Review: Desperate Housewives – Piloto


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Desperate Housewives - Piloto
Série: Desperate Housewives
Episódio: Pilot
Temporada:
Número do Episódio: 1
Data de Exibição nos EUA: 3/10/2004
Data de Exibição no Brasil: 4/11/2004
Emissora no Brasil: Sony

É um dia qualquer em Wisteria Lane. E o que acontece em um dia qualquer? Mary Alice Young, mulher devotada e mãe generosa coloca uma arma em sua cabeça e atira em si mesma. BAM!

A cena corta para a vizinha de Mary Alice, Mrs Huber, e sua cara curiosa após ouvir um barulho nada normal na casa ao lado. O que fazer, para não parecer tão curiosa e checar o que há de novo na casa ao lado? Devolver o liquidificador, emprestado de sua vizinha há mais de ano, mas ainda sim com a etiqueta “Pertence à Mary Alice”.

Mrs Huber atravessa seu jardim em direção à Mary Alice e abre a porta. Close para seu rosto e um sádico desesperado olhar. Mrs Huber faz o caminho de volta de sua casa e liga para a polícia: “-Acho que a minha vizinha foi baleada”. Mas, com a voz da póstuma Mary Alice, aprendemos que além de preocupada, Mrs Huber sempre olha o lado positivo das coisas: Ela retira a etiqueta do liquidificador, e o guarda no armário.

DESPERATE HOUSEWIVES!

Juro que há tempos não assistia à um episódio piloto tão bom. Tudo foi tão perfeito, cínico… engraçado. A começar pela voz pacífica da “desesperada Mary Alice” desde o começo do episódio.

– O funeral foi segunda feira, e como de costume, os “convidados” trouxeram comidas, – diz Mary Alice introduzindo as chamadas Desperate Housewives.

Começamos por Lynette Scavo, interpretada por Felicity Huffman, sempre acompanhada de seu papel mais conhecido: mulher do ator William H. Macy.

Lynette conhecia a apetitosa receita para o famoso frango da família Scavo, mas devido à ocupada vida familiar (que a fez abdicar-se de seu trabalho), levou um frango comprado pronto. Empurrando um carrinho de bebê e seguida por três barulhentos filhos de, no máximo 7 anos, ela aparenta cansaço e tira uma pausa do caminho para chamar a atenção dos filhotes. Como? Com uma das melhores sacadas que uma mãe poderia ter: “Por intermédio de um cara que conhece um cara que conhece um elfo, estou com o celular do Papai Noel, e se vocês se comportarem mal direi a ele que vocês querem meias para o Natal.” E a pirralhada cala a boca. Lynette = Desesperada.

Já Gabrielle Solis, a segunda Housewive leva uma paella picante. Gabrielle é um apelo ao público masculino? Sim, mas ela se revela ao decorrer do episódio uma boa atriz. Paella Picante porque Gabrielle é latina. E morena. Há algo mais caricato? E isso foi o que eu mais gostei na série. Ela é caricata ao extremo e não tem vergonha de mostrar isso. Mas vamos continuar. Gabrielle Solis, uma ex-modelo (de no máximo 1,65 de altura -???-), que casou-se com o empresário (quem nunca teve o seu?) Carlos Solis. Aprendemos nesta introdução feita por Mary Alice, que o casamento dos dois quase nunca foi feliz. Sentimentalmente feliz por assim dizer. Claro, que como todo bom marido Carlos Solis (que também é latino: Carlos!!!) dava milhares de presentes para sua mulher-objeto. Desde relógios até jóias. E Sim, Gabrielle sorria de vez em quando. Foi aí que tudo começou a ficar sem graça. E o casal começou a se provocar, e a viver um relacionamento quase nada saudável. E, para termos prova disso, o maridão pede que sua esposa mencione o preço que ele pagou pelo seu colar enquanto está no funeral. Uau… E ela apenas segue em frente. Gabrielle = Desesperada.

Desperate Housewives - PilotoApós essa cena, para quem ficou realmente prestando atenção ao invés de olhar para o magnífico corpo da novata Eva Longoria, somos apresentados a Bree Van DeKamp.

Opa! Essa eu conheço! Não era ela que fazia a doutora em natureza, Linda Abbott na quase finada Everwood? E não era ela também a psicopata Kimberly em Melrose Place? Sim, Marcia Cross! Agora vemos Bree com um sorriso confiante no rosto, um cabelo perfeito. Praticamente uma Stepford (como seu filho menciona no decorrer da história). Ela bate na porta e cumprimenta a família Paul e Zachary Young, respectivamente marido e filho da finada. Mas peraí. Não há nada de Desesperado em Bree. Ela é perfeita, não? Tem um marido e dois filhos. Estou começando a desconfiar desse título! Mas eis que ouvimos Mary Alice de novo para esclarecer nossa dúvida: Bree era admirada e reconhecida por toda vizinhança. Exceto por sua própria família. Uau! Estou começando a gostar dessa coisa! Bree = Desesperada.

Aí, somos apresentadas a Susan Meyer e sua filha Rory, ops desculpe, Julie Meyer. Elas levaram Mac and Cheese. Coitada desta, que não sabe nem cozinhar macarrão com queijo (M&C está para os americanos assim como o macarrão da Mônica está para nós brasileiros). Estava muito salgado quando ela se mudou para Wisteria Lane como Marido, muito aguado quando descobriu uma marca de batom na blusa do marido e queimado quando este a disse que estava saindo de casa para ficar com a secretária. Clichê? Love it! Algo me chama atenção nesta housewive… Ah, já sei, não era ela aquela repórter que namorava o super-homem? Ela mesma, a “Lois Lane” Teri Hatcher está de volta, num papel bem menos glamouroso. E aparentemente, bem mais em forma. E eu que pensava que esta ia ser somente uma série feminina.

Susan = Desesperada? Ainda não sei muito bem… Ela está divorciada… E também mais da metade das mulheres americanas… Vamos dar mais algumas chances.

As quatro donas-de-casa, Lynette, Gabrielle, Bree e Susan relembram o momento em que a finada estava entre elas, tomando chá e conversando. Então Brenda Strong reaparece em cena, e não apenas sua voz. Taí, gostei disso. Brenda Strong é uma fofa, e merece aparecer mais.

Click, Click!!!! Acabei de lembrar uma coisa! Brenda Strong também fez uma morta que só aparece em lembranças na série Everwood. Junto com quem? Marcia Cross… Tudo bem elas não apareceram na mesma época, mas namoraram o mesmo homem. Só que uma morreu e a outra tinha AIDS e abandonou o faz-tudo Andy Brown…E depois me perguntam por que Everwood está cada vez pior. Não é à toa que abandonei a série nessa terceira temporada para assistir DH, no mesmo horário…

Mas anyway. Elas estão reunidas, conversando sobre o caso de Susan ter descoberto que o marido dormia com outra. As outras consolam a amiga e Lynette, aparentemente o apelo cômico da série diz que se seu marido (que vive viajando à negócios) tivesse a traindo ela ia achar muito bom. Poxa, o cara engravidou a mulher 3 vezes em quatro anos (ela tem gêmeos…), era bom se estivesse transando com mais alguém! Neste momento Bree acha alguma forma de dizer que é filiada a NRA e carrega uma arma. Cara que mulher esquisita…Pontos para nossa Bree!!!

Após essa lembrança, Bree lembra as garotas que o viúvo Paul, pediu que as garotas recolhessem roupas e algumas outras coisas de Mary Alice, elas dizem que tudo bem e fica combinado. Hum…algo vai acontecer…

Mas Susan estava ocupada com outra coisa… Ficando brava com a atitude de Mary Alice. Brava não, incompreensível. Gabrielle tenta dar uma apaziguada, dizendo que Mary Alice pode não ter tido problemas senão falaria com suas fiéis amigas, enquanto Susan a interrompe dizendo que ela se matou. Alguma coisa tinha de estar acontecendo. Paul, o viúvo aparece escutando o papo com uma cara de membro desconhecido da família Addams. Que medo!!!! Há alguma coisa misteriosa neste cara… Hum…

Opa, quem seria este cara bonitão? Susan logo se aproxima ao notar que ele está servindo-se da comida que ela preparou. Ela logo o avisa para não comer o macarrão, e não seguindo seu conselho, ele come a coisa. Tadinho… ela bem que avisou.

Parece que está cru e queimado ao mesmo tempo.

É, eu ouço muito isso…

E assim Susan Meyer se apresenta ao homem que nunca havia visto. E descobrimos que seu nome é Mike Delfino, um encanador e novo morador da vizinhança… E ninguém questiona como um encanador consegue viver em um subúrbio de classe média. E se ele acabou de se mudar, por que está presente no funeral de uma mulher que não conhece? Se foi por causa de comida, o coitado escolheu o prato errado. Nesta pequena conversa é que descobrimos que Teri Hatcher e sua Susan Meyer são, realmente, as estrelas do seriado. Merecidamente? Ainda não sei, porque a moça ainda não me apresentou uma situação desesperadora para carregar o título da série nas costas.

Após essa conversinha sem nenhuma malícia, assistimos Lynette amamentar sua recém-nascida, enquanto Mrs Huber, a do começo da série, aparece para surpreendê-la avisando a mãe cansada que seus outros três garotos estavam fazendo alguma coisa muito errada… hum… hum… Lynette se desespera ao ver seus filhos nadando na piscina de Mary Alice. E os bandidos ainda levaram calção de banho para o evento. Desesperada? Absolutely! Mas criativa. Dona Scavo entrega sua filhinha aos braços de um desconhecido e aventura-se a entrar na piscina e resgatar seus filhotes. Um por um, agarrando-os pelo pescoço e, em seguida, saindo do evento memorável… O que era mesmo que elas estavam fazendo lá? Ah sim, era o funeral de uma de suas melhores amigas, e não uma agência de namoros, ou um clube de campo, ou algum outro lugar onde pode-se discutir o preço de um colar. Mas e daí? Paul, como disse Mary Alice, não estava preocupado com os garotos na piscina, sua preocupação estava mais ao fundo… hum…

E é por isso que Desperate Housewives funciona tão bem. É sarcástico e não tem medo do ridículo. Uma mistura de Sex and the City com Twin Peaks e uma pitada do humor ridículo de Arrested Development. Além de mais diversos itens que ainda não consegui identificar. Se alguém tem alguma sugestão de definição para a série, mande-me um e-mail!

Mas continuando, é de manhã em Wisteria Lane, e, enquanto as donas de casa estavam preocupadas com seus deveres, Julie “Gilmore” Meyer fez sua lição de casa ao chutar sua bola para o quintal do novo morador, Mike Delfino. Mais tarde ela conta sua história para Susan “Lorelai Lois Lane” (quantos L’s). O novo solteiro é de fato, viúvo. Bom, antes ela do que Susan, não? Ela então vai até a porta de Mike com um vaso de flores para o novo solteiro de Wisteria Lane. Que sorte ela tinha, afinal segundo ele, tinha sido a primeira pessoa a passar em sua casa para desejar uma boa sorte na pequena vila. Eu, por outro lado, tenho um vizinho de porta com quem nunca troquei palavras… Eles conversam um pouquinho até aparecer a Bachelorette 2, Eddie Britt uma conquistadora nata (que conseguiu até o padre da região) aparece com um prato de Lingüiça Putanesca para oferecer ao encanador gostosão (mulheres apaixonadas, não?). Tadinha de Susan, se ela soubesse cozinhar as coisas iriam ser tão melhores… Os três batem um pequeno papo, e Susan e Eddie decidem ir embora, mas antes que Susan fizesse algum movimento brusco, Eddie “Slut” Britt diz a Mike que está com um entupimento em algum cano de sua casa. “Susan conheceu o inimigo…E ele era uma vadia” segundo Mary Alice…

A tão sutil Mary Alice…Mas quem liga para ela não é? Não é que ela morreu há pouco tempo…Ah não, é sim! E suas amigas já estão preocupadas com futuros relacionamentos…Mas isso é divertido, Mary Alice observa tudo e julga, sem vergonha. Afinal quem estaria ouvindo a finada? Vamos dizer mais ou menos uns 25 milhões de espectadores por semana… E só nos Estados Unidos. Não que isso seja motivo de exemplo, afinal foram eles que reelegeram Bush, mas pelo menos em televisão eles tiveram algum bom senso…

Após esse evento de desespero de Susan (desespero? Hum… Ainda não me convenci) somos apresentados à casa dos latinos Gabrielle “Salma Hayek” Solis e Carlos “Banderas” Solis e eles estão numa briga, que parece ser algo comum entre os dois. Ela diz que não quer ir a um evento que Carlos tem que ir, pois não suporta o chefe pervertido de seu marido. E seu maridão, romântico como sempre, diz que ele é seu chefe, e se quiser passar a mão em sua mulher, ela deve deixá-lo passar… Ah com é bom ser jovem e apaixonado… Pergunte isso a John, o jardineiro dos Solis que, após Carlos deixar a casa, dá uns agarrões na patroa, realizando o sonho de qualquer homem que assistiu ao primeiro capítulo da série. Após o amasso na mesa que custou 120 mil dólares, os dois discutem na cama a razão pela qual ela trai seu marido que, segundo ela, realizou todos seus desejos. Ela responde queria coisas erradas… Desesperada… Oh, yeah! Ele pede um cigarro, e ela diz que faz mal fumar e é um hábito que ela não gostaria de viciá-lo. Ah, ela é tão consciente que até nos faz pensar que tudo bem transar com o jardineiro em sua casa e com a janela aberta… em plena luz do dia…

Somos mandados mais uma vez para a casa de uma Housewive. Desta vez conhecemos a sala de jantar de Bree. Eles estão jantando e completo silêncio até nossa querida Bree perguntar como está o jantar. Há uma discussão entre os filhos e ela sobre comer comida normal e não ossobuco… E ela diz que passou três horas cozinhando o jantar. O filho retruca: Quem mandou cozinhar por três horas? Bree se desespera e pede ajuda ao marido, que olha para ela e o que faz?

Passe o sal?

Ai, essa doeu!

No dia seguinte, Lynette e os pequenos demônios vão ao supermercado, e enquanto eles fazem muita (e muita) bagunça, ela grita ao telefone desesperada atrás do marido que está em alguma viagem de negócios. E ao desligar depare-se com uma ex-colega de trabalho… ai trabalho… era tão bom não Lynette? É possível ver em seus olhos o arrependimento de ter largado o emprego.

Nós sentimos falta de você lá na empresa. Todos nós concordamos que se você não tivesse largado, a essa hora, você já seria vice-presidente.

BAM! Golpe certeiro! Porém Lynette apenas ri.

E como está a vida de mãe?

Pronto, essa era a pergunta que Lynette mais temia… porém ela respondeu da melhor forma possível, e como sempre fazia. Mentindo (ai como é delicioso ouvir os comentários da madame Young):

É o melhor trabalho que já tive.

Ela diz, enquanto ouve seu filho mais velho derrubar uma idosa, numa das cenas mais cômicas do episódio. Estou começando a pensar que a estrela dessa série poderia até ser Lynette, se ela não estivesse muito ocupada com suas crias. Enquanto isso existe sempre o alívio tragicômico que ela nos proporciona.

Convide Mike para sair… Vai.

E Susan obedece sua filha, afinal ela tem sua custódia. E ao chegar à casa de um possível futuro relacionamento, ensaia algumas palavras até ser surpreendida por Eddie atendendo a porta. Rápido, ela precisa de alguma desculpa, não? Lógico, por que não pensou nisso antes? “Estou com um cano entupido, você poderia consertar para mim por favor?” Mike diz que vai pegar as ferramentas enquanto uma um pouco mais desesperada Susan corre para sua casa e tenta entupir alguma coisa com alguma coisa. É a sua pia da cozinha, com palitos que foram retirados de um projeto escolar que sua filha estava fazendo. Agora, me explique. Julie tem, no mínimo 12 anos. Quando eu tinha três, já achava meio ridículo fazer castelinhos com palitos de sorvetes… Mas devia ser só eu…

A família de Bree, após a desagradável discussão sobre o jantar do dia anterior resolve comer fora. Num restaurante estilo Outback ou Fridays, ou seja, que não tem nada a ver com Bree. Os filhos vão jogar video-game enquanto Rex diz a Bree o famoso: “Precisamos conversar.” Ela rapidamente muda de assunto enquanto ele a interrompe e diz que quer o divórcio e que não agüenta mais viver no mundo perfeito que só ela conhece. Rebelde! Ela então responde com calma que não vai conversar sobre este assunto num lugar onde os banheiros são rotulados “Caras” e “Minas”. Ponto para Bree. Ela então se levanta e diz ao marido que fará o prato para ele no buffet de saladas. Quando volta para entregar o prato ao marido e após uma pequena discussão entre os dois, o cara começa a engasgar.

Você colocou cebola na minha salada?

Não , eu sei que você é mortalmente alérgico quando se trata de cebolas… Ops, peraí!

Ele cai no chão. Bree 15×0 Rex. BAM!

Ouvimos um barulho estranho e um rapaz que conhecemos, mas não lembramos de onde…Ah sim, depois que Mary Alice nos deu a dica lembramos que este é seu filho e foi acordado por Paul Young cavando a piscina. Segundo a morta, o som que acordou seu filho, fora um som que ele não havia ouvido desde que era uma criança. O som de um segredo familiar…PAM PAM PAM!!!!

Finalmente conhecemos o culpado pelo estado mumificado de Lynette. Chega em cena Tom Scavo, marido de Lynette (e também conhecido por ser o gay de Melrose Place… o cara não tinha papel na série, a não ser fazer o gay… era o papel mais ridículo). Ele consegue mandar as crianças para fora de casa com uma bola de futebol americano. Vivendo em aprendendo Lynette, essa vai para o caderno. A partir deste momento presenciamos a cena mais engraçada do episódio. Lynette entra em seu quarto no colo do marido, e eles estão no maior amasso. Ela diz que não quer fazer agora, pois está toda suja de papinha, e ele diz que precisa dela. Lynette, com toda a inocência do mundo, pergunta se tudo bem ela ficar somente deitada, sem fazer nada… eles se beijam e ela parece gostar da situação. Antes de tudo começar, ela diz que teve problemas com a pílula então ele terá que usar camisinha.

Camisinha?! Ah, vamos arriscar.

Aí que o público surta junto com Lynette a apóia 100% a atitude dela: BAM, ela dá um soco na cara do sumido marido. Só rindo mesmo! Continuo achando ela o melhor personagem.

Estamos no hospital e Rex Van DeKamp está em choque após ser envenenado por sua mulher que diz: “Não me senti muito bem sobre isso”. Go Bree! Ele diz que já contratou o advogado e que os papéis já estão encaminhados. E completa que ele não se paixonou por esta coisa fria e perfeita que ela se tornou. Ela por outro lado parece distraída por um vaso de flores e retira-se ao banheiro para aguá-lo. Só para aguá-lo? Não, ela também mostra que não existe a tão chamada perfeição que sua família vê, e põe-se a chorar por uns três minutos. Um dos choros mais sofridos e que há muito tempo não via. Talvez com Abby levantando-se da cama para chorar pela sua mãe, em um dos mais comoventes episódios de ER. Bree revela-se a pessoa mais contida da história ao sair do banheiro com cara confiante e um sorriso estampado no rosto. Marcia Cross realmente se superou! Bree é fantástica. Talvez personagem mais difícil das quatro. Palmas para a médica sem fronteiras!

Gabrielle e Carlos. O longo caso que não vai durar. Assim como diz nosso amado Chico Buarque: Vão viver sobre o mesmo teto até que a casa caia!

Ao saírem para a festa, Carlos olha desconfiado para a grama que deveria estar cortada e questiona a competência do jardineiro na frente de sua mulher, dizendo que irai mandá-lo embora. Gabrielle diz que está escuro e ele não consegue ver direito. A grama está cortada! Mesmo que ela tenha que dar uma escapada da festa para cortá-la…Mas antes disso, ela paga o garçom para não parar de servir bebidas ao seu latino. Assim, ele não vai perceber sua saída momentânea para cortar a grama de sua casa, no meio da noite em traje de gala… Nem ele nem Wisteria Lane… isso está ficando meio estranho… mas tudo bem, no dia seguinte, Carlos olha para a grama aparada e desiste de mandar John embora, mesmo que seu papel de amante latino esteja sendo feito pelo jardineiro…Mas ele não sabe…ainda?

O mesmo supermercado que Lynette fazia compra é o cenário desta próxima cena, agora com Susan e Mrs Huber, a fofoqueira da vila. Ela diz que vai tomar conta do filho de Eddie, porque esta marcou um encontro quente com algum homem. Susan se desespera (Drama Queen!) e se manda do supermercado crente que sua meta havia ido para o brejo. Eddie havia fisgado o solteirão do pedaço e Susan continuaria sozinha e abandonada…Será? Não, ela tem uma idéia. Em sua casa ela pega o container e vai para a casa de Eddie para pedir açúcar, em esperança de interromper pelo menos as preliminares dos dois mais novos pombinhos de Wisteria Lane. Mas ela chega tarde demais, e ao entrar na casa da vadia encontra roupas no chão e gemidos no andar de cima. Ela resolve sentar, e para isso, joga alguma peça de roupa para trás do sofá e começa a pensar…Mas peraí! Eddie Britt deixou velas acesas para conquistar seu homem e a peça que Susan jogou para fora do sofá acabou por iniciar um incêndio na casa de sua adversária. Susan sai correndo, deixando o container cair no chão. Ela causa desastre na casa de Eddie, e após a chegada dos bombeiros, ela descobre que o homem que acompanhava Eddie no encontro quente está no hospital devido à grande inalação de fumaça. Ela se desespera (Agora sim, Susan = Desesperada) e começa a achar que tudo aquilo foi sua culpa… Jura?

Ao observar a casa em chamas, ela nota um homem se aproximando dela, perguntando o que aconteceu… Mas, calma, esse homem é o Mike! Como assim? Mike não estava no hospital? Não, ele disse que acabou de sair do cinema… Hum, safadinha essa Eddie, não? Saindo com um outro cara enquanto dá em cima do encanador mais cobiçado de Wisteria Lane… Susan sorri… diz que agora está tudo bem… Cara de pau… Ela acabou de colocar fogo na casa de Eddie… Mas está tudo bem… Hehehe..

Mike vai embora, e da janela de sua casa, o ouvimos falar no telefone com alguém…

Sou eu, não se preocupe, estou chegando cada vez mais perto.

Ele diz colocando um revólver na mesa de cabeceira. Encanador equipado este, não? Mistérios e mais mistérios em Wisteria Lane… E quando pensamos que esse excepcional capítulo vai chegar ao fim, somos presenteados com uma grata surpresa, cortesia do criador Marc Cherry.

Desperate Housewives - Piloto
No funeral as quatro amigas combinaram de se encontrar, lembram? E, enquanto empacotam as coisas de Mary Alice, encontram um envelope endereçado à finada. E olha só, ela recebeu no mesmo dia em que se matou…muito estranho…devemos abrir? Lógico que sim! E é agora que a bomba vem. Encontramos um bilhete escrito: “Eu sei o que você fez, isso me enoja, eu vou contar”. UAU!!!!BAM BAM BAM… e a série acaba com Susan perguntando o que todo espectador tem na ponta da língua:

Oh Mary Alice, What did you do?

Um final divino pra uma série sarcástica e que promete… E muito!

PS: Essa primeira coluna é para apresentar a série e os episódios, portanto está tudo muito detalhado, prometo que na próxima vez só irei comentar os episódios!

P.S 2: Estou aberta à dúvidas, sugestões e críticas…

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