Especial St. Patrick’s Day: o segredo da cerveja verde em ‘CSY:NY’


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Dezessete de março, última segunda-feira, foi dia de Saint Patrick’s – a famosa tradição irlandesa. Trevos, potes de ouro, acessórios e decoração verdes, duendes com chapelões e bebedeira definem para muita gente essa data, que já virou carta marcada no mundo do entretenimento. Falando em séries, especiais da festa são ganchos certeiros para episódios de final de temporada. Algum tempo antes de se despedir das telinhas, CSY:NY usou os símbolos do dia até mesmo em um cenário de crime internacional. Em uma de suas mega investigações, a equipe forense mostrou que uns goles de cerveja verde, mais do que diversão, foram motivo de muitas horas de laboratório. E como eles já desvendaram o mistério, a cozinha do TeleSéries dá a dica de como curtir uma cerveja caseira com um toque de São Patrício. Tin-tin!

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Com a chegada dos festejos de Saint Patrick de 2010, a sexta temporada de CSY:NY marcou o dia ao seu clássico estilo: com um crime envolvente e cheio de indícios para quebrar a cabeça da equipe de Mac (Gary Sinese). Em sintonia com as modernas comemorações de Saint Patrick, um tanto distantes das origens irlandesas e fortemente marcadas pela cultura norte-americana, o episódio Pot of Gold (s06e17) se aproveitou dos ícones da festa para investigar o assassinato de dois jornalistas que descobriram um esquema de venda de metais nobres falsificados. Já no início do capítulo, na cena do crime, a série apresenta diversos símbolos, ligados de maneira misteriosa, num diálogo ping-pong investigativo, carregando os telespectadores para uma atmosfera digna dos truques de um esperto Leprechaun (duende).

Stella:

Ei, Mac! Dá uma olhada nisso.

Mac:

É ouro puro!

Danny:

Eu posso bater essa! Acabei de encontrar isto [um trevo de quatro folhas] numa pegada.

Mac:

Um trevo de quatro folhas? É uma mutação genética natural. Há apenas um para dez mil trevos de três folhas.

Don:

Esperem um pouquinho. Ouro? Trevo que quatro folhas? Onde nós estamos? No final do arco-íris?

Mac:

Bem, eu vou dizer uma ooisa: nenhum desses caras teve a sorte do Irlandês.  

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Partindo das evidências iniciais e da coleta de provas no local, a equipe envolveu-se em diversas análises, cada qual de responsabilidade de um detetive ou técnico. Ou seja, o quebra-cabeça só seria montando quanto cada peça fizesse sentido. Por fim, depois da reconstituição da cena do crime, muitos testes, depoimentos de suspeitos dissimulados, aproximações de imagens e, até mesmo, da caça a uma barra de ouro no cofre de um banco, o time de investigadores chegou aos culpados: Thom Weir (Ian Ziering) e Finnegan Hansard (Kieren Hutchison). A dupla, formada por um empresário mal intencionado e um dono de bar ávido por lucros, deu um jeito de sumir com os jornalistas Michael Paley (Chad Guerrero) e Charlie Cooper (Kanin Howell), que estavam quase descobrindo a sujeira da companhia de Weir. Costas quentes do empresário e executante do homicídio, foi Hansard que, sem querer, possibilitou um grande salto nas investigações. A famosa cerveja verde do bar, que recebeu de milhares clientes nos festejos de Saint Patrick, acabou sendo um dos elementos cruciais para colocar a equipe de detetives frente a frente com o assassino. Ele não teria como imaginar que a meticulosa detetive Lindsay (Anna Belknap) rastrearia o seu pub a partir de uma pequena mancha de cerveja na camiseta de uma das vítimas. Inicialmente, a mistura de verde e azul detectada pelas lentes do microscópio levava a crer que se tratava de uma cianobactéria chamada Artosphira Maxima, um dos componentes da Spirulina, uma alga que pode ser utilizada em suplementos alimentares e, também, corantes. No entanto, com um pouco mais de tempo, Lindsay descobriu que a mancha continha mais 3 componentes: cevada, levedura e lúpulo. Com a genialidade de sempre da personagem, encontrar os ingredientes era o que ela precisava para ligar a inofensiva coloração ao bar de Hansard, o único em Nova Iorque com produção de cerveja verde orgânica.

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Mas, afinal, Saint Patrick é só trago?

A pergunta é um tanto boba, mas, na real, tem muita gente por aí que acha que o dia é só mais uma oportunidade de encher a cara. Na verdade, muito antes de ser associado a todos os símbolos do imaginário atual, a história de Saint Patrick é bem antiga. A festa, de origem religiosa cristã, é uma homenagem a São Patrício, o santo mais importante da Irlanda. Nascido britânico e batizado como Maewyn Succat, ele somente foi nomeado Patrick ao tornar-se religioso, fato que ocorreu após ter sido raptado e escravizado durante a juventude na Irlanda. Diz a lenda que o jovem Maewyn, até então descrente da fé cristã, recebeu um chamado divino, encorajando-o a fugir para servir à Igreja. Anos mais tarde, quando se tornou bispo, já sob a sua famosa alcunha, Patrick retornou à Irlanda para evangelizar a população. O reconhecimento como padroeiro do país veio somente muito tempo depois de sua morte, no século XII. A motivação para comemorar-se o dia de Patrick em 17 de março é, justamente, o marco de sua morte.

Os outros símbolos que se agregaram às festividades do santo surgiram com o tempo e sofreram muitas transformações, como acontece em inúmeras festas populares. Diz-se que o trevo, um dos símbolos mais associados à data, além de ter-se tornado um símbolo nacionalista da Irlanda em meados do século XVII, era a planta utilizada por Patrick para ensinar a Santíssima Trindade Católica (Pai, Filho e Espírito Santo). Ainda, há também há a atual simbolização da boa sorte, devido ao trevo de quatro folhas, uma planta raríssima de ser encontrada. A coloração verde que dá o tom da festa também tem origens antigas. No entanto, houve um tempo em que o símbolo de Patrick foi o azul. O verde começou a ser largamente utilizado em festas do santo no século XVII juntamente ao trevo, reforçando o sentimento de identidade nacional.Também há a versões que justificam o verde devido ao folclore irlandês, no qual as vestes verdes são utilizadas por seres imortais, como duendes e fadas. O país é conhecido, inclusive, como Ilha Esmeralda. Já em relação às bebedeiras das festas atuais, uma das explicações seria que a data não restringe alimentos e bebida, fato que acontece em outras festas religiosas. No entanto, nos princípios das comemorações, o dia de São Patrício era de retiro, com as famílias doando o seu tempo para participar de celebrações religiosas.

Outros ícones da festa, como o duende e seu pote de ouro e os desfiles tem origem basicamente norte-americana. A festa, ampliada e feita conhecida no mundo pelos Estados Unidos, teve início no país com a grande presença de descendentes irlandeses. A ideia do duende nasceu no folclore Celta, porém foi estilizado nos Estados Unidos, ganhando uma conotação mais simpática e de esperteza, com base na lenda do duende que faz de tudo para proteger o seu maior bem no final do arco-íris: o pote de ouro. Os desfiles, que também chegaram à Irlanda, nasceram nos Estados Unidos, em 1762. Atualmente, a maior parede acontece em Nova Iorque, com 200.00 participantes.

Se deixar, a conversa de Saint Patrick vai longe. São muitas as coisas para falar sobre o dia; há curiosidades suficientes para escrever um livro. Além dos países de cultura inglesa, diversos outros comemoram o Saint Patrick, até mesmo o Brasil. Atualmente, muitas cidades organizam noites especiais para a data. Inclusive, na semana passada, saiu no site Destemperados uma lista de bares brasileiros que fizeram programações especiais para o dia (tem festa acontecendo até hoje). E como o atrativo máximo dessa moda que está chegando é a cerveja verde, vamos logo para a cozinha matar a curiosidade de como degustar uma green beer em casa.

Cerveja verde de CSY:NY

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Ingredientes:

350ml de cerveja pilsen (1 lata)

Corante alimentício verde

Modo de fazer:

1. No fundo do copo, pingue seis gotas de corante.

2. Sirva a cerveja aos poucos, sem sacudir, deixando o corante incorporar-se naturalmente à cerveja.

3. Beba!

Você não achava que era tão fácil e rápido né? Com a cerveja gelada, basta adicionar o corante para dar o toque especial do dia. O ideal é usar uma cerveja clara, como a pilsen ou até mesmo a lager, pois as escuras e densas exigem mais corante, o que pode alterar o sabor da cerveja. Se você optar por uma Guiness, que é uma cerveja propriamente irlandesa, tipo stout, sugiro que deixe o verde de lado e curta a cerveja normalmente, pois ela é bem escura. Assim como tudo que leva corante, essa receita é bastante artificial – mais divertida do que algo para o dia a dia. No entanto, existem alternativas naturais, um pouco mais difíceis de encontrar, mas que dão certo. Dentre elas estão os corantes orgânicos, a clorofila líquida e, também, a própria spirulina – isso mesmo, aquela substância que a detetive encontrou na cerveja orgânica. Mas, como você nem sempre vai fazer a receita, em qualquer loja de confeitaria ou de doces há corantes variados com preços amigáveis que vão ajudá-lo a dar um up na sua festa.

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Para completar a experiência, só falta brindar como um irlandês. Quer ver como faz? Aprenda aqui:

 

Sláinte!

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