito pelo contrário: acredito que ele chegará ao seu ápice apenas no final desta temporada, e isso me deixa com muita preguiça da personagem.
Avery e Juju, por outro lado, também tem uma franca conversa sobre seu relacionamento em outra cena muito tocante. Na hora da verdade, Juliette confessa seu maior medo: o de, mais uma vez, ser magoada pelo amor. Perdidamente apaixonada por Avery, ela sabe que seu coração está nas mãos dele, e isso a deixa aterrorizada.
“Eu confio em você. O que me deixa com ainda mais medo. Você tem o meu coração. Você é capaz de me destruir.” – Juliette
Com a promessa de Avery de que ele jamais faria isso, a paz volta a reinar para Juvery. Mas ver Juliette capaz de ponderar de forma tão madura sobre seus fantasmas me faz ter uma esperança ainda maior – no casal, e também na personagem.
Enquanto isso, Rayna, que há muito estava apagada na trama da série, enfim, volta a fazer jus ao seu status de protagonista. Com um foco maior nos arcos “musicais” da trama, Rayna volta a brilhar. Mas isso não significa que sua vida está livre de dramas, às vezes bastante desnecessários (sim, Luke, estou olhando para você).
Maddie chegou de vez à adolescência e, para provar que não é mais apenas aquela menininha talentosa que conhecemos no início da série, ela resolveu se rebelar. Quer seguir a carreira da mãe, mas – vejam só – isso vai contra todas as vontades do pai. Incrível como Teddy consegue ser insuportável e sofrível até quando tem lá um certo fundo de razão. Fiquei bastante surpresa com sua atitude de pedir a ajuda de Deacon nessa questão, mas de nada adiantou. Ele não está errado em querer que Maddie se dedique mais aos seus estudos. Até porque, tudo indica que seu desempenho escolar está sendo prejudicado por sua obsessão pela música. Há que se encontrar um equilíbrio entre as duas atividades, e é aí que Teddy falha miseravelmente.
Sua intransigência ainda vai lhe trazer uma enorme dor de cabeça. Rayna fica ali, no meio da guerra entre pai e filha – e Deacon! –, mas tenta mais uma vez ser uma boa mãe ao ficar ao lado de Teddy desta vez. Inclusive, tenta preservar a filha da imprensa e da curiosidade do público, deixando-a – junto com Daphne – sempre à margem dos holofotes. E isso sempre funcionou muito bem para a família Conrad. Até agora. Maddie cresceu e, como poucos na sua idade, sabe muito bem o que quer da vida. Controlar a sua exposição será um desafio e uma tarefa muito mais árdua a partir de agora, pelo simples fato de que ela quer se expor. Prova disso é o vídeo que a menina posta no youtube usando o sobrenome de Deacon. Confusão certa num futuro próximo, claro.
O vídeo que o filho de Luke gravou e colocou nas redes sociais pode até ter sido deletado logo em seguida, mas o estrago já estava feito. Que consequências esta (não tão) indesejada exposição de Maddie trará? Por mais que queira seguir uma carreira na música e tenha talento de sobra para isso, ela ainda é uma menina ingênua e com certeza não ponderou sobre as consequências de seu pequeno ato de rebeldia. Como “Maddie Claybourne”, a história não vai demorar a sair do controle, e o mundo logo saberá a identidade de seu verdadeiro pai. Fácil prever que muita gente vai acabar magoada nessa história, inclusive – e talvez principalmente – a própria Maddie.
“Decon é o meu passado. Você é o meu presente, e espero que também o meu futuro.” – Rayna
O que eu não entendi até agora foi o motivo do “chilique” de Luke. Ciúmes, talvez? Ele descobriu que Deacon é o pai de Maddie, ok. Foi pego de surpresa e completamente desprevenido. Mas sério mesmo que ele vai ficar brabo por – finalmente – ter entendido o “por que de Deacon estar sempre presente”? Rayna e Deacon tem uma história, um passado – que, inclusive, é de conhecimento público. Ele, portanto, sempre soube disso, e, até agora, gostava muito de Deacon, inclusive oferecendo-lhe uma oportunidade em sua turnê. Por que esse retrocesso agora? Por que tratar Deacon com frieza – e pior: esperando que Deacon entenda o motivo para tanto? Ah, Luke…
O fato de Will Chase, intérprete de Luke, ter sido promovido ao elenco regular da série (juntamente com Oliver Hudson e seu Jeff Fordham) me preocupa bastante. Isso porque, ainda que ele seja o atual interesse amoroso da nossa protagonista, até agora, vejo o personagem como um dos mais avulsos da série, sem muito propósito e sem dizer muito a que veio (a não ser colocar um obstáculo entre Rayna e Deacon). Na minha opinião, como acontece com tantos outros personagens nesta temporada, ele se destaca apenas quando está em cima dos palcos.
Falando em Deacon, sua vida continua uma grande montanha-russa, cheia de altos e baixos. Sua carreira solo vai bem, ele ganhou uma posição de destaque na turnê de Luke, e ouviu Maddie chamá-lo de pai pela primeira vez (confesso que suspirei nessa cena). Mas, como nem tudo são flores, o outro lado da moeda veio como uma porrada na boca do estômago quando ele descobriu a infidelidade de Megan.
Teddy bem que merecia aquele soco não dado. Mas Deacon provou mais uma vez ser uma pessoa melhor do que isso. Magoado, quer ver Megan pelas costas.
“Por que você ainda está aqui? Estou cansado de ser salvo.” – Deacon
Megan fica preocupada com o descontrole emocional de Deacon ao vê-lo completamente transtornado, mas… Sério mesmo? Megan, querida, você deveria ter se preocupado com Deacon há pelo menos uns dois episódios, quando decidiu que transar com Teddy seria uma boa ideia. #ficadica De que adianta essa preocupação toda agora? Para mim, o nome disso é culpa, e apenas isso. Deacon já passou por coisa muito pior na vida, e não vai deixar que essa história o leve novamente para o fundo do poço. O que vocês acham? Veremos.
E eis que Will Lexington se casa com Layla. Zzzzzzz… Dizer que este arco já deu virou eufemismo, pleonasmo vicioso, insira-aqui-a-figura-de-linguagem-de-sua-preferência. Nada neste casal funciona. Mesmo as tentativas de humanizar Layla, com todo aquele drama de meus-pais-não-aceitam-este-casamento, saíram pela culatra. O público de Nashville merece mais do que isso. Não gostamos e não aceitamos a personagem justamente pelo retrato que nos foi apresentado desde o começo de sua participação na série. E quem pode nos culpar? Ela não tem nenhum carisma, talento, e NINGUÉM torce por ela.
Minha paciência também se esgotou com Will há tempos. Fui ingênua o suficiente para acreditar que sua tentativa de suicídio o salvaria, que seria suficiente para fazê-lo enxergar que suas atitudes e pensamentos estavam muito errados. Achei que aquele seria o início de uma linda jornada de auto-aceitação. Eu não poderia estar mais errada. Tenho pena do Gunnar. Quantas vezes ele já tentou mostrar a seu amigo que as coisas não são bem por aí?
A homossexualidade de Will se esfrega nos olhos de quem quiser ver, inclusive nos de Jeff Fordham, que há tempos questiona a sexualidade de sua nova estrela. Gunnar escolheu ser leal à seu amigo, mas… Quantos outros Brents existem na vida de Will? Ele acha mesmo que essa sua história vai acabar bem? Até quando?
A única coisa bacana foi ter Brent de volta como empresário de Layla, completamente fracassada depois de ser demitida pela Edgehill. A estupidez de Will em breve vai voltar para morder a sua própria bunda, e ele só tem a si mesmo para culpar.
Para terminar, o que dizer de Gunnar, Zoey, Avery e sua (quase) banda? Sinceramente, não consigo pensar em nada para dizer além de: não entendi nada. Gunnar, teoricamente aquele que tem a carreira mais estável entre os três, era também o mais comprometido em fazer aquela banda linda dar certo. Com a inexplicável recusa de Avery em fazer parte daquilo, nosso compositor favorito sequer conseguiu o apoio de Zoey… Também inexplicável. Então você faz um bom teste para backing vocal de uma banda e, antes mesmo de saber o resultado, se desfaz de todas as outras oportunidades de trabalho? Como assim, Zoey? Tá aí, um arco que começou bem, mas parou de fazer qualquer sentido para mim, pelo menos por enquanto…
Com a negativa de seu teste, Zoey volta à estaca zero. Mas… O que isso significará para a banda? Eu sinceramente espero que esta história não morra, porque é o único arco decente de que Zoey participou até hoje. Aqueles três são infinitamente melhores como colegas de banda do que como “amantes”. Será que Avery vai dar o braço a torcer? Espero que sim.
A promo do episódio desta semana mostra que o final de temporada promete para todos. O que podemos esperar deste novo escândalo? Preparados para esta reta final?
A boa notícia é que Nashville passa a respirar um pouquinho mais aliviada quando o assunto é renovação. Os números da série, em si, não mudaram em quase nada (no último episódio, registrou 5.19 milhões de telespectadores e 1.3 na demo), mas, diante da queda significativa nos números de tantas outras séries da ABC, os sites de análise de audiência, de maneira geral, passaram a considerá-la como “provável renovação”. Ai, ABC… Pra que demorar tanto em anunciar os cancelamentos e renovações? Resta-nos continuar esperando…
Até semana que vem!
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Sempre mandando bem, Gabi. Com o tempo que fiquei fora demorei pra conseguir me atualizar nas séries.
A segunda temporada de Nashville está sendo como a primeira. Uma crescente boa. Espero de verdade que seja renovada, porque os episódios estão ótimos.
Ah, e eu que achei que jamais fosse conseguir gostar e entender a Juliette estou quase dando meu braço a torcer. Amei o rumo que tão dando pra personagem.